Estava nos braços da minha avó, chorando. Ela estava alisando a minha cabeça e eu estava com os braços em volta da sua cintura. Depois ela se afastou, esticando os braços com as mãos nos meus ombros e me fitou. — Minha querida, não chore mais. — Ela levou sua mão para meu rosto que enxugou minhas lágrimas, que persistiam em cair. — Vou preparar um chá de camomila. Acho que ainda tem um pacotinho — ela disse erguendo o dedo pra cima, lembrando. Assenti, sacudindo a cabeça que sim. Ela foi no armário na parte de cima para pegar o Chá. Enquanto ela foi preparar o chá, fiquei com os braços sobre a mesa e coloquei minha cabeça sobre eles, fiquei pensando como ia contar pra ela que fui demitida... — Prontinho. Aqui está. — ela me entregou uma caneca branca com detalhes rosas, que estava com um saquinho de chá. — Caramba... Tá quente... — Peguei a caneca e coloquei logo sobre a mesa. — Cuidado, minha querida. Está quente — avisou minha avó e passou a mão na minha cabeça e depois sorriu
Fazia duas semanas que não tinha notícias da Sophia. A última vez que a vi, foi no dia que ela foi demitida pelo seu Joaquim. Aquele desgraçado! Mas o erro foi meu. Não devia ter estourado daquele jeito. Mas não podia deixar aqueles idiotas falando da Sophia. Precisava defendê-la. O pior que não tenho nem o número do celular dela, porém, acho que ela não tem pelo que me disse outro dia. ***— O que você perguntou? Se tenho o quê? — inquiriu, estava terminando de colocar os pedidos na bandeja para a mesa dois. — Eu perguntei se você não tem whatsapp? É um aplicativo de celular. — levantei a sobrancelha, surpreso. — Você tem celular e não tem whatsapp? — Eu não tenho celular… — ela disse encolhendo os ombros. — Não tem? — Olhei para ela, confuso. Ela puxou a bandeja. Estava se preparando para ir, mas se virou. — Eu não tenho celular porque é caro e também estou ajudando a minha avó com as coisas em casa, ainda tem os remédios do meu avô — ela disse. Depois levou a bandeja com os p
Abri os olhos e comecei a ver tudo embaçado. Ergui meu braço até o meu rosto, mas quando levei minha mão para esfregar, senti alguma coisa impedindo. Como se estivesse preso em algo. Então levantei o outro braço e notei que estava com agulhas dentro da minha mão. Levantei a sobrancelha. Que porra é essa? Enxergando um pouco melhor, reparei que onde estou parece… Um hospital ou clínica? Mas por que estou aqui? E essas porras de agulhas estão me incomodando! Quero sair daqui! Em seguida entrou alguém no quarto. Olhei para o lado e vi que é o meu irmão Bernardo. — Bernardo, o que eu tô fazendo aqui? — perguntei. Ele se aproximou. — Vitor se acalme. — Ele deixou o copo na mesa que estava ao meu lado, acho que era café. — ME ACALMAR? ESTOU NESSA PORRA DE QUARTO E TODO FURADO DE AGULHAS! — Esbravejei. Estou angustiado com essas coisas na minha mão. Levei a mão para outra, para tentar tirar, mas fui impedido pelo meu irmão. — O que você pensa que está fazendo? — inquiriu, segurando
— Sophia, posso fazer uma pergunta? Me afastei, saindo dos seus braços. Não vou mentir, estava muito bom de sentir seus braços em volta do meu corpo. Olhei para ele. — Sim… — respondi e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha que tinha caído na frente do meu rosto, assim poderia vê-lo melhor. Olhando assim bem de pertinho, o Tomás é tão bonito que fico até sem fôlego. — Quanto custa os remédios do seu avô? — ele perguntou, me fitando. Olhei pra ele sem entender. — São caros. Mas porquê quer saber? — perguntei. Estranhei ele perguntando isso. — Eu tenho um dinheiro guardado… Ele soltou o ar e fechou os olhos. Em seguida abriu os olhos e olhou para mim, depois pegou na minha mão. E de repente senti um arrepio no meu corpo quando senti o seu toque. — Se quiser, posso dar esse dinheiro para você comprar os remédios do seu avô. — ele avisou. Logo tirei minha mão da sua e em seguida me levantei do banco, me afastando e ficando de costas. — Você não pode fazer isso. — Me vir
Ainda continuava aqui deitado esperando a porra do médico vir para me dar alta e sem contar que o Bernardo saiu faz horas e nada de voltar. Que merda! Meu irmão não é de perder tempo também. Não aguento mais ficar aqui esperando, quero logo ir para casa e depois voltar para a empresa para ver o que tá acontecendo lá. Com certeza o Bernardo não tá dando conta. É bem provável que estar cheio de negócios. Nossa! Os clientes, ainda tem o senhor Monteiro que tá devendo uma grana para gente! Tenho que resolver isso urgentemente, mas não posso porque eu estou nessa porra dessa cama e nessa clínica! Ai que ódio! Logo entrou o Bernardo, parece que está no celular e falando com alguém.— Olha lamento, mas vamos ter que desmarcar a reunião de hoje senhor Monteiro… Olhei imediatamente para o meu irmão. O quê? Ele está fazendo o quê? Ergui os braços para o ar fazendo gestos para ele me notar, mas ele me ignorou. Droga! Continuei chamando a atenção dele, mas sem retorno. Depois desligou e coloco
Estávamos na estrada e meu irmãozinho estava dirigindo, até quando parou no sinal, que ficou no vermelho. — Não vejo a hora de chegar logo em casa, tomar um belo banho na minha hidro e depois deitar na minha bela cama. — comentei, estava encostado no banco do carona. — Não se esqueça o que o médico orientou, você tem que descansar — meu irmão me lembrou que agora tenho que ficar na cama. Dei uma bufada. — Já que vou ter que ficar na cama, estou pensando em convidar aquela loira para ir lá em casa. O que acha? — Virei o meu rosto para olhar para o meu irmão. Que arqueou a sobrancelha. — Que absurdo é esse, Vitor! Repouso absoluto! Não ouviu que acabei de falar? — frisou, me fitando. — Sim. Mas até pra fuder não posso? Está de sacanagem né? — perguntei. Ele virou o rosto para olhar o sinal, que tinha aberto e ignorou completamente. Que droga! Agora estou proibido de dar uma trepada. Ninguém merece isso. Então virei o meu rosto para o lado de fora e como estava de vidro fechado, le
Ele estava bem na minha frente e não posso acreditar! E ele é tão bonito, parecia aqueles atores que se vê nos filmes. — Eu disse olá. Não me ouviu? — ele perguntou. Continuei em silêncio. Estou em choque. Como um cara desse porte, bom, ele está bem vestido, usando um terno preto, camisa branca e uma gravata preta. E também de calça preta, os cabelos são um pouco enrolados na cor castanhos e olhos castanhos. E continua me fitando. Depois ele sentou ao meu lado. Logo ergui a sobrancelha. — O que foi? Não tem problema de sentar aqui? — indagou, olhando para mim. Seu olhar é doce e sua voz macia e aveludada, muito gostosa de ouvir. Senti o meu corpo arrepiar por inteiro. — Droga Vitor, que pressa é essa?? Olhei para frente e se aproximou outro rapaz, ou menos do mesmo tamanho só que esse é mais musculoso e tem os ombros largos, também está usando um terno preto e calça preta também e os cabelos são castanhos e ele está de barba. — Foi mal, mas precisava falar com ela — disse o mor
Estava voltando para a pracinha com esse cara. Está bem, ele é muito bonito, confesso. Mas não podia deixar ficar fazendo piada de mim e pelo modo como ele ficou olhando para mim. Ele até disse que sou linda, mas estou curiosa porque ele disse que tem uma proposta para me fazer. O que será que é? Continuei andando e virei rosto para trás e ele acenou pra mim. Imediatamente voltei olhar para frente e fiquei sem graça. Não sei explicar… O jeito que ele me olha, sinto o meu rosto arder. Assim que chegamos na pracinha, o outro cara que estava com o moreno estava ali esperando por ele. O moreno foi para ao meu lado. — Por favor, sente-se para conversarmos. — Ele apontou para o banco de madeira. Sua voz era doce e macia. Olhei para ele e depois fui para o banco e me sentei. Notei que outro cara estava ali em pé observando. Depois o moreno bonito, por enquanto vou chamá-lo assim, não sei o nome dele. — Já que estamos calmos… — É que antes você ficou zombando do meu corpo. — o cortei