O pai nem mesmo permitiu que se despedisse da velha amiga.
Meses depois os três rapazes haviam sido presos.
Eles confessaram que haviam feito amor com ela, mas com seu consentimento. Então, eles acabaram sendo libertos.
Porém, meses depois Helen ficou sabendo da morte dos três, o carro que eles estavam perdeu o controle e todos haviam perdido a vida no acidente.
E essa havia sido sua única experiência sexual de toda sua vida.
Ela tinha hoje vinte e três anos e zero de experiência sexual.
Depois disso entrava em pânico quando via um homem.
E somente depois que Raul passou a ser seu segurança, que percebeu que havia abaixado à guarda.
Não queria admitir, mas sentia uma forte atração pelo seu segurança particular!
Raul Monteiro era uma figura máscula!
Tinha trinta e um anos e solteiro. Era a única coisa que sabia daquele misterioso homem.
Seu corpo forte bem distribuído nos seus um metro e oitenta e cinco de altura, sua pele sempre bronzeada. Ela cansou de vê-lo passar correndo, se exercitando no imenso quintal da mansão.
Ela ficava de sua janela, escondia, vendo o correr. Suas pernas musculosas e um corpo perfeito.
Vivia numa mansão com seu pai e dezenas de empregados. Em quase todos os cômodos uma câmera.
Quem entrasse ali nunca conseguiria sair sem ser visto ou abatido por um dos seguranças altamente treinados.
Ela saiu do carro sendo ajudada por Raul. Ele a conduziu até a entrada principal e depois voltou já pronto a sair.
- Raul...
Helen o chamou e ele parou dando meia volta.
- Preciso falar com você!
Ele olhou ao redor e entrou junto com ela na espaçosa sala.
- Raul, por favor, você precisa me ajudar! Eu quero sair! E eu só confio em você pra isso...
Ele estava sério, parecendo não entender o que ela dizia.
- Você quer sair e quer que eu te ajude?
- Eu quero ir numa boate! Mas só com você... Sem aquele monte de seguranças atrás da gente! Em alguns dias é meu aniversário Raul, seria um presente...
Ele olhou ao redor parecendo pensar no que ela pedia.
- Isso é muito importante pra você?
- Sim. Muito! Eu quero ver gente, dançar, beber! É pedir muito?
Ele ficou em silêncio, pensando no que ela dizia.
- Vou ver o que posso fazer!
Ela deu um gritinho de alegria.
- Calma, não comemore ainda. Eu disse que verei o que posso fazer!
Ela se aproximou dele sua cabeça batia em seu tórax.
- Obrigada Raul, obrigada! Eu tenho certeza que você achará um meio.
Ele fez um gesto com a cabeça e saiu.
Helen rodopiou na sala feliz. Se existia uma coisa que Raul tinha de bom era, conseguir tudo que queria. Ele era inteligente e dedicado. E era o único que ainda trabalhava para o pai depois de tantos anos. Rubens Matos confiava nele e ela também.
Sabia que ele daria sua vida para salvá-la.
Poderia ela confiar em mais alguém que ele para levá-la para sair durante a noite no dia de seu aniversário?
Sem falar que ela queria muito ficar a sós com ele.
Há muito tempo que sentia aquela atração por Raul. Ele era a perfeição em forma de homem, e por várias vezes ela imaginou sendo acariciada por aquelas mãos ou sentindo o calor de seu corpo. Mas ele parecia totalmente alheio a todos os seus olhares. Não era de se esperar que algum homem sentisse atraído por ela. Helen era uma mulher normal. Com seus longos cabelos de fogo! Como sua mãe a descrevia desde criança.
Ela se achava sem graça.
Não tinha aquela coisa sexy que via em várias mulheres.
Para começar ela não sabia conversar. Ficava perdida nas palavras. Principalmente depois do ocorrido naquela festa há dez anos atrás. Por isso havia optado pelas artes. Lá ela poderia criar, sem precisar dizer ou se mostrar.
Sua timidez era tanta que mesmo antes de sofrer aquele abuso, ela não conseguia uma aproximação com o sexo masculino. Apenas imaginava sua vergonha e humilhação. Fechou os olhos, sentindo o mesmo pânico querendo invadi-la de novo.
Não! Ela não podia continuar assim. Iria aguardar a resposta de Raul.
Seria uma comemoração para seu aniversário de vinte e quatro anos!
De uma nova Helen!
Era isso!
Ela subiu ao terceiro andar da mansão e foi para sua galeria. Era ali que podia ser ela mesma, sem que ninguém questionasse.
Estava totalmente entregue a sua nova pintura quando ouviu um barulho na porta. Ela olhou desconfiada e perguntou:
- Quem é?
- Sou eu...
Ela teve um sobressalto reconhecendo aquela voz sensual e rapidamente colocou uma toalha sobre a tela.
- Entre.
Limpando as mãos no avental, viu quando Raul entrou no recinto. Ele havia tirado o paletó e estava apenas com a camisa incrivelmente branca e a calça preta. Ele olhou ao redor, parecia sempre em alerta.
- Estive pensando no seu pedido.
Sua voz era sempre firme e sem emoção. Ela sentiu de novo seu sangue correr tão rapidamente que se sentia sem fôlego.
- E?
- O que você fará se seu pai descobrir que você saiu?
Ela sentou no sofá e fez sinal que ele a acompanhasse.- Eu temo por você Raul a última pessoa que me ajudou há alguns anos, perdeu o emprego.Ele assentiu.- Conheço a história!Helen o olhou espantada e surpresa.- Sim, seu pai contou sobre isso! Sobre sua babá, e deixou claro que, se isso um dia viesse acontecer de novo o destino da pessoa seria o mesmo. Ou pior...Ele deixou a coisa no ar ela abaixou a cabeça totalmente desanimada e envergonhada por ter pedido aquilo para ele. Quem em seu juízo perfeito iria enfrentar seu pai e perder o emprego?- Mas, eu irei te ajudar.Ela olhou para ele, entre surpresa e feliz...- Sério?Helen levantou num impulso, mas ele a conteve.- Para começar, você deve parecer normal... Nada de mudar seu comportamento, ok?Ela concordou.- Por que você vai se arriscar para me ajudar?Raul não respondeu de imediato e como sempre ela nunca sabia o que pensava.Por fim ele respondeu:- É seu aniversário!- Ah, corta essa!Disse ela rindo.Ele deu um pequen
Helen conseguiu respirar de novo, sem perceber havia prendido o ar. Prendeu seus cabelos ruivos num rabo de cavalo tentando aplacar o calor que teimava incendiá-la todas as vezes que estava com seu segurança.A noite em que sairia escondida com Raul chegou.Ele havia lhe levado roupa de um dos seguranças. Todos eles usavam ternos escuros e tinham sempre um Headset, então Helen também ganhou um e uma peruca curta de cor escura. Ele havia dito que a cor de seu cabelo a denunciaria em segundos.Ela concordou.Durante anos ela odiou a cor deles. Eles sempre foram motivos de gozação por onde ela passava.Na escola as meninas diziam que a única coisa interessante nela eram seus fios vermelhos.E os rapazes a chamavam de cabeça de fogo. Então para tentar esconder suas madeixas cor de fogo, ela havia feito uma touca e ajeitado a peruca que Raul lhe trouxera. Olhando no espelho concluiu que ela estava pronta. Ninguém a reconheceria assim.As vinte e uma horas em ponto ela saiu do seu quarto e
Raul segurava sua mão gelada. O lugar que ela escolheu era um daqueles restaurantes com música ao vivo e a meia noite uma pista de dança era inaugurada.E como era de se esperar estava lotado. Algumas mulheres não desgrudavam os olhos de Raul. Helen sentia uma ponta de ciúmes, sabia o quanto ele chamava a atenção. Seu rosto e corpo másculo era realmente algo tentador e nunca passaria despercebido. Ela mesma não conseguia tirar os olhos dele.Raul foi até a recepção e foram acompanhados à mesa que havia sido reservado para eles.- Senhor e senhora Monteiro, sejam bem vindo!Helen o encarou surpresa e assim que o homem se afastou ela comentou baixinho:- Somos um casal? Monteiro? Gostei...- Exatamente! Assim não corro o risco de nenhum homem se aproximar de você!Ela olhou entre as pessoas ali presentes.- Seria possível ter alguém perigoso aqui? Todo mundo parece se divertir e sequer sabem quem eu sou!- Esse foi o plano! Quero que se divirta. O que quer beber?Helen queria beber sim.
Ela reabriu os olhos e tudo que ela queria era aliviar aquela sensação entre as pernas.- Ra-Raul...Gaguejou.- Não vou conseguir...- Vem cá...- O que?- Me dê sua mão...Sem entender, ela tirou sua mão do centro de suas pernas e colocou sobre a mesa e para seu espanto ele levou até a boca beijando cada dedo.Raul gemeu baixinho, lambeu seu dedo e ondas de arrepio e calor invadiram seu corpo.- Ah Helen... Por que você aceitou isso? Não tem mais volta!O garçom chegou perguntando o que eles iriam jantar e de novo Raul fez o pedido.- Está gostando Helen?O que ela podia responder? Estava simplesmente maravilhada!- Estou adorando!- E a noite está apenas começando.Eles terminaram o jantar e como esperado a música ao vivo começou. E logo depois anunciaram que em breve a pista de dança ao lado seria também liberada.Raul levantou e estendeu sua mão:- Vamos!Ela levantou, sentindo-se estranha sem a calcinha.Raul a conduziu até ao bar, algumas pessoas estava por ali de pé, apenas ag
Helen recostou no sofá, sentindo-se a mulher mais desejável e sexy do mundo. Com as pernas entreabertas ela viu quando ele suspirou aguardando.Então ela recomeçou com aquele movimento em seu corpo.Ia se tocando, imaginando Raul ali, mexendo nela e a levando à beira da loucura.Fechando os olhos ela gemia e levantava o quadril, aumentando os movimentos de seus dedos.- Abre os olhos Helen... Isso assim! Eu quero ver como se sente...Ele se aproximou e se ajoelhou em frente a ela levantando seus pés e os colocando sobre o sofá.A boca de Raul se aproximou, a sua respiração quente e ofegante chegaram primeiro e ela gemia sem conseguir conter-se.Quando sua boca e língua invadiram numa parte cálida e úmida de seu corpo Helen perdeu o controle de tudo e seus gritos e gemidos chegavam a seus ouvidos sem que ela tivesse vergonha ou pudor. Ele ficou ali a saboreando até que ela pensasse que não iria mais agüentar aquela doce tortura.Então era assim que deveria ser? Era assim que deveria se
O riso cruel daquela mulher invadiu seus ouvidos e sentiu um calafrio percorrer seu corpo.Um dos homens também riu e ela se encolheu sob o olhar dele.- Vamos, levante! Não temos o dia todo!A mulher de sua estatura, com cabelos curtos e pretos jogou sobre ela algo que parecia um saco com roupas.- Levanta daí sua vaca! Se você não se vestir vou arrastá-la assim mesmo, até o carro.Helen não conseguia sair do lugar.- Quem... Quem são vocês? O que querem comigo? Onde está Raul?A mulher riu com deboche e crueldade, se aproximando dela ameaçadoramente.Seu cérebro tentava entender o que estava acontecendo.Onde estava Raul?Teria morrido?Lágrimas de frustração e medo começaram a rolar em seu rosto.Foi quando Raul entrou no quarto. Vestia roupas diferentes da noite anterior e seus olhos se encontraram.- Ra... Raul oh meu Deus, graças a Deus! O que...- Podem levá-la pessoal...Sua voz era dura e fria e ele se dirigia para o bando.Helen arregalou os olhos, horrorizada. Custando a en
Acordou sentindo que alguém a pegava no colo, abriu os olhos e encarou Raul. Gritando ela se debatia em seus braços. Ele apertou-a mais e com os pés ajeitou o lençol a colocando sobre ele.- Me largue! Seu... Seu...- Não desperdice suas forças Helen! Vai precisar.A voz dele estava mais dura e inexpressível e dessa vez ela tremia não de desejo ou luxúria, mas de pânico.- Como você teve coragem de me enganar e me usar...Ele não respondeu.Seus olhos percorreram seu corpo e ela se encolheu sob o lençol no chão.- Não se atreva! Eu quero sair daqui Raul... Você não pode...Ele se aproximou ameaçador, ajoelhando ao seu lado.Seu cheiro derrubou a barreira que ela queria colocar entre eles. Imagens daquele corpo a possuindo veio de novo e ela se odiava por isso. Virou o rosto para que não visse o desejo que sentia por ele.- É o seguinte: Você é minha prisioneira! Tem um cara lá fora, barra pesada e que fará qualquer coisa pelo dinheiro do resgate... Então, apenas obedece! Estamos enten
Rubens Matos entrou no escritório acompanhado do delegado que estava investigando o sumiço da sua filha.Ele ofereceu uma bebida para o homem e sentou tendo em mãos também uma forte bebida.O delegado era um homem alto, mas seu olhar era sem expressão e Rubens não saberia dizer que tipo ele era. Os burros ou inteligentes.- Eu lamento muito senhor Matos! Não posso imaginar sua dor! Primeiro sua esposa e agora sua filha! Mas faremos tudo que...Rubens levantou e o outro calou-se avaliando sua fisionomia.- Tudo bem debaixo do meu nariz! Para quê tanto dinheiro? Tanto investimento?O outro pigarreou.- Seu segurança, o chefe de segurança, ele sumiu também.Não era uma pergunta, era um fato. Raul não havia retornado a mansão depois do sumiço de Helen.- Sim, nem ele nem minha filha foram encontrados.- E o senhor acha que ele pode estar envolvido?- Veja o senhor mesmo...Rubens abriu o computador e mostrou a cena de Raul saindo com Helen.- Essa é sua filha disfarçada?- Sim.Ele chegou