Um novo dia amanhecia, os poucos raios solares tentando aquecer o ambiente, soldados com seus fardamentos verde chumbo, andavam de um lado para o outro, retirando suprimentos de dentro dos jipes de trabalho, pouco conversavam entre si e mantinham o ritmo constante, concentrados em suas próprias funções. Dentro do laboratório principal, duas pequenas espécimes dormiam em suas camas improvisadas, uma delas, de semblante mais sério, parecia estar tendo sonhos agitados e remexia-se lentamente, mas aos poucos, acalmava-se ao sentir as pequenas mãos da outra enroscando-se em seu corpo, era fofinha e carinhosa, desarmando a irmã irritadiça.
Tal cena podia ser vista somente por duas pessoas no mundo, seus responsáveis, que se derretiam ao vê-las daquela forma, esquecendo-se completame
Depois daquela conversa, o clima entre o casal tornou-se taciturno e rapidamente, começava a afetar o trabalho de ambos, vez ou outra trocavam olhares significativos, mas não conseguiam transformar seus pensamentos conturbados em palavras. A tensão era palpável e tendo seus sentidos ampliados, as duas pequenas hibridas logo perceberam que algo estranho estava acontecendo. Enquanto dirigiam em direção a pequena cidade, a médica começava a pensar no que fariam a partir daquele momento e a cada minuto que passava, ficava ainda mais assustada com o sangramento no abdômen de John, assim como a estranha inconsciência das meninas que permaneciam adormecidas no banco de trás do carro.– Há uma pessoa que pode nos ajudar... – John murmurou arfando com a dor, estava tentando sentar-se em uma posição mais confortável e que não forçasse suas costelas fraturadas, mas não parecia estar conseguindo. – Ele mora nas proximidades, é de confiança. A morena concordou balançando a cabeça positivamente e apertou o pé no acelerador, passando da velocidade permitida naquela rodovia à noite, mas não estava se importando cUm recomeço...
Em poucos meses a vida deu uma guinada surpreendente na vida daquela estranhafamília, de repente, as duas pequenas hibridas viram-se com a estatura e corpos de adolescentes. E, mesmo que nenhuma delas se lembrassem de nenhum resquício de suainfância, conseguiam lidar razoavelmente com seus novos problemas.Naquela manhã, os grandes olhos azuis cobalto de Raniya observavam atentamente a sua volta enquanto caminhava pela calçada ao lado de Joan que tagarelava animadamente sobre algum documentário da vida marinha em cartaz nos cinemas, e que queria assistir. A loira estava cheia de expectativas para a nova institui&cce
O rapaz ruivo estudava na mesma sala em que as gêmeas e logo, enturmou-se com Joan, levando Raniya a aproximar-se a seu modo, mesmo que inicialmente fosse apenas para proteger a irmã do mundo exterior. Desde pequenas eram só elas duas então, inconscientemente, qualquer aproximação estranha lhe parecia uma ameaça.Pelo canto do olho, podia ver a irmã ao longe, parada enquanto observava um rapaz encolhido próximo ao muro de pedra, parecia estar sendo intimidado por um rapaz loiro e mais velho vestido em um casaco do time de futebol. E, mesmo estando de longe, as irmãs podiam ouvir a conversa dos rapazes.&
O carro aproximava-se rapidamente, o ruído daquele grande aglomerado de metais cortando a massa de oxigênio ecoava em seus ouvidos como um lembrete do que estava prestes a acontecer. A cena parecia em câmera lenta, aumentando seu desespero e o cheiro dos pneus tentando frear no asfalto quente produziam um cheiro insuportável que impregnava-se em suas narinas. Quando sentiu o impacto do para-choque em seu corpo, jogando-a a alguns metros de distância, pode ouvir o som característico dos órgãos se rompendo e dos músculos partindo-se, horrorizando-a. Seu estômago revirou-se e um gosto de sangue encheu sua boca, aos poucos a inconsciência o tomo
Aos poucos, a vida voltava ao normal, e finalmente as gêmeas retornaram ao colégio, tentando ao máximo comportar-se como pessoas normais. Joan recusara-se a deixar a irmão sozinha em casa e a mãe achara tão fofo que acabou permitindo, mesmo Raniya achando um absurdo a loira perder dois dias de aula por sua causa. E ao finalmente, poder entrar no colégio, deparou-se com os primos que pareciam as esperar ansiosamente.– Como você está? Alex questionou esquadrilhando a loira dos pés à cabeça, uma expressão de apr
Deitado na cama ao lado do “irmão”, Forst tentava descansar, seus músculos exaustos quase o impossibilitando de dormir, e enquanto o sono aproximava-se, lentamente sua mente começou a divagar em memórias antigas, levando-o a um estado de semiconsciência, impossibilitado de discernir o que era sonho e o que era realidade. Uma lembrança do passado aos poucos, formava-se nitidamente em sua mente semiadormecida, como se estivesse sob hipnose, lembrou-se de que estava em sua primeira moradia, uma base militar nos arredores do Alasca, repleta de corredores longos e obscuros, um lugar assustador do qual não tinha boas lembranças, principalmente com relação aos laborat&oa
– Mas que raios de sonho foi esse? Forst questionou a si mesmo enquanto sentava-se na cama, ignorando a sensação de cansaço que ainda sentia, seu corpo estava muito dolorido e sequer parecia que havia dormido, não podendo aproveitar raras quatro horas de sono que conseguira. Esfregou as têmporas, sentindo-as latejar e suspirou, recostando a cabeça na parede gelada, olhou ao redor notando que era madrugada e percebeu que seu “irmão” ainda dormia, ficando preocupado com seu semblante empalidecido, seus lábios pareciam ressecados, e sua testa suava, indicando que provavelmente estava com febre. Ergueu-se da cama, arrumando-a perfeitamente em seguida, e voltou-se ao rapaz hesitando se deveria o acor