Na semana seguinte eu ouvi batidas na porta e me aproximei com cuidado, logo vi que era Fred, suspirei eu deveria imaginar que este dia chegaria, assim que abri a porta e o vi sério.
- Nataly, Nataly... No que você foi me meter agora...
- Entenda Fred eu não fazia ideia de onde Jack estava ele desapareceu, nem mesmo você sabia!
- Eu sei e eu compreendo tudo, porém ainda assim poderia ter confiado em mim, eu poderia ter ajudado você e Henry, mesmo que Jack não estivesse por perto!
- Ele vai tirá-lo de mim?
- Acredite não é assim tão simples tirar o filho de uma mãe e eu expliquei isso a Jack, porém considerando que você escondeu a paternidade dele o juiz entendeu que Jack tem o direito de ficar com o garoto por uma semana que ele possa se adaptar.
- Uma semana? Uma semana inteira? Não Fred! Isso é inviável, Henry está acos
Os dias passaram lentos e vazios, pensei em ir para a empresa e trabalhar, encher a cabeça com alguma coisa que não fosse Henry e Jack, mas nem mesmo no trabalho eu conseguia me concentrar, então acabei ficando em casa vendo a monotonia de pula de um canal até o outro na televisão me consumir por completo, às vezes eu parecia escutar um barulho ou outro no quarto de Henry e corria até lá, porém era apenas um passarinho que gostava de vir até a janela e bater no vidro, talvez até ele estivesse com saudade dos risos de Henry, acho que passar por esse tipo de vazio é uma coisa que só quem é mãe vai conseguir entender.Com o passar dos dias tentei me acalmar, eu confiava em Jack, sabia que ele não deixaria nada de ruim acontecer a Henry, consegui voltar ao trabalho e naquela noite eu estava pronta para ter uma noite de sono aceitável diante de 4 outras noites fra
Quando chegamos na casa de Jack fui inundada por uma enxurrada de emoções como era de se esperar, estar frente a frente com aquela casa novamente era como reviver todos os meus pesadelos, puxei ar puro e entrei, a casa estava vazia, e as luzes apagadas.- Onde estão todos? Onde está Henry?- Dormindo, já passa da meia noite Nataly, como eu disse uma viagem muito longa, por sorte eu consegui pegar o helicóptero da empresa, caso contrário seria impossível chegar ainda hoje, quanto a Henry deixei com Alice a babá temporária que contratei apenas para hoje, ela deve estar dormindo no quarto dele. – Ele caminhou em direção a cozinha, eu fui atrás dele observando tudo, nada naquela casa tinha mudado até o cheiro era igual, estar ali era uma verdadeira tortura de lembranças.- Bebe algo? Ou já quer subir?- Acho que aceito algo.Mais uma ve
Quando o dia amanheceu me levantei da cama de Jack percebendo que ele não estava mais ali, cobri Henry com carinho e migrei para fora do quarto, ele estava na cozinha e conversava animado com Hortência e minha madrinha.- Mary?- Óh sua danada! Estava morrendo de saudades e ao mesmo tempo de ódio de você!Ela disse me abraçando.- ódio?- Como ousa ter escondido aquele menino lindo de mim? Sou sua madrinha! Estou decepcionada!Ela se referia o fato de só agora descobrir sobre Henry e sim ela tinha toda razão em se sentir assim, pois eu tinha ido embora para Miami sem al menos me despedir.- Desculpe tia, na época eu não estava pensando com todos os neurônios, só queria sumir e tocar minha vida em frente, quando Henry veio eu pensei em ligar, mas tive tanto medo da senhora contar para o padrinho e a novidade chegar até minha Tia que acabei me
Dois anos mais tarde...Sentei-me em uma pedra olhando o mar e admirando Jack que corria pela areia da praia brincando com Henry que tentava empinar uma pipa, suspirei pensando em como éramos felizes agora, acariciei minha barriga que tinha começado a crescer muito depois do sexto mês e sorri para eles que vinham se aproximando.- Como estão minhas três meninas?- Bom, está aqui está morrendo de fome, e as da barriga deduzo eu que brincando de gangorra com meu estomago e minha bexiga.Jack riu e me beijou e então voltamos para o castelo, éramos uma família novamente, e eu... Bom agora eu começava a acreditar que poderia sim existir, um felizes para sempre.FIM
Levantei agitada da cama, eu precisava chegar às oito da manhã para a entrevista que Mary tinha me conseguido, seria uma entrevista importante, e conseguir emprego não estava nada fácil, não que trabalhar de empregada fosse o melhor serviço do mundo, mas se eu quisesse voltar a fazer faculdade esse era o melhor caminho, eu tinha trancado meus estudos a pelo menos dois semestres e tentava a todo custo retornar mas, passear com cachorros não era bem um emprego rentável, se ao menos minha tia me desse a parte que me cabia por direito, porém, é claro que isso jamais aconteceria por que se ela fizesse isso como ela pagaria o salão todo dia e o carro de luxo da Liah? Minha prima insuportável e cheia de “não me toques”. - Nataly! Natalay! Escutei os berros de minha tia assim que sai no corredor. - O que é titia? - Vá passear com o Boris, ele está ansioso... Boris era o cachorro de Liah, eu olhei para o buldogue francês que não parecia nem um pouco a
Cheguei no quarto com o coração aos saltos, meu pulso ainda estava disparado e minhas mãos tremiam, joguei um casaco longo por cima do corpo e peguei minha maleta de primeiros socorros, quando voltei para sala ele estava com os olhos fechados e parecia estar descansando, assim que me aproximei ele voltou a abrir os olhos, eu olhei sem graça para aquele homem estupidamente bonito na minha frente e gelei.- Vai ficar aí me olhando ou vai me deixar sangrando até a morte?- Isso é meio dramático, não acha?Ele sorriu pela primeira vez talvez ele não fosse de aço.- Ainda posso te mandar embora por tentativa de assassinato, sabia?Eu arregalei os olhos e segurei na mão dele ficando de joelhos.- Por favor, por favor, não eu preciso muito do emprego.Ele sorriu.- Acalme-se... Foi brincadeira.Eu me perdi por alguns segundos naqueles olh
Assim que o dia amanheceu eu comecei a limpar freneticamente as janelas, Jack desceu as escadas e caminhou calmamente até a cozinha. - Deixei seu café na sala de refeições. Eu disse assim que o vi, ele me olhou por alguns segundos e concordou com a cabeça dando meia volta, logo voltou. - Não precisava fazer isso, na verdade eu apenas queria alguém para cuidar da casa, você não precisa agir como uma empregada... - Mas é o que eu sou senhor Belmont. Ele se aproximou de mim sério e com as mãos nos bolsos. - Tudo bem, faça como quiser, mas cuidado com essas janelas, não vá se machucar. Eu sorri e assenti com a cabeça. - Ok, pode deixar. Ele se afastou indo para a sala de refeições, assim que chegou lá ele percebeu a mesa posta o café quente e torradas integrais com iogurte natural, até parecia que ela conhecia os seus gostos, teria perguntado a Hortência? Ele balançou a cabeça negativamente, devia ser coincidê
Simoni adentrou presunçosa como se ainda tivesse algum direito de estar ali ou como se aquela casa ainda lhe pertencesse de alguma forma. - Olha, vejam só ele não perdeu tempo... - Simoni? O que faz aqui? Encontrar sua ex-mulher em sua casa não era bem a melhor coisa para ele naquele momento. Nataly ouviu as vozes alteradas e acordou, assim que percebeu que estava nos braços de Jack saltou do colo dele gritando, Jack se desiquilibrou com o impulso que ela fez e a deixou cair no chão, Nataly caiu sobre o pulso machucado e gemeu de dor. - Ai... Jack ignorou Simoni e se abaixou perto dela. - Tudo bem? Ela assentiu com a cabeça, mas ele pode perceber que alguma coisa estava errada, ela segurava o pulso e tinha os olhos fechados como se tentasse de alguma forma controla r a dor que sentia. Simoni sorriu se aproximando deles. - É sério mesmo Jack? A empregadinha? Ah por favor, você já teve melhores. - O olhar