Eloise Cada toque, cada beijo, me deixava vulnerável de um jeito que nunca tinha sentido. Era como se meu coração acordasse de repente. Mas eu não podia me apaixonar pelo meu segurança! Ele estava sempre por perto, e isso era perigoso. Por um momento, quis ignorar tudo e ver onde aquela conexão nos levaria. Mas a realidade era dura: ele trabalhava para mim. E se as coisas desandassem? Meu coração e minha cabeça estavam em guerra. Um lado pedia prudência; o outro, paixão. Eu precisava decidir: seguir meu instinto ou manter distância? Uma coisa era certa: nada seria como antes. - Que merda está acontecendo aqui, Eloise? - perguntou Benjamin, meu irmão. Rapidamente me levantei ajeitando o vestido, e tirando um pouco da grama do jardim. - Vocês estavam... - Não! - respondi rápido. - Não estávamos. - Mas eu vi seus... seios. Senti meu rosto rapidamente perdeu a cor. O meu irmão acabou de ver meu seios. Meu irmão. - Não é o que está pensando - atalhou ela. — Uma abelha te picou
Jamais imaginei que um dia deixaria um segurança dormi no meu apartamento. E muito menos que o deixaria tomar banho no meu chuveiro. Mesmo Michael não sendo um funcionário comum. Ele era a pessoa que passava o dia todo me protegendo. A pessoa que era paga a dar a vida por mim se fosse preciso. E o atrevido que teve a audácia de me beijar. Não que eu não tivesse adorado o beijo, e o jeito como ele me tocou no jardim. Eu adorei cada detalhe, mas nunca, nunquinha admitiria isso. De certa, forma eu sabia o que Michael fazia com meu corpo quando estava a míseros centímetros por perto. Eu sabia o quanto as batidas do meu coração aceravam a cada movimento. Como eu odiava ser vulnerável. Ouvir a voz dele me chamar. - O que é? - perguntei do outro lado da porta. - Você esqueceu de me dar a toalha. Revirei os olhos e fui buscá-la em outro quarto. Quando voltei, bati na porta. E outra vez. Mas não obtive resposta. - Michael! A toalha. Nada. Pensei se seria uma boa ideia abrir a porta e
A loira correu em minha direção me abraçando pelo pescoço e depositando vários beijos no meu rosto. — Você não imagina o quanto eu senti a sua falta! — Eu posso imaginar — respondi a afastando devagar. — Está tudo bem? Ela me soltou rapidamente e sua expressão mudou. — Eu estou péssima! Você sumiu por dias! — gritou irritada. — Não me mandou uma mensagem perguntando como eu estou ou se estou bem! — Olha, Marina, você sabe bem como é o meu trabalho. — Eu sei que você virou a noitada com os seus amigos. — ela cruzou os braços. — Não minta pra mim Michael! Revirei os olhos. A relação entre mim e Marina era complicada. A gente se conheceu em uma balada quando Marina tinha acabado de ser deixada no altar pelo noivo. De algum jeito eu a fiz sorrir, mesmo aquele sendo o pior dia da vida dela. E desde então, viramos melhores amigos. No começo era só isso. Até que um dia Marina resolver me pedir em namoro, mas eu não aceitei. Não gostava dela do jeito que ela queria. Então ela propôs um
No dia seguinte, tudo foi normal. Michael nem me olhou e ficou o dia todo em silêncio. Eu não parava de me perguntar o que estava rolando na cabeça dele. Aquilo estava me deixando louca, e eu até sentia falta de conversar com ele! — Sra. Thompson? — chamou Kristal, na porta, segurando uma pasta. Eu desviei os olhos do computador. — Os acionistas já estão me esperando, né? — ela assentiu. Eram 8h35. Cinco minutos de atraso. Suspirei. — Obrigada, Kristal. Avisa que eu já vou – disse, me levantando e arrumando os papéis. — Quer um café na sala? — ofereceu-se ela, preocupada. — Um cappuccino, por favor! — sorri. Kristal assentiu e saiu. Eu estava completamente esgotada. A noite fora uma corrida contra o relógio para resolver os problemas de marketing da empresa. Mal tive tempo para estudar para aquela reunião importante, e agora meu estômago rugia de fome. Sempre sonhei em seguir os passos do meu pai, um empresário bem-sucedido, mas a realidade era bem diferente. A pressão era
Eloise Thompson O alarme despertou. Estiquei os braços e o desliguei ainda sonolenta. Era um domingo um dia que eu não trabalharia e passaria a tarde inteira deitada na cama. E eu ia até que um braço se envolveu na minha cintura me fazendo dar um grito. Instantaneamente me virei e lá vi Michael. Ele estava completamente nu e deitado ao meu lado. Ah meu Deus! Flashblack da noite anterior vieram à tona e na hora e logo me dei conta da merda que fez. Fui pra cama com Michael. O meu segurança! Como eu pude ser tão baixa? Eu queria dar uma surra em mim mesma por ter sido tão burra. Como eu pude? Eu mal o conhecia e dei pra ele. Minha mãe com certeza ficaria envergonhada se soubesse. E meu pai? Bem, nem se fala. Uma coisa era certa, eu estava ainda pior por ter gostado de cada detalhe. Sem perceber eu estava sorrindo. — Pelo visto teve ótimos sonhos. — Michael disse com a voz rouca. Voltei a realidade ao ver o homem me encarando com um sorriso escancarado nos lábios.
Eloise Thompson Disparava pelos corredores do hospital, meus passos ecoando. O cheiro de desinfetante e o som de máquinas me transportavam de volta ao passado.O hospital era um pesadelo que me perseguia. Toda vez que entrava aqui, meu corpo tremia de revolta e medo. A dor aguda e sufocante me lembrava do último momento com meu pai.Lembrei-me do seu sorriso fraco, dos seus olhos cansados. Foi em um hospital que ele deu seu último suspiro. Aquele momento se gravou em minha mente como uma ferida aberta.— Eu gostaria de saber sobre a paciente May Baxter. — eu disse a recepcionista que digitou algo no computador. — Ela ainda está em observação. A senhora é Eloise Thompson?— Sou eu sim.— Você era o único contato que tinha na agenda dela. O que você é da Sra. Baxter?— Eu... sou amiga dela.— Ela tem sorte em ter você. Pelo menos a menina não vai ficar sozinha. — ela apontou para Daisy que estava sentada no sofá olhando para o chão.— Daisy! — caminhei até a menina. — Como você está?
Eloise Thompson Algumas semanas se passaram e tudo mudou. Uma semana havia se passado desde que May partiu. As coisas não foram nada fáceis. Eu me mudei para a mansão já que não conseguia morar no meu apartamento, por me lembrar da May... Fazia uma semana que eu não saia de casa. Que não ia no trabalho. Eu estava devastada. Não tinha vontade de fazer nada. Nem comer.— Minha filha... — papai disse da porta do quarto. — Você não comeu nada de novo?- Estou sem fome papai. - eu respondi baixinho ainda com a coberta na cabeça.- Sabe que precisa se alimentar, não sabe? Ele se aproximou da cama e se sentou.- Só não estou com vontade...- Eu sei disso - ele afagou carinhosamente meus cabelos, como sempre fazia quando eu era pequena - Quer conversar? Faz um tempo que não conversamos sobre o que aconteceu.Me sentei na cama, com um pouco de dificuldade já que eu ficava horas na mesma posição. Papai de fato era um ho
Michael DallasUm erro.Tudo não passou de um erro.Eloise Thompson sabia muito bem como ferir alguém. Eu já devia saber que ela era desse tipo, e mesmo assim cai na besteira de me envolver.Aquela mulher era extremamente diferente de todas que eu já havia conhecido. Diferente das outras, ela era a que não transparência e era bem difícil vê se ela tinha algum tipo de interesse.Eloise Thompson de fato, era fria e calculista como todos diziam. Uma mulher como ela podia ser o terror de todos os homens da terra.Dessa vez, eu sabia que havia me dado muito mal, pois estava complemente apaixonado por ela. E me odiava muito por gostar de alguém como Eloise Thompson.Eu me odiava de verdade por não conseguir ficar um segundo se quer sem pensar nela. No fundo eu sabia perfeitamente o que devia fazer. Com, certeza seria a decisão mais sensata a se fazer nesse caso.Pedi demissão. Eu estava disposto a