Os dias passaram lentos e vazios, pensei em ir para a empresa e trabalhar, encher a cabeça com alguma coisa que não fosse Henry e Jack, mas nem mesmo no trabalho eu conseguia me concentrar, então acabei ficando em casa vendo a monotonia de pula de um canal até o outro na televisão me consumir por completo, às vezes eu parecia escutar um barulho ou outro no quarto de Henry e corria até lá, porém era apenas um passarinho que gostava de vir até a janela e bater no vidro, talvez até ele estivesse com saudade dos risos de Henry, acho que passar por esse tipo de vazio é uma coisa que só quem é mãe vai conseguir entender.
Com o passar dos dias tentei me acalmar, eu confiava em Jack, sabia que ele não deixaria nada de ruim acontecer a Henry, consegui voltar ao trabalho e naquela noite eu estava pronta para ter uma noite de sono aceitável diante de 4 outras noites fra
Quando chegamos na casa de Jack fui inundada por uma enxurrada de emoções como era de se esperar, estar frente a frente com aquela casa novamente era como reviver todos os meus pesadelos, puxei ar puro e entrei, a casa estava vazia, e as luzes apagadas.- Onde estão todos? Onde está Henry?- Dormindo, já passa da meia noite Nataly, como eu disse uma viagem muito longa, por sorte eu consegui pegar o helicóptero da empresa, caso contrário seria impossível chegar ainda hoje, quanto a Henry deixei com Alice a babá temporária que contratei apenas para hoje, ela deve estar dormindo no quarto dele. – Ele caminhou em direção a cozinha, eu fui atrás dele observando tudo, nada naquela casa tinha mudado até o cheiro era igual, estar ali era uma verdadeira tortura de lembranças.- Bebe algo? Ou já quer subir?- Acho que aceito algo.Mais uma ve
Quando o dia amanheceu me levantei da cama de Jack percebendo que ele não estava mais ali, cobri Henry com carinho e migrei para fora do quarto, ele estava na cozinha e conversava animado com Hortência e minha madrinha.- Mary?- Óh sua danada! Estava morrendo de saudades e ao mesmo tempo de ódio de você!Ela disse me abraçando.- ódio?- Como ousa ter escondido aquele menino lindo de mim? Sou sua madrinha! Estou decepcionada!Ela se referia o fato de só agora descobrir sobre Henry e sim ela tinha toda razão em se sentir assim, pois eu tinha ido embora para Miami sem al menos me despedir.- Desculpe tia, na época eu não estava pensando com todos os neurônios, só queria sumir e tocar minha vida em frente, quando Henry veio eu pensei em ligar, mas tive tanto medo da senhora contar para o padrinho e a novidade chegar até minha Tia que acabei me
Dois anos mais tarde...Sentei-me em uma pedra olhando o mar e admirando Jack que corria pela areia da praia brincando com Henry que tentava empinar uma pipa, suspirei pensando em como éramos felizes agora, acariciei minha barriga que tinha começado a crescer muito depois do sexto mês e sorri para eles que vinham se aproximando.- Como estão minhas três meninas?- Bom, está aqui está morrendo de fome, e as da barriga deduzo eu que brincando de gangorra com meu estomago e minha bexiga.Jack riu e me beijou e então voltamos para o castelo, éramos uma família novamente, e eu... Bom agora eu começava a acreditar que poderia sim existir, um felizes para sempre.FIM
Levantei agitada da cama, eu precisava chegar às oito da manhã para a entrevista que Mary tinha me conseguido, seria uma entrevista importante, e conseguir emprego não estava nada fácil, não que trabalhar de empregada fosse o melhor serviço do mundo, mas se eu quisesse voltar a fazer faculdade esse era o melhor caminho, eu tinha trancado meus estudos a pelo menos dois semestres e tentava a todo custo retornar mas, passear com cachorros não era bem um emprego rentável, se ao menos minha tia me desse a parte que me cabia por direito, porém, é claro que isso jamais aconteceria por que se ela fizesse isso como ela pagaria o salão todo dia e o carro de luxo da Liah? Minha prima insuportável e cheia de “não me toques”. - Nataly! Natalay! Escutei os berros de minha tia assim que sai no corredor. - O que é titia? - Vá passear com o Boris, ele está ansioso... Boris era o cachorro de Liah, eu olhei para o buldogue francês que não parecia nem um pouco a
Cheguei no quarto com o coração aos saltos, meu pulso ainda estava disparado e minhas mãos tremiam, joguei um casaco longo por cima do corpo e peguei minha maleta de primeiros socorros, quando voltei para sala ele estava com os olhos fechados e parecia estar descansando, assim que me aproximei ele voltou a abrir os olhos, eu olhei sem graça para aquele homem estupidamente bonito na minha frente e gelei.- Vai ficar aí me olhando ou vai me deixar sangrando até a morte?- Isso é meio dramático, não acha?Ele sorriu pela primeira vez talvez ele não fosse de aço.- Ainda posso te mandar embora por tentativa de assassinato, sabia?Eu arregalei os olhos e segurei na mão dele ficando de joelhos.- Por favor, por favor, não eu preciso muito do emprego.Ele sorriu.- Acalme-se... Foi brincadeira.Eu me perdi por alguns segundos naqueles olh
Assim que o dia amanheceu eu comecei a limpar freneticamente as janelas, Jack desceu as escadas e caminhou calmamente até a cozinha. - Deixei seu café na sala de refeições. Eu disse assim que o vi, ele me olhou por alguns segundos e concordou com a cabeça dando meia volta, logo voltou. - Não precisava fazer isso, na verdade eu apenas queria alguém para cuidar da casa, você não precisa agir como uma empregada... - Mas é o que eu sou senhor Belmont. Ele se aproximou de mim sério e com as mãos nos bolsos. - Tudo bem, faça como quiser, mas cuidado com essas janelas, não vá se machucar. Eu sorri e assenti com a cabeça. - Ok, pode deixar. Ele se afastou indo para a sala de refeições, assim que chegou lá ele percebeu a mesa posta o café quente e torradas integrais com iogurte natural, até parecia que ela conhecia os seus gostos, teria perguntado a Hortência? Ele balançou a cabeça negativamente, devia ser coincidê
Simoni adentrou presunçosa como se ainda tivesse algum direito de estar ali ou como se aquela casa ainda lhe pertencesse de alguma forma. - Olha, vejam só ele não perdeu tempo... - Simoni? O que faz aqui? Encontrar sua ex-mulher em sua casa não era bem a melhor coisa para ele naquele momento. Nataly ouviu as vozes alteradas e acordou, assim que percebeu que estava nos braços de Jack saltou do colo dele gritando, Jack se desiquilibrou com o impulso que ela fez e a deixou cair no chão, Nataly caiu sobre o pulso machucado e gemeu de dor. - Ai... Jack ignorou Simoni e se abaixou perto dela. - Tudo bem? Ela assentiu com a cabeça, mas ele pode perceber que alguma coisa estava errada, ela segurava o pulso e tinha os olhos fechados como se tentasse de alguma forma controla r a dor que sentia. Simoni sorriu se aproximando deles. - É sério mesmo Jack? A empregadinha? Ah por favor, você já teve melhores. - O olhar
Fui atendida rapidamente na clinica, meu pulso precisou ser imobilizado, as enfermeiras limparam meu ferimento na perna também, Jack me olhava sério quando Dr. Artus entrou. - Doutor, que bom revelo. - Senhor Belmont, fazia muito tempo que eu não o via aqui na clinica, está tudo bem? - Sim, na verdade vim trazer minha funcionaria, ela se machucou limpando a casa. - É eu vi a radiografia do pulso dela, foi bem complicado... Você teve muita sorte, de agora em diante nada de esforço físico. - Como assim nada? – Protestei. – Eu não posso ficar sem fazer nada, eu trabalho limpando a casa! Jack se meteu na conversa. - Pode deixar que vou cuidar para que ela não faça nenhum esforço. Ele vai cuidar? Vai cuidar de que jeito? Deus, ele ia me dispensar... Só podia ser isso! Se ele soubesse que na casa da minha tia eu faria muito mais esforço. Assim que saímos fora da clinica eu não me segurei. - Você vai me dispens