Capítulo 67

LAURA

Usando um casaco de capuz, corri pela rua dos fundos à procura de um táxi, até que encontrei um que estava sendo desocupado. Passei o endereço para o motorista e pedi para ser o mais rápido possível. No caminho, pensei em ligar para o Enzo, pedir ajuda e contar o que estava acontecendo, mas e se Rodrigo não estivesse blefando sobre estar sozinho? Não podia arriscar a vida do Lorenzo. Rodrigo era um ser mau, manipulador e cheio de artimanhas. Não podia cometer uma ação estúpida que, talvez, não desse certo. Coitadinho do meu pequeno, deve estar aterrorizado.

O endereço era um lugar longe e perto do aeroporto. Com toda certeza era para lá que ele iria me levar depois que deixar Lorenzo ir. Paguei pela corrida e entrei na velha fábrica de colchão abandonada. O lugar era sujo, fedia a mofo e meio escuro.

Escutei um barulho acima da minha cabeça e quando ergui o meu olhar, vi Rodrigo sobre uma passarela que ligava um lado ao outro no galpão. Ele estava com Lorenzo, que chorava silenc
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