( Nicholas Cooper )Depois que a Isabella saiu do quarto, não demorou muito para eu conseguir a liberação do bebê. Amber cooperou com os médicos, sabendo que só poderia conhecer o filho se passasse pela junta médica. E meu Deus... Quando ela o teve finalmente nos braços, foi sem dúvidas o momento mais emocionante da minha vida. Sei que me ver entrar com aquele bebê conforto e seu filho dentro dele a desmantelou de inúmeras formas. Ela o pegou com uma delicadeza incomum, como se aquela coisinha de 47cm fosse um jarro de cristal. Não tinha noção de como os dois ficariam tão lindos juntos, nem que aquilo se gravaria tão forte na minha memória. Amber o pegou, o levantou na frente dos seus olhos analisando cada partezinha dele e lentamente o levou até seu rosto puxando seu perfume, deslizando o nariz em suas bo
( Amber Petrova )— Papai!— Oh, minha filha! — ele me cerca com seus braços assim que desço o último degrau da escada. — Você está bem?— Estou, mas e o senhor, o seu braço?— Não ligue para isso, tenho cicatrizes bem piores.— Eu sinto muito...— Não sinta. Você não estava bem e eu não deveria ter invadido seu espaço daquela forma.Logo Nicholas chega e nós nos soltamos um do abraço do outro.— Donald... — Disse, cumprimentando meu pai em um aperto de mão.— Está cuidando bem da minha filha e do meu neto?— Estou tentando.— Ele não precisa se preocupar mais com isso!Quando dou aquele aviso, os dois me olham com faces estranhas.— Como assim? — per
( Nicholas Cooper )Quatro meses depois.Amber tinha partido, e com isso, metade da minha alma foi com ela. Não estava impedido de ver o menino, mas fui eu quem cuidou dele nas noites em que Amber não estava, e não escutar seu choro todas as madrugadas, me matava por dentro. Passei quase a vida toda sozinho nessa casa, mas agora era impossível ficar dentro dela, por isso a vendi e comprei um flat pequeno, que servisse para um único homem só, sem vida, sem propósito e sem um pingo de esperança. Era o lugar ideal para esperar meus dias passarem e a morte vir me buscar.Amber não morava muito longe daqui, sua casa era imensa e sempre que estava lá, admirava a mulher que ela havia se tornado. Era engraçado porque só fazia quatro meses que tínhamos nos separado, mas nunca poderia imaginar que se tornar mãe
( Amber Petrova )— Casar? Como assim casar?— Amber, já estou sozinho há anos...— Mas você nem me disse que tinha alguém!— Como falaria? Você me afastou há meses, mal estamos nos vendo ou falando!Ele não pode estar falando sério!— Isso está errado, eu não a conheço. Não a quero na minha família, perto de você ou do Icaris!— A decisão é minha, e eu não preciso da sua autorização para tocar minha vida e tentar ser feliz.— Isso é um absurdo!— Absurdo é a minha própria filha não aceitar a felicidade do pai!É... meu pai ia se casar. Dá para acreditar nisso?Não acredito que ele queira substituir minha mãe.
( Amber Petrova )Um mês se passou depois daquele meu encontro com o Nick na minha casa, e desde então não paramos de nos ver mais. Marla foi embora com o noivo para outra cidade, e Nick tem cuidado do Icaris todas as tardes para mim, mas na maioria das vezes na casa dele, já que se recusava a ir para minha casa sobre os olhos do agente Fox. Nossa relação estava tranquila, e acho que pela primeira vez em muito tempo estávamos conseguindo ser bons amigos.— Oi?Nicholas saiu do quarto, com o suor brilhando em seu peito. Havia respingos de tinta por várias partes de seu corpo. Ele parecia ainda mais musculoso que antes. O botão da sua calça jeans estava aberto e o cabelo despenteado, com seus pés no chão. Seu cheiro inebriante era uma mistura de colônia afrodisíaca e suor.— Oi, chegou cedo! — Disse ele.
( Nicholas Cooper )— Eu amo! — Ela assume, mas não com o olhar que eu esperava.— Por que diz isso tão triste?— Porque se eu não tentar me convencer do contrário, cometerei os mesmos erros de antes. E eu não posso ser fraca agora... não mais.Amber se levanta e, enquanto tento entender o que ela quis dizer com isso, vejo-a seguir para o banheiro, ligando a água para limpar suas lágrimas.— Por que não começamos do zero? — Questiono, chegando por trás dela.— Acho que é um pouco tarde para isso, não acha? — Respondeu, me olhando pelo espelho na sua frente. — Temos um filho, e não é algo que se apaga, só para começarmos do zero.— Não estou falando do Icaris, estou falando da gente, Amber. — Falo pegando-a
( Amber Petrova )Meu Deus! O que ele quer aqui? Como ele entrou? Ele está com meu filho. MEU FILHO. Aquele psicopata maníaco invadiu minha casa com mentiras. Não acredito que ele esteja aqui depois de tudo. Como ele me achou? O que ele quer? Ele veio me matar? POR QUE ELE ESTÁ AQUI COM MEU FILHO?Mesmo que meu interior estivesse em pânico, berrando de pavor, eu não podia demonstrar um pingo de fraqueza naquele momento. Eu precisava ser forte, paciente e muito cuidadosa com minhas ações.— Oliver... o que você está fazendo aqui?— Ele é lindo, não é...?— Oliver...— Eu já sabia... sentia que ele era meu...Nada que ele dizia fazia sentido, eu precisava agir como ele, conforme sua música, se quisesse que meu filho saísse vivo dali.— Seu...?<
( Amber Petrova )— Não! Você me tirou tudo. Não temos nada para conversar.— Eu não posso deixar você sair daqui com o meu filho, Oliver... — Explicou, ainda paciente.— Ele não é seu, É MEU!— Oliver... por favor... — Peço mais perto deles.— Eu vou sair daqui, e se não for com ele, também não o deixarei com vocês!No instante em que Oliver faz um movimento brusco como se fosse pular a janela, eu sou mais rápida, ganhando o foco dele, que tenta se esquivar, e aí em um giro:THWACK!— ICARIS! — Grito em pânico, avançando.Um tiro certeiro bem no meio da testa faz Oliver despencar no chão. Eu corro para pegar meu filho que chorava de desespero, e Nicholas parte no nosso rumo, tomando nos dois nos braços dele, com Icaris bem e a salvo no meio de nós.— Você está bem? — Ofegou, olhando nos meus olhos, atribulado.— S-sim...Ele nos apertava forte