Os três se olharam.- Vinte milhões Raul? É pouco! Quanto dará para cada um de nós? Cinco milhões? É pouco! Eu teria pedido cem milhões...Mário olhava para os outros esperando obter apoio, porém todos estavam mudos.Helen tremia num canto, suas mãos amarradas, já começando a formigar.Raul a olhou e pediu:- Saiam!Mário visivelmente alterado aproximou dele:- Porque só você pode se divertir com ela?Raul segurou em seu pescoço, o outro esperneando sob suas mãos.- Deve ser porque sou o seu líder! Fui contratado para liderar você e todos eles... E se eu disse que ninguém vai tocar nela é porque ninguém irá tocar! Seu eu quiser repetir o que aconteceu naquela noite, eu decido... Entendido Mário?Os dois homens ficaram se encarando. Ódio e raiva pairavam entre eles. E Helen temia por sua vida, cada hora mais.Mário deu um safanão, livrando-se das mãos de Raul.Nada respondeu, mas saiu do cômodo batendo a porta atrás de si.- Anna, vai conversar com ele, porque se eu for estouro a cabeç
- Raul... O pai dela tem condições de pagar bem mais...Mário se aproximava de Raul e ele começava a ficar irritado com o outro. Sabia que teria problemas futuros se não controlasse aquela situação.- Sim, Raul. Você sabe que sim... A gente pode controlar essa situação e pedir mais grana.- Vocês esquecem que a gente trabalha para uma pessoa... E é ela que dá as ordens...Mário estava visivelmente alterado e andava pela sala, tentando fazê-lo entender sua teoria.- A gente não precisa de outra pessoa mandando na gente! Só a gente está ótimo! Basta que mandemos essa pessoa que está por trás disso tudo pro inferno e ficarmos com todo dinheiro.Anna olhava para Raul, parecendo também aderir a ideia.- Ele tem razão Raul... Temos a riquinha! Porque não assumimos daqui e fazemos do nosso jeito?- Tá e qual jeito? Seu jeito Mário, que vive drogado pelos cantos, falando sem parar ou do seu jeito Anna, que tem uma única coisa na cabeça: Vingança? Ora por favor...Mário se aproximou de novo co
Ele não levantou a voz, mas Anna sabia que cumpriria cada palavra dita.- Ok... Podem deixar! Confiem em mim...Anna pegou o prato com a comida e foi na direção do quarto onde Helen estava.Ela entrou e a viu deitada quase do mesmo jeito que estava horas antes.Anna se aproximou e deu um chute em sua perna direita:- Anda, levanta! Eu trouxe comida pra você, não que eu me importe...Helen não fez nenhum movimento, continuou deitada, sentindo-se a pessoa mais miserável da face da terra.- Se eu tiver que ir aí e te levantar...Sua voz era ameaçadora e como nada acontecia, ela aproximou furiosa, dessa vez sem o prato de comida.Anna segurou seus cabelos e a forçou que levantasse. Helen lhe deu um violento tapa no rosto e seu anel acabou cortando abaixo de seus olhos.Anna levou a mão até aonde o corte havia sido feito, seus olhos estavam mortalmente ameaçadores.- Não me toque...Disse Helen virando para o outro lado, os olhos parados vidrados sem nenhuma emoção.- Sua vagabunda como ou
Raul colocou uma Helen em choque no chão e avisou:- Não quero ver a cara de Anna, se eu for à sala e ela ainda estiver lá eu mesmo vou estourar a cabeça dela com um tiro.- Mauro, pegue uma bebida. A mais forte que tiver.Mauro abriu um armário pegou uma garrafa de whisky, colocou seu líquido no copo e logo em seguida deu para Raul. Ele havia sentado e colocado à cabeça dela em seu colo.- Vamos baby, tome um pouco! Vai se sentir melhor...Ela não se mexia.Mauro se aproximou e falou:- Deixa que eu tento. Ela não deve querer que faça isso...- Mas...Ele queria discordar, mas bastou uma olhada para o outro para que se levantasse e deixasse que ele ficasse em seu lugar.Helen arregalou os olhos, mas continuava imóvel.- Vamos moça, tome! Vai se sentir melhor... Confie em mim!Inacreditavelmente ela abriu a boca e deixou que ele virasse um pouco do líquido em sua garganta.Tossindo ela se remexeu e conforme tossia a cor ia voltando ao seu rosto.- Isso! Beba mais! Já passou...Mauro i
O homem levantou andando na sala, parecendo preocupado. Ele também estava ali por indicação por ser um dos melhores e sua identidade estaria também segura.- As pessoas pensavam que quem tinha o dinheiro era Rubens, mas a sua esposa tinha oitenta por cento das ações da empresa. Ele era apenas um contador, quando ela se apaixonou por ele. Engravidou de Helen e perdidamente apaixonada vieram a se casar, mesmo seus pais discordando.- E?- Bom, o casamento deles não foi um conto de fadas. Muitas traições da parte dele...- Entendi! Um típico casamento de fachada...- Certo! Isso mesmo! E Quando Helen tinha treze anos sua mãe foi sequestrada e assassinada. Os sequestradores cortaram sua garganta, mesmo com o resgate pago.Renato estava curioso com aquele caso, como eles suspeitavam do velho Rubens? O outro pareceu ler sua mente e continuou:- Então, meses depois descobrimos que o pai de Helen estava contratado homens para fazer a segurança da filha. E por quê? Segundo ele, pessoas estavam
Olhou o relógio. Droga!Em breve a madrugada cairia e se ele tivesse um pouco de sorte a encontraria antes de ter uma hipotermia.Seu coração estava batendo alucinadamente, nunca se perdoaria caso algo lhe acontecesse.Não bastava ter visto todos os seus cabelos caídos no chão.Teve vontade de colocar matar aqueles idiotas e depois levado Helen para qualquer lugar longe dali e a protegê-la de verdade!Maldição!Ele soube desde o início que teria problemas com Anna e Mário. Mas o contratante havia escolhido justamente aquela mulher cruel, pois sabia da raiva dela por Helen e que não teria a mínima pena ou remorso em dar cabo na sua vida.Anna nunca hesitaria em matá-la, isso ele tinha certeza!Entrou na mata tentando aguçar os ouvidos e escutar qualquer barulho. Ele não iria parar, pois teria como seu aliado a sua falta de experiência e cansaço.Renato já havia andado pelo menos uma hora quando pensou ouvir um galho estalando. Abaixou lentamente, tentando ver na escuridão, sem ligar a
Mas ele seria capaz disso? Poderia realmente protegê-la? A dúvida massacrava seu coração.Sabia que em breve, Mário e Anna fariam uma rebelião e outros homens se aliariam a eles.Era apenas uma questão de tempo.Não podia revelar sua verdadeira identidade.Um dia tudo que ele teria era a recordação dela ali em seus braços dormindo ternamente e da noite de sexo. E que sexo!Renato sentiu seu corpo em chamas, lembrando dos seus beijos e de seu corpo ardendo de desejo por ele. Helen era inexperiente sexualmente, mas havia aprendido a arte do sexo com uma maestria espantosa.Ele viu sua mudança da tímida para a mais voraz e faminta sexualmente. Ela havia se entregado e pedido que ele fizesse todas as suas vontades. E ele fez. E era prazeroso ver seu rosto, maravilhada por descobrir seu corpo corresponder ao dele. Se encaixar nele. Satisfazê-lo!Renato tentou entender a bagunça que aquela ruiva havia feito em sua vida.Helen havia se entregado sem reservas, querendo saber tudo que uma mulh
Ela não o encarava e ele não gostava de pessoas que não o encaravam, pareciam esconder algo.A freira ia sair, mas parou na porta.- Senhor delegado...- Pois não?Ele sabia que ela queria dizer algo.- Eu conheci a senhora Helen... Ela vinha aqui quase sempre! E eu... Eu...A freira estava visivelmente emocionada.Lúcio se aproximou dela. E ela deu uns passos para trás tentando esconder seu nervosismo.Tarde demais!- Ela... Quero dizer... A senhora Helen está...Ele ficou alguns passos dela, perto o suficiente para ver que ela era diferente.- Serei sincero com a senhora. Não sei. Esse caso está sendo muito difícil. O sequestrador só liga uma vez ao dia e não conseguimos rastrear nada... Sinto muito!A freira segurava as lágrimas.- Pobrezinha...- A senhora a conhecia bem? Lembra qual foi a última vez que a viu?A freira olhava para a porta, desconfiada.- Não... Eu não a conhecia tão bem! Mas ela era muito querida e bondosa... E... Sinto muito delegado...A freira saiu da sala, vi