Na manhã seguinte, Iuri acordou com uma novamente solicitação à sala de visitas, dessa vez quem encontrava-se do outro lado da mesa era Ivan que o olhava com tristeza por ver as olheiras profundas e escuras que se acumulavam no rosto pálido de seu pequeno irmão gêmeo, enchendo seu coração de dor.
“Você sempre teve a saúde mais frágil” Pensou quando viu aquele ser que era a sua própria imagem sentar-se à sua frente e acomodar as mãos algemadas por grossas correntes na mesa metálica.
— Eu encontrei um amigo seu! Iuri comentou tentando sorrir, mesmo que seus olhos mostrassem o contrário. – Logan, um canadense... ele nos confundiu.
— Ele é um cara legal! Ivan comentava desviando seus olhos, consumido pelo remorso de ver seu irmão naquele estado por sua culpa, porém, logo lágrimas
O tempo estava correndo de forma extremamente rápida e aos poucos Iuri ficava sem tempo, logo Logan seria liberto e ficaria desprotegido, sem contar que estando preso na solitária há dois dias, fraco pela fome e cede, suas chances de sobreviver eram ainda menores.Um alto rugido estrondou pelos corredores chamando sua atenção, a grande portão de aço puro abriu-se e Iuri sentiu seus pelos da nuca eriçarem-se ao ver a silhueta da criatura que adentrava o local. Parecia ainda mais assustador do que da última vez que o havia visto. Iuri respirou fundo, tentando acalmar seus batimentos cardíacos, não importava quantas vezes visse aquela coisa, sempre se sentia próximo a uma morte eminente.Rapidamente colocou o velho colchão sobre seu corpo quando o Wendigo saltou sobre seu corpo, pronto para destroça-lo. A distração de poucos segundos foi o suficiente para que Iu
Um longo e sofrido mês se passou e os olhos azuis de Iuri fixaram-se nos grandes portões de metal que se abriam a sua frente, lágrimas quentes acumularam-se em sua linha d’água ao passo em que se afastava. Suspirou verificando novamente a carta de admissão que recebera de Toronto, aos poucos sua estava voltando aos eixos e permitiu-se sorrir. — Depois de todo esse inferno você ainda consegue chorar? Estou duvidando da sua masculinidade! A voz de Logan surgiu por suas costas, o moreno passou o braço em volta de seus ombros franzinos e o arrastou na direção da estação de trem. Ainda pegariam um voo naquele dia e precisavam se apressar, mas além disso, não conseguia mais ficar um único minuto naquele inferno gelado. — Querem uma carona? Andrei questionou abrindo o vidro de seu carro esportivo, quase não o reconheceram de tão diferente que estava. Seus cabelos ruivos balançavam com a leve brisa por não estarem mais presos no boné preto e estava sem o uniforme. —
Delicados raios solares irromperam pelo vidro da janela sem cortina, obrigando um jovem de cabelos recém tingidos de castanho e bagunçados, a acordar de um sono curto e sem sonhos. Ainda não conseguia dormir bem, mesmo com o auxílio dos medicamentos, mas estava disposto a abandoná-los assim que sua vida se estabilizasse.Esfregou os olhos ainda sonolento, espreguiçou-se e ergueu-se devagar, procurando pelo relógio que ganhara de seu advogado na última vez em que se encontraram. Fechou os olhos, sorrindo ao relembrar de suas palavras e, incentivado, ergueu-se pronto para iniciar sua nova vida.“– Aproveite cada minuto de sua nova vida.” Repetiu para si mesmo as palavras de Dmitry, apertou o relógio entre os dedos e sorriu. Naquele dia, teria sua primeira aula na universidade de Toronto, seu sonho de formar-se em medicina parecia finalmente, realizável.A pequena in
Pesadas botas negras tocaram a neve branca que se acumulava naquele ambiente aberto, quase inóspito, uma chuva fina caia esfriando ainda mais o ar quase rarefeito enquanto os olhos treinados de John observavam com dificuldade a vastidão banca e nevada ao redor, que quase o impossibilitavam de discernir os desníveis da região.Sua respiração quente causando vapor ao entrar em contato com o ar frio, o clima do Himalaia ainda afetava um pouco sua adaptação e o que mais queria naquele momento era algo para aquecer a garganta, nem que fosse uma dose de vodca pura. Seus orbes azuis voltaram-se a porta de metal a sua frente, era camuflada e coberta do gelo, camuflando-se sob aquela brancura.Por fora, parecia apenas um banker pequeno e subterrâneo, semelhante aos armazéns utilizados por construtores para proteger-se de ataques em tempos de guerra, porém, assim que
Os poucos raios de sol começavam a clarear as terras frias do Himalaia quando John chegou à base militar, sentia-se exausto por não conseguir descansar pois, passara a noite em claro, a ansiedade lhe tomara ao ponto de não conseguir parar de pensar no projeto já em andamento e quando deu por si, o dia já amanhecia. Entrou no laboratório, encontrando as luzes acesas e deparou-se com a doutora Sakurai parada em frente a um dos contêineres, fitando-o seriamente.– Você n&a
Pelo canto do olho, John observava a doutora Sakurai fazer algumas anotações, seus olhos negros fitavam a pequena hibrida com seriedade, as sobrancelhas franzidas e uma expressão preocupação. Apenas dois dias se passaram e ela parecia cada vez mais sobrecarregada, a sensação de nunca conseguir ler seus pensamentos ainda o incomodava, mas aos poucos, começava a ler suas emoções. Gostaria de poder a ajudar, sabia o motivo de sua preocupação: Joan não era perfeita. A probabilidade de receber uma ordem de execução parecia cada vez mais real, e mesmo tendo sido instru&i
Quando a manhã finalmente chegou, um longo bocejo escapou pelos lábios de Lyns enquanto erguia-se ainda sonolenta, moveu a cabeça lentamente notando que dormira sobre sua mesa de trabalho e coçou os olhos tentando se situar, mas a dor latejante em sua têmpora a impossibilitava de fazer essa simples ação. Virou-se para John e sorriu resmungando algo sobre seus cabelos bagunçados.Os dois haviam passado a noite inteira no laboratório analisando as informações que já tinham dos espécimes anteriores, xingando o general – recentemente apelidado de “dono da porr* toda” &ndas
O dia seguinte amanheceu com uma pequena nevasca, a longa planície esbranquiçada despontava ao horizonte e a tensão dentro da base militar chegava a ser palpável. Depois do que aconteceu naquele laboratório, nenhum dos dois conseguia mais confiar em ninguém naquele lugar além deles mesmos. E, tentando não se prender nesse assunto, a cientista decidiu começar o dia fazendo uma bateria de exames nas duas jovens hibridas.Lyns estava tensa, apertava com preocupação as luvas cirúrgicas que retirara minutos antes enquanto fitava Joan diretamente. Aos poucos, a consciência do que ocorre