( Amber Petrova )
Meu Deus! O que ele quer aqui? Como ele entrou? Ele está com meu filho. MEU FILHO. Aquele psicopata maníaco invadiu minha casa com mentiras. Não acredito que ele esteja aqui depois de tudo. Como ele me achou? O que ele quer? Ele veio me matar? POR QUE ELE ESTÁ AQUI COM MEU FILHO?
Mesmo que meu interior estivesse em pânico, berrando de pavor, eu não podia demonstrar um pingo de fraqueza naquele momento. Eu precisava ser forte, paciente e muito cuidadosa com minhas ações.
— Oliver... o que você está fazendo aqui?
— Ele é lindo, não é...?
— Oliver...
— Eu já sabia... sentia que ele era meu...
Nada que ele dizia fazia sentido, eu precisava agir como ele, conforme sua música, se quisesse que meu filho saísse vivo dali.
— Seu...?<
( Amber Petrova )— Não! Você me tirou tudo. Não temos nada para conversar.— Eu não posso deixar você sair daqui com o meu filho, Oliver... — Explicou, ainda paciente.— Ele não é seu, É MEU!— Oliver... por favor... — Peço mais perto deles.— Eu vou sair daqui, e se não for com ele, também não o deixarei com vocês!No instante em que Oliver faz um movimento brusco como se fosse pular a janela, eu sou mais rápida, ganhando o foco dele, que tenta se esquivar, e aí em um giro:THWACK!— ICARIS! — Grito em pânico, avançando.Um tiro certeiro bem no meio da testa faz Oliver despencar no chão. Eu corro para pegar meu filho que chorava de desespero, e Nicholas parte no nosso rumo, tomando nos dois nos braços dele, com Icaris bem e a salvo no meio de nós.— Você está bem? — Ofegou, olhando nos meus olhos, atribulado.— S-sim...Ele nos apertava forte
Hoje em dia, as pessoas primeiro perguntam onde você estudou e só depois querem saber seu nome. A faculdade que estudamos é crucial para determinar o nosso futuro, e hoje em especial, completa um ano que mudei para a Universidade de Washington, onde eu e minha amiga de infância, Emma Rose, dividimos o quarto.Emma e eu somos completamente diferentes, o que é incrível já que detesto monotonia. Ela é calma e dedicada, enquanto eu sou um furacão. Gosto de festas e bebidas, e ela de edredom e livros. Somos super unidas, sempre nos incluindo nos nossos mundos opostos, mas sem se esquecer de ficar com o pé no chão.As pessoas aqui eram muito divertidas, o que no início foi um tanto estranho para mim, já que antes da universidade eu era a filha perfeita, com notas perfeitas. Logo me tornei o que todas as vozes dentro de mim gritavam, implorando para se descobrir, e foi aí que estourei a bolha e deixei-me envolver completamente naquela fase maravilhosa da minha vida, até que conheci o Oliver
( Amber Petrova )Meu despertador toca pela vigésima vez no exato momento que gritos invadem meu quarto.— Amber, não acredito que você continua dormindo! — Emma chega gritando, jogando seus livros na mesa de estudos.Droga! — Penso apertando meu rosto no travesseiro.Não me lembro como cheguei até aqui ontem, só me lembro de rezar muito para não dar de cara com a Emma, que com certeza me dirigiria mais um dos seus sermões sobre relacionamentos tóxicos.— Estou com sono, me deixa em paz... — Resmungo sonolenta puxando o cobertor.O silêncio que se instala no quarto assim que digo aquilo era o sinal de que ela estava analisando o cenário para enfim jorrar suas suposições em cima de mim.— Você e Oliver brigaram de novo, não foi?— Não é nada disso. — Nego tentando fugir de uma possível discussão.— Então por que está com uma faixa no braço? — Ela vê o maldito curativo sabendo que tinha coberto mais um hematoma.Inferno!— O que ele fez dessa vez, Amber? Ele te machucou de novo?— Eu te
( Amber Petrova )— Ele? — franziu a testa. — Ele quem?— É o cara que atropelei no corredor, que me levou para enfermaria!— Espera aí... — ela assume um olhar saliente, ao mesmo tempo que seu rosto se vira para o homem. — Foi para enfermaria com aquele cara e não me contou?— Não fica encarando, droga! — Brigo com ela dando um beliscão na sua perna.— Ai!— Boa tarde, pessoal! — Aquela voz masculina e rouca de homem enérgico soa na frente da turma, ao mesmo tempo que vejo os olhos da minha amiga arregalarem.— Por que ele está na mesa da professora? — Emma sussurrou me deixando ainda mais nervosa.— O quê?Deus, que isso seja só um mal-entendido, por favor.— Sou Nicholas Cooper, e vou substituir a professora Chloe, nesse semestre!Espera. Nicholas vai ser meu professor?O mundo inteiro parece virar de cabeça para baixo quando escuto aquilo, meu coração batia tão forte que eu podia senti-lo martelar minha garganta como se fosse sair pela boca. Eu estava em choque, repassando na minh
( Nicholas Cooper )Então aquela era a Amber. A famosa Amber. Não teria flertado com ela se soubesse que era ela. Além de ser minha aluna, também era parte da minha missão. Tinha que consertar a merda que fiz na noite passada para não ficar esse clima estranho que tinha se instalado entre nós dois.O som dos seus saltos batendo no chão me seguiam enquanto caminhávamos até a minha sala.— Sente-se Srta. Petrova! — Peço assim que entramos na sala, vendo-a mexer seus dedos finos e delicados, arrancando o esmalte rosa das suas unhas grandes.— Fiz algo de errado? — Perguntou inquieta, sentando-se na cadeira.— Por que acha isso?— Porque aqui só se é chamado na sala de um professor quando somos advertidos, ou expulsos! — ela é rápida na explicação mostrando o quão estava nervosa. — e então, vai me advertir por ontem à noite?— Te advertir? — digo surpreso. — Te chamei aqui para te pedir desculpas, não para te dar uma advertência, ou coisa do tipo!Seus ombros de porcelana relaxam diante m
( Amber Petrova )— Me solta, está me machucando, Oliver!Eu tentava fazê-lo me soltar, mas ele era alto, e não tinha como ter ajuda quando todos estavam empenhados em segurar seus celulares na nossa direção nos filmando.— Se eu cair, você cai comigo! — Ameaçou.Logo quando menos esperamos, Emma retorna com o professor de mitologia, fazendo-me pensar quando exatamente ela tinha saído do meu lado e corrido até o Cooper. Minha mente colidia com a astúcia dela, enquanto meus braços latejavam, e o Oliver berrava, até ser pego pelas costas, sem entender quem era o homem forte com jaqueta de couro, que tinha o puxado pelo ombro, com imensa severidade.— Está louco, porra?! Quem você pensa que é? — Parker vira com tudo para o professor, como um canhão se arma para seus oponentes.— Como é que é? — Nicholas deixa um ar zombeteiro escapar, e todos os presentes ali arregalam seus olhos.Ele com certeza não sabia quem era o Oliver, pois se soubesse jamais teria tocado nele, ou sequer levantado
( Nicholas Cooper )— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?Tinha que ser algo muito importante para ela bater na minha sala as dez da noite.— Desculpe incomodar o senhor a essa hora... — falou me encarando de um jeito desconcertante. — eu só queria agradecer o que fez por mim, hoje mais cedo...Ah, então é isso. Ela só veio prestar os agradecimentos. — Penso com um suspiro aliviado.— Sente-se! — peço convidando-a a entrar. — Aceita um café?— Não, não, eu... eu tomei um agora há pouco. É o que me ajuda a ficar acordada e estudar para as provas. — Contou, sentando-se no pequeno sofá disponível na sala.Amber estava aflita, conseguia ver que seus peitos subiam e desciam numa velocidade não muito comum, mesmo que fosse impossível não olhar para eles, enquanto ela arrancava os esmaltes das unhas, como fez aquela noite na enfermaria.Com o pouco de experiência que eu tinha, poderia dizer que isso é algo relacionado à TPM, mas como fuzileiro, posso assegurar que esse é um dos vários sin
( Nicholas Cooper )— Amber? — queixou cruzando os braços na frente dos seios. — O que está fazendo aqui?— Eu? — arqueou as sobrancelhas. — É você quem deveria dizer o que está fazendo aqui.— Vim falar com o professor ué!— A essa hora? — Debateu a loira.— Olha quem fala. Você já estava aqui quando cheguei!Se eu não der um jeito de parar isso agora, em poucos segundos toda a universidade vai aparecer aqui.— Sim, vim aqui apenas para agradecer o que o senhor Cooper, fez por mim, mais cedo!— Agradecer, é? E como exatamente você pretendia retribuir o favor?Porra!Aquelas insinuações são o que me fazem entrar no meio.— Senhoritas, por favor! — peço. — Nenhuma das duas deveriam estar aqui, então se me dão licença. — digo seguindo até a porta. — Eu preciso terminar o meu trabalho, e as duas precisam ir para as suas camas.Dois olhares ferozes, e uma única vítima. EU!— Okay! — Amber passa direto por mim como um trem soltando fumaça.Inferno!Ela sequer olha para trás, quando vira à