Capítulo 9

A caneta parecia pesar uma tonelada entre meus dedos, mesmo com minha mão já sobre o papel. Assinar aquele contrato representava muito mais do que uma simples formalidade; era um ponto de ruptura na minha vida. Eu me vi suspirando fundo e, então, numa última tentativa de bloquear toda a frustração e a revolta que surgiam em meu peito, coloquei meu nome, traçando a assinatura com uma mistura de raiva e resignação.

Leonardo, por sua vez, me olhava com um controle glacial, como se estivéssemos apenas finalizando uma compra qualquer. Sua indiferença era um lembrete constante de que, para ele, eu era apenas uma peça em seu jogo. Para ele, um casamento não passava de um acordo de negócios e, se não fosse pelo último desejo do pai, ele jamais se sujeitaria a algo assim. Quando o advogado finalmente pegou o contrato, senti um misto de alívio e um peso sufocante.

— Agora está feito, — disse ele, com um leve sorriso de satisfação. — A partir de amanhã, você se mudará para a cobertura que provid
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