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Capítulo 8 Eu, enfeitiçado por uma mulher!

Marcus Straus

Pronto, terminei por hoje, afinal, tenho algo muito importante a fazer. Estou bem esquisito, já tive tantas mulheres, me relacionei com algumas, me mantive sempre distante o suficiente, para não me envolver com tantas outras e não criar relacionamentos duradouros.

Não que isso irá mudar, acredito que depois dessa conversa, iremos seguir nossas vidas.

Sempre estive longe dessas chorumelas e melodramas, sem saco ou paciência para essas esquisitices.

Mas agora estou eu, enfeitiçado por uma mulher!

Como pode um homem feito como eu, estar assim, embasbacado por uma simples mulher.

Não estou em busca de me envolver com ninguém, nem nada parecido, o que dizer sobre me relacionar, quero continuar assim, solteiro, livre e dono do meu destino.

Porém, tenho que admitir que a senhorita Green mexe com minha cabeça, meus sentimentos ficam estranhos e o que dizer do meu corpo, ele fica de um jeito que não me reconheço.

Ela não é só linda, mas ao que me parece, inteligente também, até pelo cargo de confiança que ocupa nas Empresas Trully, e aqueles par de pernas… ai, ai imagine aquelas pernas envolvidas por uma meia e cinta–liga, seu corpo preenchido por um corpete…

"Marcus, Marcus o que é isso cara, será apenas uma conversa e nada mais.”

– Helena, meu carro está pronto?

– Sim senhor!

– Ótimo… Helena, durante a noite estarei num compromisso, qualquer emergência deixe recado no meu telefone, que assim que for possível, retorno.

– Como quiser Senhor Straus.

Estou me sentindo como um adolescente, é a mesma sensação de quando papai ia me levar ou trazer algo muito importante para mim.

Um frio incomum na barriga, uma sensação muito diferente. Nem em negociações dificílimas me vejo assim, um nervoso misturado com ansiedade.

Cheguei dez minutos antes do combinado, quero ser o Marcus Straus dono da situação, não posso perder o controle e nem quero!

Por mais que por dentro esteja em total ansiedade e desequilíbrio.

Não vou deixar esses sentimentos me dominarem.

Pontualmente lá vem ela, trazida pela hostess até mim.

Senhorita Green em pessoa, linda, seus cabelos loiros parecem sombras realçando sua beleza.

Aquela pele lisa, macia...

Marcus volte à terra, lembre–se: Você está no controle!

Só não sei até quando!...

Jessica Green

Menos de dez minutos para as dezenove e trinta, percebi que o caminho para o restaurante saiu e muito, da rota sempre utilizada por outros empresários, me esqueci de verificar o endereço, mas tudo bem, é um funcionário da empresa que está me levando e claro, também cuidaram para o meu retorno, então, não importa onde seja o restaurante.

Engraçado, essa não é a primeira vez que represento as Empresas Trully, porém, acho que estou agitada por ser tão importante este negócio, sou auxiliar da Ceo, responsável por todo gerenciamento e comercialização da rede, mas saber que um dos mais importantes homens de negócios da atualidade, dono de um dos maiores faturamentos do mundo, me aguarda, não tem como não me sentir agitada.

Se estes dias estivessem sendo calmos e tranqüilos como antes, mas não, essa semana em especial está sendo agitadíssima, para não dizer outra coisa, e o HD (homem desconhecido) que não sai da minha mente, sonhos estranhos, onde o HD me visita, ando tão agitada, fora da minha normalidade que até minha agenda consegui esquecer no bistrô.

Nosso carro se aproxima de um restaurante lindíssimo, simples mais com um ar sofisticado. Ben estaciona, desce, abre a porta e me acompanha até a entrada onde sou recepcionada pela hostess, que me leva até um cavalheiro em uma mesa discreta, numa área um pouco reservada.

Passo pelas mesas e ao me aproximar me deparo com o presidente das Indústrias… Straus… o presidente… o presi… o pre… ahhh nãooo, nãooo, nãoooo… pooode serrrr... NÃO PODE SERRRR… SOCORRO ALGUÉM ME ACORDA!!!!... ALGUÉM, POR FAVOR!!! NÃO PODE SER REAL…

Estou alucinando, só pode!!!

– Senhorita, Jey Trully, boa noite?

Sinto meu rosto arder, ai, ai, ai alguém viu meu chão por aí?!?! Caramba… e agora, e agora… Aja rápido e não pareça uma estúpida, acorda Jéssica, acorda mulher, de repente ele nem lembre de você.

E num rompante de lucidez solto:

– Prazer, Jessica Green, senhor Straus… desculpe, Jey Trully não pode estar nessa reunião e (busco respirar um pouco mais forte para continuar falando) me pediu para estar representando nossa empresa.

Sim, estou diante do meu HD, aquele que achei que não encontraria mais, ou melhor, ele é Marcus Straus, um dos maiores CEO que há atualmente.

Que merda, mais merdadaaa!!!

O cara é um dos homens mais importante do nosso país. Só a fortuna que a família dele tem, meu Pai amado, nem sei mensurar.

Fui esbarrar no Marcus Straus, parece brincadeira.

– Hum... Senhorita Green, podemos nos sentar?

– S... S... Sim! ( que droga estou parecendo uma boboca, pigarreio para limpar a voz e continuo) Quero dizer, claro sim, obrigada!

Ele puxa minha cadeira para eu me sentar e tão logo, se acomoda também. Estou completamente atordoada, meu Deus ele não, o HD não, é um teste e tanto esse.

Meus neurônios, me ajudem!

Preciso ser suficientemente profissional e me prestar apenas à qualidade empresarial de nossa conversa. Não posso perder o foco da reunião, nem tão pouco sair fora do objetivo dela.

Será que isso vai dar certo?!?

Meus neurônios, preciso que dê!

– Podemos beber algo, ou quem sabe… comer… ou as duas coisas???

Droga meu rosto me entrega, por meus neurônios, isso não vai dar certo. Essa dubiedade do pedido, aí, aí, aí… isso não está ajudando.

Caramba, como vou fazer isso dar certo?!?

Mas vamos lá, profissionalismo!

– Obrigada, o senhor fique à vontade para escolher.

– Obrigado pela confiança, como já previa essa sua abertura, me antecipei e solicitei que nos servisse um Cabernet.

Por um momento me perco nas lembranças do sonho que tive, meu sonho, aí ele, ele estava no meu sonho e agora aqui, ao vivo e em cores, e que cores!

Só de senti-lo tão perto a coisa começa a se tornar quente demais.

É uma coisa que se move dentro de mim, que me faz desejar pegá-lo em meus braços, desarrumar seus cabelos entre meus dedos e me perder completamente naquela boca perfeita.

Que boca!!!

Isso não vai dar certo!!!

Mas tenho que fazer com que dê!

Percebo que ele não está assim tão indefeso, pois mesmo tentando esconder, consigo notar que muito possivelmente ela deva ter me reconhecido ou será que ele não me reconheceu mesmo?!?

Minhas mãos estão tão geladas que seria possível usá-las para gelar uma bebida.

Não faço ideia de onde estamos e de como será essa reunião, mas que seus olhos estão me olhando de uma maneira não tão profissional assim, ah estão!

Isso só reforça, de que, muito provavelmente saiba quem sou.

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