— Certo, Henke — começou ele. — Eu ouvi... sabe, um pouco do que aconteceu. A coisa com você e Brayan?
— O fato de nós agora estarmos namorando é uma coisa? — Klaus arqueou uma sobrancelha com um sorriso leve, incerto de como falar com o monitor.
Mas Charlie apenas sorriu.
— Sim, isso. — Mas ele ainda ficou sério. — Enfim, essas aulas com o Lorenzo. Quero que você saiba que no momento que ele aprontar algo ou qualquer coisa, você me conta, entendeu?
Klaus lançou-lhe um olhar engraçado.
— … o quê?
— Sei que você está com o Brayan agora, e que Lorenzo com vocês dois por um tempinho. Entendi isso do que os gêmeos e Wen e Dimitri me contaram. — Charlie parecia sereno. — Já tivemos problemas com Lorenzo antes, e não vou deixar que as coisas se repitam. Não foi bonito e... e bem, eu não acho que você devesse ser envolvido em algo do tipo. Então no momento que ele passar da linha, você vem direto até mim, entendeu? Não os gêmeos, não Brayan; eu. E eu lido com isso.
Klaus cruzou os braços com um suspiro quase exasperado.
— Eu acho que eu posso...
— Não, você não pode — disse Charlie firmemente. — Não liga pra quão forte você acha que é. Mas conheço Lorenzo muito melhor que você. Ele pode estar tudo bem num minuto, mas não posso garantir o próximo. Já vi ele jogar Brayan por umas portas de carvalho.
Klaus o encarou, aturdido.
— O quê?
Charlie balançou a cabeça rapidamente, desconsiderando.
— Isso é passado. Quando ele ainda estava muito irritado, e, para ser honesto, Brayan revidou. Ele teve sorte que Jeon foi me buscar ou eu teria... — Ele parecia muito tenso, e só balançou a cabeça enquanto solta o ar lentamente. — Só estou dizendo que enquanto eu ouvi de Jeon que ele está... mudando para melhor, o que são ótimas notícias, a transição não vai acontecer rápido ou tranquilamente. — Charlie o considerou. — E pelo que eu também ouvi, você é cabeça-dura e meio diva. O que é ótimo; ele precisa de alguém que coloque ele no lugar. Sei que você pode se cuidar com ele. Mas só quero que você sabia que se qualquer coisa acontecer, eu tenho que ser a primeira pessoa pra quem você conta. Os garotos de Bourbon não gostam dele, e se você for contar para qualquer um deles, especialmente Brayan, o temperamento deles vai estourar.
Klaus o encarou questionadamente.
— … o que você quis dizer com "especialmente Brayan"?
— Você não viu todos os lados do seu namorado ainda, é só o que vou dizer.
Isso era novo. Klaus se relembrou de quando ele e Brayan estavam conversando no seu quarto, e e lembrou-se das palavras de Brayan.
E não posso deixar Lorenzo ter o que quer. Você vai ver algo terrível sair de mim na próxima tentativa dele, estou te avisando já. Você não vai querer ver isso, mas nesse ponto, acho que vai acontecer.
Então Brayan perdia a cabeça também. Klaus sorriu fracamente apesar do pensamento. Brayan sempre tentara permanecer calmo e garantir que nada de errado acontecia, e as coisas seguiam tão suavemente como ele podia conseguir. Mas ele também devia ter seus limites.
Ele ergueu a cabeça e sorriu para Charlie confiantemente.
— Certo. Mas eu posso tomar conta disso agora.
— Tudo bem, então. — Charlie sorriu e bateu no seu ombro. — Bom finalmente falar com você, Klaus. — E ele afastou-se. Quando ele estava alguns metros abaixo no corredor, Klaus pensou em algo subitamente e voltou-se para ele.
— Ei, Charlie?
— Sim? — perguntou o monitor, virando-se para ele, andando de costas lentamente.
— O Brayan revidou quando Lorenzo jogou ele pelas portas?
Charlie abriu um sorriso que era perfeita e tipicamente Bourboniano.
— Klaus, ele soltou-se de Dimitri e Wen, voltou e esmagou Lorenzo contra a estante de partituras.
Klaus assentiu com um pequeno sorriso torto e direcionou-se para a aula. Alguém tinha que ter acabado na sala de Ratiolly depois dessa luta, mas a ideia de Lorenzo pagando olho por olho não era ruim. Justo era justo, afinal.
Dimitri bisbilhotou dentro do quarto de hotel cuidadosamente. Amanda Rivers ergueu os olhos do jornal que estava lendo. Ela era uma mulher calorosa e gentil com cabelo castanho curto e gentis olhos azuis, e ela sorriu para Dimitri imediatamente.
Dimitri, que viu que a garota na cama estava adormecida, rapidamente levantou o indicador para os lábios para dizer-lhe para não falar nada que pudesse acordá-la. Ele estou, e Wen o seguiu. A sra. Rivers sorriu ainda mais e acenou para ele. Wen retribuiu o cumprimento e seguiu Dimitri para a imparcialidade fria do quarto de hospital.
— Como ela está...? — sussurrou Dimitri suavemente ao se aproximar.
— Acho que ela está um pouco ansiosa... — respondeu a sra. Rivers. — O médico... disse que ele vem a qualquer hora agora.
Dimitri assentiu com um sorrisinho e caminhou até a garota na cama enquanto Wen acomodou-se em umas daquelas cadeiras de hospital duras e nem um pouco confortáveis com finas almofadas. Com a vista de sua expressão serena, seu cabelo castanho dourado em ricas ondas espalhado por todo o seu travesseiro, e aqueles longos cílios fechados enquanto ela dormira, Dimitri sorriu quase amargamente.
Simplesmente não era justo que fosse ela que tinha que sofrer com tudo isso. A culpa era dele. Quando ele tocou sua mão levemente, ela mexeu-se como se estivesse apenas tirando um cochilo enquanto o esperava. Seus olhos brilharam ao reconhecê-lo.
— Oi, Dimitri... aqui de novo?
Dimitri inclinou-se e a beijou brevemente antes de sorriu.
— Já cansou de mim?
— Não seja idiota. — Ela riu suavemente. Ela viu seu amigo sentado na cadeira, sorrindo, e sorriu em retorno. — Oi, Wen... tomando cuida do seu amigo maluco aqui?
Enquanto estava agradecido por ver que ela ainda estava de bom humor, Wen a olhou incredulamente.
— Está louca? Ele é positivamente impossível. Não consigo entender como você aguenta ele.
Isso a fez rir. Ela olhou para Dimitri, sorrindo, e ele apertou sua mão e disse:
— Como está se sentindo?
— Como sempre... — Katherine deu de ombros levemente. — … quero dar o fora dá aqui. Não vou aguentar por muito mais tempo, está me enlouquecendo. É entendiante... só fico aqui deitava, assisto TV... olho pro teto...
Dimitri assentiu.
— É. Ei, talvez o médico vai te dar o ok. Nunca se sabe. — Ele deu de ombros.
Wen sorriu fracamente para Dimitri. Era um pouco inquietando, vê-lo agir tão casualmente e otimista perto de Katherine, quando suas discussões em seu quarto mostravam grande evidência de sua ansiedade. Só Brayan conseguia vencer Dimitri no jogo de aparências de "nada está errado". Wen tinha que assistir a tudo isso, e ouvir, e ver seus esforços em ajudar Dimitri passarem despercebidos.
Dimitri sentou-se no banco ao lado de Katherine enquanto lhe contava sobre o que estivera acontecendo em Bourbon ultimamente. Ele lhe contava tudo, e ela sempre gostava de ouvir sobre eles. Ela estava particularmente preocupado sobre o crescente problema entre Brayan, Klaus e Lorenzo — principalmente porque ela tivera que assistir o que acontecera no ano anterior antes.
— Você pensaria que Brayan e Lorenzo já teriam se cansado um do outro... — Katherine suspirou, balançando a cabeça. — E agora ele envolver o pobre garoto também.
— Acredite, parece que Klaus consegue cuidar de si mesmo. — Dimitri sorriu. — Te contei sobre como ele esmagou a Teresa aquela vez.
Wen grunhiu audivelmente enquanto Katherine ria, dizendo:
— Sim, eu lembro. Wen, vamos lá. Você está correndo atrás da Teresa desde de sempre. Ela não é a única garoto no mundo.
— Infelizmente, Dimitri ficou com o último anjo no mundo — disse Wen com um grande sorriso, e Dimitri ameaçou bater no seu ombro. Katherine riu ainda mais. Quando ela começou a tossir, Dimitri lhe entregou um copo de água. Ela sorriu para eles.
— Eu gosto de ouvir sobre a escola de vocês. É como se fosse um grande e estranho programa de TV.
— Só se você está olhando de fora — resmungou Dimitri. — De dentro, é como a Terceira Guerra Mundia. Pelo menos Chaz voltou.
— Ah, isso é bom, certo? — disse Katherine. — E quanto aos Hall’s Babbler? Já decidiram o que vão cantar nas Regionais?— Hideki e Martini não disseram nada ainda. Acho que eles estão tentando mudar algumas coisas — respondeu Dimitri. — E quanto ao seu grupo? Aquelas garotas vem te contar sobre os treinos?Katherine era parte do grupo de dança da escola. Ela revirou os olhos com um suspiro exasperado.— Sabe com pessoas vivem dizendo que os líderes dos grupos de dança às vezes são estereotipados? Alguém realmente devia avisar a Nadia que ela é a causa do estereótipo.Dimitri soltou um som de zombaria.— Ela nunca dançaria melhor que você.— Bom, enquanto estou aqui, não posso fazer nada — resmungou Katherine. — A srta. Caldwell disse que eu deveria descansar o q
Lorenzo saiu da sala de aula e ficou surpreso ao encontrar Brayan esperando-o.— Olá, Lorenzo — disse ele friamente, parecendo para o resto do mundo como se apenas estivesse caminhando ao lado do monitor de Canossa no corredor.— Você está aqui, então imagino que ouviu a condição de Mandrak para Klaus, estou certo? — perguntou Lorenzo com igual compostura, olhando para seu caderno enquanto os dois seguiam para o período de almoço.— Bom, você é um ser humano razoavelmente inteligente; não imaginei por um segundo que você acharia que haveria outra razão para eu estar aqui?— Sério. Eu também imaginei que nossa emocionante conversa no jardim memorial o tinha compelido, mas essa expressão ardente expressão no seu rosto diz o contrário.Brayan o encarou, mas Lorenzo, sem sequer conceder o outro garoto um olhar, continuou:— Não, isso não foi ideia minha; você muito bem sabe que meu plano original envolvia Klaus mudando-se para Canossa. O tiro saiu pel
Raul o encarou. Saulo era um dançarino como Brayan era um cantor, e se isso era qualquer indicação do seu amor pela sua arte...— Bom... — Raul gagejou. — Pelo menos... seu braço não... está tão ruim.Saulo o olhou, e começou a rir.— Relaxa! Credo... mas você está certo. — Ele suspirou, pegando o violão enquanto Raul sentava-se ao seu lado. — Eu realmente devia ter pensando em Brayan... não tenho ideia do que fiz ele passar.— Você não pediu que acontecesse... — murmurou Raul, mas Saulo parara de olhá-lo. Ele atingira um ponto fraco e sabia disso. — Hum...Saulo apenas levantou a mão para calá-lo.— Não, não... você está certo. Eu devia pensar antes de fazer as coisas... aparentemente é bem útil.Um silêncio estra
— Então... você está planejando competir.— Tente me impedir.— Suponho que você não queria minha ajuda para... digamos... um dueto? — perguntou Brayan sutilmente. Isso chamou a atenção de Klaus. Brayan apenas sorriu. — Só estou dando a ideia... é no dia dos Namorados, afinal... Mas não importa o que aconteça, eu vou lutar por um lugar também. — Seus olhos estavam devastadoramente intensos nos de Klaus. — … eu quero cantar com você no palco. Na frente de todo mundo desta vez.Klaus corou profundamente contra a vontade.— … então melhor nós dois conseguirmos um lugar.De repente o barulho de conversa aumentou na sala, e os outros ergueram os olhos para ver Wen levantando a mão silenciosamente. Hideki o olhou e assentiu.— Sim, Wen?Wen levantou-se lentamente e Dimitri o olhou em surpresa.— Senhor, se o senhor permitisse... eu sei que não é como as coisas normalmente funcionam, mas eu só precisava tirar algo do peito. Eu gostaria de apr
Surpreendentemente, Lorenzo não esperou que Klaus saísse do ensaio dos Hall’s Babbler. Ele nem o seguiu nem o acompanhou até a Casa Canossa. Foram os outros Hall’s Babbler que foram com ele pelo prédio Sul e Principal, e Klaus, enquanto eles se preparavam para partir, encurralou os gêmeos.— Me digam no momento que descobrirem o que diabos está acontecendo com o Dimitri — disse-lhes, assistindo o garoto que parecia estar perdido em pensamentos, caminhando para longe sem nem perceber que suas companhias não estavam fazendo o mesmo. Wen foi atrás dele. — Vocês vão interrogar ele cedo ou tarde.— Vamos sim — disseram os gêmeos alegremente, agraciados por Klaus finalmente estar pensando como eles. — E isso significa que temos permissão para fazer o que quisermos com o Lorenzo? Estávamos pensando em paintball.— Não. — Klaus revirou os olhos e os soltou. — Apenas não.— Você vai ficar bem, Klaus? — perguntou Raul, parecendo estranhamente sem fôlego e selvagemente
— É isso. — Lorenzo deu de ombros. Ele inclinou-se um pouco na direção ele, sorrindo. — Isso é basicamente todo o reforço que você precisa por hoje. Não há de quê.— Essa escola é ridícula — disse Klaus em desgosto. — Como ainda está de pé é um milagre.— Eu sei, mas ainda está de pé pelos menos motivos que é ridícula: doações demais em troca da viagem de poder aqui e ali. Eu sou prova viva disso.— Como você conseguiu voltar...? — perguntou Klaus, olhando-o. — Você foi... expulso, certo?— Bom, teve o meu pai... e então dinheiro... e então o meu pai — respondeu Lorenzo calmamente, bem próximo dele agora. — Isso e Mandrak gosta de pensar que sou um dos melhores alunos dele. Ele gostaria de me manter em Canossa, então me ajudou a conseguir permissão para voltar.A burocracia da escola continuava a maravilhá-lo. Mandrak deveria ter o mesmo poder que Sofy Sartori, mas terrivelmente menos audacioso e esperto se seus próprios alunos conseguiam pisar ele tão
— Você tem que parar com isso. — Brayan caminhou até ele e se sentou ao seu lado. Ele o olhou com preocupação. — Você tem que parar de fazer isso com você mesmo.— Eu só... Não posso... — Dimitri tentou encontrar as palavras. Ele inspirou tremulamente, olhando ao seu redor e em algo em que se encostar. Quando ele esticou a mão em um gesto desamparado, alguém automaticamente a pegou. Ele ergueu os olhos. Wen apenas o encarava intensamente, esperando.Dimitri exalou, encarando seu amigo.— Eu não posso perder ela. Isso não é justo! Eu tentei... eu tentei de tudo. E ela ainda... — Um suspiro profundo, resignado. — É como se estivesse desmoronando a minha volta.Eu sei que vocês ficam me dizendo que não é culpa minhas, mas é.— Nem ela acha isso — disse Wen, sentando-se na mesa, inclinando-se na sua direção.Dimitri apenas balançou a cabeça e evitou os olhos deles.— Você faz tudo que pode por ela — disse Wen pacientemente. — Se você realmente a
— Você tem que parar com isso. — Brayan caminhou até ele e se sentou ao seu lado. Ele o olhou com preocupação. — Você tem que parar de fazer isso com você mesmo.— Eu só... Não posso... — Dimitri tentou encontrar as palavras. Ele inspirou tremulamente, olhando ao seu redor e em algo em que se encostar. Quando ele esticou a mão em um gesto desamparado, alguém automaticamente a pegou. Ele ergueu os olhos. Wen apenas o encarava intensamente, esperando.Dimitri exalou, encarando seu amigo.— Eu não posso perder ela. Isso não é justo! Eu tentei... eu tentei de tudo. E ela ainda... — Um suspiro profundo, resignado. — É como se estivesse desmoronando a minha volta.Eu sei que vocês ficam me dizendo que não é culpa minhas, mas é.— Nem ela acha isso — disse Wen, sentando-se na mesa, inclinando-se na sua direção.Dimitri apenas balançou a cabeça e evitou os olhos deles.— Você faz tudo que pode por ela — disse Wen pacientemente. — Se você realmente a