Eloise Thompson
Nunca imaginei que um dia meu sonho de dezesseis anos fosse se tornar real. Na verdade, eu nunca imaginei diversas outras coisas. Nunca imaginei que um dia fosse me tornar bilionária, comparado a vida que eu e minha família tínhamos há doze anos atrás. Passamos por tantas lutas, e vencemos. Hoje seria um dos dias mais importantes da minha vida. Eu estava tão perto de conseguir ser a presidente da empresa do meu pai. Esse é o meu sonho, desde os dezesseis, assumir a Stylus Thompson a empresa que a família Thompson criou, e a que meu pai, Heitor Thompson trabalha há anos. Depois de anos sonhando, por fim estava se tornando realidade. Agora mais do que nunca eu seria uma empresária bem renomada. Dou mais uma ajeitada no meu blazer branco e dou um sorriso ao ver que combinou perfeitamente com meu escarpam azul-marinho. Passo meu batom vermelho e sorrio. Estava na hora. Hoje era o dia que a empresa passaria para o meu nome, então eu deveria estar impecável. E não podia esquecer de fazer a minha melhor cara de surpresa quando eu for sambar na cara da Hilary Cowper. A vadia da empresa que não tem utilidade nenhuma a não ser dar em cima de homens ricos e bem- sucedidos, inclusive dos meus três irmãos patetas. - Você está linda, irmã - elogiou Sophie. - Essa roupa realçou ainda mais os seus olhos. - Obrigada, Soff. - joguei uma piscadela pra ela. Minha irmã, Sophie adorava tudo que girava em torno da moda. Ela tinha o dom, para ser uma estilista renomada só não sabia disso ainda. - Não acha que está arrumada demais pra um dia normal de trabalho? - indagou Benjamin. - Não, eu não acho. É hoje que o papai vai me passar a presidência e eu tenho que está radiante! - mordo um pedaço da maçã que estava em cima da mesa. Minha mãe se levantou com um sorriso orgulhoso. Ela era uma mulher linda, tinha um corpo naturalmente cheio de curvas, mais do que qualquer mulher de quarenta e poucos anos que teve sete filhos poderia ter. - Você está radiante querida. - ela sorriu enquanto tocava carinhosamente meu queixo. - Eu consegui mãe! Eu consegui! - Estou tão orgulhosa de você! - ela me deu um beijo doce e carinhoso na testa. Eu a amava mais do que tudo nessa vida. Ela foi a responsável por toda a minha determinação e sucesso que tive nos últimos anos. Ela me ensinou a nunca desistir de meus objetivos. E, eu a usava como inspiração. - Acho melhor você se apressar - disse Benjamin do outro lado da sala. - Edward está na empresa. - Por que Edward estaria na empresa? - perguntei estridentemente. - Não é obvio? Ele também quer essas ações tanto quanto você. Edward era o gêmeo mal. Podíamos até ser gêmeos, mas éramos opostos. Enquanto eu lutava para seguir os passos do papai e me tornar uma empresária renomada, Edward gostava de curtir como se não o amanhã. Ele não gostava de ter responsabilidades. - Ele não pode querer a presidência! Isso não é justo. - Bom, acho que vocês dois tem o mesmo direitos, pelo fato de serem gêmeos. - Isso não tem nada haver! - É, claro que tem. Ainda mais, que ele é homem. As políticas empresáriais é muito clara quando diz que quando são um casal de gêmeos herdando a presidência, as ações automaticamente são passadas para o herdeiro homem. No caso, o Edward. - Isso é machista! Não vale! - resmungou Sophie. Eu não ia deixar isso barato. Edward sabia mais do que ninguém o quanto aquilo era importante pra mim. Eu só não entendia o motivo de ele ter mudado de opinião do nada. - O que vai fazer, mana? - perguntou Sophie e eu dei um sorriso que todos conheciam muito bem. - Eloise, por favor me diz que não vai fazer nenhum escândalo - Mamãe perguntou com cautela. Rapidamente saio da mansão e avistou o motorista do lado de fora me esperando. Entro no carro e peço para Andrews seguir o mais rápido possível. Em vinte minutos eu já estava em frente a Stylus Thompson. Saio de dentro do carro rapidamente e caminho em direção ao elevador com passos rápidos. Algumas pessoas que estavam no elevador falando sobre algo aleatório rapidamente se calaram. Eu gostava de saber que tinha esse poder sobre as pessoas. Quando a porta do elevador se abriu, fui direto para a sala do papai, e lá abrir a porta bruscamente quase a arracando do lugar. - Eloise! - Papai me olha surpreso. - Isso é jeito de entrar na minha sala? - Papai... - soltei um breve suspiro, ao notar uns homens sentados lá. - Você não pode passar as ações para o Edward. - E por que não? - Edward se levantou. - Acho que tenho os mesmos direito que você! - Acho que pelo simples fato de que você nunca quis essas ações! - retruquei irritada, com uma vontade absurda de jogá-lo do 12° andar daquele prédio. - É verdade. Eu nunca quis. Mas repensei muito sobre o assunto e agora eu quero. É o meu dever como primogênito Thompson. - ele dizia enquanto brincava com uma caneta sobre os dedos e com o ar de deboche que ela odiava com todas as forças. Ah, se não tivesse tantas testemunhas aquela caneta ia descer de uma forma quadrada pela garganta dele. - Primogênito Thompson? Fala sério! Nós dois sabemos que eu sou a mais velha! Então eu deveria assumir e não você! - sibilei. - Eloise... - Edward caminhou lentamente em minha direção. - Você veio doze minutos antes de mim. Que diferença faz? - Faz toda a diferença! - olho para o meu pai. - Papai eu me esforcei muito pra isso. Não é justo você passar tudo para Edward! - Filha... - Eloise o jeito é você aceitar. Sou eu o filho herdeiro mais velho. - Já disse que isso não faz a menor diferença! - Senhor Thompson, vejo que agora não é o melhor momento para essa reunião. - Disse um dos homens ali, se levantando. - Sim, ele tem razão. - o outro também se levantou. - Melhor terminarmos ela amanhã. - Esperem eu... - papai tentou impedi-los de sair, mas foi tarde demais. - Ótimo. Agora saiam daqui. A reunião está encerrada! Os dois homens saíram. - Viu! - apontou Edward. - É por esse motivo que você não pode ser a presidente da empresa. É completamente descontrolada e surta com qualquer coisa. - Serei uma ótima presidente, meu querido irmão. Disso eu tenho certeza. - dei um sorriso. - Demitindo mais de trinta pessoas por mês até eu. - ele disse, me fazendo revirar os olhos. - Já parou pra pensar que a maioria dessas pessoas que você manda embora simplesmente por não alcançar a "perfeição divina de Eloise", realmente depende desse emprego pra se sustentar? - Não preciso ouvir sermão de você. Você é o que menos tem moral de me dizer alguma coisa. Pelo menos eu fui responsável e corri atrás depois que terminei a faculdade, e você? Continua sendo o que sempre foi. Um irresponsável! - Se pra ser alguém responsável eu precise ser uma pessoa fria e calculista como você, irmã, eu estou muito feliz sendo como eu sou. - Edward deu de ombros. - Tá bom, já chega. Temos muito o que fazer e eu não posso cancelar outra reunião por causa de vocês. - papai pigarreou. - Eloise por enquanto é melhor que fique apenas como acionista. Deixarei Edward temporariamente na presidência. Edward comemorou para o desgosto da irmã. - Isso não é justo! - retruquei, me controlando ao máximo para não esguelar Edward que fazia uma dancinha da vitória ridícula pra mim. - Eu passei anos me dedicando e trabalhando duro pra conseguir isso. - Eu sinto muito minha filha, mas você não está preparada. - E você acha que ele... - aponto para Edward que no exato momento parou a dança. - Está preparado? Edward não entende nada de finanças. Ele nunca se quer fez nada mais do que preencher formulários. Isso não é justo! - Ei, isso não é verdade! - se defendeu. - Ele não precisa ter experiências com as finanças - papai o defendeu. - Ah, não? - Eloise colocou as mãos na cintura, e estreitou os olhos. - Pai, eu passei anos da minha vida estudando e me dedicando pra você simplesmente entregar o meu sonho pra alguém totalmente inexperiente! - Com um tempo ele irá aprendendo. É temporário. - Isso é tão ridículo! - eu disse irritada. - É irmãzinha, eu venci - Edward meu deu um leve tapa na cabeça. Irritada, eu sai da sala de reuniões. Eu odiava o fato de meu irmão ser imaturo e ao mesmo tempo fazer com que tudo girasse ao seu redor. Eu entendia o que o pai estava fazendo por Edward, mas não aceitava. Aquilo era injusto. Desde muito nova aprendi a amadurecer sozinha, sem a ajuda de ninguém. Nunca gostei de depender das pessoas para conseguir o que queria. Mas com Edward, as coisas sempre foram muito diferentes. Ele sempre tinha a ajuda do papai ou da mamãe pra tudo. Quando eu estava prestes a atravessar a rua um carro parou na minha frente bruscamente e um homem que eu não via a anos desceu do carro. Não tive outra escolha a não ser correr pela calçada. Aquilo só podia ser um pesadelo. Era um pesadelo. A qualquer momento eu vou acordar e... O infeliz conseguiu me alcançar e me segurar pelo seu braço. Comecei a me debater para que ele me soltasse. Não era possível que o logo no centro de Los Angeles ninguém estivesse vendo aquela cena. - Te achei! - a voz de Joseph ecoava em meus ouvidos me fazendo tremer por inteira. - Me solta! - eu tentava a todo me soltar das mãos soadas e pegajosas daquele homem nojento. - Eu falei pra você não agir como uma vadia nojenta, e foi exatamente o que você fez! - Joseph segurou minhas duas mãos para trás me impedindo de tentar lutar. - Socor.... - Se gritar vai ser pior! Sem pensar duas vezes eu balancei os quadris para o lado e com o cotovelo livre eu lhe acerto nos testículo. Joseph me soltou, e com isso eu tive tempo de o empurrar contra o chão e correr em direção a Stylus Thompson. - Eloise - Edward se aproximou com uma expressão preocupada. - O que aconteceu? Um alívio tomou conta de mim ao ver meu irmão, e sem pensar duas vezes, eu esqueci o quão puta eu estava com ele e o abracei. - O Joseph... Ele está em Los Angeles.Se tem uma coisa que eu nunca superei na vida foi o meu passado, e tudo que sofri quando tinha doze anos e morava no Canadá. Nunca esqueci das vezes que o Joseph tentava me molestar. Eu nunca pensei que um dia ele seria capaz de fazer uma coisa dessa. No começo eu achava que Joseph tinha por mim um carinho tão grande por mim como por Jade e Sophie. Um carinho de pai para filha. Eu não me lembro qual era a intensidade do carinho que meu verdadeiro pai tinha por mim, mas sabia que era o mais incondicional e amoroso possível. Pelas coisas que mamãe dizia, Gregory me amava mais do que tudo no mundo. Eu era o seu tesouro, assim como meus irmãos. Mas com Joseph eu sentia que aquele não era um carinho paternal. O jeito que ele me olhava não era o mesmo que um pai deveria olhar para a filha. Era bem diferente. Um olhar maldoso.Uma garota de doze anos nunca esqueceria aquele olhar. Mas infelizmente, ele ainda me assombrava todas as noites em pesadelos. Mesmo tendo passado anos e anos es
Michael DallasAntes de ser contratado por Heitor Thompson eu já havia ouvido poucas e boas sobre aquela família. Os Thompson's. Eles não eram de se envolver em escândalos, mas não tinham uma boa reputação. Começando pelos filhos.As irmãs Thompson tinham personalidades diferentes, e a mais diferenciada das quatro era a mais velha. Eloise Thompson. Eu já sabia tudo sobre aquela mulher, já que sempre estava nas revistas de fofoca, conhecida por ser uma pessoa fria e exigente - além, de ser a empresária que mais demite funcionários num mês.De alguma forma eu sabia que podia ter entrado numa fria a partir do momento em que pisei na mansão Thompson's e a vi pela primeira vez. Eu nunca tinha a visto pessoalmente, mas naquele momento toda a história que ouvi sobre ela nunca havia feito tanto sentido. Um barulho de salto alto ecoou sobre as escadas, eu subiu o olhar e lá estava ela. Radiante.Ela era alta e tinha várias curvas. Seus cabelos eram compridos e escuros como os de todos os Thom
Eloise ThompsonUm dia de trabalho. Era tudo que eu precisava.Odiava ficar parada, mas ao mesmo tempo amava ficar sobre o conforto dos meus pais. Principalmente, o da mamãe. De alguma maneira me fazia sentir uma criança novamente. Eu adorava o jeito doce e maternal que mamãe nos tratava, ela fala que sempre seremos seus bebês, mesmo a deixando com cabelos brancos na maioria das vezes.Soltei um suspiro enquanto encarava a amostra laranja na frente. Mesmo adorando trabalhar, eu odiava ter que lidar com diversos assuntos burocrático, como supervisão de cores que eu claramente não escolhi.Eu havia contrato uma pessoa para essa função, porém com ela não havia dado certo então eu mesma passei a supervisionar tudo.Morel Thompson era a minha marca.Eu sonhava que um dia, a empresa a qual me dediquei por cinco anos fosse crescer algum dia. Mas não botava fé, sei que talvez ou bem provável que ela nunca ultrapassaria Stylus Thompson. N
Acordei pontualmente no horário que sempre acordava. Às sete. Me levantei e fui para o banheiro onde fiz minhas higienes matinais. Depois tomei um banho e me arrumei. Dessa vez eu peguei uma roupa mais formal que tinha no guarda-roupa. Eu tinha que está perfeita. Já que naquela manhã teria uma reunião com um dos acionistas com quem eu estava fechando contrato.Suspirei ao ver meu reflexo do espelho.Sempre gostei de estar vestida com os melhores looks. Uma mulher bem vestida é uma mulher determinada ao sucesso.Fui para cozinha onde me deparei com May, minha funcionária. Eu havia contratado May a três anos, assim que sai da casa dos meus pais. May era bastante competente e era uma das únicas pessoas que nunca me decepcionou - o que era raro.- Você está deslumbrante como sempre, Eloise - elogiou May, assim que eu me sentei na cadeira.- Obrigada - sorrio. - Como foi o seu final de semana? Imagino que tenha divertido bastante - perguntei e
- Soube que a reunião não saiu como o esperado. Os acionistas não fecharam o contrato e Eloise está uma fera! - comentou Lauren, a recepcionista.- Eu não entendo. Dessa vez tinha tudo pra dar certo - murmurou Sam.- Eloise deve está muito sobrecarregada. Isso é muita responsabilidade, coitada. Sorri. Mesmo que Eloise os tratassem mal na maioria das vezes, eles ainda se preocupavam com ela. Era lindo de ver todo o amor e carinho que todos tinham por ela.- Você devia ir na sala dela e conversar. - sugeriu Lauren dando de ombros.- Por que eu? - Sam arqueou as sombracelhas. - Porquê você é o assistente. Conhece ela melhor do que todo mundo. - Eu me recuso a ir na sala dela! Lembra do que aconteceu ano passado? Ela me acertou um abajur. Um abajur! - disse Sam.Arqueei as sombracelhas. Eu sabia o quanto Eloise era mandona e exigente, mas não fazia ideia de que ela também fosse o tipo de chefe que joga coisas nas
Eloise recordou um beijo emocionante. Thomas, meu irmão, chegou da França. Conversamos sobre Joseph, um passado sombrio da família. Thomas duvidou que Joseph buscasse vingança por dinheiro.Mudando de assunto, Thomas notou que eu estava sorrindo e perguntou sobre um possível namorado. Claro que eu neguei. Thomas me lembrou sobre o nosso acordo de avaliar namorados. – Isso não se aplica a mim — eu disse.— Direitos iguais para todos nós. — Thomas discordou.— Não estou namorando.Ele debochou da minha cara por um momento me fazendo revirar os olhos. Thomas saiu, mencionando um jantar familiar para celebrar sua volta. — Mamãe faz isso todos os anos — eu disse.— Tradição de familia — Ele respondeu.♡♡♡Eu e Michael caminhávamos para o apartamento em silêncio. A brisa me lembrava meu pai e nossas aventuras de bicicleta. Sentia falta dele.Michael recebeu uma ligação: Thobias estava doente. — Meu pai enviará outro? — perguntei. Michael respondeu que cobriria o turno. — Vinte e quatro
EloiseCada toque...Cada amasso...Cada beijo...Trazia uma sensação de vulnerabilidade que nenhum outro homem conseguiu despertar em mim. O poder de uma rendição, talvez. Não. Eu não podia me render tão fácil para um homem que eu mal conhecia, e o pior, um homem que além de tudo ficaria sempre por perto já que é meu segurança particular. Eu não me renderia. Não tão rápido. Por um momento eu desejei que nada atrapalhasse, mas o destino não foi muito ao meu favor. Ou era um sinal. - Que merda está acontecendo aqui, Eloise? - perguntou Benjamin, meu irmão.Rapidamente me levantei ajeitando o vestido.- Vocês estavam...- Não! - respondi rápido. - Não estávamos. - Mas eu vi seus... seios.Senti meu rosto rapidamente perdeu a cor. O meu irmão acabou de ver meu seios. Meu irmão. - Não é o que está pensando - atalhou ela.- Ah não? Vai me dizer que
Jamais imaginei que um dia deixaria um segurança dormi no meu apartamento. E muito menos que o deixaria tomar banho no meu chuveiro. Mesmo Michael não sendo um funcionário comum. Ele era a pessoa que passava o dia todo me protegendo. A pessoa que era paga a dar a vida por mim se fosse preciso. E o atrevido que teve a audácia de me beijar. Não que eu não tivesse adorado o beijo, e o jeito como ele me tocou no jardim. Eu adorei cada detalhe, mas nunca, nunquinha admitiria isso. De certa, forma eu sabia o que Michael fazia com meu corpo quando estava a míseros centímetros por perto. Eu sabia o quanto as batidas do meu coração aceravam a cada movimento. Como eu odiava ser vulnerável. Ouvir a voz dele me chamar.- O que é? - perguntei do outro lado da porta.- Você esqueceu a toalha.Revirei os olhos e fui buscá-la em outro quarto. Quando voltei, bati na porta. E outra vez. Mas não obtive resposta. - Michael! A toalha.Nad