Cinco anos depois...
O que aconteceu naquela festa, morreu naquela festa. Estava morto e enterrado.
Foi o trato que eles dois fizeram, passaram-se anos e nenhum dos dois tocou mais no assunto que se tornou um pouco sensível de ser falado e discutido naquela casa, naquela amizade. Mas nada mudou entre os dois, nada aparente. Pois eles continuam morando juntos, continuam indo a festas, mas agora separados ou quando já tem uma pessoa à sua espera. O que eles sempre faziam era convidar alguém antes mesmo de confirmar sua presença em alguma festança que alguns dos amigos faziam.
Josh, quase herdou a empresa de seus pais. Quase, por que se depender de seu avô ele nunca vai herdar. Seu avô o atual presidente da, nakamoto Corporation, se encontrava doente e fraco, porém ele não queria sair de seu cargo, e tampouco passar o cargo para o seu neto, ele era teimoso pois em algum momento ele deveria fazer o tal, Josh, legítimo na sequência da herança e filho único, era seu dever cuidar e herdar a empresa da família que vinha passando de geração em geração a muitos anos.
Kaio, se formou em seu curso. Uma formatura digna de seus sonhos mais cobiçados, com direito a vinda de seus familiares e festança em uma casa de praia em Santos. Agora formado e pronto para exercer seu diploma, ele então passou a trabalhar na empresa, nakamoto Corporation, Josh, fez questão de ter seu amigo ao seu lado, já que ele estava na seção dos advogados da empresa, precisava de alguém pra lhe ajudar, e Kaio aceitou por estar desempregado e por ser o que ele amava e queria pra sua vida.
E também por, Joshua.
Este que batucava na mesa de vidro super limpa, que tinha na sala de reunião, da cabeceira da mesa ele olhava fixo em seus próprios olhos refletindo no espelho na outra ponta da sala, nele também exibia o rosto trincando, pensativo, seus cabelos longos presos em um coque samurai, e algumas mechas caídas sobre sua testa. Os brilhos que completavam sua gravata, e o terno azul escuro que ele vestia.
Estava esperando há algum tempo ali parado. Pelo simples fato de que não tinha nada o que pudesse fazer, a não ser, esperar. Pois o contrato foi enviado por correio e ele nem sabe o porque, talvez a empresa que estava fechando negócio fosse da idade da pedra. Pois no mundo atual, já existia e-mail e o mais antigo fax. Mas não se sabe o motivo de tanto retrocesso da outra parte. Já estava ficando impaciente, e bufando a cada segundo.
Quando viu entrar na sala, um homem com o aspecto cansado, e com um envelope amarelo em suas mãos, era o contrato. Ele suspirou, agora de alívio, pois Kaio, nunca lhe decepcionara. O outro caminhou até a cabeceira da mesa e lhe entregou o papel, e sentou. Respirando ofegante.
ㅡ Não sou pago pra isso, Josh. E sim, estou pedindo hora Extra. E não aceito rejeição. ㅡ Ele parou e respirou novamente. E dessa vez tirou o seu blazer colocando sobre a mesa. ㅡ Seu avô já chegou?
ㅡ Não, e agradeço aos céus. Não quero ter uma conversa daquelas com ele. Já estou exausto demais para receber um Sermão dele. ㅡ Josh analisava o papel enquanto desviava dele pra o amigo. ㅡ E você só desceu até o térreo pra pegar isso. Deixe de onda.
ㅡ É quê? Eu subi dezessete levadas de escadas. Pois o elevador está em manutenção, e veja bem.... Ele foi liberado assim que eu subi três levadas de escadas.
ㅡ Ao menos nossa equipe é rápida. E você já fez o cardio do dia.
Kaio fitou o outro cerrando seus olhos, ele não estava acreditando no que estava ouvindo.
ㅡ Vou fingir que não ouvi isso, viu. Se toque, rapaz! É dezessete levadas de escadas.
ㅡ Eu te pago um aumento. E o jantar é por minha conta. ㅡ Josh jogou vendo o sorriso surgir no rosto do amigo.
Golpe baixo. Kaio aceitou.
ㅡ Pois eu aceito. Minha sempre me ensinou, não se nega um convite e presentes.
Josh sorriu. Como era bom ter o amigo em sua volta, existiam mais alguns deles à sua volta, mas kaio, era seu melhor amigo. Então ele tinha que pagar muito mais coisas com ele. Disso ele não tinha dúvidas.
ㅡ Como é que em pleno século vinte e um, ainda usam correio pra mandar contrato? ㅡ Josh perguntou analisando mais de perto todas as entrelinhas do documento. E estalou a língua logo nas primeiras estrofes. ㅡ precisamos discutir algumas cláusulas.
ㅡ Eu sei, eu li enquanto subia. ㅡ Josh levantou a sobrancelha. ㅡ Tu acha que eu viria correndo era? Vinha mesmo.
ㅡ Só te observo, Kaio.
ᅳ E sobre o correio. Foi um dos jovens aprendizes que confundiu alguns procedimentos e deu nisso. Tadinho foi demitido. ᅳ Kaio franziu sua boca. E olhou para o amigo, aqueles olhares que falam mais de mil palavras.
ᅳ Nem se dê o trabalho. Eu não vou contratar esse daí. ᅳ Josh estalou a língua e mostrando o dedinho em negação.
ᅳ Sem coração. ᅳ Fechou o cenho, o amigo.
Depois de uma gargalhada de Josh. A porta foi aberta revelando um homem mais velho, acompanhado de mais cinco pessoas. Josh e Kaio se puseram de pé. Kaio pegou seu blazer e vestiu. Sorrisos foram vistoz enquanto só homens engravatados se cumprimentavam em toda diplomacia e elogios que sabiam. Todos após os cumprimentos sentaram-se. Além de advogado, Josh também representava seu avô em algumas das reuniões.
ᅳ Bom. Vamos começar o que nos interessa, senhor Nakamoto. ᅳ o homem que se identificou como, Alexsandro, quebrou o silêncio ao sentar-se. ᅳ Quero sair daqui hoje com um contrato com sua empresa.
ᅳ Primeiro iremos discutir algumas cláusulas, senhor. E então você saberá que terá o privilégio ou não.
Josh retrucou ajeitando seu blazer, ele correu seus olhos por toda sala e então proseguiu com suas observações e contestações. Seria seu primeiro cliente do dia, estava novo em folha seria tão mais fácil se todos os cliente fossem rápidos como esse, e que marcassem as coisas mais cedo. Isso ajudaria ele com muito mais coisas, ajudaria ele com os pensamentos, argumentos frescos. Ele olhou para Kaio e viu o quanto ele estava concetrado, ele era sempre assim, sempre o melhor, ainda que fosse apenas anotar algumas coisas em sua agenda. Josh às vezes se espelhava em seu amigo e sua garra, força que ele tinha para conseguir o que queria.
Era esperado que aquela reunião iria ser exaustiva. Josh, já sentia que suas pálpebras não mais lhe obedecia, pois ela fechava sem seu consentimento, mas era o que ele amava fazer em sua vida. Reler, rever e construir cláusulas para um contrato, fora isso que ele passou e ainda passa nas aulas que ele tem na faculdade, pois ainda não tinha concluído seu curso, faltava um pouco pra ele concluir. Mas estar com a empresa para herdar lhe permitia ocupar o cargo que seu pai lhe deixou, ele iria cumprir com muito orgulho. Mas enfim, a reunião tinha chegado ao fim. Com um contrato estabelecido, e clientes satisfeitos. Kaio, estava Feliz ao ver o amigo feliz Também com sua nova conquista. Senhor, Alexsandro se despedia, apertando as mãos dos presentes e o sorriso brilhante assim com sua cometiva, e saiu em direção ao elevador tendo em seu encalço Josh, acompanhou até o objeto descer para o térreo voltando logo depois estava alegre. ㅡ Terminamos por hoje, parceiro. ㅡ Anunciou Josh, pa
Um eclipse é uma ocasião alucinatória, a televisão dá a notícia, a internet se enche de momentos registrados do então famigerado evento. Uma coisa assim precisa ser notícia, todas as pessoas necessitam ver, fica marcado na história o tal acontecimento. Talvez não desse nem para ser comparado, mas seria nesse extremo de tanto alarme por tamanha ocasião; a família de kaio, era conhecida por fazer as melhores festas da região, sempre enchiam de pessoas e convidados célebres, eram conhecidos por ter um bom desempenho em se marcar na história, e kaio, tinha puxado esse traço então. como o primeiro casamento falso da história dos Silvas. Mas essa grande notícia ele preferiu guardar apenas para si e sua amiga, alicia. ainda estava digerindo essa nova fase da vida, já que quando entrou pensou que seria uma aventura e tanto, e está sendo, porém agora que estava caindo a ficha parecia uma loucura. uma daquelas dignas de ser televisionada em um filme na sessão da tarde. e kaio, como um bom
O que alguns sabiam era que Joshua Nakamoto, era um bom fanfarrão. Vivia em festas e boates. Mas o que todos sabiam também era que todas as manhãs ele estava presente em seu trabalho, realizando seus deveres, e que era também sabido por todos, um grande administrador. Um bom aluno, um bom neto e um bom solteiro. Em todas essas opções ele se destacava, agora com um bom marido, essa era novidade. Ainda na sombra de que seria um estrondo ao saberem que ele se casaria com um homem e não com uma mulher. Aos olhos de alguns conservadores ele estaria quebrando as regras e ainda manchando o nome de sua família. E apagando da história o nome das próximas gerações. Como de fato não seria bem assim, ele não iria se prender a todo tempo a Kaio, era só algo passageiro. Ele pensava. Chamou a sua sala seu amigo e advogado pessoal, Vicente. Talvez o grande responsável pelas respostas e desculpas mais célebres que ele já deu a seu avô quando sua face era estampada em alguma revista de fo
Não importa o quanto ele tentou disfarçar. A mãe sempre tem algo como um sexto sentido que detecta mentiras, fofocas e omissão. E todos eles gritavam na voz calma e controlada de Kaio, ligou para sua progenitora pois não conseguia deixá-la sem informações por dois dias e por mais que parecesse algo anormal e infantil, para ele não era. Era questão de deixar toda sua mente limpa e não nada melhor do que uma consciência limpa. Sua mãe sempre descobria suas mentiras quando criança, então ele pediu a tudo quanto fosse sagrado que a mulher tivesse perdido esse sexto sentido. ㅡ Está levando seus remédios? Você sempre fica com o nariz entupidinho quando tem frio. Leva um casaco meu amor. ㅡ A mãe indicava com a voz preocupada ao telefone. Seu pequeno Kaio estava saindo do país. Mesmo que ele agora fosse uma adulto responsável por suas ações e afazeres, ela não deixava de ficar preocupada e dar dicas acaloradas ao seu amado. Kaio se sentia amado. As vezes quando criança se sentia su
Quem conhecesse o pequeno kaio saberia que ele estava surtando internamente. já que em seus sonhos mais cobiçados de sua adolescência era ir ao Estados Unidos da América. assim como um grande amante do cinema americano com seus filmes maravilhosos mostrando a tão aplaudida time square com seus enormes telões exibindo suas propagandas de grandes marcas, mas ele não estava em nova york, estava em las vegas. Olhava das janelas transparentes do seu hotel a cidade dos jogos e diversão. E de como por um momento imaginou ser um sonho, mas tocar aquelas cortinas e de alguma forma ver o sorriso no reflexo do espelho de josh o deixava crente de que era real. o rapaz nem precisou de seu cachecol tirou assim que chegou no aeroporto, o clima era ensolarado e convidativo a uma caminhada para conhecer o local. ㅡ Sei o que está imaginando. nós vamos sim, mas… antes deveríamos descansar, a viagem foi longa, parça. ㅡ Não estrague minha euforia, se eu não conseguir descansar. Do qu
A última frase de Joshua Nakamoto, ainda reverbera dentro de Kaio, como ondas sonoras ainda sendo emitidas ao seu ouvido, como confetes cintilando sobre seus olhos e tocando sua pele. Em especial a última palavra: Amor. Ainda estava assimilando o que estava acontecendo, seus ouvidos só ouviram essa frase e aparentemente tinha parado de funcionar. O mundo tinha parado de funcionar, como se estivesse congelado só para ele e Josh no Hall daquele imenso hotel, que antes barulhento agora que só ouvia era os batimentos cardíacos dos dois ali. Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói, e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.É um não querer mais que bem querer;É um andar solitário entre a gente;É nunca contentar-se e contente;É um cuidar que ganha em se perder. Já dizia Luís Vaz de comões. Uma descrição perfeita e sem errar do amor. Kaio, lembrou do dia em que fez um trabalho para sua professora de português e ter visto este poema o mar
A strip populacionalmente conhecida como a rua mais conhecida de Las Vegas estava cheia. Seus enormes e luxuosos prédios dos hotéis. suas enormes estruturas as arquiteturas de dar inveja a qualquer local. a cidade construída com seus conhecidíssimos cassinos, muitas pessoas vão ali para testar sua sorte e não é a toa que las vegas recebe milhares de pessoas ao ano quiçá ao dia. kaio, exibia um sorriso singular jamais visto em seu rosto por josh, que lhe observava do seu lado direito. o amigo o observava como aquele sorriso tinha um significado. Pois perdeu a conta de quantas vezes viu o nordestino de ávido sonhos, dizer que a cidade estava a seus destinos entre os milhares que ele tinha em sua lista imaginária. também observava se em seu rosto ainda transparecia a raiva ㅡ estava mais para uma decepção passageira ㅡ , mas nada tinha no rosto redondo e anguloso do ser bravissimo. kaio ainda estava deslumbrado com os prédios maravilhoso que tinha ali, talvez ele resolveria a ir a
A manhã de domingo estava com algumas nuvens no céu. Josh fora o primeiro a acordar, depois da noite tão fantástica que teve ao lado de que em alguns minutos seria seu marido. A noite fez com que os dois capotassem na cama, visando um bom descanso já que tinha esgotado suas forças e energia. O jantar foi o quesito que mais surpreendeu de forma boa os dois. Viram de perto algumas das pessoas ㅡ Enquanto esperavam por seus pratos ㅡ Muitas pessoas serem "Punidas" por sua rebeldia de não consumir o prato que pediu, o restaurante serviam enormes hambúrgueres. E um desses seres foi Kaio. Pediu um hambúrguer o mais saboroso que achou no cardápio, com batatas fritas como acompanhamento, para sua surpresa não conseguiu comer toda a comida. Vestido com uma roupa cirúrgica, regra do local. Ele empinou seu bumbum e recebeu algumas palmadas da garçonete que os serviam naquela noite. Joshua como um bom urbano que era, devorou seu hambúrguer em apenas alguns minutos, e ainda beliscou o prato