Segunda-feira, 3 de abril de 2017, 11:52
Martin e Anya pegaram o carro e saíram visitando as praias dos arredores. Havia diversas pequenas praias não muito distantes dali do centro de Lagos. Martin comprou comida, água, suco e doces para que comessem na areia quando sentissem fome. Anya tentava ver pelo lado romântico, fazia de conta que ele havia proposto um piquenique à beira-mar, debaixo daquele calor do sol, aproveitando a brisa, olhando as paisagens, curtindo aqueles momentos únicos e que talvez fossem os últimos dos dois. Ela ignorava o fato de dele não querer comer em restaurante e que ele comprava comida ou já levava de casa para não ter que gastar na rua. Ela queria mais era aproveitar o clima, a viagem, aquecer a alma e ser feliz.
Depois do piquenique na praia, onde comeram frango assado e salada de batata, foram visitar outros locais. Chegaram numa praia onde havia muitas lojas de artesanatos, compraram um café e se sentaram num banquinho na calçada. Riam e
7 de abril de 2017 Mia, James, Martin, Anya e Luma resolveram viajar para uma cidade chamada Albufeira. Não que Anya desejasse a presença de Luma, ainda mais faltando algumas horas para seu aniversário. Anya não podia acreditar que estava vivenciando tal situação em suas férias. Depois da meia-noite Anya estava completando 35 anos e definitivamente não queria que seu dia fosse estragado por lembranças inconvenientes de alguém que ela não pediu para encontrar nesse viagem. Nem no Brasil, com seus mais de 200 milhões de habitantes, todo mundo é amigo de todo mundo, não era porque uma pessoa vinha do mesmo país que o dela que seria obrigada a aturar. Eles conseguiram um quarto para os cinco numa pequena pousada muito aconchegante e com um preço acessível para todos. Da varanda da pousada se via o mar, um céu azul limpo e intenso que prometia calor humano e alma aquecida. Apesar dos pesares, Anya resolveu fazer as pazes com Luma para amenizar o clima e para que todos pud
12 de abril de 2017Com Martin fora de Lagos Anya finalmente poderia viver uma semana de férias dedicadas a ela mesma. Mia e seu marido alugaram um carro para que ela pudesse os dirigir enquanto estivesse lá. Anya os levava para todas as partes. No mesmo dia em que Martin partira, Mia, Anya e seu marido foram para a cidade de Portimão resolver assuntos burocráticos no fórum de lá. Mia estava sempre ocupada em projetos de compras e vendas de casas ou apartamentos, sempre buscando meios de investir dinheiro. Outra mãe brasileira que viveu muitos anos solteira, mas que viveu uma vida igual, ou melhor que muita jovem solteira com a metade da idade dela. Mia tinha 38 anos que mais parecia 30. Anya, Mia, o marido dela e algumas outras amigas se encontravam no decorrer da semana, iam às praias das redondezas pela manhã e para os restaurantes e bares à tarde, festas à noite. Às vezes Anya precisava ir ao hotel onde se hospedara depois que Martin partira. O hotel Tivoli era ba
Nas semanas entre 17 e 31 de maio, Anya e Martin continuaram mantendo contato, falando-se ao telefone quando ela estava em sua casa, dormiram juntos, nem que fosse tarde da noite, quando Anya dirigia para a casa dele. Os dois não estavam namorando, mas estavam jogando um jogo perigoso de ficar juntos sem compromisso. Quando se há sentimentos envolvidos, não há como dizer ao coração o que ele deve fazer ou sentir. Mesmo que alguém leia mil frases de resiliência no Instagram, Facebook, Google, YouTube, nem que esse alguém leia mil livros de autoajuda, ainda assim irá sentir. A verdade é que perto ou longe dele Anya iria sofrer o fim desse interlúdio. Desde a última despedida deles em Lagos, Anya ainda não tinha saído do modus “sofrer”. Ela jurava que se ele fosse embora da vida dela no meio do almoço, assim de repente, sem dizer nada, acabou, ainda assim o sentimento de perda seria o mesmo. Ela estava vivendo anestesiada. A rotina dos dois continuou a mesma. Ela estagi
15 de maio de 2016.Oi!Resolvi começar a escrever essa história com um “oi”. Sou a visão de fora da trama. Tipo assim, a fofoqueira ocular e imaginária do lado de dentro dos cenários onde tudo acontece. Eu me imagino mais como um espírito bisbilhoteiro que vê, sente e ouve tudo sem que ninguém o perceba. É mais ou menos assim que consigo contar com detalhes o que se passou na vida desses personagens. Sim, e sou cheio de opiniões, como todas as pessoas… e não vou guardá-las para mim, fique sabendo…Pois bem, vamos ao que interessa. Tudo começou quando uma mulher muito sábia, vivendo no reino da Noruega, no ano de 2016, onde as princesas são independentes e engajadas na luta contra a desigualdade entre gêneros, ligou o foda-se, e viveu feliz para sempre!Bem, ela estava numa igreja… A igreja de Nyppedalen, na cidade
25 de junho de 2016, 3:30 da madrugada, Bergen, Noruega. Quatro crianças seguravam Stian para não empurrar Anya escada abaixo. Havia uma luta corporal entre ambos, e quando ela finalmente estava segura, o homem correu escadas abaixo e dizendo que não ia embora, ela também desceu, com os 4 adolescentes e a discussão continuou:— Vai embora da minha casa! Eu não quero você aqui! Sai daqui! Eu vou chamar a polícia.Cacos de vidros espalhados por toda a casa, espelhos e enfeites quebrados pelo chão! Os quatro adolescentes eram Zaya, Viliam, Sebastian e um sobrinho de Stian, primo de Sebastian. Então Stian se rendeu, com as mãos para cima, falou para todos se acalmarem, que ele iria embora; as crianças ficaram distraídas, sentadas ao pé da escada. Enquant
No dia seguinte os dois trocaram algumas mensagens para combinar de se encontrar no Vestkanten Storsenter. Um dos shoppings mais conhecidos da cidade, onde era possível patinar no gelo, jogar boliche, minigolfe, ou só aproveitar o dia e ir à sauna ou escorregar nos toboganstobogãs de água. Eles combinaram de ir para a piscina, mais uma vez Anya veio direto do trabalho, e teve que comprar uma roupa de banho para poderem aproveitar o restinho do dia lá. Anya não sabia nadar, o máximo que conseguia era boiar, com ajuda de umas boias nos braços, ou nado cachorrinho, não mais que alguns minutos, pois ficava cansada muito rápido, por isso sempre ficava nas bordas das piscinas. Os dois se encontraram no shopping na entrada do Vannkanten, em frente à piscina, ele pagou a entrada dos dois, mas fez uma expressão de quem não estava gostando daquilo. Anya afirmou que poderia pagar seu ingresso, mas Martin disse que estava tudo bem, mesmo que não fosse isso que estivesse estampad
A semana passou, Anya trabalhava, estudava, recusava outros encontros, as amigas sempre a chamando para fazer algo, um almoço na casa de uma aqui, um jantar na casa de outra ali, um encontro no centro com uma turma de amigas, e ela tentava esquecer aquele momento de prazer na piscina de um shopping. Martin estava com a família, primos, irmão mais novo e amigos em um festival muito . Anya já havia recebido convite para ir ao mesmo festival, afinal tinha amigas na ilha, e várias outras pessoas que conhecia estavam indo para lá em seus barcos, mas tinha que trabalhar e organizar muitas coisas em sua vida e em sua mente.Martin mandava mensagens, ela respondia da mesma maneira e assim se falavam, menos que antes e o mais formal possível. Ela era mãe de três filhos, 4 anos mais velha que ele, Martin tinha 30 anos e ela 34, mas, na verdade, ele parecia mais velho, tanto na aparência, quanto nas atitudes e no comportamento.Anya era um pouco infantil, às vezes, talvez o jeito b
Chegando à casa dele, um apartamento pequeno num bloco no bairro de Laksevåg, Martin a ajudou a tirar o casaco e o pendurou, depois a ajudou a retirar o salto, pegou a bolsa de mão dela, eram essas pequenas atitudes que a fascinavam em um homem. Ele mostrou seu pequeno apartamento a ela, da entrada era possível ver o banheiro, um corredor curto levava a um quarto, o de Magnus, a cozinha ficava de frente a esse quarto, e de frente ao corredor se via a porta da sala.Os dois ficaram na sala conversando em um sofá pequeno, de couro e que tinha apenas três assentos. Ele sempre muito educado, pedindo desculpas pela bagunça, que estava fora, no mar, que não esperava trazer ninguém em sua casa. Os dois seguiram conversando e após algumas horas estavam cozinhando juntos e arrumando um pouco a casa. Rindo e falando bobagens o tempo todo. Toda vez que passavam um pelo outro na sala se abraçavam um instante. Colocaram um filme e foi ficando tarde, ambos cansados do dia, com so