Toronto - Canadá
---- 12 anos antes A vida nem sempre foi fácil pra mim. Tive que aprender cedo a me tornar uma mulher forte, devido a tudo que precisei passar. Quando eu tinha cinco anos meu pai faleceu. Ele era a pessoa mais importante da minha vida. Depois que ele se foi, minha vida mudou muito. Minha mãe não tinha como sustentar a casa, já que além de mim ela tinha outros dois filhos. Edward meu irmão gêmeo, e Thomas, o mais novo. Lembro que minha mãe nos deixava com a vizinha pra ir trabalhar todos os dias, mas o que ela recebia não dava pra nada, apenas para o básico, mas isso não a impedia de tentar sempre tirar um sorriso do rosto dos nossos rosto. Até que um dia, ela chegou em casa junto com um homem. Ele tinha um sorriso muito gentil, mas seu olhar era diferente. O homem a princípio se apresentava como "amigo da mamãe", e toda vez que aparecia sempre nos trazia brinquedos e roupas. Não demorou muito pra ele se mudar para a casa, e também não demorou muito pra ele se mostrar completamente agressivo. Quando menos se esperava não dava mais para se livrar. Aquele homem já estava lá, tomando posse de tudo. Na maioria das vezes ele chegava em casa bêbado e agressivo. Batia muito em mamãe e nas gentes. Eu implorava para a mamãe fugir e ela simplesmente falava que não tinha coragem. Quando minha mãe decidiu que queria dar um basta, ela descobriu que estava grávida e não teve coragem de fugir. Eu vi no olhar de Joseph que ele ficou feliz com notícia. Tive esperança que ele mudaria e que enfim, teríamos uma vida feliz. Mas a chegada de uma nova criança não mudou nada. Joseph continuou sendo o que ele já era, só que cada vez pior. Ele só não agredia a mamãe quando ela ficava grávida. Talvez por isso que mamãe engravidou dele tantas vezes Os anos foram se passando, e mamãe engravidou. Eu tentava não revirar os olhos toda vez que via grávida pela casa. Com três filhos já estava complicado demais para fugirem, agora com outro filho à caminho já era o plano de fuga. E foi assim, por muito tempo, Joseph chegava em casa tarde todos os dias, e o pior: bêbado e drogado. Vivíamos um inferno com aquele homem. Quando novamente minha mãe decidiu que queria dar um basta, ela descobriu que estava de novo grávida e não teve coragem de fugir. Eu vi no olhar de Joseph que ele ficou feliz com notícia. Tive esperança que ele mudaria e que enfim, teríamos uma vida feliz. Mas a chegada de uma nova criança não mudou nada. Joseph continuou sendo o que ele já era, só que cada vez pior. Ele só não agredia a mamãe quando ela ficava grávida. Talvez por isso que mamãe engravidou dele tantas vezes Lembro que quando completei doze anos, Joseph começou a me olhar de uma forma muito diferente. Ele não gostava que eu usava shorts, morria de ciúmes quando eu saía com minhas amigas e odiava me ver conversando com outros meninos. O dia que decidimos fugir, Joseph havia chegado bêbado como sempre em casa. Meus irmãos e eu estávamos escondidos no armário, que era o nosso esconderijo. Ele tinha acabado de dar uma surra na minha mãe e foi atrás da gente. A primeira que ele achou foi eu. Ele me bateu e depois bateu em Edward. Quando ele estava prestes a pegar o Thomas, mamãe veio por trás e bateu com um abajur na cabeça dele, o deixando desmaiado por cima do tapete. Fugimos para o centro da cidade de Toronto. Até que conhecemos alguém que mudaria a nossa vida pra sempre. Bem em uma praça conhecemos Heitor Thompson, um empresário bem-renomado de Los Angeles que por incrível que parece se mostrou um homem muito humilde. Ele ficou impressionado com a beleza da mamãe, que eu chego acreditar que foi amor a primeira vista. No instante que ele a viu, não quis se separar dela. Ofereceu um emprego e uma casa. Mamãe não quis aceitar de imediato, pois não acreditava em nada que vinha tão fácil. Mas depois de um tempo concordou que era uma ótima oportunidade de fugimos de vez. Então ela aceitou. Fomos para Los Angeles. Enquanto mamãe trabalhava na casa, Heitor nos matriculou em escolas particulares e ficou responsável por todo o custo financeiro. A poucas semanas trabalhando lá, mamãe estava se sentindo mal. Acreditava ser pela mudança de clima de uma cidade fria para outra quente. Lembro que ela desmaiou e eu me desesperei. Fiquei com muito medo de perdê-la. Ela estava pálida. Muito parecida como meu pai ficou antes de partir. Eu chorei muito. Não queria perdê-la também. Quando fui até o quarto dela, lá estava ela juntamente com Heitor conversando. Eles estavam sorrindo. Sorrindo? Estranhei. Se mamãe estava doente por que eles estavam sorrindo? Foi quando eles me deram a notícia. Mamãe estava grávida pela sétima vez. Pela primeira vez eu fiquei feliz por ser apenas mais um irmão, e não uma doença. Heitor foi super atencioso com a mamãe. A acompanhou em todas as consultas, e sem falar que sempre estava presente na nossa criação. Me levava nas aulas de lutas. Levava Edward e Thomas nos jogos. Ajudava Benjamin nos deveres de casa. Levava Jade nas aulas de balé. E sempre brincava com Sophie. A vida na mansão se tornou algo mágico para todos nós. Tínhamos acesso a todo. Video-games, computadores, vários brinquedos. E sem contar que nos sentíamos amados de verdade por uma figura masculina. Heitor em tão pouco tempo se tornou um pai para todos nós. Não demorou muito para ele se apaixonar pela mamãe e a pedir em casamento. Eles se casaram, poucos meses antes da Daphne nascer. E desde então, a nossa vida mudou. Passamos de invisíveis para totalmente visíveis para a sociedade. Heitor nos assumiu como filhos e nos colocou o sobrenome Thompson. Agora eramos Thompson's. E em tão pouco tempo nos tornamos um clã.Eloise ThompsonNunca imaginei que um dia meu sonho de dezesseis anos fosse se tornar real.Na verdade, eu nunca imaginei diversas outras coisas. Nunca imaginei que um dia fosse me tornar bilionária, comparado a vida que eu e minha família tínhamos há doze anos atrás. Passamos por tantas lutas, e vencemos.Hoje seria um dos dias mais importantes da minha vida. Eu estava tão perto de conseguir ser a presidente da empresa do meu pai. Esse é o meu sonho, desde os dezesseis, assumir a Stylus Thompson a empresa que a família Thompson criou, e a que meu pai, Heitor Thompson trabalha há anos.Depois de anos sonhando, por fim estava se tornando realidade. Agora mais do que nunca eu seria uma empresária bem renomada.Dou mais uma ajeitada no meu blazer branco e dou um sorriso ao ver que combinou perfeitamente com meu escarpam azul-marinho. Passo meu batom vermelho e sorrio. Estava na hora. Hoje era o dia que a empresa passaria para o meu nome, então eu deveria estar impecável. E não podia
Se tem uma coisa que eu nunca superei na vida foi o meu passado, e tudo que sofri quando tinha doze anos e morava no Canadá. Nunca esqueci das vezes que o Joseph tentava me molestar. Eu nunca pensei que um dia ele seria capaz de fazer uma coisa dessa. No começo eu achava que Joseph tinha por mim um carinho tão grande por mim como por Jade e Sophie. Um carinho de pai para filha. Eu não me lembro qual era a intensidade do carinho que meu verdadeiro pai tinha por mim, mas sabia que era o mais incondicional e amoroso possível. Pelas coisas que mamãe dizia, Gregory me amava mais do que tudo no mundo. Eu era o seu tesouro, assim como meus irmãos. Mas com Joseph eu sentia que aquele não era um carinho paternal. O jeito que ele me olhava não era o mesmo que um pai deveria olhar para a filha. Era bem diferente. Um olhar maldoso.Uma garota de doze anos nunca esqueceria aquele olhar. Mas infelizmente, ele ainda me assombrava todas as noites em pesadelos. Mesmo tendo passado anos e anos es
Michael DallasAntes de ser contratado por Heitor Thompson eu já havia ouvido poucas e boas sobre aquela família. Os Thompson's. Eles não eram de se envolver em escândalos, mas não tinham uma boa reputação. Começando pelos filhos.As irmãs Thompson tinham personalidades diferentes, e a mais diferenciada das quatro era a mais velha. Eloise Thompson. Eu já sabia tudo sobre aquela mulher, já que sempre estava nas revistas de fofoca, conhecida por ser uma pessoa fria e exigente - além, de ser a empresária que mais demite funcionários num mês.De alguma forma eu sabia que podia ter entrado numa fria a partir do momento em que pisei na mansão Thompson's e a vi pela primeira vez. Eu nunca tinha a visto pessoalmente, mas naquele momento toda a história que ouvi sobre ela nunca havia feito tanto sentido. Um barulho de salto alto ecoou sobre as escadas, eu subiu o olhar e lá estava ela. Radiante.Ela era alta e tinha várias curvas. Seus cabelos eram compridos e escuros como os de todos os Thom
Eloise ThompsonUm dia de trabalho. Era tudo que eu precisava.Odiava ficar parada, mas ao mesmo tempo amava ficar sobre o conforto dos meus pais. Principalmente, o da mamãe. De alguma maneira me fazia sentir uma criança novamente. Eu adorava o jeito doce e maternal que mamãe nos tratava, ela fala que sempre seremos seus bebês, mesmo a deixando com cabelos brancos na maioria das vezes.Soltei um suspiro enquanto encarava a amostra laranja na frente. Mesmo adorando trabalhar, eu odiava ter que lidar com diversos assuntos burocrático, como supervisão de cores que eu claramente não escolhi.Eu havia contrato uma pessoa para essa função, porém com ela não havia dado certo então eu mesma passei a supervisionar tudo.Morel Thompson era a minha marca.Eu sonhava que um dia, a empresa a qual me dediquei por cinco anos fosse crescer algum dia. Mas não botava fé, sei que talvez ou bem provável que ela nunca ultrapassaria Stylus Thompson. N
Acordei pontualmente no horário que sempre acordava. Às sete. Me levantei e fui para o banheiro onde fiz minhas higienes matinais. Depois tomei um banho e me arrumei. Dessa vez eu peguei uma roupa mais formal que tinha no guarda-roupa. Eu tinha que está perfeita. Já que naquela manhã teria uma reunião com um dos acionistas com quem eu estava fechando contrato.Suspirei ao ver meu reflexo do espelho.Sempre gostei de estar vestida com os melhores looks. Uma mulher bem vestida é uma mulher determinada ao sucesso.Fui para cozinha onde me deparei com May, minha funcionária. Eu havia contratado May a três anos, assim que sai da casa dos meus pais. May era bastante competente e era uma das únicas pessoas que nunca me decepcionou - o que era raro.- Você está deslumbrante como sempre, Eloise - elogiou May, assim que eu me sentei na cadeira.- Obrigada - sorrio. - Como foi o seu final de semana? Imagino que tenha divertido bastante - perguntei e
- Soube que a reunião não saiu como o esperado. Os acionistas não fecharam o contrato e Eloise está uma fera! - comentou Lauren, a recepcionista.- Eu não entendo. Dessa vez tinha tudo pra dar certo - murmurou Sam.- Eloise deve está muito sobrecarregada. Isso é muita responsabilidade, coitada. Sorri. Mesmo que Eloise os tratassem mal na maioria das vezes, eles ainda se preocupavam com ela. Era lindo de ver todo o amor e carinho que todos tinham por ela.- Você devia ir na sala dela e conversar. - sugeriu Lauren dando de ombros.- Por que eu? - Sam arqueou as sombracelhas. - Porquê você é o assistente. Conhece ela melhor do que todo mundo. - Eu me recuso a ir na sala dela! Lembra do que aconteceu ano passado? Ela me acertou um abajur. Um abajur! - disse Sam.Arqueei as sombracelhas. Eu sabia o quanto Eloise era mandona e exigente, mas não fazia ideia de que ela também fosse o tipo de chefe que joga coisas nas
Eloise recordou um beijo emocionante. Thomas, meu irmão, chegou da França. Conversamos sobre Joseph, um passado sombrio da família. Thomas duvidou que Joseph buscasse vingança por dinheiro.Mudando de assunto, Thomas notou que eu estava sorrindo e perguntou sobre um possível namorado. Claro que eu neguei. Thomas me lembrou sobre o nosso acordo de avaliar namorados. – Isso não se aplica a mim — eu disse.— Direitos iguais para todos nós. — Thomas discordou.— Não estou namorando.Ele debochou da minha cara por um momento me fazendo revirar os olhos. Thomas saiu, mencionando um jantar familiar para celebrar sua volta. — Mamãe faz isso todos os anos — eu disse.— Tradição de familia — Ele respondeu.♡♡♡Eu e Michael caminhávamos para o apartamento em silêncio. A brisa me lembrava meu pai e nossas aventuras de bicicleta. Sentia falta dele.Michael recebeu uma ligação: Thobias estava doente. — Meu pai enviará outro? — perguntei. Michael respondeu que cobriria o turno. — Vinte e quatro
EloiseCada toque...Cada amasso...Cada beijo...Trazia uma sensação de vulnerabilidade que nenhum outro homem conseguiu despertar em mim. O poder de uma rendição, talvez. Não. Eu não podia me render tão fácil para um homem que eu mal conhecia, e o pior, um homem que além de tudo ficaria sempre por perto já que é meu segurança particular. Eu não me renderia. Não tão rápido. Por um momento eu desejei que nada atrapalhasse, mas o destino não foi muito ao meu favor. Ou era um sinal. - Que merda está acontecendo aqui, Eloise? - perguntou Benjamin, meu irmão.Rapidamente me levantei ajeitando o vestido.- Vocês estavam...- Não! - respondi rápido. - Não estávamos. - Mas eu vi seus... seios.Senti meu rosto rapidamente perdeu a cor. O meu irmão acabou de ver meu seios. Meu irmão. - Não é o que está pensando - atalhou ela.- Ah não? Vai me dizer que