Os Herdeiros do Magnata Rico
Os Herdeiros do Magnata Rico
Por: Darlla Vi
1- Gabriel.

A festa de inauguração do novo hospital estava a todo vapor. Era um grande feito para nossa cidade, finalmente os moradores não precisariam mais viajar por duas horas para receber atendimento médico de qualidade. Eu estava orgulhoso, e isso se refletia no meu sorriso confiante enquanto subia ao palco.

As luzes dos flashes me cegavam momentaneamente, mas eu já estava acostumado com a atenção.

— Boa noite a todos — comecei, ajustando o microfone. — Hoje é um dia histórico para nossa cidade. A inauguração deste hospital é um marco que nos permitirá oferecer cuidados de saúde de qualidade, sem que precisemos nos deslocar por horas. Este hospital representa nosso compromisso com a saúde e o bem-estar de nossa comunidade.

Os aplausos ecoaram pelo salão, mas, ao olhar para o fundo, vi Gustavo Trancoso com os braços cruzados e uma expressão de descontentamento. Ele nunca apoiou a ideia do hospital, sempre acreditando que os recursos poderiam ser melhor utilizados de outras formas. Seu olhar era desafiador, mas eu não permitiria que sua oposição manchasse este momento.

Depois do discurso, desci do palco e comecei a cumprimentar os convidados. Entre apertos de mão e felicitações, meus olhos encontraram Anne. Ela se destacou na multidão, era impossível ignorar sua beleza. A jovem de 20 anos estava deslumbrante em um vestido azul, que se moldava às suas curvas majestosas, e havia algo nela que sempre capturava minha atenção.

— Parabéns, senhor prefeito. O hospital é realmente incrível — ela disse, aproximando-se de mim.

— Obrigado, Anne — respondi, sentindo um calor familiar se espalhar pelo meu peito. — É um grande passo para nossa Espero que isso faça uma diferença positiva na vida de todos nós.

Nossos olhares se encontraram e, por um momento, tudo ao nosso redor pareceu desaparecer. Havia uma conexão silenciosa entre nós, uma promessa de algo proibido. Sabíamos que nosso relacionamento era arriscado, especialmente com seu pai observando cada um dos meus movimentos.

A festa continuava, e eu fui cumprimentado por vereadores e outras pessoas de interesse da nossa pequena cidade. Meus pais e irmãos também estavam ali para comemorar aquele momento comigo. Minha mãe, sempre elegante, me abraçou com força.

— Estou tão orgulhosa de você, Gabriel — disse ela, segurando minhas mãos com ternura. Meu pai, um homem de poucas palavras, assentiu com um sorriso satisfeito.

— Você fez um excelente trabalho, filho.

Agradeci, sentindo a pressão aliviar um pouco enquanto me afastava para pegar uma taça de champanhe de uma bandeja próxima. O salão estava cheio, com música suave ao fundo e a conversa animada dos convidados preenchendo o espaço. As luzes amarelas davam um toque acolhedor ao ambiente, refletindo nas decorações festivas.

Enquanto eu me movia pelo salão, cumprimentando conhecidos e trocando palavras de cortesia, percebi Anne novamente. Ela estava perto da mesa de bebidas, mexendo em um guardanapo, inquieta. Me aproximei, tentando parecer casual.

— Aproveitando a festa? — perguntei, pegando uma taça para mim.

Ela assentiu, sorrindo.

— Sim, está tudo muito bonito. Vocês realmente se superaram.

Olhei ao redor, observando o ambiente.

— A equipe fez um ótimo trabalho. Mas o mais importante é o que isso significa para a nossa comunidade.

Anne me olhou com uma intensidade que fez meu coração acelerar.

— Eu sei. E sei também o quanto isso significa para você.

Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo suas palavras. Ela entendia a importância desse projeto para mim, mais do que a maioria das pessoas ali.

— Não podemos continuar conversando — disse, vasculhando o salão por cima do ombro dela, procurando pela sombra do Gustavo.

— Um homem como você tem medo do meu pai? — questionou com um sorrisinho provocativo.

— É claro que não. Estou preocupado com o que ele pode fazer com você.

Anne riu suavemente, um som que parecia cortar a tensão no ar.

— Eu posso cuidar de mim mesma, Gabriel. Já estou acostumada com as reações dele.

Antes que eu pudesse responder, um dos vereadores se aproximou, me chamando para uma foto oficial. Olhei para Anne com um pedido silencioso de desculpas e ela assentiu, compreendendo.

— Nos falamos depois — disse, me afastando para atender ao pedido do vereador.

A noite continuou com discursos e mais cumprimentos. A cada passo, sentia os olhos de Gustavo Trancoso em mim, como um lembrete constante dos riscos que eu estava correndo. Mas, mesmo assim, meus pensamentos continuavam voltando para Anne. Havia algo irresistível naquela jovem mulher que me atraía como um ímã.

Depois das fotos, encontrei um momento de respiro e decidi sair para a varanda do salão. O ar fresco da noite me envolveu, proporcionando um breve alívio da atmosfera carregada do interior. Apoiei-me no parapeito, olhando para a cidade iluminada abaixo.

— Bela vista, não é? — Anne apareceu ao meu lado, com uma expressão suave.

— Sim, muito bela — respondi, mas meus olhos estavam nela, e não na vista.

Anne se aproximou, seu perfume delicado preenchendo o espaço entre nós. Por mais que eu quisesse resistir, ela não facilitava. Sua mão subiu pelo meu peito, cada toque enviando uma onda de calor pelo meu corpo, enquanto seus lábios se aproximavam dos meus.

— Anne… — murmurei, tentando manter o controle.

— Shhh… — ela sussurrou, seus dedos pousando em meus lábios, silenciando qualquer objeção. — Esquece o meu pai.

— Ele pode nos ver — disse, olhando para a porta da varanda,

— Que se dane meu pai — ela respondeu, com um brilho de desafio nos olhos.

Antes que eu pudesse responder, ela puxou minha gravata, aproximando nossos rostos até que nossos lábios finalmente se encontraram. Senti o coração disparar, uma mistura de excitação e receio.

A língua dela encontrou a minha com urgência, explorando cada canto da minha boca, enquanto nossas respirações se entrelaçavam. Minhas mãos deslizaram pelas curvas de seu corpo, sentindo o calor de sua pele através do tecido fino do vestido. Seus seios, sem sutiã, pressionavam contra meu peito, tornando cada toque ainda mais eletrizante.

— Gabriel… — Anne gemeu baixinho contra meus lábios, sua voz rouca e carregada de desejo.

Seus pedidos foram como combustível para o fogo que já ardia dentro de mim. Minhas mãos subiram por suas costas, traçando o caminho até seus ombros, antes de descer novamente para a curva de sua cintura. O toque era, ao mesmo tempo, possessivo e adorador, cada movimento revelando o quanto eu a desejava.

Ela puxou minha gravata com mais força, aprofundando o beijo. Senti suas mãos se moverem para meus ombros, segurando-me como se tivesse medo que eu escapasse. Sua urgência espelhava a minha, e o mundo ao nosso redor parecia desaparecer, deixando apenas nós dois naquela varanda.

Minhas mãos continuaram a explorar seu corpo, deslizando pela linha de sua cintura e descendo até seus quadris. O vestido fino mal conseguia conter a paixão que queimava entre nós.

— Anne… — murmurei contra seus lábios, tentando recuperar o fôlego, mas ela não me deixou

— Não pare — sussurrou, com a voz rouca — Por favor…

Seu pedido, tão carregado de necessidade, me fez perder o pouco controle que ainda restava. Apertei-a contra mim, sentindo cada centímetro de seu corpo, enquanto nossos lábios se moviam com uma fome insaciável.

Finalmente, quando o ar se tornou uma necessidade urgente, nos afastamos, ofegantes. Nossos olhos se encontraram, ambos cientes de que aquele momento havia mudado tudo. O desejo ainda ardia em seus olhos, refletindo o que eu sentia dentro de mim.

— Precisamos ser cuidadosos — disse, assumindo uma postura mais séria. — Não quero que nada aconteça com você por minha causa.

— Então vamos para outro lugar — sugeriu, com um brilho desafiador nos olhos.

— Anne…

— Por favor? — Ela jogou um charme difícil de resistir, mordendo levemente o lábio.

Suspirei, sentindo-me derrotado pela intensidade do momento.

— Okay! — Me rendi.

Olhei ao redor, certificando-me de que não seríamos seguidos, e então peguei sua mão, conduzindo-a através do salão. Passamos discretamente pelos convidados, que estavam distraídos com suas conversas e brindes. Minhas mãos ainda estavam quentes do contato com sua pele, e o calor parecia se intensificar a cada passo.

Abrimos a porta para uma das salas privadas do prédio, uma área geralmente usada para reuniões importantes. Fechei a porta atrás de nós, garantindo que estávamos isolados do mundo exterior. O ambiente era elegante, com móveis de madeira escura e estofados de couro, iluminado apenas por um abajur suave no canto.

Anne olhou ao redor, apreciando o local antes de se virar para mim. Sem perder tempo, ela se aproximou. Puxei-a para mais perto, sentindo seu corpo moldar-se ao meu. Nossos lábios se encontraram novamente, dessa vez sem restrições.

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