A sexta feira chegou em um pulo. Passou tão rápido que os dias pareciam horas, talvez até minutos. E com isso a responsabilidade de Kaio crescia ainda mais, também seu nervosismo, ele iria discursar e apresentar para algumas centenas de pessoas, entre elas os acionistas, os convidados de Yuki Nakamoto, o próprio Yuki estava sentado na primeira fila em frente ao palco, alguns da imprensas convidados para televisionar, colocar em suas revistas o anúncio da mais nova linha de alimentícios da Nakamoto Corporation. Alguns vieram só pela informação de que seria o marido do CEO que iria apresentar toda a informação. E talvez por isso o coração de Kaio se encontrava em um turbilhão. Todavia ele tinha a certeza de que tinha feito tudo certo, tinha conseguido toda a informação correta, estava tudo conforme planejado. Suas horas em claro, iria resultar em uma belíssima apresentação ele dizia a si mesmo, dizia em seu coração com alto e bom som. Estava apenas aguardando na parte posterior do e
Os olhinhos de Kaio eram uma festa à parte, pois o brilho não era uma coisa tão normal de se ver. A cada palavra, a cada gesto explicativo ele exibia um brilho único em seus olhos, assim deixando muito mais emocionante, sabia que através da transmissão pelo youtube sua família estava assistindo de casa, e tudo ali tinha valido seu esforço, sabia que tudo que passou era por algo e esta apresentação era uma delas o resto que estaria por vir era algo distante. E até sua intuição que lhe listava algo tinha desaparecido, nada fazia tão sentido quanto aquele momento mágico. Até Yuki estava orgulhoso do seu neto, e da sua equipe que tinha preparado algo tão grandioso. Quando imaginou uma apresentação tão grandiosa, pensou que estava gastando a toa, contudo agora depois de ter visto com seus próprios olhos, e seus amigos de longa data lhe parabenizando, tinha mudado de ideia. Tudo foi pago pelo esforço que dava para ver em cada detalhe, desde a iluminação em específicos lugares, como em Ka
Depois dele ter dito a última frase e a multidão se pôr de pé para o aplaudir percebeu que tinha terminado. Uma imensa alegria surgiu em seu peito, como se um fardo estivesse lhe abandonando naquele momento, era a melhor sensação, viu cada rosto da plateia lhe aplaudir, como diria Josh, é seu momento, e ninguém mudaria isso. Então vivenciou aquela euforia, correndo seus olhos pelas fileiras enquanto suas mãos juntinhas em preces que aquele momento jamais se apagasse, que ele lembraria de tudo aquilo de cada sensação de cada detalhe que aquilo estava lhe proporcionando. Mas algo o fez estranhar ao olhar para todos ali ele não encontrou Joshua. ㅡ Muito obrigado a todos. ㅡ Ele se despediu e saiu, estranhando o motivo que Josh teria de está em outro lugar. ㅡ Onde está meu marido? Ele indagou assim que viu um membro da equipe, ele era o mesmo rapaz que tinha ido chamar a Josh e que levou o homem a sala que a mulher estava. ㅡ Ele está atendendo a uma moça, não sei quem é ela. Ela ap
Só tinha uma maneira de se prosseguir. ㅡ Eu quero o exame de DNA. É meu direito. Josh tinha voltado à sala, Karol estava o aguardando. Ela estava até mais relaxada, não parecia mais tensa como antes, talvez tenha sido por ter desabafado com alguém e esse alguém era o pai de seu filho, Joshua. O único ali que não estava nem um pouco relaxado, estava perdendo a festa que e Kaio tinha preparado com tanto amor e carinho, eram para os dois está na pós festa, que seria em um local fora do que estavam, por sorte as pessoas que antes estavam ali não estavam mais. ㅡ Foi aquele lá que te forçou a pedir isso? Acha que estou mentindo? ㅡ Karol olhou nos olhos preocupados do homem e sentiu que ele estava achando sim. ㅡ Veja só, dizem que não existe coisa melhor do que ver com os próprios olhos. ㅡ Eu não quero ver, Quero que você traga ele ou ela no dia que vou indicar e então vamos fazer o exame. ㅡ Josh desviou seu rosto enquanto procurava algo em seu celular. ㅡ Não quer se comprome
Kaio mandou uma mensagem para Josh explicando que ele não ficaria para a pós festa. Decidiu depois de sentir que sua bateria social tinha acabado, não era algo de se espantar, depois do choque que foi a notícia que recebeu o deixou muito mais cabisbaixo do que o dia que ele percebeu que não teria chances com seu amigo. E por incrível que pareça a mesma pessoa que extinguiu suas chances, também foi a mesma pessoa que fez sua noite deste dia. A noite que era pra ser apenas alegria e festa, acabou em choro e tristeza, não era fácil ser feliz nesse mundo. Quando já do lado de fora do enorme galpão que eles alugaram para acontecer a apresentação, ele suspirou. O ar gelado da recente madrugada, pois era quase Duas horas da manhã. E tudo que ele queria era um banho com água quente, só assim para tirar esses cansaços e tentar queimar essa tristeza junto com sua pele, ele balançou a cabeça espantando os pensar nada prudentes. Quando percebeu que no meio fio outra pessoa estava mais triste
Eles se despediram com um sorriso e aquela noite havia acabado para os dois. Kaio ao chegar no apartamento seu primeiro destino e tão aguardado por seu corpo, o banheiro. Foi tirando sua roupa durante todo o quarto chegando ao box e ligando o chuveiro, deixando a água quentinha deslizar por sua pele, Enquanto tentava ao máximo não pensar no que Josh estaria fazendo a essa hora da noite, se ele havia voltado pra festa ou se tinha continuado com a mulher no camarim, estava tentando manter aquela desconfiança fora de questão, estava com ciúmes do que aquele mulher poderia provocar no homem. Então depois do banho, foi até a cozinha pra comer algo, sentia um pouco de fome. Comeu algo rápido, e foi direto ao quarto. Olhando para o teto viu que nada poderia fazer mais sentido do que seu casamento seria arruinado pelo público. O que ele pensava era que o público iria lhe acusar de está separando o pai do filho, ele sabia como funciona as pessoas sempre vão ter a chance de dizer que é ele
Outono de 2018 Uma palavra que definiria a vida de Kaio, era: imprevisível. Tudo começou quando ele se mudou para uma grande cidade na capital de São Paulo, que, para o rapaz sonhador era como ir a New York, mas convenhamos é bem diferente, é tipo comparar rio com praia, há mais areia para o pequeno caminhãozinho. E pra não ficar surpreso de como o rapaz era sonhador, ele parou na paulista e suspirou admirando aqueles prédios enormes, como nos filmes com uma pegada teen que passavam na sessão da tarde. Kaio, veio a São Paulo, para cursar administração. E ele poderia muito bem, fazer em sua terra natal. Alagoas. Mas preferiu com a ajuda de sua família, vir à grande metrópole. Sua mãe foi a primeira a apontar a besteira que seria gastar mais dinheiro, porém seu pai era gamado no filho mais novo, então não hesitou muito. Foi aí, que ele chegou na selva de pedra. Dali em diante, as coisas aconteceram rápido e logo ele estava na entrada dos apartamentos que ele havia alu
Depois de desfazer suas malas, percebeu que na sala da casa havia um barulho de tevê ligada. Então ele decidiu sair, deveria ser amigo do seu companheiro de apartamento, não era atoa que ele sonhava com esse dia, que então ele conhecia novas pessoas, que faria novos amigos em sua vida, que antes era pacata e sem muita emoção, poderia mudar completamente, era seu plano desde que saiu de sua terra natal. O apartamento era grande, tinha uma sala, cozinha, dois quartos e ainda um pequeno escritório. Uma sacada em frente a sala, com a vista pra alguns prédios ao redor, a alguns quarteirões a frente a avenida paulista, que estava cheia de carros, pessoas voltando pra casa, indo pra seu turno da noite, ou indo pra uma noitada, Kaio sorriu involuntário estava muito alegre por ter chegado onde chegou. ㅡ E aí!? Senta aí. Gosta de Adam Sandler? ㅡ Josh perguntou, apontando para o filme que passava na tevê. ㅡ É meu ator de comédia preferido. ㅡ Ele é ótimo mesmo. Não sou muito fã