Em poucos meses a vida deu uma guinada surpreendente na vida daquela estranha família, de repente, as duas pequenas hibridas viram-se com a estatura e corpos de adolescentes. E, mesmo que nenhuma delas se lembrassem de nenhum resquício de sua infância, conseguiam lidar razoavelmente com seus novos problemas.
Naquela manhã, os grandes olhos azuis cobalto de Raniya observavam atentamente a sua volta enquanto caminhava pela calçada ao lado de Joan que tagarelava animadamente sobre algum documentário da vida marinha em cartaz nos cinemas, e que queria assistir. A loira estava cheia de expectativas para a nova institui&cce
O rapaz ruivo estudava na mesma sala em que as gêmeas e logo, enturmou-se com Joan, levando Raniya a aproximar-se a seu modo, mesmo que inicialmente fosse apenas para proteger a irmã do mundo exterior. Desde pequenas eram só elas duas então, inconscientemente, qualquer aproximação estranha lhe parecia uma ameaça.Pelo canto do olho, podia ver a irmã ao longe, parada enquanto observava um rapaz encolhido próximo ao muro de pedra, parecia estar sendo intimidado por um rapaz loiro e mais velho vestido em um casaco do time de futebol. E, mesmo estando de longe, as irmãs podiam ouvir a conversa dos rapazes.&
O carro aproximava-se rapidamente, o ruído daquele grande aglomerado de metais cortando a massa de oxigênio ecoava em seus ouvidos como um lembrete do que estava prestes a acontecer. A cena parecia em câmera lenta, aumentando seu desespero e o cheiro dos pneus tentando frear no asfalto quente produziam um cheiro insuportável que impregnava-se em suas narinas. Quando sentiu o impacto do para-choque em seu corpo, jogando-a a alguns metros de distância, pode ouvir o som característico dos órgãos se rompendo e dos músculos partindo-se, horrorizando-a. Seu estômago revirou-se e um gosto de sangue encheu sua boca, aos poucos a inconsciência o tomo
Aos poucos, a vida voltava ao normal, e finalmente as gêmeas retornaram ao colégio, tentando ao máximo comportar-se como pessoas normais. Joan recusara-se a deixar a irmão sozinha em casa e a mãe achara tão fofo que acabou permitindo, mesmo Raniya achando um absurdo a loira perder dois dias de aula por sua causa. E ao finalmente, poder entrar no colégio, deparou-se com os primos que pareciam as esperar ansiosamente.– Como você está? Alex questionou esquadrilhando a loira dos pés à cabeça, uma expressão de apr
Deitado na cama ao lado do “irmão”, Forst tentava descansar, seus músculos exaustos quase o impossibilitando de dormir, e enquanto o sono aproximava-se, lentamente sua mente começou a divagar em memórias antigas, levando-o a um estado de semiconsciência, impossibilitado de discernir o que era sonho e o que era realidade. Uma lembrança do passado aos poucos, formava-se nitidamente em sua mente semiadormecida, como se estivesse sob hipnose, lembrou-se de que estava em sua primeira moradia, uma base militar nos arredores do Alasca, repleta de corredores longos e obscuros, um lugar assustador do qual não tinha boas lembranças, principalmente com relação aos laborat&oa
– Mas que raios de sonho foi esse? Forst questionou a si mesmo enquanto sentava-se na cama, ignorando a sensação de cansaço que ainda sentia, seu corpo estava muito dolorido e sequer parecia que havia dormido, não podendo aproveitar raras quatro horas de sono que conseguira. Esfregou as têmporas, sentindo-as latejar e suspirou, recostando a cabeça na parede gelada, olhou ao redor notando que era madrugada e percebeu que seu “irmão” ainda dormia, ficando preocupado com seu semblante empalidecido, seus lábios pareciam ressecados, e sua testa suava, indicando que provavelmente estava com febre. Ergueu-se da cama, arrumando-a perfeitamente em seguida, e voltou-se ao rapaz hesitando se deveria o acor
A mente de Forst fervilhava enquanto arrumava-se para o novo serviço, questionava-se a todo o momento quais seriam os híbridos que ainda estavam vivos, havia muitas possibilidades, mas pelas descrições dos documentos, certamente tratava-se de dois dos espécimes mais sanguinários com quem havia convivido. Tentou distrair-se, sabendo que precisava esfriar a cabeça para pensar com mais clareza, então voltou seus olhos ao “irmão”, observando-o adicionar um fino colete sob sua blusa preta de mangas cumpridas, não seria inviolável o suficiente para ricochetear os tiros ou evitar a dor, mas ao menos impediria que adentrasse sua carne. – Quem você acha
Andre foi tirado do seu estado de choque quando ouviu a respiração do irmão falhando, arregalou os olhos ao perceber que os destroços estavam comprimindo seu tronco, e empertigou-se, arrastando-se em direção ao outro, tentando retirar os grandes blocos de concretos que amontoavam-se sobre o corpo de Forst. – Onde acha que está o outro? Questionou visualizando o melhor jeito para fazer aquele serviço sem machucar ainda mais o irmão que já sangrava muito, estando quase inconsciente. – Eu vasculhei o prédio inteiro e não encontrei mais ninguém... –
Sentado em sua mesa, John analisava os documentos de um antigo caso que fora reaberto e que estava sob sua responsabilidade a partir daquele momento. A nova delegacia não era diferente do local em que trabalhara no interior, apenas um tanto mais agitada e vez ou outra, casos eram reabertos dando uma esperança de solução aos familiares ainda vivos.– Você viu o e-mail que enviei? Maxwell perguntou parecendo realmente interessado no assunto e fitando-o em expectativa. – O caso foi reaberto porque tudo indica que o cara voltou à ativa... Acabara de dispensar suas duas jovens pupilas, para as aulas de autodefesa e assim, pode retornar aos seus trabalhos ainda em andamento. Sorriu para John explicando-lhe sobre o que aconteceu com as filhas, mas logo retornou ao assunto do trabalho. Sentou-se sobre a mesa do outro e explicou vagamente sobre o caso em espec