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— Eu não fiz nada errado, Raul — declarou ele, parecendo como se algo estivesse preso em sua garganta. — Como ele pode me acusar disso? Eu recuso qualquer tentativa, pareço até um disco quebrado dizendo para o Lorenzo que estou com o Brayan... até evito tocar o Lorenzo como se ele tivesse lepra! E isso é impressionante considerando que Martini fez a gente sentar no mesmo piano quando a gente cantou pela primeira vez aquele estúpido dueto!

E então ele se jogou debaixo das cobertos de novo. Raul o considerou por um momento e inclinou-se sobre ele, sem se importar se estava deitado sobre as costas ou os cotovelos de Klaus.

— Foi tão estúpido assim? O tempo todo, quer dizer?

Um movimento. Raul teve que se esforçar para entender as palavras.

— … não na verdade. Quer dizer... ele queria que eu fosse embora, sabe. Estava no rosto dele, ele queria que eu fosse embora.

— Mas... você não foi.

A massa embaixo das cobertas suspirou em verdadeira forma dramáti

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