O rapaz ruivo estudava na mesma sala em que as gêmeas e logo, enturmou-se com Joan, levando Raniya a aproximar-se a seu modo, mesmo que inicialmente fosse apenas para proteger a irmã do mundo exterior. Desde pequenas eram só elas duas então, inconscientemente, qualquer aproximação estranha lhe parecia uma ameaça.
Pelo canto do olho, podia ver a irmã ao longe, parada enquanto observava um rapaz encolhido próximo ao muro de pedra, parecia estar sendo intimidado por um rapaz loiro e mais velho vestido em um casaco do time de futebol. E, mesmo estando de longe, as irmãs podiam ouvir a conversa dos rapazes.
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O carro aproximava-se rapidamente, o ruído daquele grande aglomerado de metais cortando a massa de oxigênio ecoava em seus ouvidos como um lembrete do que estava prestes a acontecer. A cena parecia em câmera lenta, aumentando seu desespero e o cheiro dos pneus tentando frear no asfalto quente produziam um cheiro insuportável que impregnava-se em suas narinas. Quando sentiu o impacto do para-choque em seu corpo, jogando-a a alguns metros de distância, pode ouvir o som característico dos órgãos se rompendo e dos músculos partindo-se, horrorizando-a. Seu estômago revirou-se e um gosto de sangue encheu sua boca, aos poucos a inconsciência o tomo
Aos poucos, a vida voltava ao normal, e finalmente as gêmeas retornaram ao colégio, tentando ao máximo comportar-se como pessoas normais. Joan recusara-se a deixar a irmão sozinha em casa e a mãe achara tão fofo que acabou permitindo, mesmo Raniya achando um absurdo a loira perder dois dias de aula por sua causa. E ao finalmente, poder entrar no colégio, deparou-se com os primos que pareciam as esperar ansiosamente.– Como você está? Alex questionou esquadrilhando a loira dos pés à cabeça, uma expressão de apr
Deitado na cama ao lado do “irmão”, Forst tentava descansar, seus músculos exaustos quase o impossibilitando de dormir, e enquanto o sono aproximava-se, lentamente sua mente começou a divagar em memórias antigas, levando-o a um estado de semiconsciência, impossibilitado de discernir o que era sonho e o que era realidade. Uma lembrança do passado aos poucos, formava-se nitidamente em sua mente semiadormecida, como se estivesse sob hipnose, lembrou-se de que estava em sua primeira moradia, uma base militar nos arredores do Alasca, repleta de corredores longos e obscuros, um lugar assustador do qual não tinha boas lembranças, principalmente com relação aos laborat&oa
– Mas que raios de sonho foi esse? Forst questionou a si mesmo enquanto sentava-se na cama, ignorando a sensação de cansaço que ainda sentia, seu corpo estava muito dolorido e sequer parecia que havia dormido, não podendo aproveitar raras quatro horas de sono que conseguira. Esfregou as têmporas, sentindo-as latejar e suspirou, recostando a cabeça na parede gelada, olhou ao redor notando que era madrugada e percebeu que seu “irmão” ainda dormia, ficando preocupado com seu semblante empalidecido, seus lábios pareciam ressecados, e sua testa suava, indicando que provavelmente estava com febre. Ergueu-se da cama, arrumando-a perfeitamente em seguida, e voltou-se ao rapaz hesitando se deveria o acor
A mente de Forst fervilhava enquanto arrumava-se para o novo serviço, questionava-se a todo o momento quais seriam os híbridos que ainda estavam vivos, havia muitas possibilidades, mas pelas descrições dos documentos, certamente tratava-se de dois dos espécimes mais sanguinários com quem havia convivido. Tentou distrair-se, sabendo que precisava esfriar a cabeça para pensar com mais clareza, então voltou seus olhos ao “irmão”, observando-o adicionar um fino colete sob sua blusa preta de mangas cumpridas, não seria inviolável o suficiente para ricochetear os tiros ou evitar a dor, mas ao menos impediria que adentrasse sua carne. – Quem você acha
Andre foi tirado do seu estado de choque quando ouviu a respiração do irmão falhando, arregalou os olhos ao perceber que os destroços estavam comprimindo seu tronco, e empertigou-se, arrastando-se em direção ao outro, tentando retirar os grandes blocos de concretos que amontoavam-se sobre o corpo de Forst. – Onde acha que está o outro? Questionou visualizando o melhor jeito para fazer aquele serviço sem machucar ainda mais o irmão que já sangrava muito, estando quase inconsciente. – Eu vasculhei o prédio inteiro e não encontrei mais ninguém... –
Sentado em sua mesa, John analisava os documentos de um antigo caso que fora reaberto e que estava sob sua responsabilidade a partir daquele momento. A nova delegacia não era diferente do local em que trabalhara no interior, apenas um tanto mais agitada e vez ou outra, casos eram reabertos dando uma esperança de solução aos familiares ainda vivos.– Você viu o e-mail que enviei? Maxwell perguntou parecendo realmente interessado no assunto e fitando-o em expectativa. – O caso foi reaberto porque tudo indica que o cara voltou à ativa... Acabara de dispensar suas duas jovens pupilas, para as aulas de autodefesa e assim, pode retornar aos seus trabalhos ainda em andamento. Sorriu para John explicando-lhe sobre o que aconteceu com as filhas, mas logo retornou ao assunto do trabalho. Sentou-se sobre a mesa do outro e explicou vagamente sobre o caso em espec
Raniya precisava esfriar a cabeça, então irrompeu pela porta da frente, afastando-se o mais rápido possível da família. Ouviu passos atrás de si e virou-se para mandar qualquer assaltante ir pro inferno, sentia que estava enlouquecendo com todas aquelas informações.Porém, para a sua surpresa, deparou-se com Joan que corria tentado alcançá-la parecendo ofegante, seus olhos se encontraram e após um longo suspiro, lhe pediu que andasse mais rápido. Não queria colocá-la em problemas, mas estava realmente irritada e não conseguia voltar para casa naquele momento. Sua mente fervilhava em pensamentos tumultuosos e angustiantes. No final, acabara por aceitar a companhia da outra enquanto caminhava pela calçada.Caminhava lentamente pelas ruas mal iluminadas, sentindo uma estranha sensação de familiaridade naquele momento e logo lembrou do ataque