Uma palavra que definiria a vida de Kaio, era: imprevisível.
Tudo começou quando ele se mudou para uma grande cidade na capital de São Paulo, que, para o rapaz sonhador era como ir a New York, mas convenhamos é bem diferente, é tipo comparar rio com praia, há mais areia para o pequeno caminhãozinho. E pra não ficar surpreso de como o rapaz era sonhador, ele parou na paulista e suspirou admirando aqueles prédios enormes, como nos filmes com uma pegada teen que passavam na sessão da tarde.
Kaio, veio a São Paulo, para cursar administração. E ele poderia muito bem, fazer em sua terra natal. Alagoas. Mas preferiu com a ajuda de sua família, vir à grande metrópole. Sua mãe foi a primeira a apontar a besteira que seria gastar mais dinheiro, porém seu pai era gamado no filho mais novo, então não hesitou muito. Foi aí, que ele chegou na selva de pedra.
Dali em diante, as coisas aconteceram rápido e logo ele estava na entrada dos apartamentos que ele havia alugado um quarto. E mais uma vez, ele lembrou de como dona Lúcia — sua mãe — disse que era luxo demais para um jovem que, segundo ela, nem havia saído das fraldas, porém Kaio já tinha tirado a fralda, e feito muito mais que isso, se é que entendem. Após sua rápida identificação na portaria, ele subiu de elevador ao andar seis, parando na porta número trezentos, ele estava tão nervoso que até ensaiou algumas vezes como falaria com o/a possível morador/a que tinha lhe alugado o quarto.
Fora instantâneo.
Sua boca abriu e fechou algumas vezes, ao ver o o homem que lhe atendeu, ponto importante: Kaio era gay, não assumido, mas era muito gay. Então ele tentava de alguma maneira se esconder no armário, mas em algumas vezes, como essa, ele não conseguia.
ᅳ Olá, posso ajudar? ᅳ O morador falou. Seus olhos castanhos claros, os olhos puxados, o nariz arrebitado, rosto pequeno com sua mandíbulas acentuada, cabelos negros caídos sobre seu ombro. Ele parecia um desenho animado ᅳ Oi?
ᅳ Ah, olá. Desculpa.... Minha mãe alugou um quarto neste quarto. Quer dizer, nesse apartamento. ᅳ Ele enrugou o nariz, ficava todo enrolado quando nervoso. E depois engoliu em seco ᅳ Sou... Kaio.
ᅳ Josué. Mas me chamam de Josh. Entra, ela falou que você viria hoje. Não repara a bagunça. ᅳ Ele abriu a porta e deu passagem para o novo morador. Fechando logo após. ᅳ Eu acabei esquecendo... Do contrário eu tinha ido te buscar.
ᅳ Quê isso... Tudo bem. Eu queria mesmo ficar nervoso com essa cidade enorme. ᅳ Brincou. E Josh sorriu. ᅳ Bom, aonde é o quarto?
ᅳ Ah, claro. Vem eu te mostro.
Kaio, só agora pode respirar mais tranquilo, pois sentia que sua respiração estava rarefeito depois de ter visto o rapaz que lhe acolhia. Torcia para que o homem não tivesse percebido seu penhasco por homens assim de cara, do contrário ele estaria lhe achando um carente. Uma hora ele iria saber, é claro, mas não queria passar essa primeira impressão, de que estava babando nele.
Não agora.
ᅳ Ele é do mesmo tamanho que o meu. Espero que goste. ᅳ Josh, disse destravando a porta e abrindo. ᅳ Você pode decorar do jeito que quiser. Se for trazer animal vivo pra dentro do quarto me avisa antes, tá?
ᅳ Por que eu tô sentindo que isso é um trauma? ᅳ Kaio, perguntou encarando o outro.
ᅳ Acordar com um jiboia enrolada em seus pés não é um belo bom dia.. ᅳ Josh, coçou sua nuca. Vendo o outro arregalando os olhos. Fora realmente assustador.ᅳ É tem gente louca pra todo lugar.
ᅳ Oh se tem! Mas fica tranquilo, não irei trazer não! ᅳ Kaio deu as costas ao outro, portando um sorriso ao ver a vista que o qaurto dele tinha.
As cores pastéis que o céu ganhava, com o fim de tarde. Alaranjado e com um tom rosé, as nuvens pareciam uns algodão doce pairando acima dos prédios, ele sorriu ladino, suspirando. O que não passou despercebido por Josh, que se aproximou do jovem admirando as nuvens.
ᅳ É lindo não é? A parte do dia que eu mais amo. Só perde para o nascer do sol, visto da terra nascente.
ᅳ Bem que eu percebi, que você era asiático. Japão?
ᅳ O olho puxadinho me entregou não foi? Sim, Japão.
Josh, olhou nos olhos do outro, que estava a alguns centímetros abaixo dele. Viu uma cor rubro brotar nas bochechas do seu companheiro de apartamento de agora em diante. Então lhe deu um sorriso, ele devia estar envergonhado por causa do assunto, e se virou pra sair mas parou na porta, com as mãos na maçaneta para então dizer:
ᅳ É bom te ter aqui, Kaio. ᅳ Josh deu uma piscadela e então saiu.
ᅳ MEU DEUS! Calma.... ᅳ Kaio sentou na cama com uns lençóis branquinhos enquanto colocava as mãos em seu peito, verificando seus batimentos cardíacos, que estavam acelerados, sentia que seu coração alguma hora saltaria pela boca. ᅳ que eu vou fazer pra não surtar? Por que eu vou.
Ele se jogou na cama e sentiu que a partir dali sua vida iria melhorar. Iria dar um glow UP, daqueles digno de beleza renovada no programa da Eliana. Qual era a probabilidade, de que, um dia estaria morando com um gato daqueles? Nenhuma. Imprevisível, mas que ele tinha amado essa nova fase de sua vida. E que lhe daria muito, mais muito o que fofocar pra sua bestie.
Mas as coisas não eram assim tão rápidas ou dessa forma sonhadora que ele estava lidando. Só então percebeu que ele estava pensando demais em probabilidades, em vez de agarrar ao que realmente importava: ele estava na cidade que ele sempre quis, estava prestes a entrar em uma universidade de outro estado e... Morando com um gato.
Ele não iria superar isso tão cedo
Ele sorriu olhando para o teto, e correu para abrir suas malas e então arrumar suas coisas, mas o que fez foi espalhar suas roupas no guarda roupa, fez uma anotação mental que deveria comprar alguns produtos de higiene, e ligar pra sua mãe esse era o mais importante de todas as outras coisas, e está ele deveria fazer com urgência, ou praticamente seria decapitado. E não era exagero.
Enfim, sua aventura tinha começado.
Assim mandou uma mensagem para sua melhor amiga, e ligou para sua mãe.
ᅳ Oi mãe, cheguei bem. ᅳ O filho falou assim que a mãe atendeu pois ele sabia que a primeira pergunta seria essa. ᅳ Está mais tranquila?
ᅳ Agora estou, meu filho como foi sua viagem? Seu companheiiro de apartamento é legal? ᅳ A mulher perguntou.
ᅳ É ótimo, ele é mais que legal. ᅳ Ele falou lembrando de sua visão de antes que teve do homem.
Falou alguns minutos e tranquilizou a sua progenitora, dizendo está bem e que chegou a salvo. A aventura de novo universitário, de um novo morador, de uma nova pessoa, havia começado. E parte dessa aventura, havia começado a muito tempo quando ele sonhou está cursando seu curso em outro estado, morando em outro estado, o pequeno Kaio surtaria se ele visse onde o Kaio chegou, ele tinha realizado um de seus sonhos.
Depois de desfazer suas malas, percebeu que na sala da casa havia um barulho de tevê ligada. Então ele decidiu sair, deveria ser amigo do seu companheiro de apartamento, não era atoa que ele sonhava com esse dia, que então ele conhecia novas pessoas, que faria novos amigos em sua vida, que antes era pacata e sem muita emoção, poderia mudar completamente, era seu plano desde que saiu de sua terra natal. O apartamento era grande, tinha uma sala, cozinha, dois quartos e ainda um pequeno escritório. Uma sacada em frente a sala, com a vista pra alguns prédios ao redor, a alguns quarteirões a frente a avenida paulista, que estava cheia de carros, pessoas voltando pra casa, indo pra seu turno da noite, ou indo pra uma noitada, Kaio sorriu involuntário estava muito alegre por ter chegado onde chegou. ㅡ E aí!? Senta aí. Gosta de Adam Sandler? ㅡ Josh perguntou, apontando para o filme que passava na tevê. ㅡ É meu ator de comédia preferido. ㅡ Ele é ótimo mesmo. Não sou muito fã
Depois de duas semanas na grande cidade, a vida e o deslumbre de Kaio foram passado para trás. Ele às vezes como se fosse nativo dali, como se ele conhecesse a cidade como a palma de sua mão. Mas a magia e as novas descobertas ainda brilhavam para ele, então nem tudo estava muito diferente. Ia pra faculdade, pela manhã, junto com Josh, a tarde ele tirava pra estudar na biblioteca, e algumas matérias que estavam mais difíceis, Josh era mais ocupado, mas sempre estava em casa às oito da noite. Menos quando algum aluno arrumava uma festinha pra virar a noite. Kaio nunca fora de ir a essas festas, mas Josh, sempre lhe arrastava, não era uma coisas ruim, ele até gostava, lhe fazia esquecer tudo que lhe deixava cabisbaixo. Que não era muita coisa, só envolvia a saudade de casa, saudades dos amigos. Mas que deixava no calor da noite, seu coração meio apertado, e com uma sensação de vazio, fora muito ligado a sua família e principalmente a vida pouco movimentada de uma pequena cidad
Cinco anos depois... O que aconteceu naquela festa, morreu naquela festa. Estava morto e enterrado. Foi o trato que eles dois fizeram, passaram-se anos e nenhum dos dois tocou mais no assunto que se tornou um pouco sensível de ser falado e discutido naquela casa, naquela amizade. Mas nada mudou entre os dois, nada aparente. Pois eles continuam morando juntos, continuam indo a festas, mas agora separados ou quando já tem uma pessoa à sua espera. O que eles sempre faziam era convidar alguém antes mesmo de confirmar sua presença em alguma festança que alguns dos amigos faziam. Josh, quase herdou a empresa de seus pais. Quase, por que se depender de seu avô ele nunca vai herdar. Seu avô o atual presidente da, nakamoto Corporation, se encontrava doente e fraco, porém ele não queria sair de seu cargo, e tampouco passar o cargo para o seu neto, ele era teimoso pois em algum momento ele deveria fazer o tal, Josh, legítimo na sequência da herança e filho único, era seu dever cui
Era esperado que aquela reunião iria ser exaustiva. Josh, já sentia que suas pálpebras não mais lhe obedecia, pois ela fechava sem seu consentimento, mas era o que ele amava fazer em sua vida. Reler, rever e construir cláusulas para um contrato, fora isso que ele passou e ainda passa nas aulas que ele tem na faculdade, pois ainda não tinha concluído seu curso, faltava um pouco pra ele concluir. Mas estar com a empresa para herdar lhe permitia ocupar o cargo que seu pai lhe deixou, ele iria cumprir com muito orgulho. Mas enfim, a reunião tinha chegado ao fim. Com um contrato estabelecido, e clientes satisfeitos. Kaio, estava Feliz ao ver o amigo feliz Também com sua nova conquista. Senhor, Alexsandro se despedia, apertando as mãos dos presentes e o sorriso brilhante assim com sua cometiva, e saiu em direção ao elevador tendo em seu encalço Josh, acompanhou até o objeto descer para o térreo voltando logo depois estava alegre. ㅡ Terminamos por hoje, parceiro. ㅡ Anunciou Josh, pa
Um eclipse é uma ocasião alucinatória, a televisão dá a notícia, a internet se enche de momentos registrados do então famigerado evento. Uma coisa assim precisa ser notícia, todas as pessoas necessitam ver, fica marcado na história o tal acontecimento. Talvez não desse nem para ser comparado, mas seria nesse extremo de tanto alarme por tamanha ocasião; a família de kaio, era conhecida por fazer as melhores festas da região, sempre enchiam de pessoas e convidados célebres, eram conhecidos por ter um bom desempenho em se marcar na história, e kaio, tinha puxado esse traço então. como o primeiro casamento falso da história dos Silvas. Mas essa grande notícia ele preferiu guardar apenas para si e sua amiga, alicia. ainda estava digerindo essa nova fase da vida, já que quando entrou pensou que seria uma aventura e tanto, e está sendo, porém agora que estava caindo a ficha parecia uma loucura. uma daquelas dignas de ser televisionada em um filme na sessão da tarde. e kaio, como um bom
O que alguns sabiam era que Joshua Nakamoto, era um bom fanfarrão. Vivia em festas e boates. Mas o que todos sabiam também era que todas as manhãs ele estava presente em seu trabalho, realizando seus deveres, e que era também sabido por todos, um grande administrador. Um bom aluno, um bom neto e um bom solteiro. Em todas essas opções ele se destacava, agora com um bom marido, essa era novidade. Ainda na sombra de que seria um estrondo ao saberem que ele se casaria com um homem e não com uma mulher. Aos olhos de alguns conservadores ele estaria quebrando as regras e ainda manchando o nome de sua família. E apagando da história o nome das próximas gerações. Como de fato não seria bem assim, ele não iria se prender a todo tempo a Kaio, era só algo passageiro. Ele pensava. Chamou a sua sala seu amigo e advogado pessoal, Vicente. Talvez o grande responsável pelas respostas e desculpas mais célebres que ele já deu a seu avô quando sua face era estampada em alguma revista de fo
Não importa o quanto ele tentou disfarçar. A mãe sempre tem algo como um sexto sentido que detecta mentiras, fofocas e omissão. E todos eles gritavam na voz calma e controlada de Kaio, ligou para sua progenitora pois não conseguia deixá-la sem informações por dois dias e por mais que parecesse algo anormal e infantil, para ele não era. Era questão de deixar toda sua mente limpa e não nada melhor do que uma consciência limpa. Sua mãe sempre descobria suas mentiras quando criança, então ele pediu a tudo quanto fosse sagrado que a mulher tivesse perdido esse sexto sentido. ㅡ Está levando seus remédios? Você sempre fica com o nariz entupidinho quando tem frio. Leva um casaco meu amor. ㅡ A mãe indicava com a voz preocupada ao telefone. Seu pequeno Kaio estava saindo do país. Mesmo que ele agora fosse uma adulto responsável por suas ações e afazeres, ela não deixava de ficar preocupada e dar dicas acaloradas ao seu amado. Kaio se sentia amado. As vezes quando criança se sentia su
Quem conhecesse o pequeno kaio saberia que ele estava surtando internamente. já que em seus sonhos mais cobiçados de sua adolescência era ir ao Estados Unidos da América. assim como um grande amante do cinema americano com seus filmes maravilhosos mostrando a tão aplaudida time square com seus enormes telões exibindo suas propagandas de grandes marcas, mas ele não estava em nova york, estava em las vegas. Olhava das janelas transparentes do seu hotel a cidade dos jogos e diversão. E de como por um momento imaginou ser um sonho, mas tocar aquelas cortinas e de alguma forma ver o sorriso no reflexo do espelho de josh o deixava crente de que era real. o rapaz nem precisou de seu cachecol tirou assim que chegou no aeroporto, o clima era ensolarado e convidativo a uma caminhada para conhecer o local. ㅡ Sei o que está imaginando. nós vamos sim, mas… antes deveríamos descansar, a viagem foi longa, parça. ㅡ Não estrague minha euforia, se eu não conseguir descansar. Do qu