— Eu não fiz nada errado, Raul — declarou ele, parecendo como se algo estivesse preso em sua garganta. — Como ele pode me acusar disso? Eu recuso qualquer tentativa, pareço até um disco quebrado dizendo para o Lorenzo que estou com o Brayan... até evito tocar o Lorenzo como se ele tivesse lepra! E isso é impressionante considerando que Martini fez a gente sentar no mesmo piano quando a gente cantou pela primeira vez aquele estúpido dueto!
E então ele se jogou debaixo das cobertos de novo. Raul o considerou por um momento e inclinou-se sobre ele, sem se importar se estava deitado sobre as costas ou os cotovelos de Klaus.
— Foi tão estúpido assim? O tempo todo, quer dizer?
Um movimento. Raul teve que se esforçar para entender as palavras.
— … não na verdade. Quer dizer... ele queria que eu fosse embora, sabe. Estava no rosto dele, ele queria que eu fosse embora.
— Mas... você não foi.
A massa embaixo das cobertas suspirou em verdadeira forma dramáti
Em continuação de: Momento de Brilhar - Volume II**A boa parte em ter uma cozinha consertada era que sentar-se em um dos seus bancos, com os cotovelos apoiados no balcão e inalando o primeiro cheiro de café para oficialmente sair do inconsciente para a realidade era maravilhoso. Não que a mera vista de Saulo entrando na casa, totalmente inesperado, com Brayan, não fosse equivalente a uma injeção intravenosa de 20 quilos de café. Ainda assim, uma vez que o alívio chega, a preguiça volta e todos sentem-se bem demais para fazer qualquer coisa séria.Impossível — eles ainda tinham que ir para a aula e hoje o ensaio dos Hall’s Babbler envolveria algo importante como dissera o recado de Hideki.Os gêmeos estavam sentados juntos na cozinha, fazendo achocolado para si mesmos. Suas mãos moviam-se programadamente sem parar, tendo memorizado
O escritório do chefe da Casa era cheio de livros, lembrando a uma pequena biblioteca. As cores da Casa Bourbon estavam estampadas em um lado da parede, e a luz do sol de cedo da manhã entrava pelas janelas, refletindo-as sobre a mesa rica de pau-brasil. Hélder estava cuidadosamente analisando alguns papéis quando Charlie bateu na porta, Klaus ao seu lado e segurando-se à alça de sua bolsa. O professor ergueu os olhos e gesticulou para que ambos entrassem.— Entrem, vocês dois.Klaus e Charlie entraram no escritório e sentaram-se nas duas cadeiras em frente à mesa dele. Hélder retirou seus óculos de leitura com um suspiro, pousando-os na mesa e gesticulando para Klaus com os papéis que estivera segurando.— Esses são as suas avaliações. O que você achou delas, Henke?Com isso, "Alice" mal arqueou as sobrancelhas.— Elas foram... adequadamente desafiadoras. — Ele olhou para Charlie, que esta observando-o pelo canto dos olhos. O monitor não parecia nem um
— Certo, Henke — começou ele. — Eu ouvi... sabe, um pouco do que aconteceu. A coisa com você e Brayan?— O fato de nós agora estarmos namorando é uma coisa? — Klaus arqueou uma sobrancelha com um sorriso leve, incerto de como falar com o monitor.Mas Charlie apenas sorriu.— Sim, isso. — Mas ele ainda ficou sério. — Enfim, essas aulas com o Lorenzo. Quero que você saiba que no momento que ele aprontar algo ou qualquer coisa, você me conta, entendeu?Klaus lançou-lhe um olhar engraçado.— … o quê?— Sei que você está com o Brayan agora, e que Lorenzo com vocês dois por um tempinho. Entendi isso do que os gêmeos e Wen e Dimitri me contaram. — Charlie parecia sereno. — Já tivemos problemas com Lorenzo antes, e não vou deixar que as coisas se repitam. Não foi bonito e... e bem, eu não acho que você devesse ser envolvido em algo do tipo. Então no momento que ele passar da linha, você vem direto até mim, entendeu? Não os gêmeos, não Brayan; eu. E eu lid
— Ah, isso é bom, certo? — disse Katherine. — E quanto aos Hall’s Babbler? Já decidiram o que vão cantar nas Regionais?— Hideki e Martini não disseram nada ainda. Acho que eles estão tentando mudar algumas coisas — respondeu Dimitri. — E quanto ao seu grupo? Aquelas garotas vem te contar sobre os treinos?Katherine era parte do grupo de dança da escola. Ela revirou os olhos com um suspiro exasperado.— Sabe com pessoas vivem dizendo que os líderes dos grupos de dança às vezes são estereotipados? Alguém realmente devia avisar a Nadia que ela é a causa do estereótipo.Dimitri soltou um som de zombaria.— Ela nunca dançaria melhor que você.— Bom, enquanto estou aqui, não posso fazer nada — resmungou Katherine. — A srta. Caldwell disse que eu deveria descansar o q
Lorenzo saiu da sala de aula e ficou surpreso ao encontrar Brayan esperando-o.— Olá, Lorenzo — disse ele friamente, parecendo para o resto do mundo como se apenas estivesse caminhando ao lado do monitor de Canossa no corredor.— Você está aqui, então imagino que ouviu a condição de Mandrak para Klaus, estou certo? — perguntou Lorenzo com igual compostura, olhando para seu caderno enquanto os dois seguiam para o período de almoço.— Bom, você é um ser humano razoavelmente inteligente; não imaginei por um segundo que você acharia que haveria outra razão para eu estar aqui?— Sério. Eu também imaginei que nossa emocionante conversa no jardim memorial o tinha compelido, mas essa expressão ardente expressão no seu rosto diz o contrário.Brayan o encarou, mas Lorenzo, sem sequer conceder o outro garoto um olhar, continuou:— Não, isso não foi ideia minha; você muito bem sabe que meu plano original envolvia Klaus mudando-se para Canossa. O tiro saiu pel
Raul o encarou. Saulo era um dançarino como Brayan era um cantor, e se isso era qualquer indicação do seu amor pela sua arte...— Bom... — Raul gagejou. — Pelo menos... seu braço não... está tão ruim.Saulo o olhou, e começou a rir.— Relaxa! Credo... mas você está certo. — Ele suspirou, pegando o violão enquanto Raul sentava-se ao seu lado. — Eu realmente devia ter pensando em Brayan... não tenho ideia do que fiz ele passar.— Você não pediu que acontecesse... — murmurou Raul, mas Saulo parara de olhá-lo. Ele atingira um ponto fraco e sabia disso. — Hum...Saulo apenas levantou a mão para calá-lo.— Não, não... você está certo. Eu devia pensar antes de fazer as coisas... aparentemente é bem útil.Um silêncio estra
— Então... você está planejando competir.— Tente me impedir.— Suponho que você não queria minha ajuda para... digamos... um dueto? — perguntou Brayan sutilmente. Isso chamou a atenção de Klaus. Brayan apenas sorriu. — Só estou dando a ideia... é no dia dos Namorados, afinal... Mas não importa o que aconteça, eu vou lutar por um lugar também. — Seus olhos estavam devastadoramente intensos nos de Klaus. — … eu quero cantar com você no palco. Na frente de todo mundo desta vez.Klaus corou profundamente contra a vontade.— … então melhor nós dois conseguirmos um lugar.De repente o barulho de conversa aumentou na sala, e os outros ergueram os olhos para ver Wen levantando a mão silenciosamente. Hideki o olhou e assentiu.— Sim, Wen?Wen levantou-se lentamente e Dimitri o olhou em surpresa.— Senhor, se o senhor permitisse... eu sei que não é como as coisas normalmente funcionam, mas eu só precisava tirar algo do peito. Eu gostaria de apr
Surpreendentemente, Lorenzo não esperou que Klaus saísse do ensaio dos Hall’s Babbler. Ele nem o seguiu nem o acompanhou até a Casa Canossa. Foram os outros Hall’s Babbler que foram com ele pelo prédio Sul e Principal, e Klaus, enquanto eles se preparavam para partir, encurralou os gêmeos.— Me digam no momento que descobrirem o que diabos está acontecendo com o Dimitri — disse-lhes, assistindo o garoto que parecia estar perdido em pensamentos, caminhando para longe sem nem perceber que suas companhias não estavam fazendo o mesmo. Wen foi atrás dele. — Vocês vão interrogar ele cedo ou tarde.— Vamos sim — disseram os gêmeos alegremente, agraciados por Klaus finalmente estar pensando como eles. — E isso significa que temos permissão para fazer o que quisermos com o Lorenzo? Estávamos pensando em paintball.— Não. — Klaus revirou os olhos e os soltou. — Apenas não.— Você vai ficar bem, Klaus? — perguntou Raul, parecendo estranhamente sem fôlego e selvagemente