Tess entrou de cabeça erguida no salão, um leve e rude sorriso no rosto. Mas suas mãos tremiam enquanto ela se aproximava das rainhas. E era por isso que ela pressionava as mãos contra o braço de Alek.
Quando ela chegou a quatro metros dos tronos, os olhares das rainhas foram para o colar em sua garganta. Mab engasgou e tossiu para disfarçar, um rubor crescente em suas bochechas que ela escondeu com a mão. Mora arregalou os olhos e seu olhar foi de desdém para fúria e horror em um segundo. Mas Maeve sorria abertamente, satisfeita.
" Tessalie Mare Hayne e Aleksander Kyril Fyodor. " Maeve disse. " Apresente-se."
Como Karena havia mandado, os dois pararam na frente dos tronos e fizeram uma reverência.
Tess olhou parEla não sabia porque estava ali, mas parecia o único lugar longe de tudo o suficiente para que ela respirasse.Tess estava no antigo quarto de Rowan, na ala esquecida. Ela se empoleirava no telhado, onde podia ver as estrelas. Mandava brisas para si porque aquele vestido a estava matando.Não demorou mais do que quinze minutos para que ele chegasse.Tess sabia que Rowan tinha visto ela correr e sabia também que ele viria." Tem alguma coisa errada." Ela disse quando soube que ele havia pisado no telhado."Percebi quando você correu. Devia ter sido mais cuidadosa, Maeve me mandou aqui e quer saber de tudo quando..."
Eles vieram perto do amanhecer.Tess estava dormindo quando alguém entrou em seu quarto. Therae a chacoalhou para que acordasse." Senhorita. Senhorita, por favor, acorde. Precisam de você. ""O que foi?" Ela perguntou, tensa e alerta." Eles foram avistados perto daqui. Ah, senhorita, dizem que é um exército imenso." A criada choramingou.O sangue de Tess foi drenado de seu corpo. Ele estava vindo.Eleestava vindo." Me ajude a colocar a armadura." Ela saltou da cama.Therae correu para o manequim, lágrimas escorrendo por sua bochecha.
Tess eram um redemoinho de puro ódio, gelo, vingança e aço, cortando quantos dos inimigos pudesse. Ela deslizava para fora do caminho das espadas com um misto de graça feérica misturada com a antiga frieza e ferocidade humana. Deslizar para longe do ferro a lembrava de quando desviava dos bêbados no Garras de Tigre.Ela sentiu vagamente algo grudento cobrindi cada centímetros de seu corpo. Um lampejo vermelho a mostrou que ela estava coberta de sangue. Pernas braços, cabelos e tronco; tudo coberto com o líquido morno e carmesim.Ela usava sua magia para defender ataques, criando um pequeno escudo de gelo entre sua cabeça e as espadas, cujo cheiro fazia mal ao seu nariz.Nos primeiros vinte minutos, tudo ia bem, mas so
Enquanto andava pelas ruas lotadas da feira de Holirya, capital comercial de Naskra, Tess olhava os bolsos mais do que às pessoas. As damas, sempre com quilos de jóias para atrair os nobres que passavam por ali sempre que havia feira, era o que a atraia até ali. Mas um homem, de aparência rica, chamou sua atenção mais do que as damas. Ele mantinha um saco de couro cheio de moedas amarrado à alça do cinto. Tão fácil,ela sorriu. Como Finn a ensinara, ela esbarrou no homem e quase foi ao chão. Recobrando o equilíbrio, ela se virou para o homem com os olhos azuis brilhando com a inocência que nunca teria. " Sinto muito, senhor. " Ela puxou a trança de cabelos castanhos-claros para o ombro direito.
Tess se sentia ridícula naquele vestido cheio de pregas e seda. Mas ela tinha que admitir que gostava de como o filho da dona da loja olhava para ela. O vestido era carmim e prateado. Magnífico. Não eramuito chique, mas deixava-a linda. Era melhor que a túnica velha e as calças rasgadas que normalmente usava. Mas a pior parte ainda era o salto irritante. Ela mal conseguia ficar de pé naquelas duas agulhas. A dona da loja, Ayla, era uma mulher de meia-idade cujo filho, Beau, ajudava-a quando não estava no trabalho como ajudante de mercador. Era uma espécie de amiga para Finnick e Tess, então concordara em arrumar a garota para o baile de inverno pelo custo de duas moedas de ouro. Já era noite quando Ayla finalm
Depois de uma rápida inspeção, Tess descobriu exatamente em qual quarto estava: no de Lady Pearl Valentine, filha de um conde. Ela era famosa por se recusar a usar vestidos em dias comuns. Ela sorriu, pensando em como a sorte estava sorrindo para ela. Tess foi em direção ao quarto de vestir e pegou uma túnica roxa escura, uma calça justa e preta e, para sua felicidade, havia também um manto cinza escuro com capuz. Ela vestiu tudo e pegou também uma bota parecida com a que tinha–mas que não estava em um estado deplorável como a dela–que ia até o joelho. Colocou as adagas no cinto e vestiu a máscara do baile. Antes de sair do quarto, ela viu uma espada longa e prendeu a bainha dela ao seu cinto. Como Pearl era gentil em
Ela sacou a espada, o coração batia irregularmente no peito. Ela estava morrendo de medo. " Fiquem longe." Ela mais pediu do que mandou. Os guardas riram e se aproximaram com uma lentidão agonizante. Ela, buscando um jeito de sair dali, atacou os dois que vinham à sua direita. Ela desferiu um golpe contra a perna de um deles e conseguiu cortá-lo um pouco antes que ele recusasse. Ele fez uma careta de dor. " Eu vou adorar matar você. " Ele rosnou e desembainhou a espada. Ela defendeu os dois primeiros golpes dele, mas o companheiro dele a golpeou com a parte chata da espada, fazendo-a quase cair. Num segundo, a espada do primei
Ela sentiu o calor antes mesmo de acordar. Aos poucos, foi tomando conhecimento do mundo ao seu redor. Estava deitada em algo macio e havia um cobertor por cima dela. Provavelmente havia uma lareira acesa ali perto, pois o fraco brilho avermelhado podia ser visto até de olhos fechados. E o calor. Ah, o calor era maravilhoso depois de quase ter morrido de frio num beco estúpido. Ela abriu os olhos devagar. Estava no que parecia ser uma sala. Estava deitada num sofá com um grosso cobertor de pele de alce sobre si. Era uma sala pequena, cuja maior coisa ali era a lareira de pedra. Não era muito decorada, fora cortinas verdes nas janelas. " Enfim acordou. " Uma voz veio detrás dela. Ela tentou se virar, mas gemeu de dor. A região do e