Abri os olhos e comecei a ver tudo embaçado. Ergui meu braço até o meu rosto, mas quando levei minha mão para esfregar, senti alguma coisa impedindo. Como se estivesse preso em algo. Então levantei o outro braço e notei que estava com agulhas dentro da minha mão. Levantei a sobrancelha. Que porra é essa? Enxergando um pouco melhor, reparei que onde estou parece… Um hospital ou clínica? Mas por que estou aqui? E essas porras de agulhas estão me incomodando! Quero sair daqui! Em seguida entrou alguém no quarto. Olhei para o lado e vi que é o meu irmão Bernardo. — Bernardo, o que eu tô fazendo aqui? — perguntei. Ele se aproximou. — Vitor se acalme. — Ele deixou o copo na mesa que estava ao meu lado, acho que era café. — ME ACALMAR? ESTOU NESSA PORRA DE QUARTO E TODO FURADO DE AGULHAS! — Esbravejei. Estou angustiado com essas coisas na minha mão. Levei a mão para outra, para tentar tirar, mas fui impedido pelo meu irmão. — O que você pensa que está fazendo? — inquiriu, segurando
— Sophia, posso fazer uma pergunta? Me afastei, saindo dos seus braços. Não vou mentir, estava muito bom de sentir seus braços em volta do meu corpo. Olhei para ele. — Sim… — respondi e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha que tinha caído na frente do meu rosto, assim poderia vê-lo melhor. Olhando assim bem de pertinho, o Tomás é tão bonito que fico até sem fôlego. — Quanto custa os remédios do seu avô? — ele perguntou, me fitando. Olhei pra ele sem entender. — São caros. Mas porquê quer saber? — perguntei. Estranhei ele perguntando isso. — Eu tenho um dinheiro guardado… Ele soltou o ar e fechou os olhos. Em seguida abriu os olhos e olhou para mim, depois pegou na minha mão. E de repente senti um arrepio no meu corpo quando senti o seu toque. — Se quiser, posso dar esse dinheiro para você comprar os remédios do seu avô. — ele avisou. Logo tirei minha mão da sua e em seguida me levantei do banco, me afastando e ficando de costas. — Você não pode fazer isso. — Me vir
Ainda continuava aqui deitado esperando a porra do médico vir para me dar alta e sem contar que o Bernardo saiu faz horas e nada de voltar. Que merda! Meu irmão não é de perder tempo também. Não aguento mais ficar aqui esperando, quero logo ir para casa e depois voltar para a empresa para ver o que tá acontecendo lá. Com certeza o Bernardo não tá dando conta. É bem provável que estar cheio de negócios. Nossa! Os clientes, ainda tem o senhor Monteiro que tá devendo uma grana para gente! Tenho que resolver isso urgentemente, mas não posso porque eu estou nessa porra dessa cama e nessa clínica! Ai que ódio! Logo entrou o Bernardo, parece que está no celular e falando com alguém.— Olha lamento, mas vamos ter que desmarcar a reunião de hoje senhor Monteiro… Olhei imediatamente para o meu irmão. O quê? Ele está fazendo o quê? Ergui os braços para o ar fazendo gestos para ele me notar, mas ele me ignorou. Droga! Continuei chamando a atenção dele, mas sem retorno. Depois desligou e coloco
Estávamos na estrada e meu irmãozinho estava dirigindo, até quando parou no sinal, que ficou no vermelho. — Não vejo a hora de chegar logo em casa, tomar um belo banho na minha hidro e depois deitar na minha bela cama. — comentei, estava encostado no banco do carona. — Não se esqueça o que o médico orientou, você tem que descansar — meu irmão me lembrou que agora tenho que ficar na cama. Dei uma bufada. — Já que vou ter que ficar na cama, estou pensando em convidar aquela loira para ir lá em casa. O que acha? — Virei o meu rosto para olhar para o meu irmão. Que arqueou a sobrancelha. — Que absurdo é esse, Vitor! Repouso absoluto! Não ouviu que acabei de falar? — frisou, me fitando. — Sim. Mas até pra fuder não posso? Está de sacanagem né? — perguntei. Ele virou o rosto para olhar o sinal, que tinha aberto e ignorou completamente. Que droga! Agora estou proibido de dar uma trepada. Ninguém merece isso. Então virei o meu rosto para o lado de fora e como estava de vidro fechado, le
Ele estava bem na minha frente e não posso acreditar! E ele é tão bonito, parecia aqueles atores que se vê nos filmes. — Eu disse olá. Não me ouviu? — ele perguntou. Continuei em silêncio. Estou em choque. Como um cara desse porte, bom, ele está bem vestido, usando um terno preto, camisa branca e uma gravata preta. E também de calça preta, os cabelos são um pouco enrolados na cor castanhos e olhos castanhos. E continua me fitando. Depois ele sentou ao meu lado. Logo ergui a sobrancelha. — O que foi? Não tem problema de sentar aqui? — indagou, olhando para mim. Seu olhar é doce e sua voz macia e aveludada, muito gostosa de ouvir. Senti o meu corpo arrepiar por inteiro. — Droga Vitor, que pressa é essa?? Olhei para frente e se aproximou outro rapaz, ou menos do mesmo tamanho só que esse é mais musculoso e tem os ombros largos, também está usando um terno preto e calça preta também e os cabelos são castanhos e ele está de barba. — Foi mal, mas precisava falar com ela — disse o mor
Estava voltando para a pracinha com esse cara. Está bem, ele é muito bonito, confesso. Mas não podia deixar ficar fazendo piada de mim e pelo modo como ele ficou olhando para mim. Ele até disse que sou linda, mas estou curiosa porque ele disse que tem uma proposta para me fazer. O que será que é? Continuei andando e virei rosto para trás e ele acenou pra mim. Imediatamente voltei olhar para frente e fiquei sem graça. Não sei explicar… O jeito que ele me olha, sinto o meu rosto arder. Assim que chegamos na pracinha, o outro cara que estava com o moreno estava ali esperando por ele. O moreno foi para ao meu lado. — Por favor, sente-se para conversarmos. — Ele apontou para o banco de madeira. Sua voz era doce e macia. Olhei para ele e depois fui para o banco e me sentei. Notei que outro cara estava ali em pé observando. Depois o moreno bonito, por enquanto vou chamá-lo assim, não sei o nome dele. — Já que estamos calmos… — É que antes você ficou zombando do meu corpo. — o cortei
Estava diante daquele safado! Sabia que a proposta que ele ia me oferecer não podia ser boa. Estou com raiva… De mim. E ainda vem com esse papo… Seria muito difícil acreditar nisso. Ele continuou olhando para mim com a mão no rosto, também depois do tapa que lhe dei. Depois chegou o outro cara que estava com a gente lá pracinha, estavam me encarando. Quer saber? É melhor eu ir embora. Não tem nada que me prenda para ficar aqui. Me virei, dando as costas para ele e quando estava caminhando, de repente ele surgiu na minha frente, estava bem diante de mim. Seu semblante era sério. Até que… Que absurdo, Sophia! Mas estou achando ele bem sensual, fazendo meu corpo ferver. Que estranho nunca me senti assim, nem pelo Tomás. — Você vai aonde? — indagou, me fitando. — Vou embora. Não quero ouvir mais mentiras! — pontuei, olhando para ele. — Mentiras? Não disse nenhuma mentira, estou mesmo doente, quer dizer, câncer para ser exato e… — Ah e para ser curado desse câncer preciso ter um
Ele tirou o celular que estava no bolso e me entregou. Fiquei só observando ele segurando o celular. Não posso acreditar que ele está fazendo isso. Ele está dando seu celular para mim? — O que você está fazendo, Vitor? — questionou o outro homem. Estava ao lado do moreno. — O que acha? Estou dando o meu celular para ela — ele disse com a maior calma, depois voltou a me fitar. — Toma. Amanhã vou ligar pra você nesse celular, agora ele é seu! — Ergueu a mão com o celular na minha direção. — Eu… Não… — comecei a balbuciar. Depois abaixei a cabeça e virei as costas para ele. Depois ele passou por mim, ficando na minha frente. — Por que não? Estou te dando — ele sugeriu. Levantei a cabeça. — Eu não sei… — Olhei para trás, para o homem que estava atrás de mim. Depois voltei a olhar para ele. — Não parece ser certo… — Claro que é certo! — ele disse. E colocou o celular na minha mão. — Ele é seu! Assim vou poder falar com você e te buscar para a minha casa, está bem? — perguntou