( Nicholas Cooper )— Amber? — queixou cruzando os braços na frente dos seios. — O que está fazendo aqui?— Eu? — arqueou as sobrancelhas. — É você quem deveria dizer o que está fazendo aqui.— Vim falar com o professor ué!— A essa hora? — Debateu a loira.— Olha quem fala. Você já estava aqui quando cheguei!Se eu não der um jeito de parar isso agora, em poucos segundos toda a universidade vai aparecer aqui.— Sim, vim aqui apenas para agradecer o que o senhor Cooper, fez por mim, mais cedo!— Agradecer, é? E como exatamente você pretendia retribuir o favor?Porra!Aquelas insinuações são o que me fazem entrar no meio.— Senhoritas, por favor! — peço. — Nenhuma das duas deveriam estar aqui, então se me dão licença. — digo seguindo até a porta. — Eu preciso terminar o meu trabalho, e as duas precisam ir para as suas camas.Dois olhares ferozes, e uma única vítima. EU!— Okay! — Amber passa direto por mim como um trem soltando fumaça.Inferno!Ela sequer olha para trás, quando vira à
( Nicholas Cooper )— Posso ajudá-la com alguma coisa? — Pergunto, enquanto minhas vistas tentam fugir para observar a Amber, vacilando entre ela e a ruiva na minha frente.— O senhor não vai conseguir se livrar de mim tão fácil! — Falou com uma risada sínica.— O-o quê?Como alguém pode ser tão insuportável assim? — Eu sei o que você e um certo alguém estavam fazendo ontem, mas eu posso esquecer o que vi se me fizer um favor...— Como é?Que porra é essa? Algum tipo de chantagem?— Srta. Swan, eu não sei do que está falan —— Já ouviu falar da "Pink Fest", professor? — ela me interrompe com um tipo de assunto aleatório. — É a maior festa anual da universidade, onde um único aluno é sorteado para organizar tudo, ficando responsável por dar a melhor e maior festa de todos os tempos. E, como ano passado foi a Amber a sorteada, esse ano eu preciso dar uma festa ainda melhor que ela, por isso —— Um momento! — faço ela parar de falar. — O que exatamente eu tenho a ver com isso?Sei que e
( Nicholas Cooper )Eu não sabia o que dizer, até porque eu tinha acabado de ser pego desprevenido.É aí que ela se levanta, pega a mochila e some das minhas vistas, deixando tudo mais confuso.Qual o meu problema? Por que essa menina me deixa tão nervoso?— Oi! — Amber surge no mesmo corredor que eu, caminhando na minha direção.— Srta. Petrova... — Respondo.— Acho que devo desculpas ao senhor, pelo inconveniente de ontem à noite. Espero que isso não tenha gerado um conflito entre nós dois...— De forma alguma! — Tranquilizo-a.Engraçado como nossos encontros são sempre para se redimir.— O que é isso que está lendo? — Pergunto para quebrar o gelo.— Romeu e Julieta. Já leu?— Já sim! Mas por que estava escondida entre as estantes, sentada no chão?— Ah é... — ela fica acanhada com a minha queixa. — não gosto de ler romances assim, em público...Ela é tímida, e aparentemente atraída pelo proibido.Automaticamente, sem eu controlar, meus pés avançam três passos para perto dela, fican
( Amber Petrova )— A cada oito horas, pelos próximos três dias, ouviu bem, Srta. Petrova?Estava trancada na enfermaria com a pior das médicas. Nunca vou entender porque essa mulher escolheu essa profissão quando a faz com puro desgosto.— Ouvi!— E na próxima vez não demore tanto tempo para procurar por um médico.— Sabe porque não vim antes... — Comento de cabeça baixa.— Pela quantidade de vezes que já veio aqui, já deveria ter aprendido que não podemos expor os quadros clínicos.Não era a minha primeira vez aqui, talvez fosse a nona, ou décima. A equipe médica de fato era bem sigilosa, mas eu sabia que esse sigilo só ocorria porque envolvia o famoso Oliver Parker. E aqui ninguém ousaria manchar a reputação dele.— Obrigada, doutora! — Digo seguindo para saída.— Até a próxima, Amber! — Despediu-se fazendo minhas pegadas travarem.Próxima?Me viro para ela e pronuncio o finalizar de um ciclo doentio.— Não terá uma próxima!(...)— AMBER! — No corredor a caminho do meu quarto, um
( Nicholas Cooper )— Acharam ela?Trancado na minha sala com meus fones de ouvido, eu interrogava meus homens, esperando por informações.— Sim, senhor! — respondeu. — Ela e a amiga acabaram de entrar numa loja de roupas.— Foram vistos?— Não, senhor!— Ótimo, ela não pode suspeitar de nada. Agora, prossigam com a missão e não tirem os olhos dela.— Certo. Desligando!Ter a Amber e a amiga fora da universidade era o que eu precisava para entrar no quarto delas, mas como estava encarregado de seguir seus passos, precisei de reforços para vigiá-la na cidade, já que eu tinha que colher mais informações sobre a missão.Poucos minutos depois após roubar a chave reserva na secretaria, dentro do dormitório começo procurando pelas coisas da Emma, visto que ela é a amiga cuidadosa que sem dúvidas guarda alguma evidência contra o senhor Parker, esperando que um dia precise proteger a amiga, como fez no dia que me chamou para socorrer Amber.— Livros... e mais livros... — Bufo frustrado.Sei q
( Nicholas Cooper )A lua já estava no topo do céu enquanto eu me aborrecia na sala de arquivo da enfermaria, procurando pelos relatórios de Amber e Oliver. Tudo sobre eles parecia ocultado, até o registro com a data que Emma citou no diário, não está aqui. Tinha inúmeros papéis de inúmeros estudantes, mas nada da Amber, o que me levava a pensar que os funcionários daqui guardavam a ficha dela em outro lugar.Como de praxe, bato no fundo das gavetas procurando um fundo falso. Uma batida, duas batidas, e na terceira um som diferente.Achei!(...)( Amber Petrova )Como um rato rápido e cuidadoso, cruzo a faculdade escura entrando na enfermaria. Procurava por algo que ajudasse Emma a lidar com as consequências de hoje mais cedo, e como tinha sido a responsável, nada mais justo que eu me encarregar de roubar os remédios para ela.— Cadê... — Fuço as prateleiras, irritada com a possibilidade de ser pega por alguém.Analgésicos, laxantes, mas nada para enjoo, até que a minha direita atrás
( Amber Petrova )— O que foi, Nicholas? Por acaso, eu estou te deixando nervoso?— Sim... — balbuciou. — Você costuma causar esse efeito em mim.— Tem certeza de que é só isso que eu causo em você?Ele passa a língua no canto da boca, como se sua mente estivesse nadando em cenas pervertidas.— Já falamos sobre isso, sou seu professor e —— Engraçado, ontem você não parecia se lembrar disso, quanto suas mãos brincavam por baixo da minha blusa!(...)( Nicholas Cooper )Ouvir aquelas palavras mal criadas sair da boca dela, ao mesmo tempo que a tenho tão perto de mim, era como queimar nas chamas do inferno.Não tinha como saber o que ela queria que eu fizesse, mas estava nítido no seu rostinho sedutor, que ela tinha se arrependido de lembrar-me da minha moral, justo naquele momento.— Me responde uma coisa... — falo fazendo meu lado severo desaparecer como fumaça, deixando a tensão e o desejo aquecerem meu sangue. — Faria uma coisa por mim?Seus lábios se descolam um do outro enquanto e
( Nicholas Cooper )No dia seguinte, às dez da manhã, estava na minha sala com os cotovelos apoiados na mesa e minhas duas mãos cobrindo meu rosto.Eu não deveria ter feito aquilo...Não deveria ter ido tão longe...Mas ela estava ali... tão entregue...Ela não pediu para parar.Eram eu e meu lado impuro discutindo um com o outro nas últimas duas horas, enquanto minha bunda doía naquela cadeira. Estava ali de frente para a ficha da Amber, e se as cenas e o som do seu gemido não tivessem tão vivas na minha mente, eu já teria aberto aquela pasta há muito tempo.As respostas pelas quais tanto procurei tão perto, mas meu cérebro não me deixa trabalhar.Afinal, por que meus homens não me avisaram que Amber tinha saído da loja de roupas?Dane-se, está na hora de saber porque todos na enfermaria fazem tanta questão de esconder esse prontuário.(...)( Amber Petrova )— Amiga. — chamou. — Amber, está me ouvindo?Nicholas...Será que tem como voltar na noite passada?— AMBER? — Berrou.Dou um