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o início do mistério

Eu, com uma pulga enorme atrás da orelha, sabia que precisava descobrir o que era. Aquele mistério, aquele segredo obscuro, me chamava com uma força irresistível. Eu tinha que desvendá-lo.

Eu preciso saber o que está acontecendo", repetia para mim mesma, enquanto Sarah tentava, em vão, me convencer a desistir. Minhas noites se tornaram uma caçada furtiva. Seguia Ethan pelas ruas de Willow Creek, observando-o de longe. Bares escuros, conversas enigmáticas com pessoas estranhas, o desaparecimento nas sombras da floresta... tudo era intrigante, assustador e irresistível.

Então, numa noite que seguia ele que caminhava por uma rua escura e silenciosa, ele se virou. Seus olhos, frios e penetrantes, me encontraram.

___"Você", ele disse, a voz baixa e rouca, "Você está me seguindo?

O medo me paralisou. Ele se aproximou, imponente, ameaçador.

___"Você não deveria estar aqui", a voz dele era um sussurro ameaçador.

Tentei me afastar, mas sem sucesso, senti seu aperto firme em meu braço, e seu olhar duro cravado em mim.

__ "Você não deveria ter feito isso. Agora você está em minhas mãos."

Um arrepio percorreu minha espinha. Seu olhar era intenso, como se pudesse ler minha alma, meus medos, meus desejos. Estava presa, hipnotizada.

Ele se inclinou, seu hálito quente no meu rosto., seu cheiro viril sendo inalado por minhas narinas .

__"Você me fascinou desde o primeiro momento. Você é diferente. Você tem algo especial."

Um tremor percorreu meu corpo. Medo? Atração? Era uma mistura confusa e intensa. Ele acariciou meu rosto, meus lábios , seus dedos frios e ásperos contra minha pele.

__"Você não tem medo de mim?", perguntou, com um sorriso malicioso.

Não consegui responder. Estava hipnotizada. Seus lábios quase tocaram os meus... mas ele se afastou, um sorriso misterioso nos lábios.

__"Não se preocupe", disse, suave. "Eu não vou te machucar... ainda."

Ele desapareceu nas sombras, deixando-me sozinha, o coração batendo forte, a mente em turbilhão.

Naquela noite, o toque de Ethan em meu rosto me manteve acordada. Seus dedos frios, seu hálito quente, seus olhos escuros... tudo era uma lembrança vívida, quase palpável. Em meus sonhos, ele me puxava para uma floresta escura, me envolvia em um abraço apertado, me beijava com paixão...

Acordei suada, esbaforida, o sonho me assombrando. A confusão era total: medo e atração se misturavam, me deixando em um estado de alerta constante. Precisava descobrir a verdade sobre Ethan, mesmo que isso significasse colocar minha vida em risco.

Os dias seguintes foram uma luta contra a lembrança dele. Sua imagem, seus olhos, me perseguiam como um fantasma. Busquei conforto em Sarah, mas sabia que minha curiosidade era incontrolável.

__"Você tem que ter cuidado", ela me alertou, com preocupação. "Ele não é quem você pensa que ele é."

Eu sabia. Mas a necessidade de descobrir a verdade sobre Ethan era mais forte que o medo. Juntas, Sarah e eu tentamos encontrar informações sobre ele, mas foi em vão. Era como se ele tivesse surgido do nada, sem deixar rastros. O mistério se aprofundava, e com ele, meu fascínio e meu medo.

A busca por informações sobre Ethan se tornou nossa obsessão compartilhada. Sarah, apesar de sua preocupação constante, não me abandonou. Vasculhamos jornais antigos, registros da prefeitura, até mesmo o arquivo da biblioteca local, procurando qualquer menção a ele, qualquer pista que pudesse nos levar à verdade. Mas ele era um fantasma, um espectro sem passado, sem vestígios. A cada dia que passava, a sensação de que estávamos lidando com algo sobrenatural se intensificava.Então, numa noite, enquanto examinávamos os registros de moradores antigos, Sarah encontrou algo. Um livro volumoso, encadernado em couro desbotado, com a inscrição "Registro de Moradores de Willow Creek". As páginas eram amareladas pelo tempo, a tinta desgastada, mas legíveis. Começamos a folhear, procurando por qualquer menção a Ethan, a qualquer pista que pudesse nos levar à verdade.

E então, lá estava. No início do livro, quase perdido entre registros antigos, o nome: Ethan Blackwood. Não apenas o nome, mas toda uma linhagem familiar, a família Blackwood, listada como uma das famílias mais antigas de Willow Creek, seus nomes registrados desde a fundação da cidade. A cada geração, um Ethan Blackwood. Uma linhagem que remontava a séculos. Um choque percorreu meu corpo. Ethan não havia surgido do nada. Ele era parte integrante da história de Willow Creek, uma história que até então eu desconhecia.

A descoberta nos deixou sem palavras por um longo tempo. A sensação de mistério se intensificou, mas agora com um novo elemento: uma história familiar, uma herança antiga e obscura. A família Blackwood não era apenas antiga; ela estava envolta em um véu de mistério, com poucas informações disponíveis além de seus nomes registrados no livro. Não havia menções a profissões, histórias ou eventos relevantes. Eles eram como sombras, existindo apenas como entradas em um registro antigo.Aquele livro, em vez de nos dar respostas, gerou mais perguntas. Quem eram os Blackwoods? Qual era seu segredo? O que Ethan, o Ethan que eu conhecia, representava dentro dessa linhagem? A busca pela verdade se tornou ainda mais urgente, e o medo, agora misturado à fascinação, nos impulsionava adiante. A família Blackwood era a chave para desvendar o mistério de Ethan, e agora sabíamos onde procurar. Mas o que encontraríamos?

A tensão pairava no ar enquanto eu e Sarah trocávamos olhares cúmplices, a adrenalina pulsando em nossas veias. O que tínhamos encontrado não era apenas um nome, mas uma porta entreaberta para um mundo que parecia ter sido esquecido pelo tempo. A sala mal iluminada da biblioteca parecia se fechar ao nosso redor, como se o próprio espaço estivesse ciente da gravidade do que havíamos descoberto.

___“Precisamos saber mais sobre essa família”, eu disse, a voz tremendo levemente com a mistura de emoção e medo. “Se Ethan faz parte de uma linhagem tão antiga, talvez haja mais registros, mais pistas que possamos seguir.”

A loja de antiguidades de Sarah se tornou meu refúgio. Passava horas limpando, organizando e catalogando os objetos antigos, respirando o cheiro de madeira velha e pó, me perdendo em histórias que os objetos contavam.

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