Enquanto me dirijo a casa de Linda, penso em tudo que me foi relatado na reunião da qual acabei de sair, havíamos perdido bons homens em um conflito na noite em que levei Giulia para jantar, e por isso adiamos a saída dela novamente para que fossemos meticulosos quanto a segurança dela. Os objetos pessoais de Giulia haviam sido enviados, e evidentemente passaram por mim antes de qualquer um, e mesmo correndo o risco que isso se tornasse motivo de brigas futuramente, não acho que seja um bom momento para devolver a ela. Talvez eu esteja cruzando um limite e por isso não esteja feliz em ver que entre fotos de Donatella e Andrey Ivenchev, caixinhas de música, documentos e roupas pertencentes a ela, eu encontrei cartas, as quais ela provavelmente respondeu. E o remetente é Nikolai Dotroiev.
Não li as cartas. Seja qual for seu conteúdo, não me interessa, mas vi as datas, e a última era bem recente, ainda estava fechada, porque quando foi entregue no convento, Giulia já não estava mais lá. Ele possivelmente enviava para algum contato na Itália, esse contato colocava em um envelope cujo remetente constava qualquer nome feminino e endereço aleatório, para não levantar suspeitas. Um jeito bem ultrapassado de fazer chegar as mãos dela, mas penso que seja exatamente por isso que ele usou, porque imagina-se que o executor da máfia russa usaria de tecnologia para se comunicar com a filha do lendário Andrey Ivenchev.
Da casa de Linda seguimos para um famoso salão de beleza, onde já tenho alguns homens vigiando, Chris determinou exatamente onde deveriam ficar, e como os lugares escolhidos para as compras de Giulia são frequentados por muitas das esposas da máfia, não houve nenhum problema. E dessa vez, eu estou pessoalmente cuidando dela, então se Dotroiev quiser chegar a Giulia, terá que passar por mim primeiro, o que eu duvido que ele fará, já que pessoalmente cuidei da execução de seu homem de confiança em Nova York ontem.
Estou a poucos passos de onde Giulia, Linda e Val estão fazendo as unhas, em um local reservado. Perto o bastante para ouvir Linda comentar que as unhas de Giulia deveriam ser claras, assim como a maquiagem, e olhar para mim discretamente. Linda deve estar gostando de brincar de boneca com Giulia, afinal, é ela que tem providenciado todo o guarda-roupa de garota, e tive que deixar claro, que não quero que a vista como uma qualquer. Giulia será minha esposa em breve, e não quero vê-la em vestidos curtíssimos, porém não posso negar que aprecio as formas de seu corpo em vestidos mais justos.
Giulia tem pernas longilíneas, e a cintura fina faz com que seja impossível deixar de notar o lindo traseiro empinado e os seios fartos. É uma combinação sexy, e já que ela ainda tem traços juvenis, gosto especialmente de como os lábios dela entreabrem e se fecham quando ela fica tímida, oque acontece com frequência, como agora. Parece que o fato de estar olhando em sua direção sempre a faz corar, e eu deveria me envergonhar disso, mas me agrada de saber que tenho essa influência sobre ela.
Eu deveria ser mais cuidadoso. Não seria difícil me deixar levar por alguns momentos prazerosos com ela, afinal, Giulia Cavalieri já é minha. Mas, creio que seria uma decepção para uma garota ingênua quando perceber que não seria mais do que isso. Um momento prazeroso. Deixemos esses dramas para depois do casamento, quando eu puder compensá-la com orgasmos e alguma promessa que possa cumprir. Preciso parar de arrumar desculpas para tocá-la sempre que posso, mas o contato com a pele de Giulia me atraiu desde a noite em Roma, é perturbador que isso aconteça, ou é apenas a abstinência já que estou a semanas sem uma boa foda.
Depois de mais compras, almoço e mais compras, levo Giulia para a casa de Linda. Ela parece feliz porque sua família virá visitá-la, e enquanto duas empregadas da casa levam suas compras para o quarto, eu a acompanho. Gosto do cabelo um pouco mais curto, e a maneira suave que está ondulando, sedoso. Ela senta-se ao lado de Linda por um tempo, e me dá o prazer de observá-la até que ouve Morgan chamar por ela, e mesmo minha irmã a aconselhando a não atender a todos os chamados de minha sobrinha, ela sobe para vê-la.
– Eu vi – ouço Linda falar baixo enquanto ela sobe a escada, se referindo ao olhar discreto que dei a Giulia enquanto ela passava por mim – acho que a hostilidade entre vocês parece ter abrandado.
– Ela se mantêm obediente e não teremos problemas – falo, sem dar muita importância, mesmo sabendo que não será tão fácil, não é como se eu não notasse o quanto ela fica contrariada em determinadas ocasiões, e dobrá-la, a filha de Donatella, será prazeroso, não importa o quanto ela possa se rebelar.
– Nossa mãe quer conhecê-la – Linda diz, um tanto séria enquanto serve para mim uma xícara de café fresco.
– Ela me diz isso cada vez que me liga – respiro fundo, e sei que estou adiando o inevitável, afinal com os preparativos para o casamento adiantados, mesmo antes do noivado, não há desculpas o suficiente boas para ainda não ter levado Giulia para conhecê-la.
Meu problema com essa situação talvez seja o fato de que vou apresentar a minha mãe, uma mulher amável, distinta e virtuosa, a filha da mulher que sempre esteve no coração e pensamentos de meu pai. Até seu último suspiro. Não me parece certo que ela passe por isso, mesmo sabendo que ela não julgaria Giulia pelo que Donatella fez. Eu mesmo tento não julgar, mas as vezes, é impossível. E devo dizer que ter visto que ela e o executor russo tem uma ligação, forte o bastante para ele arriscar-se a enviar cartas, e correspondida, não é exatamente um ponto a favor de Giulia.
– Ela pediu para tentar convencê-lo a ir jantar lá ainda essa semana – Linda deu um meio sorriso, e continuou logo em seguida – provavelmente ela e Val conversaram, e agora parece curiosa a respeito de Giulia.
– Falarei com ela mais tarde – digo, querendo encerrar esse assunto, é o bastante para me deixar irritado – esse acordo tem tomado muito do meu tempo.
– Bom, pelo menos você tem estado mais perto da família, e não vagando por boates e clubes como se apenas negócios fossem importantes – Linda sempre ignorou completamente meu temperamento – e além do mais, seria bom ver Giulia com mais frequência, querido, vão se casar em poucas semanas.
Ela não está errada, mas não vou perder meu tempo dizendo que não tenho nada em comum com Giulia, e muito menos vontade de ficar na companhia dela a menos que seja entre suas pernas, o que seria um problema sério pois um dos soldados de Joe Cavaliere é sua escolta pessoal, e o velho estaria a minha porta antes que eu gozasse dentro dela. Um pensamento libidinoso passou pela minha cabeça, enquanto Linda atendia ao celular, e servia-se de mais uma xícara para si. Tento voltar minha atenção ao que ela fala, mas é um pouco tarde para isso, a imagem da inocente Giulia em minha cama, me satisfazendo, no meio do dia me deixa excitado. Quanto mais tento afastar a ideia, pior fica minha situação, e ela nem é o meu tipo de mulher, inferno!
Tomo um gole generoso do café, e minha irmã distrai-se ao celular enquanto estica o braço em minha direção, para que eu a sirva, no exato momento em que estou me levantando, derramando o que ainda tinha na xícara em mim.
– Che stronzata... – o café quente arde em minha pele, e Linda larga o celular apressada.
– Scusa – ela tenta absorver o café com um guardanapo – oh, é melhor trocar isso, deve ter roupas suas em seu antigo quarto.
– Vai ser o jeito, tenho um compromisso daqui a pouco e não quero me atrasar – digo enquanto saio em direção a escada.
Bato à porta para ter certeza que Giulia não está lá, seria estranho se não fizesse isso, e se tem algo para que esse pequeno incidente serviu, foi para afastar pensamentos luxuriosos sobre ela. Fecho a porta e olho ao redor. As sacolas estão sobre a cama, intactas, assim como o celular. O quarto continua o mesmo, mas parece diferente, não apenas porque linda escolheu roupas de cama e cortinas mais claras, o cheiro do cômodo também havia mudado. Agora tem o perfume de Giulia Cavalieri, e ao entrar no closet, já com muitas roupas dela, tenho a sensação estranha de que ela está muito presente ali.
Olho no relógio, tiro o coldre e em seguida o colete, e enquanto desabotoo a camisa, vejo que ainda tenho algumas ali. Olho no espelho a marca avermelhada deixada pelo café, ouço o som suave da porta se abrindo enquanto escolho uma das camisas e me volto para Giulia. Ela está olhando para mim, e fica vermelha quando a encaro de volta. Ela está surpresa por me ver ali, e olha timidamente enquanto me visto.
– Desculpe-me por isso – digo, o mais descontraído possível, me perguntando se ela nunca havia visto um homem sem camisa, porque por um momento tive a impressão que Giulia, muda até o momento, estava apreciando demais nosso encontro inusitado – preciso trocar – aponto para minhas roupas manchadas de café.
– Você se queimou – ela fala, desviando seu olhar e indo para o banheiro em seguida – deveria cuidar disso.
A sigo com o olhar e logo depois a observo umedecer uma pequena toalha que tirou do armário, e improvisar uma compressa, acho que me distraí com o perfume do cabelo de Giulia e só me dei conta que ela estava pressionando contra meu peito quando ela olhou diretamente para mim. Avanço lentamente para ela, que tenta se afastar ainda segurando a compressa, até ficar encurralada contra a pia. Cerco Giulia, mas em nenhum momento perto demais, não sou imprudente, apesar de me sentir constantemente tentado nos últimos dias.
Giulia cora violentamente enquanto afasta sua mão, ainda me encarando, e sem dúvida nenhuma, pensava que era uma forma de me enfrentar. Eu seria um tolo se me deixasse levar por um par de olhos inocentes, e uma boca tentadora e rosada. Passo os dedos pelos cabelos de Giulia, e antes que ela possa dizer qualquer coisa, minha mão está envolta do seu pescoço, delicado e elegante. Giulia estremece enquanto aproximo os lábios dos dela, pressionando-o mais, até que ela finalmente baixe seu olhar.
– Porque a preocupação? – pergunto, baixo, se a outra mão afastando casualmente o tecido do vestido, deixando seu ombro a mostra, provocando seu estremecimento – não é como se eu tivesse levado um tiro.
– Só estava sendo gentil – ela disse e respirou profundamente – como você foi comigo dias atrás.
– Ou quer me pedir algo – digo, tentando ignorar que ela arregalou os olhos antes de se recompor e me olhar como se eu a tivesse ofendido – e talvez possamos trocar favores.
– Não vejo como eu poderia fazer algo por você – ela fala desconfiada.
– Primeiro, me diga o que quer – digo, voltando para o closet, e quando me volto a vejo pensar em como falar.
– Minha família vem me ver, como você sabe – ou a ouço enquanto escolho uma camisa – e minhas primas... bem, elas tem me perguntado sobre a possibilidade de você permitir nossa entrada em uma de suas boates.
Estou abotoando a camisa e até erro a casa enquanto penso ter ouvido mal, olho para Giulia e minha cara não deve ser das melhores, já que ela claramente percebe que foi uma péssima ideia. Garotas! Três Cavaliere dentro de um local público, onde os russos chegariam assim que soubessem de sua presença, era uma ideia tão estúpida que nem me ocorreu que deveria dizer o não com todas as letras para que ficasse claro.
– Seu tio me mata se imagina que pensei em permitir, Giulia, está fora de questão – digo, e nem acho que aquela ideia seja dela, na verdade, nem sei o quanto ela sabe das minhas atividades, e dos negócios, nem acho que se interessa.
– Linda disse que você poderia nos deixar ir – ela argumenta, e quase rio de desespero, minha irmã só pode estar perdendo a cabeça – ela e Val até falaram que iriam também.
Val! A ideia era de Val, claro. Linda não pensaria nisso sozinha, na verdade ela nem era adepta da vida noturna, pelo menos depois da morte do marido, e se ela e Val tinham falado sobre isso com Giulia, estavam tramando algo. Eu não precisava dar uma dura nas duas para saber que estavam tentando fazer com que eu tivesse mais interesse pela garota, e eu tinha. Limitado.
– Conversaremos sobre isso mais tarde, voltarei para jantar com sua família – digo enquanto faço o nó da gravata – e devo levá-la para almoçar amanhã, então não marque nada com suas primas.
– Alguma ocasião importante?
– Sim – agora visto o colete, enquanto penso que devo ligar logo em seguida para minha mãe, não posso mais adiar apresentá-las – conhecerá minha mãe.
Coloquei o coldre, e olhei no relógio, chegaria em cima da hora para encontrar um chefe vindo de Los Angeles, com o qual temos uma boa relação, e negócios a discutir, olho para Giulia uma última vez, pensativa, talvez por conhecer a futura sogra, já estou no corredor quando a ouço chamar meu nome. Ela se aproxima, os braços ao redor do corpo e sem os saltos, que eu soube por alto que ela odeia.
– O que vai querer em troca?
– Uma informação – ela faz uma careta – alguém já a beijou?
– Não, claro que não – respondeu, constrangida, e eu precisava dessa confirmação, ou seria mais um motivo para querer a cabeça de Dotroiev.
– Eu não esperava menos de uma mocinha que esteve vivendo em um convento – me aproximo dela que não recua, imagino quão delicioso deva ser beijar Giulia demoradamente, meus braços ao redor dela, mas não agora, no meio do corredor enquanto estou de saída. Desvio dos seus lábios e a beijo no rosto antes de ir. E talvez tenha lhe dado a impressão errada, não havia nada de nobre nesse gesto, no momento certo eu a tomaria para mim, não somente porque é meu direito, como também porque desejos intensos podem levar qualquer homem a mais completa idiotice. E quanto mais cedo eu a tivesse, mais fácil seria lidar com ela.
Enquanto aguardo a chegada de minha família a casa de Linda, tento me distrair, mas é praticamente impossível, por que Michael Villani tem feito um esforço mínimo para entrar na minha mente, e está conseguindo! Estou com aquela sensação incomoda, de que cada vez que ele me toca, mais lhe pertenço, e não posso e não vou sucumbir ao charme dele, não importa o quanto ele tente. E não tem sido fácil, como quando ele encostou os lábios nos meus, certo de que eu deixaria me envolver, e a maneira que ele sempre dá um jeito de colocar suas mãos em mim, como toda propriedade que acha que tem. Sinto que Michael tem feito isso com frequência, como um lembrete de que sou dele, e se o odeio por isso, não posso negar que me sinto atraída por ele. A voz, o perfume, a maneira pervertida que me olha, e encontrá-lo trocando de roupa não foi nada ruim de se ver.Respiro fundo, ele deve voltar para o jantar, e de qualquer forma, tenho que me habituar a presença dele, pelo menos até deixar os Villani, os
Depois do jantar na noite passada, não demorei a me recolher, estava com um pouco de dor de cabeça, e demorei a dormir, mesmo me sentindo exausta. Linda me deu um comprimido, mas não perguntou nada, aliás, se tem algo que eu aprecio na irmã de Michael, é a qualidade de perceber o momento certo para falar, sobre qualquer que fosse o assunto. Acho que seria muito bom se eu aprendesse com ela, pois precisava falar com Villani sobre a questão do beijo. Em hipótese nenhuma eu gostaria que isso acontecesse na frente dos convidados, talvez para ele não fosse nada demais, mas seria meu primeiro beijo, e eu sinto arrepios só de pensar que teria uma plateia observando.Tenho certeza que ele vai achar que estou dando muita importância e que me preocupo sem motivos, mas a ideia é convencê-lo a fazer isso logo, tipo, hoje mesmo. E fazê-lo entender o quanto pode ser constrangedor, quem sabe ele até reconsidere, e me dê um beijo respeitoso e rápido. Suspiro, desanimada, pensando que ele muito provav
Durante o almoço a conversa foi mais leve. Falamos sobre a sugestão de Sylvia sobre irmos para Hamptons, na propriedade da família dias antes da cerimônia de casamento, porém Michael fala que provavelmente deve fazer uma viagem a Vegas por aqueles dias, mas acha que podemos ir nos dias que se seguirão.Eu a convido para acompanhar as próximas provas do vestido de noiva, e pela primeira vez vejo um sorriso genuíno nos lábios da mãe de Michael. Ela agradece, e diz que ficaria muito feliz. Percebo que ela não me odeia, mas que está passando por cima de décadas de sentimentos que eu posso apenas imaginar, mas que de fato jamais entenderei. Em nenhum momento o nome de minha mãe é citado, mas tenho a impressão de que Donatella a assombra, e que ela teme que eu possa fazer o mesmo, e deixar Michael no altar.Quando ele vai para o escritório atender o consiglieri, eu fico sozinha com Sylvia e por um momento espero algum tipo de desfeita da parte dela, que se aproxima de mim.– Como estão as c
Michael não atende. O que me faz pensar que talvez seja melhor mesmo, afinal o que eu diria a ele? De novo, a sensação de que ele vai rir, e não vai dar importância. Me levanto, determinada a não pensar mais no assunto quando e vejo que ele está ligando de volta, e atendo depois de alguns longos segundos incerta de que deveria.– Giulia – ouço a voz de Michael – o que houve?– Ah, sim, hum... não houve nada – perfeito, como se eu fosse ligar para Michael em algum momento por nada.– Desculpe-me não atende-la, estava em reunião – tenho uma impressão nítida de ter ouvido alguém grunhir de dor, e o som foi abafado logo em seguida – o que queria?– Não sei como dizer isso, sério, vai parecer ridículo – respiro fundo e me sento na cama – não tem um jeito disso não soar estranho, então, Michael, precisamos nos beijar.Silêncio do outro lado, e quase posso vê-lo abafando um riso descontraído enquanto tenta manter a compostura antes de me responder qualquer coisa.– Isso é uma sugestão, uma o
Olho para o relógio na tela do celular, ainda é cedo, muito cedo para quem voltou duas da manhã da boate, para onde Chris havia me chamado para tratar de assuntos com os quais eu não queria lidar. Meu consiglieri quer agradar as garotas Cavalieri, e esteve tentando de todo jeito me convencer que se diminuíssemos a lotação, e existisse mais seguranças dentro e fora da boate, esperando que eu queira fazer essa gentileza a Giulia, Diana e Alessa.Estou quase certo que Chris está querendo uma chance para impressionar Diana, e não tenho nada a ver com isso, se ele quer uma garota insolente e mimada, problema é dele. Só espero que ele veja no que está se metendo antes de acenar com alguma promessa à Joe, pois ele ficaria particularmente ofendido se voltasse atrás. A rejeição de dois Villani poderia estremecer a aliança, e francamente, Diana não vale o risco.A ideia de levar as meninas a boate não me agrada, para mim é exposição desnecessária, e tem o fato de que terei que ficar de olho em
Quando Michael se afastar, não posso evitar admirá-lo. Ele está impecável no terno preto slim , e não posso deixar de notar, que assim que entra no cômodo, Diana nem disfarça seu interesse, acenando para Michael de um jeito sensual, recebe um aceno discreto da parte dele. Não é como se eu me importasse, mas acho atrevimento dela se comportar desse jeito cada vez que vê Michael, não sei se isso me incomoda ou estou apenas ansiosa torcendo para que essa noite não se arraste, só quero chegar ao final da noite com a sensação de que fiz o que tinha que fazer, e não de estar a beira de um surto.Vejo minha tia se aproximando enquanto vou para a outra grande sala, e enquanto ela comenta sobre o bom gosto de Sylvia para a decoração e como ela mesma já pensou em sugerir a Joe que se mudassem para uma cobertura. Nos sentamos próximos, pela primeira vez desde que nos reencontramos, o que me leva a acreditar que ela estava esperando a oportunidade. Apesar de sentir falta das garotas e do tio Joe
Desde a noite do noivado não vi Giulia, estive acertando alguns detalhes em Chicago e não consegui levar-la comigo, principalmente depois que soube de alguns debates inflamados entre Cavalieris, que terminaram em algumas mortes. Sei que não temos o total apoio de ambas as famílias, mas o da maioria, e estou contando com isso, algumas punições bem aplicadas, para que esse tipo de manifestação não cause maiores danos.Temos agora dois pontos fortíssimos de distribuição em e estamos levando alguns de meus melhores gerentes para o novo clube, em sociedade com os Cavalieri, um empreendimento que deve fortalecer os cassinos locais, legais ou ilegais, e isso é bom, já que as duas famílias já tem vários negócios legalizados, e de acordo com a lei. A lei, inclusive, tem trabalhado bem ao nosso favor, já que Cavalieris costumam se associar a polícia em suas mais altas patentes. Em Nova Iorque não é diferente, a não ser porque não mantemos nossa relação mais pessoal, política, homens da lei, alg
Quando me recuso a acompanhar Michael ao Saint's, não que ele tenha levado em consideração a minha recusa antes de sair do quarto e me deixar falando com as paredes, sabia que qualquer que fosse o motivo de ter encontrado tal mulher em Chicago, ele não estava disposto a deixar dúvidas. Ainda que tudo levesse a acreditar que ele havia levado Carolyn em sua viagem.Não levou muito tempo para que Linda batesse à porta para uma série de pedidos de desculpas pelo irmão temperamental, e pela situação na piscina. Eu realmente gosto de Linda, mas ela tem a tendência a sempre justificar o que Michael faz! Entendo que ele tem uma posição importante, e que ela o ame, mas quanto mais ouço sobre isso, mais torço para que no momento certo, eu consiga sair das garras de Michael Villani.Enquanto ela fala, algo sobre também ir ao Saint's, fico imaginando como tia Charlotte intermediaria meu contato com Nikolai. Eu estava no hotel com as meninas dois dias atrás, e logo depois de Diana ter me mostrado