Bourbon era uma zona de desastre — pedaços de barracas e banners e utensílios para a Feira estavam espalhados por todos o dormitório. Garotos corriam para cima e para baixo dos corredores, carregando materiais para os barracas e o som de constante construção e trabalho estavam por toda parte.
Charlie trabalhava sem descansar, cuidando de tudo. Ele olhou para a prancheta onde todos os garotos tinham listado suas aprovações de barracas para a feira e analisou o progresso.
— Olhe, Drew, tem certeza que isso está certo? — ele perguntou para o garoto em um avental de laboratório. — Você não pode realmente estar vendendo uma poção do amor.
— Tecnicamente é uma sérum de amor — corrigiu o químico, erguendo os óculos. — Feromônios e outras substâncias que podem produzir moderada euforia combinadas em um único soto! Será efetivo, confie em mim. Vai ser o top da feira.
— Contanto que não exploda antes que você conseguia ajeitar suas coisas... — Charlie olhou para os apa
— Não ajuda quando ele está apaixonado por você — explodiu Brayan, quase soletrando as palavras para Klaus. — Você não está ajudando, Klaus, simples assim! Você está incentivando ele! Você está deixando ele pensar que você pode sentir alguma pequena chama por ele e ele está por aí, ajudando a aumentar o fogo! O seguro é só ficar longe dele e deixar ele se virar sozinho! Se você quer ajudar ele, ele tem que ser afastado de você!— E sozinho, ele está caindo aos pedaços! — retrucou Klaus. Ele grunhiu, exasperado, jogando as mãos para cima. — Isso nem é sobre ele, é? É sobre você! Você não confia em mim! Você está praticamente me dizendo que estou te traindo! Tudo isso de estar perto demais! Parece que você está preocupado demais com isso!— E tenho motivos para estar! — retrucou Brayan. — Já vi acontecer antes, não quero ver acontecer de novo! E especialmente não com ele! Você podia ter ao mesmo me contado do que estava acontecendo. Eu não queria ouvir e ter que ficar ali
— Eu não fiz nada errado, Raul — declarou ele, parecendo como se algo estivesse preso em sua garganta. — Como ele pode me acusar disso? Eu recuso qualquer tentativa, pareço até um disco quebrado dizendo para o Lorenzo que estou com o Brayan... até evito tocar o Lorenzo como se ele tivesse lepra! E isso é impressionante considerando que Martini fez a gente sentar no mesmo piano quando a gente cantou pela primeira vez aquele estúpido dueto!E então ele se jogou debaixo das cobertos de novo. Raul o considerou por um momento e inclinou-se sobre ele, sem se importar se estava deitado sobre as costas ou os cotovelos de Klaus.— Foi tão estúpido assim? O tempo todo, quer dizer?Um movimento. Raul teve que se esforçar para entender as palavras.— … não na verdade. Quer dizer... ele queria que eu fosse embora, sabe. Estava no rosto dele, ele queria que eu fosse embora.— Mas... você não foi.A massa embaixo das cobertas suspirou em verdadeira forma dramáti
Em continuação de: Momento de Brilhar - Volume II**A boa parte em ter uma cozinha consertada era que sentar-se em um dos seus bancos, com os cotovelos apoiados no balcão e inalando o primeiro cheiro de café para oficialmente sair do inconsciente para a realidade era maravilhoso. Não que a mera vista de Saulo entrando na casa, totalmente inesperado, com Brayan, não fosse equivalente a uma injeção intravenosa de 20 quilos de café. Ainda assim, uma vez que o alívio chega, a preguiça volta e todos sentem-se bem demais para fazer qualquer coisa séria.Impossível — eles ainda tinham que ir para a aula e hoje o ensaio dos Hall’s Babbler envolveria algo importante como dissera o recado de Hideki.Os gêmeos estavam sentados juntos na cozinha, fazendo achocolado para si mesmos. Suas mãos moviam-se programadamente sem parar, tendo memorizado
O escritório do chefe da Casa era cheio de livros, lembrando a uma pequena biblioteca. As cores da Casa Bourbon estavam estampadas em um lado da parede, e a luz do sol de cedo da manhã entrava pelas janelas, refletindo-as sobre a mesa rica de pau-brasil. Hélder estava cuidadosamente analisando alguns papéis quando Charlie bateu na porta, Klaus ao seu lado e segurando-se à alça de sua bolsa. O professor ergueu os olhos e gesticulou para que ambos entrassem.— Entrem, vocês dois.Klaus e Charlie entraram no escritório e sentaram-se nas duas cadeiras em frente à mesa dele. Hélder retirou seus óculos de leitura com um suspiro, pousando-os na mesa e gesticulando para Klaus com os papéis que estivera segurando.— Esses são as suas avaliações. O que você achou delas, Henke?Com isso, "Alice" mal arqueou as sobrancelhas.— Elas foram... adequadamente desafiadoras. — Ele olhou para Charlie, que esta observando-o pelo canto dos olhos. O monitor não parecia nem um
— Certo, Henke — começou ele. — Eu ouvi... sabe, um pouco do que aconteceu. A coisa com você e Brayan?— O fato de nós agora estarmos namorando é uma coisa? — Klaus arqueou uma sobrancelha com um sorriso leve, incerto de como falar com o monitor.Mas Charlie apenas sorriu.— Sim, isso. — Mas ele ainda ficou sério. — Enfim, essas aulas com o Lorenzo. Quero que você saiba que no momento que ele aprontar algo ou qualquer coisa, você me conta, entendeu?Klaus lançou-lhe um olhar engraçado.— … o quê?— Sei que você está com o Brayan agora, e que Lorenzo com vocês dois por um tempinho. Entendi isso do que os gêmeos e Wen e Dimitri me contaram. — Charlie parecia sereno. — Já tivemos problemas com Lorenzo antes, e não vou deixar que as coisas se repitam. Não foi bonito e... e bem, eu não acho que você devesse ser envolvido em algo do tipo. Então no momento que ele passar da linha, você vem direto até mim, entendeu? Não os gêmeos, não Brayan; eu. E eu lid
— Ah, isso é bom, certo? — disse Katherine. — E quanto aos Hall’s Babbler? Já decidiram o que vão cantar nas Regionais?— Hideki e Martini não disseram nada ainda. Acho que eles estão tentando mudar algumas coisas — respondeu Dimitri. — E quanto ao seu grupo? Aquelas garotas vem te contar sobre os treinos?Katherine era parte do grupo de dança da escola. Ela revirou os olhos com um suspiro exasperado.— Sabe com pessoas vivem dizendo que os líderes dos grupos de dança às vezes são estereotipados? Alguém realmente devia avisar a Nadia que ela é a causa do estereótipo.Dimitri soltou um som de zombaria.— Ela nunca dançaria melhor que você.— Bom, enquanto estou aqui, não posso fazer nada — resmungou Katherine. — A srta. Caldwell disse que eu deveria descansar o q
Lorenzo saiu da sala de aula e ficou surpreso ao encontrar Brayan esperando-o.— Olá, Lorenzo — disse ele friamente, parecendo para o resto do mundo como se apenas estivesse caminhando ao lado do monitor de Canossa no corredor.— Você está aqui, então imagino que ouviu a condição de Mandrak para Klaus, estou certo? — perguntou Lorenzo com igual compostura, olhando para seu caderno enquanto os dois seguiam para o período de almoço.— Bom, você é um ser humano razoavelmente inteligente; não imaginei por um segundo que você acharia que haveria outra razão para eu estar aqui?— Sério. Eu também imaginei que nossa emocionante conversa no jardim memorial o tinha compelido, mas essa expressão ardente expressão no seu rosto diz o contrário.Brayan o encarou, mas Lorenzo, sem sequer conceder o outro garoto um olhar, continuou:— Não, isso não foi ideia minha; você muito bem sabe que meu plano original envolvia Klaus mudando-se para Canossa. O tiro saiu pel
Raul o encarou. Saulo era um dançarino como Brayan era um cantor, e se isso era qualquer indicação do seu amor pela sua arte...— Bom... — Raul gagejou. — Pelo menos... seu braço não... está tão ruim.Saulo o olhou, e começou a rir.— Relaxa! Credo... mas você está certo. — Ele suspirou, pegando o violão enquanto Raul sentava-se ao seu lado. — Eu realmente devia ter pensando em Brayan... não tenho ideia do que fiz ele passar.— Você não pediu que acontecesse... — murmurou Raul, mas Saulo parara de olhá-lo. Ele atingira um ponto fraco e sabia disso. — Hum...Saulo apenas levantou a mão para calá-lo.— Não, não... você está certo. Eu devia pensar antes de fazer as coisas... aparentemente é bem útil.Um silêncio estra