- Você vai Helen... Olhe para mim...Ela olhou e tudo que viu foi um homem desesperado.Seus olhos suplicavam algo que estava muito além que ela poderia conseguir decifrar.O que aconteceu a seguir foi muito rápido, Anna, Mário e Mauro apareceram entre as árvores. Mário se jogou sobre ele e começou uma luta violenta. Anna correu e desferiu em Helen um violento soco, fazendo que ela caísse. Mesmo sentindo muita dor ela gritava, as mãos de aço de Anna a prendiam no chão.- Não... Deixem-no! É a mim que vocês querem...Mauro segurava Raul enquanto o outro desferiu um soco que o derrubou. De cara no chão, e o pé de Mauro sobre a sua cabeça. Mário pegou a pistola e ia atirar quando Mauro falou:- Não! Deixa que eu o mato! Vão! Levem a riquinha... Em breve os homens voltarão. Essa grana é só para a gente! Não quero dividir com mais ninguém...Ele olhou ferozmente para Raul caído sobre seus pés e continuou:- Além do mais quero resolver umas questões pessoais com esse aqui...- Não... Deixe-
Mauro não tinha família. Sua mulher e filhos haviam morrido em seu país em um acidente de carro e desde que chegara ali e ingressado na polícia, não reconstruiu sua vida.Porém era daqueles homens que Renato e seu chefe podiam confiar de olhos fechados.Renato sentia suas costelas doloridas, devido os chutes que recebeu de Mário. Ele poderia facilmente ter terminado com aquele idiota em dois tempos, mas sabia que a vida de Helen dependia disso. Seria melhor que pensassem que estava morto. Assim poderia agir e o fator surpresa ser seu aliado.Helen! O que aqueles malditos estariam fazendo com ela?Se aqueles pobres infelizes lhe fizessem mal, a única coisa que poderiam ter dele era uma morte lenta e cruel. Ele sentiu a raiva correr em seu sangue quando pensava que a eminência da morte dela era real.- Calma amigo! A gente vai salvá-la!Mauro parecia que lia seus pensamentos.- Eu não consigo relaxar... Tenho medo...- Não diga nada parceiro... Aquilo que a gente mais teme acaba acontec
Aqueles imbecis!Eles haviam deixado Helen escapar.Ele pouco se importava que ela morresse perdida na mata.Mas aquilo poderia ser um risco. E se ela conseguisse sair de lá e fosse encontrada pela polícia?Polícia! Aqueles estúpidos.Ele olhou para o rapaz que estava substituindo o delegado responsável pelo caso. Era um imbecil querendo aparecer. Daqueles puxa sacos que em breve estaria sendo mais um corrupto. O outro chamado Lúcio havia sumido dizendo que estava doente. Doente!Ele sabia o quão doente ele estava. Deveria estar agora dormindo, pois sabia que aquele caso já estava perdido.Estava farto daqueles imbecis ali, queria que tudo terminasse e ele poder voltar a sua vida de antes: Viagens, shows com suas amigas e a certeza que a empresa nunca sairia de suas mãos.Tudo por culpa de sua esposa.Lembrou do dia que conheceu sua esposa. Ela era a filha do homem mais rico do país, milionária, porém desprovida de beleza. Seus cabelos vermelhos era a coisa mais chamava atenção, um ex
Ter um amigo padre seria de grande serventia. Iria acabar descobrindo segredos de sua Helena.E foi graças a uma confissão a Olavo, que descobriu que havia feito um seguro de vida e beneficiado a pessoa que ela mais amava: Helen.Foi então que eles planejaram seu sequestro. Uma coisa ficou bem clara: Ela não voltaria com vida! E foi exatamente isso que aconteceu, deram cabo dela antes mesmo de pagar o falso resgate.A morte dela foi um alívio, afinal agora seria o dono das empresas.Enfim, tinha conseguido!Mas o advogado da família havia lhe chamado e revelado o teor do testamento de Helena. Caso alguma coisa acontecesse a ela, tudo que possuía: Empresas e heranças de família iriam para sua filha.E havia deixado uma exigência e essa foi a sua sorte: Que Helen assumisse tudo quando completasse vinte e quatro anos de idade. Ele havia enlouquecido e quase havia matado a menina naquela época.Helen nunca foi sua família, ele detestava aquela menina carente de atenção. Não suportava olha
- Amigos... Sou eu! Mauro...Anna e Mário se entreolharam. Eles haviam julgado que haviam se livrado daquele grandalhão!Droga pensou Anna, sorrindo forçadamente e indo na sua direção.- Ah que bom vê-lo... Nós paramos aqui, demos um tempo para ver se aparecia...- É...Falou Mário vendo o comparsa se aproximando. Ele chegou perto de Helen que se encolheu quando o viu. Ele percebeu o medo e o ódio quando ela o reconheceu.- Ela ainda está viva!Explicou Anna com raiva mostrando Helen caída no chão.Sim, ela estava viva, mas um olho inchado e parecia sentir dores por todo o corpo.- Você precisa conter sua raiva contra ela Anna... Pode colocar tudo a perder!- Falou quem acabou de matar o Raul.Ele viu que Helen ao ouvir aquilo remexia no chão aflita, dizendo alguma coisa inaudível. Ele teve dó, mais por enquanto não podia fazer absolutamente nada, a não ser guardar sua vida.Mauro tentou conter a ira e sentou longe dela, sabia que estava em pânico, achando que ele havia tirado a vida
Ivone entrou no supermercado sentindo que era observada.Após anos se escondendo de policiais e andando com gente de reputação duvidosa, ela sabia perfeitamente quando era observada.Mas naquele caso, ela estava aliviada.Estava há dias querendo ter aquele encontro com o delegado Lúcio.Ela tinha um bom faro e sabia detectar quando uma pessoa era boa e honesta.E ele com certeza é um desse.Conheceu policiais corruptos e ela poderia apostar todas as suas fichas no homem alto e magro que conheceu no convento.Havia dado algumas pistas para ele e esperava que tivesse entendido.E sim, ele entendeu.Só não entendia porque havia demorado tanto para ter contato com ela.Ivone havia assumido as compras no lugar da irmã Michele, na esperança que um dia a seguiria e faria as perguntas que quisesse sem que o Padre Olavo interceptasse algo.Enquanto andava pelos corredores lembrou da noite angustiante que teve anteriormente, se maldizendo em ter ficado calada esses anos todos.Ela soube que qua
Helen estava esgotada.Sentia que suas forças esgotavam-se e tropeçando caiu no chão.Ela sentia dificuldades em enxergar com um olho, pois o soco recebido havia sido tão forte que feriu e sangrou e por isso abri-lo era um tormento para ela.Mas não iria chorar. Percebeu que a outra sentia um imenso prazer quando a via chorando.Helen custava a crer que a moça estava fazendo tudo àquilo movida por ódio, achando que ela era a responsável pela morte de seu irmão.Ela não o fez, mas Roberto era um ser desprezível e se ele havia morrido a terra havia se livrado de um crápula da pior espécie. O que aquele rapaz arrogante e cruel teria se transformado se estivesse vivo?Ela não queria pensar.Seus braços estavam roxos e doloridos e ela temia que num próximo tombo viesse a quebrá-lo.Respirando fundo engoliu o choro conseguiu sentar, sem que antes Anna viesse bater nela por ter caído.Ela sempre fazia assim quando caía.Estremeceu ante o olhar do grandalhão, o homem que havia tirado a vida d
Queria aproveitar o descuido deles e fugir. Mas sabia que com aquele homem gigante atrás dela jamais iria conseguir dar um passo sem que ele a derrubasse. Ela tentou ficar calma e aguardar. Tinha que ter o mesmo sangue frio deles. Eles andaram quase por duas horas quando ela ouviu barulho de água. Mauro mandou que parassem e foi à frente. Voltou fazendo sinal que poderiam aproximar-se. Foi quando ela viu a casinha no meio daquele matagal. Ela havia sido construída há muito tempo e parecia um daqueles casebres onde os caçadores ficavam após noites à procura de caça. Ela ficou aliviada, que poderia dormir num lugar coberto. Apesar de ser velha, tinha três cômodos: Uma sala com um fogão e um sofá velho, um banheiro e um quarto. Ela foi colocada no quarto e viu que possuía três camas. Uma de casal e duas de solteiro. Mauro apontou para uma cama de solteiro e saiu. Helen se jogou na cama, sentindo que todos os seus ossos doíam. Ia tirar o tênis, mas lembrou também da recomendação