Alana gritou quando Ian bateu com o cabo da arma na cabeça de Cam, fazendo o mesmo cair e gemer de dor em meio a risos. Por um momento, e Alana guardaria aquilo no canto mais escuro de sua mente, ela desejou que Ian simplesmente puxasse o gatilho na cabeça daquele desgraçado por se referir a Yara daquela maneira. Ela observou com olhos arregalados o homem que mesmo em agonia, mesmo a beira da morte, ainda tinha necessidade e prazer em causar algum tipo de dor nos outros, com nojo.
— Por mais que eu queira, e acredite, eu quero muito... Eu não vou sujar minhas mãos com você. É tão desprezível que não merece nem meu ódio. — Ian disse, as palavras saíam lentas e seu corpo tremia de raiva mas ainda sim ele foi capaz de sorrir sombriamente para Cam, e foi com deleite que viu o rapaz estremecer. — Você merece uma vida miserável
Havia sido estranho, admitia, ter adultos cuidando de si e se preocupando consigo e com sua irmã. Levara um tempo, mas agora Alana podia dizer que estava se habituando melhor a sua nova família. Apesar da semelhança física com seu pai – o que a deixou desconfortável a inicio – seu tio, Hilbert, não era nada como seu pai fora. Talvez um pouco sério demais, algo que o filho herdou, mas era um homem amável e bom. Sua tia era um doce de pessoa, e A acolheu de braços abertos. Nevis era super protetor, algo que Alana começou a ver como uma qualidade quando passou a vê-lo como irmão mais velho. Não bastasse tudo aquilo, Eva os adorava e este simples fato teria feito Alana dar uma chance para seus tios e primos se aproximarem sem pensar duas vezes.Eva.Pensar na irmã trouxe um sorriso ainda mais largo em seu rosto, e tamb&eacut
Entardecia.E nenhuma outra palavra poderia descrever tal entardecer que não a palavra ‘perfeito’. Era um entardecer perfeito. O sol que, estranhamente, resolvera brilhar um pouco mais forte durante todo aquele dia, pouco a pouco começava a recolher sua luz, lentamente começando a se esconder por trás das montanhas, até que fosse o momento de sumir por completo. O céu, que embora tivesse algumas tímidas nuvens densas – que muito provavelmente trariam chuva ao anoitecer completo, tinha aquele tom alaranjado misturado ao azul perfeito, fazendo um belo crepúsculo surgir.Perfeito. Era um entardecer perfeito, e, exatamente por essa razão uma afronta, uma brincadeira cruel sem tamanho. Era cruel que, o destino, em uma piada interna sua, estivesse fazendo daquele entardecer deslumbrante palco de tamanha dor e tristeza, perante uma perda sofrida e, para alguns, inaceit
Era, definitivamente um clube subterrâneo com dois andares. E estava a toda. Pessoas dançavam e bebiam ao som da batida alucinante, a iluminação era pouca, exceto pelas luzes néon em meio a toda fumaça cinzenta que impregnava o ar. Cheiro de álcool, sexo e drogas eram um dos aromas detectáveis, e Alana franziu o cenho para isso.Viu Vincent começar a se mover por meio da multidão de corpos agitados, cortando caminho pelas pessoas que tentavam o apalpar, tirar uma casquinha daquele deus grego, e apressou-se em segui-lo, tomando cuidado com as mãos bobas.— O encontrou? — Vincent perguntou, sua voz mais alta do que o normal para que não fosse abafada pela música, quando pararam bem no meio da pista de dança.Alana correu os olhos mais uma vez por todo o local, e foi quando olhou para cima, para o segundo andar, que
Ah! Como era bom ser Bennie Vincent!... Como ele adorava ser cruel com as pessoas, mais ainda com as que mereciam. Era tão divertidamente prazeroso ver a falsa aura angelical de Elizabeth vir abaixo mediante a raiva e ódio que cresciam dentro da mesma por si diante daquelas palavras.— Agora, escute aqui, seu idiota... — como previsto, Elizabeth se colocara de pé, e havia tanto ódio em suas palavras e olhar que deu a Vincent a vontade de sorrir divertidamente. — Ian e eu vamos ficar juntos. Isso, é mais que uma promessa, é um objetivo que eu vou cumprir. Ele é meu, você ouviu? Meu. E não me importa quantas garotas eu tenha que afastar, ou quantas amizades dele eu tenha que destruir... Eu e ele vamos ficar juntos, e não há ninguém que vai me impedir de conseguir isso. Você entendeu?Vincent riu divertidamente, o corpo inclinando-se lenta
Era, definitivamente um clube subterrâneo com dois andares. E estava a toda. Pessoas dançavam e bebiam ao som da batida alucinante, a iluminação era pouca, exceto pelas luzes néon em meio a toda fumaça cinzenta que impregnava o ar. Cheiro de álcool, sexo e drogas eram um dos aromas detectáveis, e Alana franziu o cenho para isso.Viu Vincent começar a se mover por meio da multidão de corpos agitados, cortando caminho pelas pessoas que tentavam o apalpar, tirar uma casquinha daquele deus grego, e apressou-se em segui-lo, tomando cuidado com as mãos bobas.— O encontrou? — Vincent perguntou, sua voz mais alta do que o normal para que não fosse abafada pela música, quando pararam bem no meio da pista de dança.Alana correu os olhos mais uma vez por todo o local, e foi quando olhou para cima, para o segundo andar, que
(...)Numa corrida apressada que envolvia tropeços leves e diversos corpos dançantes esbarrando no seu, Alana seguia atrás de Ian chamando pelo mesmo. Sabia que ele a ouvia, não estavam tão distantes assim para não ouvir, e além disso estava a gritar.Ian deu a volta na pista de dança, e foi na diminuída de velocidade de seus passos que Alana viu a chance de enfim alcançá-lo. Apressou os próprios passos, desviando dos corpos que dançavam e pulavam, desviando-se das mãos másculas que
— Vincent! — berrou Lisandra, o coração em disparada de susto. Poderia tê-lo atropelado se David não tivesse puxado o freio de mão.— O que diabos você pensa que está fazendo? — rosnou o Deeper, já descendo do carro. Aquela noite toda – na verdade, aquele dia em geral – estava lhe trazendo muitas dores de cabeça. — O que aconteceu lá dentro?...— Parem de discutir. Precisamos ir atrás do Ian! — gritou-lhes Lisandra, batendo as mãos no volante. — Onde está a Alana?— O deixem ir... — Vincent disse, sem fôlego devido a corrida que fez para chegar ali.— O quê? — gritaram os três. Três por que Alana chegara, também sem fôlego devido a corrida que fizera para alcançar o Bennie, e pegara o fi
Estreitou o olhar mediante ao fato de que não estava sendo seguido, e fazendo uma curva fechada entrou com o carro numa ruela mal iluminada, parando. Sua cabeça foi de encontro ao volante, onde permaneceu por um tempo enquanto cerrava os olhos com força. Em sua mente havia mil e um pensamentos, o que fazia com que acabasse por não conseguir se concentrar em nenhum. Sentiu uma carícia em um de seus braços, uma mão deslizava gentil e lentamente por toda a extensão, demorando-se um pouco mais nos músculos. Ergueu os olhos, só então parecendo se lembrar de que não estava sozinho. A cabeça tornou a posição inicial, apenas um segundo antes de tombá-la contra o banco macio do veículo, e ainda de olhos fechados perguntou: — O que você está fazendo aqui, Elizabeth?... Por que voltou? Mesmo que não pudesse ver Ian sentiu a movimentação da garota no banco ao lado. Um segundo mais tarde, Elizabeth já havia