Você me disse, da última vez, que nomear o sujeito seria como dar nome a algo inominável. Fiquei pensando nisso. O que seria o inominável para mim? Pensei também que aquilo que ninguém ousa chamar é o diabo. Como se falar o nome dele, o trouxesse à tona das profundezas do inferno. Concluí que o sujeito seria como que o meu diabo particular, certo? Alguém que, ao contrário dos outros homens, exerce um poder sobre mim... Ele surgiu onde eu não esperava, aproximou-se sem que eu o chamasse, ativou minha curiosidade sem que eu estivesse preparada. Me surpreendeu, é verdade... E se tornou m
Foi terrível ficar 20 dias sem vir aqui.Bem nessa hora!Eu sei que você já tinha me avisado das férias, mas foi dose!Saí com o Wan muitas vezes.Trepamos, trepamos muito.Foi muito bom. Que que eu estou dizendo?Foi bom?Nossa, foi ótimo! Foi fantástico!Os lugares que a gente se via, o quarto dele nos fundos do salão de baile...Eu devorei aquele homem
Na última vez que eu havia estado aqui, eu sabia que deveria encarar a Lilith dentro de mim.Mas o que era a Lilith?Corri atrás e, bem no meu estilo, fui pesquisar. Olha só: segundo o Zohar, que é o comentário rabínico dos textos sagrados, Deus teria criado Adão macho e fêmea, depois, cortou-o ao meio e chamou uma das metades de Lilith e a deu em casamento a Adão. Lilith teria sido criada de barro, à noite, muito bela e, por isso, causou problemas para Adão.Mas Lilith não queria ser oferecida a ele como desigual ou inferior, nem ser a ele submetida, daí ter fugido com o diabo. O Talmudeconfirma isso, ac
Pode te parecer estranho, mas dê uma olhada nestas fotos e leia o que escrevi. Faz parte de uma coluna que escrevo sobre o Rio de Janeiro. Eu já fazia esta coluna antes, mas precisei interromper quando me envolvi com a minha editora e passei um tempo fora do país. Mas agora estou retomando.
Voltei a desmaiar. Não sei se já te falei sobre isso... não?Então falo agora:algumas vezes, experimento uma intensa angústia, fico tonta e perco os sentidos temporariamente.Já me aconteceu algumas vezes.Uma delas foi ontem...Nós fomos ao lançamento da nova campanha da AG&S. Márcio trabalha em propaganda.Não sei se já te disse isso.Eu vi quando ele e a tal de Clara ficaram de mãos dadas no meio do grupinho do trabalho dele.
Volto à questão: o que quer uma mulher?Eu hoje pensei muito sobre isso e, pelo menos pra hoje, tenho uma resposta.Eu falo “pra hoje” porque a mulher pensa por ciclos: o ciclo pré-menstrual, o círculo da fertilidade, o da amamentação, o da menopausa...Mesmo as meninas têm seus ciclos.Qual o meu ciclo de hoje?Não sei.Não quero nomear.Sempre sou contra n
Eu conheci um homem. Ele derrubou minha segurança. Desafiou minha estrutura. Céus! Fico perplexa quando penso no que estou sentindo!Sim, quero falar sobre isso.Eu estava procurando lojas de antiguidades no centro da cidade.
Desculpe o atraso.Vou retomar do ponto em que parei.Bem, fui atrás do tal endereço, mas, chegando lá, não havia mais a loja de antiguidades.A minha esperança era tão grande de encontrar o que eu procurava, que fiquei na frente do lugar, desconcertada, sem reação.Custava a acreditar que ali não existia nenhuma loja do tipo.Eu estava frente a frente a um lugar chamado “Bafão”, um tipo d
O Rio antigo tem uma arquitetura instigante.Há uma série de ruelas, sobrados, portinholas, janelas e varandas estreitas, escadinhas escusas.Tudo exala um ar de confidências, de intrigas.Acho que por isso aquelas fotos me chamaram a atenção.O alargamento da rua Carioca, por exemplo, talvez tenha a ver com a ampliação desses meus espaços internos que se referema um passado convencional, estreito, para uma possibilidade maior...Como se eu admitisse correr riscos, trilhar novas vertentes... De qualquer maneira, independente da evolução do que se seguiu, eu resolvi testar o Márcio.Não test