AstoriaEu estava presa há dias, a fome e a sede corroendo minhas forças. Os ferimentos em meu corpo, causados pelos lobos que me torturaram por informações, latejavam com uma dor insuportável. Estava fraca, meu corpo se rebelando, por nunca ter passado por uma privação de alimentos. Tudo ao meu redor era escuridão e desespero, um silêncio opressor que apenas aumentava a sensação de abandono.As vozes dos lobos ecoavam ao redor da minha jaula. Eles tramavam o que fariam comigo, sussurrando planos cruéis enquanto eu tentava me manter firme, mas a verdade era que estava à beira do colapso. Em um determinado momento, ouvi um dos lobos dizer que achava que tinha visto alguma coisa no céu. Meu coração errou uma batida."O que foi que você viu?" outro lobo perguntou, com uma risada debochada."Parecia um drone," o primeiro lobo respondeu, hesitante."Um drone?" O outro lobo riu alto. "Claro, claro... o que mais tem por aqui são pássaros e sua imaginação!"Mas aquilo acendeu uma pequena cham
ConnorEu a peguei nos braços, sentindo o pânico tomar conta de mim ao ver sua condição física. Astoria estava tão frágil, tão machucada... Meu coração batia descompassado, e tudo ao meu redor parecia perder o foco. Eu falhei em protegê-la. Cada pensamento era uma lâmina cortante que perfurava meu peito enquanto eu a carregava em direção ao ponto de encontro.Os rebeldes haviam sido todos dominados, mas nada disso importava agora. A única coisa que eu conseguia pensar era em Astoria. Seus ferimentos, sua fragilidade... ela estava desacordada, e eu não conseguia suportar a ideia de perdê-la."Saiam da frente." eu gritava abrindo caminho entre os lobos. Meus passos quase em corrida pela terra firme. "Saiam da minha frente." continuei a berrar.Desesperado corri com ela em meus braços, meu corpo inteiro tremendo de medo e desespero, até o local onde Mallory estava esperando com o carro."Connor!" ela gritou abrindo a porta de trás para mim, e entrei com Astoia a mantendo presa em meus br
ConnorA médica me olhou com uma expressão que misturava profissionalismo e compaixão, antes de fazer um gesto para que eu a seguisse. Meu coração batia forte, e cada passo que eu dava parecia me arrastar para meus maiores medos. Ela caminhava na minha frente, guiando-me pelos corredores do hospital até uma sala isolada. A tensão em meu corpo aumentava a cada segundo."Astoria está desnutrida e desidratada," ela começou, a voz baixa e cuidadosa. "Nós a medicamos para que ela voltasse à forma humana, o que nos permitiu avaliar a extensão dos machucados. Mas, Connor... você pode se impressionar com o que vai ver."Engoli em seco, meu estômago se revirando de ansiedade. Eu sabia que seria difícil, mas estava determinado a ver Astoria, a estar ao lado dela, independentemente de sua condição. A médica parou diante de uma porta, lançando-me um último olhar antes de abri-la lentamente.Dentro do quarto, Astoria estava deitada em uma cama hospitalar, ligada a várias máquinas que monitoravam s
AstoriaEu sentia que as dores em meu corpo haviam diminuído drasticamente, mas ainda havia um medo paralisante dentro de mim. Medo de abrir os olhos e descobrir que tudo o que eu achava que tinha acontecido era apenas um sonho. E se eu ainda estiver na jaula? E se meus captores ainda estiverem lá, esperando para me torturar novamente? O pensamento de que Connor não me encontrou me consumia, me prendendo em uma escuridão sufocante.Mas havia algo diferente agora, algo que me dava uma pequena faísca de esperança. Sentia uma mão quente entrelaçada à minha, um toque familiar que eu reconheceria em qualquer lugar. O cheiro inconfundível de Connor estava ao meu lado, misturado com o odor esterilizado de um hospital. Talvez, só talvez, não tenha sido um sonho.Com medo e cautela, comecei a abrir os olhos lentamente. A escuridão não era total; havia uma luz suave iluminando o ambiente. Pisquei algumas vezes, tentando ajustar a visão, e olhei para o monitor que apitava suavemente ao meu lado.
ConnorAstoria finalmente adormeceu em meus braços, e eu fiquei ali, segurando-a por um longo tempo, ouvindo sua respiração suave. O alívio de vê-la acordada, de sentir sua vida voltando ao normal, era imenso, mas ainda havia uma tempestade dentro de mim, uma mistura de medo, culpa e incerteza. Esperei até que seu sono estivesse profundo antes de me levantar cuidadosamente da cama. Beijei sua testa, garantindo a mim mesmo que ela estava segura, e saí do quarto em silêncio.No corredor do hospital, liguei para Ben. Ele atendeu quase imediatamente, sua voz tensa e ansiosa. "Connor, alguma novidade?""Ela acordou," respondi, deixando escapar um suspiro que eu nem sabia que estava segurando. "Ela acordou, Ben. Vocês podem vir vê-la de manhã."Ben ficou em silêncio por um momento, e eu podia imaginar o alívio que ele sentiu ao ouvir minhas palavras. "Graças à De
AstoriaEu acordei devagar, sentindo o calor reconfortante ao meu redor. Abri os olhos e vi que Connor ainda estava dormindo ao meu lado, seu corpo envolvido no meu de uma forma que eu nunca tinha visto antes. Seus braços estavam firmemente enlaçados em volta de mim, como se ele estivesse tentando me proteger até mesmo em seus sonhos. A sensação de segurança e amor era quase esmagadora, mas ao mesmo tempo, trazia um peso que eu não conseguia ignorar. AstoriaConnor me levou de volta para a cama, e quando me acomodei, ele sorriu de um jeito que fazia meu coração bater mais rápido. "Eu tenho uma surpresa para você," ele disse, o tom de voz cheio de carinho e mistério."Surpresa?" repeti, sentindo uma pequena onda de animação percorrer meu corpo. Fazia tanto tempo que eu não sentia isso – uma simples expectativa, algo bom para esperar.[O beta do Sul] - 24
ConnorDepois que saí do quarto, me sentei em um banco no corredor, tentando encontrar um jeito de fazer as coisas voltarem ao normal.Como poderia fazer com que Astoria se sentisse segura comigo novamente?Meus p