POV: BellaEu fechei as portas da cafeteira com dificuldade; era difícil fazer isso sem a ajuda de Mason, meu melhor amigo."Nunca pensei que te veria faltar dois dias seguidos. Aconteceu alguma coisa? Me responda assim que puder, estou preocupada", digitei rapidamente a quarta mensagem seguida, já que ele parecia empenhado em me ignorar desde que sua boca se aproximou demais da minha. Desde que ele disse que eu era mais especial do que deveria, quando eu tomei coragem para lhe contar que estava namorando.Coloquei o celular no bolso, assim como o avental, tentando não pensar sobre isso. Mason me responderia assim que pudesse.Em questão de segundos, minha bolsa estava em meu ombro e meus pés andaram no automático, até ter a visão impressionante do Audi mais caro do mercado estacionado em frente ao estabelecimento.Anton já estava ali, como em todas as tardes. Minha mente vagou o suficiente para não perceber que meu namorado estava ao telefone até eu estar a poucos centímetros da jane
POV: BellaMeus olhos se abriram e tudo o que vi foram as paredes brancas do quarto. A luz suave preenchia o ambiente, que parecia calmo e sereno, apesar de eu não me sentir assim.Eu levantei um pouco e senti minha cabeça doer, deixando um grunhido escapar dos meus lábios, só então percebendo alguns fios pelo meu corpo."Não se mexa, senhorita", uma voz firme ressoou no quarto. Ele examinou meus olhos com uma lanterna, enquanto o bip dos meus batimentos ecoava na minha cabeça como uma tortura."O que aconteceu?", perguntei em voz baixa, levando a mão livre à testa quando ele se afastou. Percebi um curativo cobrindo um machucado."Você e seu namorado sofreram um acidente", ele respondeu, com um sotaque diferente, embora eu não tivesse forças para me preocupar com isso. Eu havia sofrido um acidente junto com Anton.Naquele momento, nada fazia sentido. Apesar da dor, esforçava-me para recordar. A única coisa que me veio à mente foi a lembrança de meu namorado no banco do motorista enqua
POV: Bella "Me solte! Você está me machucando!", eu disse, engolindo em seco, enquanto seus olhos não saíam dos meus. Sem que eu esperasse, um outro sorriso debochado apareceu em seus lábios; entretanto, o resto de suas feições estava extremamente frio. "Não tanto quanto você machucou meu irmão, isso eu posso garantir, senhorita", ele respondeu em um quase sussurro, antes de finalmente me libertar. A dor de seus dedos ainda latejava enquanto ele se afastava, pegando o copo de sua bebida novamente. "O que aconteceu com Anton?" perguntei imediatamente, afoita, sentindo meu coração acelerar a cada segundo, junto com meus membros mais tensos e desesperados. "Esqueça esse nome. Aqui, você deve chamá-lo de Vincent", disse ele com rudeza, antes de andar até a janela e analisá-la, tocando mais uma vez o copo antes de despejar o restante do líquido em sua garganta em um só gole. "E já que parece tão interessada...", ele parou de falar e bateu o copo na bancada com força, girando os pés par
POV: Leo Eu apreciava o corpo do jovem desmaiado e aprisionado no meu porão. Os cortes no seu rosto indicavam que meus homens tentaram alimentá-lo de manhã e ele recusou. Era fascinante como o aroma do sangue escorrendo, somado à agressividade das folhas de tabaco do cigarro que eu fumava, me acalmava. "Lupo, acredito que não seja preciso salientar o quão insano tudo isso parece." A voz de Mikey, meu consigliere, ecoou ali no porão, enquanto seus passos tranquilos se aproximavam. Ouço o ruído dos pertences do prisioneiro sendo colocados sobre a antiga mesa, enquanto meus olhos continuam a analisá-lo, lembrando-me de que deveria decidir rapidamente o que fazer com ele. "Talvez ainda dê tempo de desistir." Mikey completou, como se não me conhecesse há anos. Soltei a fumaça e senti a nicotina me embriagar, antes de finalmente virar o rosto para encarar o velho do qual eu tinha certo apreço. "Eu nunca desisto, sabe disso." "Lupo, o que Vincent fez no passado... Você está col
POV: BellaUma sensação estranha tomou conta de mim ao sentir os calos da pele áspera de Léo sobre a minha ao colocar o anel de ouro. Porém, o que mais me perturbava eram os numerosos machucados frescos que marcavam sua pele, embora ele não parecesse sentir qualquer dor."O noivo pode beijar a noiva", ressoaram as palavras do padre ao redor, provocando um calafrio em meu estômago, misturando repulsa com nervosismo.Meus olhos ainda estavam presos à mão de Léo, ciente de quão próximos estávamos. Engoli em seco, percebendo o que aquilo significava.Meus pés involuntariamente deram dois passos para trás, enquanto eu erguia meu olhar para o homem diante de mim, cujas íris nubladas e frias me encaravam.Antes que eu pudesse recuar mais, a mão firme de Léo envolveu minha cintura. Um passo foi o suficiente para que ele estivesse ainda mais próximo que antes.Vagarosamente, os olhos dele deslizaram até os meus lábios, enquanto a minha respiração se desregulava a cada milésimo de segundo que e