Mas ele seria capaz disso? Poderia realmente protegê-la? A dúvida massacrava seu coração.Sabia que em breve, Mário e Anna fariam uma rebelião e outros homens se aliariam a eles.Era apenas uma questão de tempo.Não podia revelar sua verdadeira identidade.Um dia tudo que ele teria era a recordação dela ali em seus braços dormindo ternamente e da noite de sexo. E que sexo!Renato sentiu seu corpo em chamas, lembrando dos seus beijos e de seu corpo ardendo de desejo por ele. Helen era inexperiente sexualmente, mas havia aprendido a arte do sexo com uma maestria espantosa.Ele viu sua mudança da tímida para a mais voraz e faminta sexualmente. Ela havia se entregado e pedido que ele fizesse todas as suas vontades. E ele fez. E era prazeroso ver seu rosto, maravilhada por descobrir seu corpo corresponder ao dele. Se encaixar nele. Satisfazê-lo!Renato tentou entender a bagunça que aquela ruiva havia feito em sua vida.Helen havia se entregado sem reservas, querendo saber tudo que uma mulh
Ela não o encarava e ele não gostava de pessoas que não o encaravam, pareciam esconder algo.A freira ia sair, mas parou na porta.- Senhor delegado...- Pois não?Ele sabia que ela queria dizer algo.- Eu conheci a senhora Helen... Ela vinha aqui quase sempre! E eu... Eu...A freira estava visivelmente emocionada.Lúcio se aproximou dela. E ela deu uns passos para trás tentando esconder seu nervosismo.Tarde demais!- Ela... Quero dizer... A senhora Helen está...Ele ficou alguns passos dela, perto o suficiente para ver que ela era diferente.- Serei sincero com a senhora. Não sei. Esse caso está sendo muito difícil. O sequestrador só liga uma vez ao dia e não conseguimos rastrear nada... Sinto muito!A freira segurava as lágrimas.- Pobrezinha...- A senhora a conhecia bem? Lembra qual foi a última vez que a viu?A freira olhava para a porta, desconfiada.- Não... Eu não a conhecia tão bem! Mas ela era muito querida e bondosa... E... Sinto muito delegado...A freira saiu da sala, vi
Helen remexeu o corpo tentando achar uma posição melhor.Havia sonhado com sua mãe!E sentia-se protegida e aquecida, igual a quando era criança, sorrindo ela aconchegou em seus braços. Era tão bom ser abraçada por sua mãe...Ela abriu os olhos e um par de olhos esverdeados a observava.Era Raul!- O quê...Um sonho tão lindo e agora ela se deparava com a verdade nua e crua.Helen fechou os olhos relembrando da noite anterior.Então não havia sido um pesadelo! Mas Raul tinha a encontrado.Ela relembrou do frio que a castigava e que já esperava a morte quando o viu vindo em sua direção. Por um momento achou que a agonia da morte a fazia enxergar ou imaginar coisas.- Helen, você está bem?Ela olhou em volta, ainda deitada em seus braços num saco de dormir.Ela sentou e saiu de dentro do saco de dormir e sentiu a boca seca. Raul estendeu uma garrafa de água e ela pegou, virando tudo.- Devagar... Você deve estar com fome... Coma!Ele ofereceu uma maçã e um pão com alguma coisa dentro.E
Ele se aproximou grudando-a de novo em seu corpo.- Me largue...- Droga Helen... Eu não vou poder proteger você se fizer idiotices...- Idiotices?- Pare de repetir o que falo!Ela respirava com dificuldade.- Estou cansada Raul. Não sinto mais medo! Mas não suporto mais voltar para lá e encarar aquelas pessoas... Já é difícil te encarar!Ele desviou o olhar e a sentou cuidadosamente.Ele a confundia, algumas horas parecia até mesmo desesperado em protegê-la, outras com desprezo no olhar.Agora ele parecia sem saber o que fazer.- Você sabe que Anna aguarda o momento certo para tirar sua vida. Eu não quero que você morra diferente do que pensa... Eu te respeito!Foi a única coisa que ele conseguiu falar.Helen riu.- Me respeita... Você é ridículo! Tem noção do que significa essa palavra? Você me usou... Fez sexo comigo e no dia depois me levou sua prisioneira...- Aquela noite foi especial para mim também Helen...Ela cruzou os braços e fechou os olhos, sentia-se tola ao ouvir aquil
Ele permanecia imóvel, seus olhos sem nenhuma expressão fixo naquelas pessoas.- Se ele desconfiar que vocês estão aqui, já era!- É um contra nós todos! Ele não terá chance... E nós queremos a mulher. Temos que levá-la.O corpo dele vocês fazem o que quiser... Mas o da mulher é nosso! A recompensa de vocês depende disso...Disse o outro se virando e saindo.- Vocês terão o corpo dela...Gritou Anna vendo os sumir na mata.Mário a chamou e em silêncio eles retornaram para o caminho que levava a casa do esconderijo.- Maldição!Exclamou Renato sentando e colocando Helen perto dele. Ela queria entender o que acontecia, mas aparentemente, Raul também corria risco de vida.- Agora você também está sendo procurado... Era esse seu plano?Ela não conseguiu conter a ironia.- O que vai acontecer com minha vida, não é importante Helen...Ele a levantou e sem se afastar continuou:- Quando você saiu, os idiotas devem ter ligado para o contratante. E ele mudou os planos. Eles pensam que quero o
Entrou no carro e ligou para seu substituto. Pediu que avisasse a Rubens Mattos que não poderia estar na mansão, pois estava muito doente. Havia comido alguma coisa que não fizera bem ao seu estômago.O rapaz ficou feliz em poder substituí-lo naquele dia.Idiotas jovens, que só querem os holofotes em cima de si!Ele fez uma manobra e estacionou quase de frente a igreja. Queria acompanhar os movimentos das pessoas de lá de dentro.Os horários que saiam e entravam. Ele sabia que em algum momento alguém teria que sair para fazer compras.E seu instinto lhe dizia que a freira iria tentar entrar em contato com ele.No final da carta ela escreveu: Fique em alerta que em breve falarei contigo!- Ok, senhora freira, ficarei alerta! Agora é só a senhora sair...Lúcio pegou o jornal e começou a ler. Ele tinha todo o tempo do mundo. Não era casado, não tinha filhos e então sua única preocupação era seu cachorro John. Mas sabia que a filha do seu vizinho passava lá à tarde para lhe dar comida e p
- Você vai Helen... Olhe para mim...Ela olhou e tudo que viu foi um homem desesperado.Seus olhos suplicavam algo que estava muito além que ela poderia conseguir decifrar.O que aconteceu a seguir foi muito rápido, Anna, Mário e Mauro apareceram entre as árvores. Mário se jogou sobre ele e começou uma luta violenta. Anna correu e desferiu em Helen um violento soco, fazendo que ela caísse. Mesmo sentindo muita dor ela gritava, as mãos de aço de Anna a prendiam no chão.- Não... Deixem-no! É a mim que vocês querem...Mauro segurava Raul enquanto o outro desferiu um soco que o derrubou. De cara no chão, e o pé de Mauro sobre a sua cabeça. Mário pegou a pistola e ia atirar quando Mauro falou:- Não! Deixa que eu o mato! Vão! Levem a riquinha... Em breve os homens voltarão. Essa grana é só para a gente! Não quero dividir com mais ninguém...Ele olhou ferozmente para Raul caído sobre seus pés e continuou:- Além do mais quero resolver umas questões pessoais com esse aqui...- Não... Deixe-
Mauro não tinha família. Sua mulher e filhos haviam morrido em seu país em um acidente de carro e desde que chegara ali e ingressado na polícia, não reconstruiu sua vida.Porém era daqueles homens que Renato e seu chefe podiam confiar de olhos fechados.Renato sentia suas costelas doloridas, devido os chutes que recebeu de Mário. Ele poderia facilmente ter terminado com aquele idiota em dois tempos, mas sabia que a vida de Helen dependia disso. Seria melhor que pensassem que estava morto. Assim poderia agir e o fator surpresa ser seu aliado.Helen! O que aqueles malditos estariam fazendo com ela?Se aqueles pobres infelizes lhe fizessem mal, a única coisa que poderiam ter dele era uma morte lenta e cruel. Ele sentiu a raiva correr em seu sangue quando pensava que a eminência da morte dela era real.- Calma amigo! A gente vai salvá-la!Mauro parecia que lia seus pensamentos.- Eu não consigo relaxar... Tenho medo...- Não diga nada parceiro... Aquilo que a gente mais teme acaba acontec