Décima primeira sessão

Quero falar do sujeito que conheci. O sujeito da loja de antiguidades. Ele é diferente dos outros.  Não que algum seja igual, não é isso.  Ele tem uma certeza, uma segurança no que fala... Ele sabe que sou uma pessoa que quer ouvir.  Ele sabe que tem algo em mim que precisa despertar...  Ele parece um gato.  Eu não gosto de gatos e odeio esse negócio de chamar caras bonitinhos de “gato”.  Falo de gato no sentido de esquiva, trejeito, de cai e levanta com pose, flexível, misterioso...

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