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Rangel

Como dizia aquela música "maloqueiro também ama".

E eu demorei a mudar, percebendo que Larissa era tudo pra mim. Era minha mulher, meu alicerce.

Estávamos na casa de minha mãe; a coroa estava toda chorosa porque eu ia viajar, mas eu sempre ia vim ver ela ou então mandá-la para lá de vez em quando.

— Mãe, o Natal tá chegando. Quero que a senhora mande ver naquela ceia. - falei.

— Vou sim, meu filho, e Larissa vai me ajudar.

— Sou uma negação na cozinha, sogra, mas vou ajudar! - Larissa riu.

— E como estão as coisas com seu pai, Lari?

— Ele é um ótimo homem! Natal ele vai vim passar aqui com a gente.

— Seu pai? - ri irônico. - Um homem rico passar o Natal com os favelados, essa é boa.

— Já conversamos sobre isso, Rafael! - falou séria. - Ele não é mesquinho, muito menos preconceituoso.

— Tá bom, desculpa.

Eu só queria a felicidade de Larissa, mas também só quero cuidar para que ela não se decepcione. Mas vamos esperar até eu conhecer esse coroa rico, aí eu tiro
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