Acordei pontualmente às 7h, seguindo minha rotina matinal precisa. Após as higiene pessoal e um banho revigorante, escolhi um traje formal do meu guarda-roupa, optando por um conjunto de tailleur preto e uma blusa de seda branca. Hoje era especial: uma reunião crucial com um importante acionista para fechar um contrato.
Ao me olhar no espelho, um suspiro de confiança escapou. Meu reflexo mostrava uma mulher elegante e determinada. Sempre acreditei que um look perfeito é sinônimo de sucesso. Ajustei o colar de pérolas e verifiquei se meu cabelo estava perfeitamente arrumado. Peguei minha pasta e revisei os documentos da reunião. Estava preparada para impressionar. A confiança e a competência seriam minhas aliadas. Antes de sair, lancei um olhar pela janela. O dia prometia ser perfeito. Ao entrar na cozinha, encontrei May, minha leal funcionária, preparando o café da manhã. — Você está deslumbrante, Eloise — disse ela, com um sorriso sincero. — Obrigada. — respondi, sentando-me à mesa. — E o seu final de semana? Divertido? May deu um sorriso desanimado. — Na correria, como sempre. — Seu olhar baixo revelava preocupação. Percebi algo mais. — Tem certeza? Você não parece bem, May. — Estou ótima... Não precisa se preocupar, Eloise. Você já fez tanto por mim e Daisy. — respondeu, evitando meu olhar. — May, você é mais que uma funcionária. É uma amiga. Confie em mim. — insisti, estendendo a mão sobre a mesa. Ela suspirou. — Você é incrível. Quero que Daisy seja tão forte quanto você. — Será. — garanti. — Pelo menos no que depender de mim. Você é um exemplo para ela, May. Uma mãe dedicada e corajosa. May sorriu fracamente. — Obrigada, Eloise. Você sempre sabe como me animar. May tinha vinte e dois anos e tinha uma filha de quatro anos, a pequena Daisy. Era mãe solteira, tinha passado por muita coisa. E eu havia feito tudo que estava em meu alcance para ajudá-la. May raramente pedia ajuda, e isso, era um dos pontos que eu mais adorava nela. A humildade. Mas ao mesmo tempo não gostava de vê-la passando pelas coisas sem desabafar. Ela não tinha muito com quem contar. Após um silêncio, May continuou: — Eloise, tinha um homem lá fora quando cheguei. Usava terno e gravata. Chama-se Michael, ele disse que é o segurança. Michael. — Sim, o segurança que meu pai contratou. — Ele é um peixão! Eloise fez uma careta, tentando esconder o rubor. — Ele nem é tão bonito assim — disse, tentando convencer May, mas sem sucesso. May sorriu maliciosa. — Ah, não minta! Ele é um gato mesmo! E parece competente também. Eloise suspirou, lembrando das palavras de Sam. — Todo mundo parece achar ele atraente, menos eu. — menti. — Mas não quero precisar dele. Quero minha liberdade. May's expressão se tornou séria. — Seu padrasto é perigoso. Você precisa estar protegida. Eloise concordou, sentindo um arrepio ao lembrar do sequestro frustrado. — Eu sei... Papai contratou dois seguranças. Thobias fica no turno da noite e Michael durante o dia. May assentiu. — Fizeram bem. Você não pode se arriscar. Eloise olhou para Michael, que aguardava na sala de visitas. — Eu amo a minha liberdade. — Liberdade? Seu padrasto não vai desistir facilmente. Você está correndo perigo, ainda não percebeu, Eloise? Respirei fundo. Ela tinha razão. Mas o real motivo é que algo nele me atrai. — O que acha de chamar-mos Michael para tomar um café? — May perguntou. Me lembri de ontem, quando o deixei do lado de fora sem lhe oferecer nada para comer. Não queria que ele me achasse uma má pessoa. - Não vejo problema. May assentiu e foi em direção a porta. Levei o copo de chá até a boca quando ouviu a voz de Michael preencher o ambiente. Me virei para a porta onde o vi. Michael usava seu terno preto e uma gravata azul que combinava perfeitamente com seus olhos. - Bom dia, Sra. Thompson - ele disse ao se aproximar de mim. - Bom dia, Sr. Dallas - sorri formalmente. - Quer tomar um chá? - ergui o bule com o chá. Michael assentiu e puxou uma cadeira. Se sentando na minha frente. - Obrigado. Enchi um copo e entreguei-o a Michael. Ele agradeceu e bebeu lentamente, lambendo o lábio inferior. Uma onda de calor me invadiu. — Michael, nos conte mais sobre você. Eloise não me deu muitos detalhes. — May interveio. Michael sorriu. — Sou formado em Administração, mas não era minha paixão. Meu pai queria que eu seguisse essa carreira. — Nossa sério? Mas administrador pra segurança tem muita diferença. Ele me olhou intensamente. — Pois é, hoje em dia eu não me vejo como administrador. Eu encontrei meu propósito protegendo pessoas. É gratificante saber que posso fazer diferença. Levantei-me rapidamente. — Precisamos ir. Tenho uma reunião importante. Michael se levantou em seguida limpando a boca em um guardanapo. - O chá estava uma delícia. - ele disse para May que sorriu parecendo nunca ter recebido um elogio de um homem tão bonito e elegante como Michael. É sério? Qualquer mulher se derretia por aquele homem? Antes de May falar um gentil "obrigada", Eloise a interrompeu. - O chá dela sempre está uma delícia. Ela sabe disso. É por isso que ainda está aqui. Michael balançou a cabeça, e se surpreendeu por May não ter ficado sem graça ou ofendida pelo comentário da patroa. Talvez já estivesse acostumada. - E então, vamos? - Claro. Passei na frente dele e fui andando em direção ao elevador. Apertei o botão e esperei alguns minutos até a porta se abrir. Entrei em grande estilo como sempre fazia. Michael entrou atrás de mim e se encostou na parede do elevador. Saí do elevador com Michael. — Não sou de me arrepender, mas peço desculpas por não oferecer comida ontem — eu disse. Michael relaxou. — Não precisa, Eloise. Está tudo bem. — Você não almoça? — perguntei. Ele deu de ombros. — Só quando dá. É a vida de segurança. — Aqui, você não passará fome — prometi. — Vou garantir. Michael me olhou, surpreso com a gentileza. O silêncio entre nós se tornou eletrizante. O elevador parou, e eu saí, deixando-o com uma sensação inesperada. Quando saímos do elevador, uma figura familiar surgiu diante de mim. Hilary Cowper, com seu sorriso calculista. — Eloise Thompson — disse ela, com um sorriso superficial que me irritou. — Hilary — respondi secamente. — Que surpresa! — exclamou ela, olhando para Michael. — Não tão surpreendente, considerando que moro aqui — rebateu eu, controlando meu desagrado. Hilary riu. — Esqueci disso... Agora somos vizinhas. Acabei de me mudar para a cobertura ao lado. Meu sorriso forçado escondia a antipatia que sentia por ela. Michael, atento, observava a cena. Lutei contra a vontade de revirar os olhos. Eu mais do que ninguém odiava aquela mulher. Quando eu tinha treze anos, Hilary descobriu que eu e meus irmãos não eramos filhos biológicos do Heitor Thompson e espalhou para todo mundo. Ela fez com que eu passasse um inferno durante o resto do ensino fundamental. Eu sentia os olhares malvados das pessoas que acreditavam que minha mãe era uma interesseira por se casar com um homem bilionário apenas para sustentar os filhos. Por muito pouco isso não durou muito, e as pessoas aos poucos foram conhecendo minha mãe de verdade e vendo que ela de interesseira não tinha nada. Mesmo que isso tenha sido a muito tempo, eu nunca esqueceu. Foi graças aquela mulher que minha família passou por tudo aquilo. E não era apenas por inventar um falso boato da minha mãe que eu odiava. Hilary trabalhava na Stylus Thompson, era secretária do meu pai e fazia tudo que estava em seu alcance para me prejudicar. Mesmo depois de tudo que ela fez papai resolveu dar uma chance pra ela. - Não sabia que o salário de uma secretária dava pra pagar uma cobertura de luxo. - provoquei. - É aí que você se engana. Eu não sou mais secretária. - Ah, não? Deixe eu adivinhar. Achou um jeito mais fácil de conseguir dinheiro? - dei um sorriso e a olhei de cima a baixo. - Ah, Hilary, eu sabia que esse seu corpinho desnutrido serviria para alguma coisa. Michael prendeu o riso. - O quê? Não! Eu não estou me... - Hilary se interrompeu e pigarreou. - Eu subi de cargo. Agora sou a vice-presidente. Surpresa! Meu sorriso foi embora na hora. Ela só podia estar brincando. Meu pai não seria capaz de colocar a minha arqui-inimiga de infância como vice-presidente da empresa família. Já que ele, mais do que qualquer pessoa, sabia perfeitamente, o quanto eu queria ser a presidente da Stylus Thompson. - Isso não pode ser verdade. - Pergunte para seu pai. — deu um sorriso de deboche. Começo a andar, mas paro ao ouvir Hilary falar: - Você nem me apresentou seu namorado. - Ele não é meu namorado. É meu segurança! A expressão no rosto de Hilary mudou para surpresa. Ela lentamente foi caminhando em direção a Michael. - Prazer meu nome é Hilary. - ela estendeu a mão para Michael e ele a apertou. - Michael. - Um nome bem bonito e bem forte. Com certeza vou te ver mais vezes... Observo enquanto ela descaradamente passava a mão pelo braço de Michael. A vontade de puxá-la pelos cabelos para longe dele era gritante. Aquilo estava me incomodando e eu nem sabia o motivo. Michael era meu segurança, não uma estátua de ouro para as mulheres se derreterem e passarem a mão nele. Eu hein. - Temos muito o que fazer. Vamos, Michael. O puxei pelo braço e o levei em direção ao carro. ♡♡♡ Depois da reunião desastrosa, minha frustração estava no limite. Nada saíra como planejado. Os acionistas cancelaram o contrato crucial. Eu havia seguido à risca os ensinamentos do meu pai, mas ainda assim fracassei. Olhando para a vista de Los Angeles, refleti sobre o ano difícil. Seis contratos por mês era o objetivo, mas nada saía certo. Talvez fosse hora de renovar a equipe. Kristal, minha secretária, entrou na sala. — Senhorita Eloise? — Sim? — respondi, ainda perdida em meus pensamentos. — O Sr. Thompson ligou. Kristal hesitou. — E... sobre a reunião, sinto muito. Sua insegurança me fez questionar. — Kristal, sua performance nas reuniões foi insatisfatória — eu disse, firme. — Sua falta de experiência prejudicou negociações importantes. Kristal chorou. — Sinto muito, senhorita Eloise. Eu tentarei melhorar. — Infelizmente, não dá mais tempo — eu respondi, gentilmente. — Seu contrato será rescindido ao final do mês. Kristal chorando se retirou da minha sala.Michael — Soube que a reunião não correu bem — comentou Lauren, a recepcionista. — Os acionistas não fecharam o contrato e Eloise está furiosa! Sam murmurou: — Eu não entendo. Tinha tudo para dar certo. Lauren acrescentou. — Eloise deve estar sobrecarregada. É muita responsabilidade. Era incrível como todos se preocupam com Eloise, apesar de suas atitudes difíceis. O carinho e dedicação da equipe são realmente tocantes. - Ela precisa de apoio. Você precisa ir falar com ela. - sugeriu Lauren. - Por que eu? - Sam arqueou as sombracelhas. - Porquê você é o assistente. Conhece ela melhor que todo mundo. - Eu me recuso a ir na sala dela! Lembra do que aconteceu ano passado? Ela me acertou um abajur. Um abajur! - disse Sam. Arqueei as sombracelhas. Eu sabia o quanto Eloise era mandona e exigente, mas não fazia ideia de que ela também fosse o tipo de chefe que j**a coisas nas pessoas. Cada dia uma surpresa diferente. - Costuma passar por isso? - me repreendi mentalmente por te
Eloise recordou um beijo emocionante. Thomas, meu irmão, chegou da França. Conversamos sobre Joseph, um passado sombrio da família. Thomas duvidou que Joseph buscasse vingança por dinheiro.Mudando de assunto, Thomas notou que eu estava sorrindo e perguntou sobre um possível namorado. Claro que eu neguei. Thomas me lembrou sobre o nosso acordo de avaliar namorados. – Isso não se aplica a mim — eu disse.— Direitos iguais para todos nós. — Thomas discordou.— Não estou namorando.Ele debochou da minha cara por um momento me fazendo revirar os olhos. Thomas saiu, mencionando um jantar familiar para celebrar sua volta. — Mamãe faz isso todos os anos — eu disse.— Tradição de familia — Ele respondeu.♡♡♡Eu e Michael caminhávamos para o apartamento em silêncio. A brisa me lembrava meu pai e nossas aventuras de bicicleta. Sentia falta dele.Michael recebeu uma ligação: Thobias estava doente. — Meu pai enviará outro? — perguntei. Michael respondeu que cobriria o turno. — Vinte e quatro
Eloise Cada toque, cada beijo, me deixava vulnerável de um jeito que nunca tinha sentido. Era como se meu coração acordasse de repente. Mas eu não podia me apaixonar pelo meu segurança! Ele estava sempre por perto, e isso era perigoso. Por um momento, quis ignorar tudo e ver onde aquela conexão nos levaria. Mas a realidade era dura: ele trabalhava para mim. E se as coisas desandassem? Meu coração e minha cabeça estavam em guerra. Um lado pedia prudência; o outro, paixão. Eu precisava decidir: seguir meu instinto ou manter distância? Uma coisa era certa: nada seria como antes. - Que merda está acontecendo aqui, Eloise? - perguntou Benjamin, meu irmão. Rapidamente me levantei ajeitando o vestido, e tirando um pouco da grama do jardim. - Vocês estavam... - Não! - respondi rápido. - Não estávamos. - Mas eu vi seus... seios. Senti meu rosto rapidamente perdeu a cor. O meu irmão acabou de ver meu seios. Meu irmão. - Não é o que está pensando - atalhou ela. — Uma abelha te picou
Jamais imaginei que um dia deixaria um segurança dormi no meu apartamento. E muito menos que o deixaria tomar banho no meu chuveiro. Mesmo Michael não sendo um funcionário comum. Ele era a pessoa que passava o dia todo me protegendo. A pessoa que era paga a dar a vida por mim se fosse preciso. E o atrevido que teve a audácia de me beijar. Não que eu não tivesse adorado o beijo, e o jeito como ele me tocou no jardim. Eu adorei cada detalhe, mas nunca, nunquinha admitiria isso. De certa, forma eu sabia o que Michael fazia com meu corpo quando estava a míseros centímetros por perto. Eu sabia o quanto as batidas do meu coração aceravam a cada movimento. Como eu odiava ser vulnerável. Ouvir a voz dele me chamar. - O que é? - perguntei do outro lado da porta. - Você esqueceu de me dar a toalha. Revirei os olhos e fui buscá-la em outro quarto. Quando voltei, bati na porta. E outra vez. Mas não obtive resposta. - Michael! A toalha. Nada. Pensei se seria uma boa ideia abrir a porta e
A loira correu em minha direção me abraçando pelo pescoço e depositando vários beijos no meu rosto. — Você não imagina o quanto eu senti a sua falta! — Eu posso imaginar — respondi a afastando devagar. — Está tudo bem? Ela me soltou rapidamente e sua expressão mudou. — Eu estou péssima! Você sumiu por dias! — gritou irritada. — Não me mandou uma mensagem perguntando como eu estou ou se estou bem! — Olha, Marina, você sabe bem como é o meu trabalho. — Eu sei que você virou a noitada com os seus amigos. — ela cruzou os braços. — Não minta pra mim Michael! Revirei os olhos. A relação entre mim e Marina era complicada. A gente se conheceu em uma balada quando Marina tinha acabado de ser deixada no altar pelo noivo. De algum jeito eu a fiz sorrir, mesmo aquele sendo o pior dia da vida dela. E desde então, viramos melhores amigos. No começo era só isso. Até que um dia Marina resolver me pedir em namoro, mas eu não aceitei. Não gostava dela do jeito que ela queria. Então ela propôs um
No dia seguinte, tudo foi normal. Michael nem me olhou e ficou o dia todo em silêncio. Eu não parava de me perguntar o que estava rolando na cabeça dele. Aquilo estava me deixando louca, e eu até sentia falta de conversar com ele! — Sra. Thompson? — chamou Kristal, na porta, segurando uma pasta. Eu desviei os olhos do computador. — Os acionistas já estão me esperando, né? — ela assentiu. Eram 8h35. Cinco minutos de atraso. Suspirei. — Obrigada, Kristal. Avisa que eu já vou – disse, me levantando e arrumando os papéis. — Quer um café na sala? — ofereceu-se ela, preocupada. — Um cappuccino, por favor! — sorri. Kristal assentiu e saiu. Eu estava completamente esgotada. A noite fora uma corrida contra o relógio para resolver os problemas de marketing da empresa. Mal tive tempo para estudar para aquela reunião importante, e agora meu estômago rugia de fome. Sempre sonhei em seguir os passos do meu pai, um empresário bem-sucedido, mas a realidade era bem diferente. A pressão era
Eloise Thompson O alarme despertou. Estiquei os braços e o desliguei ainda sonolenta. Era um domingo um dia que eu não trabalharia e passaria a tarde inteira deitada na cama. E eu ia até que um braço se envolveu na minha cintura me fazendo dar um grito. Instantaneamente me virei e lá vi Michael. Ele estava completamente nu e deitado ao meu lado. Ah meu Deus! Flashblack da noite anterior vieram à tona e na hora e logo me dei conta da merda que fez. Fui pra cama com Michael. O meu segurança! Como eu pude ser tão baixa? Eu queria dar uma surra em mim mesma por ter sido tão burra. Como eu pude? Eu mal o conhecia e dei pra ele. Minha mãe com certeza ficaria envergonhada se soubesse. E meu pai? Bem, nem se fala. Uma coisa era certa, eu estava ainda pior por ter gostado de cada detalhe. Sem perceber eu estava sorrindo. — Pelo visto teve ótimos sonhos. — Michael disse com a voz rouca. Voltei a realidade ao ver o homem me encarando com um sorriso escancarado nos lábios.
Eloise Thompson Disparava pelos corredores do hospital, meus passos ecoando. O cheiro de desinfetante e o som de máquinas me transportavam de volta ao passado.O hospital era um pesadelo que me perseguia. Toda vez que entrava aqui, meu corpo tremia de revolta e medo. A dor aguda e sufocante me lembrava do último momento com meu pai.Lembrei-me do seu sorriso fraco, dos seus olhos cansados. Foi em um hospital que ele deu seu último suspiro. Aquele momento se gravou em minha mente como uma ferida aberta.— Eu gostaria de saber sobre a paciente May Baxter. — eu disse a recepcionista que digitou algo no computador. — Ela ainda está em observação. A senhora é Eloise Thompson?— Sou eu sim.— Você era o único contato que tinha na agenda dela. O que você é da Sra. Baxter?— Eu... sou amiga dela.— Ela tem sorte em ter você. Pelo menos a menina não vai ficar sozinha. — ela apontou para Daisy que estava sentada no sofá olhando para o chão.— Daisy! — caminhei até a menina. — Como você está?