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Capítulo 6 Sam é totalmente fora da caixinha.

Jessica Green

Nada como dias comuns para receber o bálsamo merecido.

O que aconteceu na quarta feira na exposição, já estava sendo digerido, o restante da semana seguia tranquilo e sem grandes novidades.

Ali estava eu, esperando a Sam para almoçarmos juntas.

Momentos depois, ela já estava ao meu lado no Cloud Bistrô onde eu havia feito nossa reserva.

Nos acomodamos e realizamos nosso pedido.

Desde que concluímos nossos estudos, ao menos uma vez por semana nos encontramos para almoçar, ou para jantar ou apenas para farrear. Sempre damos um jeitinho de ganharmos um tempinho juntas, para que o papo sempre esteja em dia ou até mesmo usamos esse tempo para relaxar e dar boas risadas.

Sam é minha amiga desde a pré–escola, a partir daí, não conseguimos nos desligar, nos conhecemos muito bem e sabemos reconhecer quando algo não vai bem com a outra.

Ao me ver sentada a mesa já foi logo perguntando:

– E aí, como está sendo seus dias, quase não nos vemos mais, mesmo morando na mesma casa… depois de terça–feira não paramos para conversar, quando eu chegava, você saia, ou quando eu chegava você já estava dormindo.

– É verdade, Sam, hoje já é quinta–feira e se não tivéssemos marcado esse almoço, só nos restaria o final de semana e olha lá.

– Acho que nem o final de semana. Estou embarcando no sábado de manhã, aquela viagem que te falei, preciso apresentar aquele projeto e a equipe vai passar o final de semana comigo avaliando. Só volto na segunda à noite.

– Puxa Sam todo esse tempo sem você, caramba, vai ser complicado ficar sozinha… mas tudo bem, sei o quanto se faz necessário e isso faz parte do teu trabalho… vou aproveitar e organizar uma maratona de séries e alguns livros, ao menos assim, coloco essas coisas em dia.

– Também sinto, achei que poderíamos ir ao shopping ver aquele filme e depois comer alguma coisa, para relaxar, mas quem sabe semana que vem.

– Foi o que pensei também… estávamos esperando tanto esse lançamento… vou ver o que farei, tenho alguns trabalhos para analisar, e posso levar para casa; vou trabalhar neles para semana que vem… podemos deixar o cineminha e as gordices para o próximo final de semana.

– Legal… agora me fala, já superou o gato delícia da exposição?

Senti meu rosto como se estivesse queimando, era incrível como aquela situação ainda mexia comigo, comecei novamente a contar algumas coisas para Sam.

As palavras pareciam me fazer reviver tudo aquilo, meu corpo ainda emanava aquela vibração toda, já havia conhecido outros caras, mas jamais tinha sentido aquilo.

Sam me ouviu o tempo todo, palavra por palavra até soltar:

– Jesse que homem foi esse, nunca ouvira nada parecido! Parece que você está até fantasiando, porque jamais me deparei com alguém assim!

– Não sei Sam, também nunca passei por isso! Até então, eu também nunca havia visto.

– Você acha que ainda pode encontrá-lo?

– Acredito que não, estávamos num lugar público e a chance disso acontecer é uma, em um milhão!

– Bem que eu gostaria de ter uma experiência como esta, mas acho que sou apenas uma reles mortal. Pois a verdade, é que eu não iria deixar passar batido, iria abusar e me lambuzar todinha.

Caí na risada, porque Sam é totalmente fora da caixinha.

E levantamos um brinde as coisas impossíveis e improváveis!

Olhei o relógio e nossa já estava atrasada, pedi nossa conta e saímos correndo. Porque não queira estourar meu horário de almoço.

Ficamos de sair no próximo final de semana para ver o filme e encher a cara com gostosuras.

Passamos rapidamente por uma pessoa, que com minha pressa, mal dei atenção, pois estava em cima da hora. Entretanto, senti algo, quando por acaso, minha mão resvalou na dela. Mas só me dei conta quando já estava quase na porta.

Esquisito?!?

Estou vivendo coisas bem estranhas, melhor deixar para lá.

Na saída, nos despedimos e combinamos de nos ver em casa mais tarde.

Corri rumo ao escritório, tentando entender porque ando sentindo coisas estranhas.

O que será que está acontecendo comigo?!?

Bom, melhor deixar para lá. Por hora não terei resposta mesmo, melhor cuidar do que preciso.

Mas à tarde ainda estava cheia de coisas inesperadas…

Marcus Straus

Ao adentrar ao Arnold Bistrô passei por duas moças que saíam apressadamente, mas ao sentir o toque de uma delas, meu corpo reverberou uma sensação diferente, algo me chamou atenção aquela sensação, a intensidade daquela corrente elétrica, ah, o que está acontecendo com você Marcus?!?!

Já bastou aquilo que aconteceu na exposição, jamais senti uma energia tão grande, que ao relembrar sinto com se ela pudesse me dominar por completo.

Quando dei por mim, já estava sentado na mesa e acabei me deparando com uma agenda.

Nossa, alguém havia esquecido.

Mas quem?!?

Olhei para os lados em busca de alguém a quem pudesse pertencer, mas acho que a pessoa já devia estar longe. Peguei-a em minhas mãos, mas antes de chamar o metre e entregar, inesperadamente dela caiu uma fotografia, havia ali a imagem de duas moças e qual não foi minha surpresa, ao pegar a foto em minhas mãos.

Era a moça da exposição!

Meu coração acelerou, aquela energia começou a reverberar pelo meu corpo com a simples imagem da moça da fotografia.

Mesmo sabendo que não tinha direito de invadir aquele espaço, respirei fundo e abri a agenda, mesmo sendo inoportuno, mas dada as circunstâncias, era a única forma de saber a quem ela pertencia.

E ali diante de mim, estava seu nome e tudo o que precisava para encontrá-la. Sem me dar conta, comecei a folhear as páginas da agenda, tinha todos os compromissos dela com seus horários, era uma agenda profissional e vi várias anotações importantes.

Não me senti muito à vontade com aquela invasão, mas o desejo por mais informações me dominava.

O que está acontecendo comigo?!?!

Não estou me reconhecendo, tudo bem que saí em busca dessas informações, de saber quem era a moça e tudo mais, entretanto, não consegui.

Helena tentou encontrar, mas as informações eram vagas.

E quando menos espero, em minhas mãos, estão os dados que tanto queria.

Peguei meu telefone:

– Helena, ligue para esse número que vou te passar e diga que já está enviando um courrier para entregar a agenda da senhorita Jessica Green, anote o endereço que vou lhe passar… sim, vou precisar de um entregador... Isso… exatamente, faça como te falei e seja rápida.

Não se passaram cinco minutos e Helena me retornou.

Aqui estão os dados que tanto queria: Jessica Green, seu nome, trabalha para as empresas Trully Corporation, é assistente de Jey Truly, agora está muito mais fácil.

Tenho tudo o que preciso para ao menos, revê–la uma única vez.

Que sorte a minha, vir para um almoço de negócios e essa agenda cair no meu colo assim!

Vamos lá Marcus, você precisa se concentrar, afinal esse almoço é de trabalho, e meu cliente acabara de chegar…

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