Sentado em sua cama novamente, Iuri olhava para o nada perdido em pensamentos, por mais culpado que se sentisse pela morte de Boris, o que mais o assustava era o fato de que havia algo estranho no que seu irmão havia contado. E se sentia errado por questionar-se a possibilidade de Ivan ter realmente prejudicado alguém, sendo por isso que estava sendo perseguido.
“Aquela mulher morreu por um erro seu?” Questionou-se enquanto juntando as mãos em frente ao rosto, como se orasse e quis chorar, estava prestes a entrar em desespero.
Enquanto isso, Logan andava de um lado para o outro sem saber como ajuda-lo e imaginando que o loiro tivesse entrado em um surto psicótico.
— Iuri sai dessa! Você precisa acordar! O moreno sussurrou ficando paranoico com a quietude do loiro que mantinha seus grandes olhos abertos e fixos no nada como se estivesse desligado da r
Quando finalmente acompanharam o grupo, os quatro colocaram os sacos de nylon com a madeira no chão, e ergueram as mãos, demonstrando que não apresentavam perigo. Em seguida, rapidamente foram reagrupados aos outros prisioneiros, respondendo pelos números impressos em suas roupas.Reunidos como sempre em grupo, os carcereiros empunharam seu armamento mantendo-os na fila indiana, a qual já estavam acostumados e foram escoltados em silencio de volta para a prisão com suas mãos algemadas por grossas correntes.Os olhos escuros de Logan caíram sobre os revólveres apontados em sua direção, imaginando se haveria a possibilidade de conseguir ao menos um daqueles, o fato de não saber com o que estava lidando o incomodava muito, e para piorar, estava desarmado, porém, logo desistiu aqueles pensamentos, prevendo os tiros que levaria caso tentasse.“Mas, onde encontraría
Na manhã seguinte, Iuri acordou com uma novamente solicitação à sala de visitas, dessa vez quem encontrava-se do outro lado da mesa era Ivan que o olhava com tristeza por ver as olheiras profundas e escuras que se acumulavam no rosto pálido de seu pequeno irmão gêmeo, enchendo seu coração de dor.“Você sempre teve a saúde mais frágil” Pensou quando viu aquele ser que era a sua própria imagem sentar-se à sua frente e acomodar as mãos algemadas por grossas correntes na mesa metálica.— Eu encontrei um amigo seu! Iuri comentou tentando sorrir, mesmo que seus olhos mostrassem o contrário. – Logan, um canadense... ele nos confundiu.— Ele é um cara legal! Ivan comentava desviando seus olhos, consumido pelo remorso de ver seu irmão naquele estado por sua culpa, porém, logo lágrimas
O tempo estava correndo de forma extremamente rápida e aos poucos Iuri ficava sem tempo, logo Logan seria liberto e ficaria desprotegido, sem contar que estando preso na solitária há dois dias, fraco pela fome e cede, suas chances de sobreviver eram ainda menores.Um alto rugido estrondou pelos corredores chamando sua atenção, a grande portão de aço puro abriu-se e Iuri sentiu seus pelos da nuca eriçarem-se ao ver a silhueta da criatura que adentrava o local. Parecia ainda mais assustador do que da última vez que o havia visto. Iuri respirou fundo, tentando acalmar seus batimentos cardíacos, não importava quantas vezes visse aquela coisa, sempre se sentia próximo a uma morte eminente.Rapidamente colocou o velho colchão sobre seu corpo quando o Wendigo saltou sobre seu corpo, pronto para destroça-lo. A distração de poucos segundos foi o suficiente para que Iu
Um longo e sofrido mês se passou e os olhos azuis de Iuri fixaram-se nos grandes portões de metal que se abriam a sua frente, lágrimas quentes acumularam-se em sua linha d’água ao passo em que se afastava. Suspirou verificando novamente a carta de admissão que recebera de Toronto, aos poucos sua estava voltando aos eixos e permitiu-se sorrir. — Depois de todo esse inferno você ainda consegue chorar? Estou duvidando da sua masculinidade! A voz de Logan surgiu por suas costas, o moreno passou o braço em volta de seus ombros franzinos e o arrastou na direção da estação de trem. Ainda pegariam um voo naquele dia e precisavam se apressar, mas além disso, não conseguia mais ficar um único minuto naquele inferno gelado. — Querem uma carona? Andrei questionou abrindo o vidro de seu carro esportivo, quase não o reconheceram de tão diferente que estava. Seus cabelos ruivos balançavam com a leve brisa por não estarem mais presos no boné preto e estava sem o uniforme. —
Delicados raios solares irromperam pelo vidro da janela sem cortina, obrigando um jovem de cabelos recém tingidos de castanho e bagunçados, a acordar de um sono curto e sem sonhos. Ainda não conseguia dormir bem, mesmo com o auxílio dos medicamentos, mas estava disposto a abandoná-los assim que sua vida se estabilizasse.Esfregou os olhos ainda sonolento, espreguiçou-se e ergueu-se devagar, procurando pelo relógio que ganhara de seu advogado na última vez em que se encontraram. Fechou os olhos, sorrindo ao relembrar de suas palavras e, incentivado, ergueu-se pronto para iniciar sua nova vida.“– Aproveite cada minuto de sua nova vida.” Repetiu para si mesmo as palavras de Dmitry, apertou o relógio entre os dedos e sorriu. Naquele dia, teria sua primeira aula na universidade de Toronto, seu sonho de formar-se em medicina parecia finalmente, realizável.A pequena in
Pesadas botas negras tocaram a neve branca que se acumulava naquele ambiente aberto, quase inóspito, uma chuva fina caia esfriando ainda mais o ar quase rarefeito enquanto os olhos treinados de John observavam com dificuldade a vastidão banca e nevada ao redor, que quase o impossibilitavam de discernir os desníveis da região.Sua respiração quente causando vapor ao entrar em contato com o ar frio, o clima do Himalaia ainda afetava um pouco sua adaptação e o que mais queria naquele momento era algo para aquecer a garganta, nem que fosse uma dose de vodca pura. Seus orbes azuis voltaram-se a porta de metal a sua frente, era camuflada e coberta do gelo, camuflando-se sob aquela brancura.Por fora, parecia apenas um banker pequeno e subterrâneo, semelhante aos armazéns utilizados por construtores para proteger-se de ataques em tempos de guerra, porém, assim que
Os poucos raios de sol começavam a clarear as terras frias do Himalaia quando John chegou à base militar, sentia-se exausto por não conseguir descansar pois, passara a noite em claro, a ansiedade lhe tomara ao ponto de não conseguir parar de pensar no projeto já em andamento e quando deu por si, o dia já amanhecia. Entrou no laboratório, encontrando as luzes acesas e deparou-se com a doutora Sakurai parada em frente a um dos contêineres, fitando-o seriamente.– Você n&a
Pelo canto do olho, John observava a doutora Sakurai fazer algumas anotações, seus olhos negros fitavam a pequena hibrida com seriedade, as sobrancelhas franzidas e uma expressão preocupação. Apenas dois dias se passaram e ela parecia cada vez mais sobrecarregada, a sensação de nunca conseguir ler seus pensamentos ainda o incomodava, mas aos poucos, começava a ler suas emoções. Gostaria de poder a ajudar, sabia o motivo de sua preocupação: Joan não era perfeita. A probabilidade de receber uma ordem de execução parecia cada vez mais real, e mesmo tendo sido instru&i