Depois de duas semanas na grande cidade, a vida e o deslumbre de Kaio foram passado para trás. Ele às vezes como se fosse nativo dali, como se ele conhecesse a cidade como a palma de sua mão.
Mas a magia e as novas descobertas ainda brilhavam para ele, então nem tudo estava muito diferente. Ia pra faculdade, pela manhã, junto com Josh, a tarde ele tirava pra estudar na biblioteca, e algumas matérias que estavam mais difíceis, Josh era mais ocupado, mas sempre estava em casa às oito da noite. Menos quando algum aluno arrumava uma festinha pra virar a noite. Kaio nunca fora de ir a essas festas, mas Josh, sempre lhe arrastava, não era uma coisas ruim, ele até gostava, lhe fazia esquecer tudo que lhe deixava cabisbaixo.
Que não era muita coisa, só envolvia a saudade de casa, saudades dos amigos. Mas que deixava no calor da noite, seu coração meio apertado, e com uma sensação de vazio, fora muito ligado a sua família e principalmente a vida pouco movimentada de uma pequena cidade. Todavia estava se sentindo acima de tudo, realizado com suas conquistas.
Por agora, ainda eram três da tarde. Então ele estava saindo da faculdade, pra se ter uma exatidão, ele ainda estava revendo uma matéria que estava lhe cabulando durante a semana.
ㅡ Esse é fácil, é só olhar o patrimônio e fazer alguns cálculos e tudo pronto.
Kaio ergue seus olhos vendo seu amigo sentar na cadeira ao lado.
ㅡ E como sabe disso, senhor advogado? ㅡ Kaio, se recostou na cadeira e tirou os óculos que usava para ler. ㅡ É um passo Grande não, de Advocacia para administração.
ㅡ Não, não é não. Se eu te disser que eu vi isso aqui enquanto assistia meu pai na adolescência, vai acreditar? ㅡ Kaio enrugou o nariz. E juntou suas sobrancelhas. ㅡ É, muitos não acredita, por que você acreditaria?
ㅡ Digamos que é algo muito interessante, e desafiador. Já que não lembro muitas coisas da minha adolescência, que foi a três anos atrás. ㅡ Kaio sorriu vendo o amigo lhe acompanhar.
O que Kaio não sabia, era que Josh, estava amando sua companhia, amava está ao seu lado. Se alguém lhe perguntasse algo assim, ele negaria. Mas que o rapaz mexia com ele, ah sim! Olhar para seus olhos castanhos tão vivos, e sua pele brozeada, e os cachos enrolados nas pontinhas, o deixava ainda mais bonito. Sentia um friozinho na barriga quando analisava seu amigo dessa forma, mas ultimamente não estava sendo tão bom em evitar tais coisas.
ㅡ Quer ir a uma festa comigo? ㅡ perguntou de repente Josh, Kaio o olhou analítico, e ele deveria ter sido mais sucinto. ㅡ Meu amigo, os pais dele saiu pra fazer uma viajem, e ele quer aproveitar a casa enorme que eles têm. Então.... Você quer ir?
ㅡ Calma aí, grandão! Oxente, você Josh mesmo? Ou eu estou delirando? ㅡ Kaio soltou uma gargalhada. E fechou seus livros e Continuou. ㅡ Está mesmo me convidando por conta própria? Ou é alguma coisa que eu não saiba?
Todos esses questionamentos tinham um fundamento. Josh, estava se arrependendo de em toda festa que ele foi convidado nessas duas semanas e então não convidou o amigo. Estava se sentindo um lixo por ter sido um idiota esse tempo todo. Pois gostava bastante do rapaz se companhia era agradável, deixava as coisas mais leves, não conseguia entender porque não o convidou antes.
ㅡ Não estou brincando, é um convite mesmo. Eu quero está com você lá! ㅡ Josh falou e depois mordeu seu lábio inferior, estava falando demais. ㅡ Quer dizer, você é legal, e meu amigo, então vai ser bom estarmos juntos.
ㅡ Aham, isso tem cheiro de outra coisa, Senhor Joshua. Mas eu vou te dar o prazer da minha companhia, meu amigo. Apesar de que me sinto ofendido, só está me chamando porque não está acompanhado, tenho certeza.
E de novo aquelas palavras estavam sendo um faca afiada entrando no coração do estudante de advocacia. Por que o que ele também não sabia era do cruhs bem óbvio que, Kaio tinha, ele tentava amenizar toda babação pra cima do colega de quarto, mas às vezes não dava, estava arriado os quatro pneus pra ele.
Também percebeu que o outro estava recebendo o peso de cada palavra, então ele continuou:
ㅡ Estou certo?
ㅡ Não. ㅡ Simples Josh respondeu.
ㅡ Olha aqui, Josh se eu for ficar de lado pra você chegar e esquecer que eu estou lá....
ᅳ Não, não é isso Kaio. Confie! Eu estou te convidando é por que eu quero que você vá, que você esteja ao meu lado. ᅳ Josh quis saber o que seu amigo estava pensando naquele instante, por que disse as palavras com toda sinceridade que guardava em seu coração. Queria essa noite, talvez, confessar a atração que estava sentindo a tanto tempo, e que talvez fosse apenas isso, mas algo lhe dizia que só hoje teria essa chance, não iria desperdiçar. O ruim ia ser se o rapaz lhe dispensar, seria a pior vergonha que já pode passar em sua vida.
Kaio mantinha sua boca aberta, fechou e abriu algumas vezes. Será que ele sabia que ele era caidinho por si? E por isso ele estava fazendo isso? Mas então ele percebeu as dicas que ele sempre dava, mas nada era percebido por Josh.
ᅳ Então eu... Vou ᅳ Disse puxando um sorriso ladino. ᅳ você me surpreende a cada dia viu Joshua. Gosto disso em você.
ᅳ Cola em mim, e então vai se surpreender cada vez mais. ᅳ Josh, levantou sua sobrancelha sugestiva. Kaio apenas sorria, no fundo dava para ver que seu olhar denunciava o quanto ele achava que era uma brincadeira.
ᅳ Não me desafie. ᅳ Kaio juntou todas as suas coisas emcima da mesa que estudava na biblioteca.
ᅳ Estou desafiando, e aí vai encarar? ᅳ Josh passou os dedos em seus fios o jogando pra trás mordendo seus lábios inferiores.
A mania que deixava Kaio hipnotizado. A beleza que existia em cada movimento do outro. Ele juntou suas coisas e tacou dentro de sua bolsa, deu a volta e sorriu grandemente. Josh levantou e colocou sua mochila nas costas. Kaio tocou com o cotovelo nas costelas do maior e disse:
ᅳ Sou nordestino, o que mais faço é encarar tudo que está a minha frente. E sem medo.
Cinco anos depois... O que aconteceu naquela festa, morreu naquela festa. Estava morto e enterrado. Foi o trato que eles dois fizeram, passaram-se anos e nenhum dos dois tocou mais no assunto que se tornou um pouco sensível de ser falado e discutido naquela casa, naquela amizade. Mas nada mudou entre os dois, nada aparente. Pois eles continuam morando juntos, continuam indo a festas, mas agora separados ou quando já tem uma pessoa à sua espera. O que eles sempre faziam era convidar alguém antes mesmo de confirmar sua presença em alguma festança que alguns dos amigos faziam. Josh, quase herdou a empresa de seus pais. Quase, por que se depender de seu avô ele nunca vai herdar. Seu avô o atual presidente da, nakamoto Corporation, se encontrava doente e fraco, porém ele não queria sair de seu cargo, e tampouco passar o cargo para o seu neto, ele era teimoso pois em algum momento ele deveria fazer o tal, Josh, legítimo na sequência da herança e filho único, era seu dever cui
Era esperado que aquela reunião iria ser exaustiva. Josh, já sentia que suas pálpebras não mais lhe obedecia, pois ela fechava sem seu consentimento, mas era o que ele amava fazer em sua vida. Reler, rever e construir cláusulas para um contrato, fora isso que ele passou e ainda passa nas aulas que ele tem na faculdade, pois ainda não tinha concluído seu curso, faltava um pouco pra ele concluir. Mas estar com a empresa para herdar lhe permitia ocupar o cargo que seu pai lhe deixou, ele iria cumprir com muito orgulho. Mas enfim, a reunião tinha chegado ao fim. Com um contrato estabelecido, e clientes satisfeitos. Kaio, estava Feliz ao ver o amigo feliz Também com sua nova conquista. Senhor, Alexsandro se despedia, apertando as mãos dos presentes e o sorriso brilhante assim com sua cometiva, e saiu em direção ao elevador tendo em seu encalço Josh, acompanhou até o objeto descer para o térreo voltando logo depois estava alegre. ㅡ Terminamos por hoje, parceiro. ㅡ Anunciou Josh, pa
Um eclipse é uma ocasião alucinatória, a televisão dá a notícia, a internet se enche de momentos registrados do então famigerado evento. Uma coisa assim precisa ser notícia, todas as pessoas necessitam ver, fica marcado na história o tal acontecimento. Talvez não desse nem para ser comparado, mas seria nesse extremo de tanto alarme por tamanha ocasião; a família de kaio, era conhecida por fazer as melhores festas da região, sempre enchiam de pessoas e convidados célebres, eram conhecidos por ter um bom desempenho em se marcar na história, e kaio, tinha puxado esse traço então. como o primeiro casamento falso da história dos Silvas. Mas essa grande notícia ele preferiu guardar apenas para si e sua amiga, alicia. ainda estava digerindo essa nova fase da vida, já que quando entrou pensou que seria uma aventura e tanto, e está sendo, porém agora que estava caindo a ficha parecia uma loucura. uma daquelas dignas de ser televisionada em um filme na sessão da tarde. e kaio, como um bom
O que alguns sabiam era que Joshua Nakamoto, era um bom fanfarrão. Vivia em festas e boates. Mas o que todos sabiam também era que todas as manhãs ele estava presente em seu trabalho, realizando seus deveres, e que era também sabido por todos, um grande administrador. Um bom aluno, um bom neto e um bom solteiro. Em todas essas opções ele se destacava, agora com um bom marido, essa era novidade. Ainda na sombra de que seria um estrondo ao saberem que ele se casaria com um homem e não com uma mulher. Aos olhos de alguns conservadores ele estaria quebrando as regras e ainda manchando o nome de sua família. E apagando da história o nome das próximas gerações. Como de fato não seria bem assim, ele não iria se prender a todo tempo a Kaio, era só algo passageiro. Ele pensava. Chamou a sua sala seu amigo e advogado pessoal, Vicente. Talvez o grande responsável pelas respostas e desculpas mais célebres que ele já deu a seu avô quando sua face era estampada em alguma revista de fo
Não importa o quanto ele tentou disfarçar. A mãe sempre tem algo como um sexto sentido que detecta mentiras, fofocas e omissão. E todos eles gritavam na voz calma e controlada de Kaio, ligou para sua progenitora pois não conseguia deixá-la sem informações por dois dias e por mais que parecesse algo anormal e infantil, para ele não era. Era questão de deixar toda sua mente limpa e não nada melhor do que uma consciência limpa. Sua mãe sempre descobria suas mentiras quando criança, então ele pediu a tudo quanto fosse sagrado que a mulher tivesse perdido esse sexto sentido. ㅡ Está levando seus remédios? Você sempre fica com o nariz entupidinho quando tem frio. Leva um casaco meu amor. ㅡ A mãe indicava com a voz preocupada ao telefone. Seu pequeno Kaio estava saindo do país. Mesmo que ele agora fosse uma adulto responsável por suas ações e afazeres, ela não deixava de ficar preocupada e dar dicas acaloradas ao seu amado. Kaio se sentia amado. As vezes quando criança se sentia su
Quem conhecesse o pequeno kaio saberia que ele estava surtando internamente. já que em seus sonhos mais cobiçados de sua adolescência era ir ao Estados Unidos da América. assim como um grande amante do cinema americano com seus filmes maravilhosos mostrando a tão aplaudida time square com seus enormes telões exibindo suas propagandas de grandes marcas, mas ele não estava em nova york, estava em las vegas. Olhava das janelas transparentes do seu hotel a cidade dos jogos e diversão. E de como por um momento imaginou ser um sonho, mas tocar aquelas cortinas e de alguma forma ver o sorriso no reflexo do espelho de josh o deixava crente de que era real. o rapaz nem precisou de seu cachecol tirou assim que chegou no aeroporto, o clima era ensolarado e convidativo a uma caminhada para conhecer o local. ㅡ Sei o que está imaginando. nós vamos sim, mas… antes deveríamos descansar, a viagem foi longa, parça. ㅡ Não estrague minha euforia, se eu não conseguir descansar. Do qu
A última frase de Joshua Nakamoto, ainda reverbera dentro de Kaio, como ondas sonoras ainda sendo emitidas ao seu ouvido, como confetes cintilando sobre seus olhos e tocando sua pele. Em especial a última palavra: Amor. Ainda estava assimilando o que estava acontecendo, seus ouvidos só ouviram essa frase e aparentemente tinha parado de funcionar. O mundo tinha parado de funcionar, como se estivesse congelado só para ele e Josh no Hall daquele imenso hotel, que antes barulhento agora que só ouvia era os batimentos cardíacos dos dois ali. Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói, e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.É um não querer mais que bem querer;É um andar solitário entre a gente;É nunca contentar-se e contente;É um cuidar que ganha em se perder. Já dizia Luís Vaz de comões. Uma descrição perfeita e sem errar do amor. Kaio, lembrou do dia em que fez um trabalho para sua professora de português e ter visto este poema o mar
A strip populacionalmente conhecida como a rua mais conhecida de Las Vegas estava cheia. Seus enormes e luxuosos prédios dos hotéis. suas enormes estruturas as arquiteturas de dar inveja a qualquer local. a cidade construída com seus conhecidíssimos cassinos, muitas pessoas vão ali para testar sua sorte e não é a toa que las vegas recebe milhares de pessoas ao ano quiçá ao dia. kaio, exibia um sorriso singular jamais visto em seu rosto por josh, que lhe observava do seu lado direito. o amigo o observava como aquele sorriso tinha um significado. Pois perdeu a conta de quantas vezes viu o nordestino de ávido sonhos, dizer que a cidade estava a seus destinos entre os milhares que ele tinha em sua lista imaginária. também observava se em seu rosto ainda transparecia a raiva ㅡ estava mais para uma decepção passageira ㅡ , mas nada tinha no rosto redondo e anguloso do ser bravissimo. kaio ainda estava deslumbrado com os prédios maravilhoso que tinha ali, talvez ele resolveria a ir a