Capítulo 7

POV: Léo

O álcool deveria me acalmar, transformar a raiva em algo suportável. Mas, quando se trata dela, o efeito é o oposto, a ponto de a simples melodia trêmula da sua voz na escuridão ser suficiente para que eu a enxergue antes mesmo de vê-la.

A garota loira de olhos azuis está bem na minha frente, e não consigo deixar de notar as bochechas coradas e lábios tensos, como se tentasse processar o fato de que sei cada detalhe da sua vida. Cada maldito detalhe.

Meus dedos deslizam pela lateral do seu braço. Ela não recua, mas seus olhos denunciam o erro antes mesmo que seu corpo possa esconder. As pupilas dilatam, um tremor quase imperceptível percorre sua pele, e eu percebo. Giro o corpo dela contra a porta, a deixando sem em saída.

Ela tenta agir como se eu não fosse capaz de cruzar aquele limite que separa a ameaça de uma bala em sua testa. Como se ela não soubesse que tudo o que faz chega até mim antes mesmo que possa respirar aliviada, mas seus olhos deixam claro que acredita no
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