Meus dias se tornaram preto e branco, sem nenhuma cor vibrante para devolver a vida. Sem ele.
Meu lugar colorido se tornou escuro novamente, as cores que Brian colocou em mim, aos poucos foram se apagando. Eu as apaguei.
Tento seguir com a vida e esquecer tudo. Deixar para trás e apenas recomeçar, dar uma nova chance a mim e ao meu coração. Passei os últimos dias repetindo a mesma rotina. Tomar um cappuccino e comer biscoitos amanteigado, em uma cafeteria perto daqui. Ficar lá por alguns instantes transmitia paz, eu poderia observar rostos desconhecidos com diferentes emoções, alguns sorrindo e outros apenas frustrados com a vida. Um lugar funcionando como uma válvula de escape.
[...]
Acordo com raios de sol iluminando uma parte do quarto, tentar dormir seria impossível, a claridade tirava isso de mim. Com pesar movo meu corpo para fora da cama, olhar para esse qua
A música soa alta tirando meu sono, aos poucos abro os olhos em busca de um rosto familiar, ou algo que me traga de volta ela. Assim que abro os olhos definitivamente, me apercebo que passei a noite no sofá, Lilly dormiu em minha cama. Ainda não consigo processar o tipo de garota que ela é... tão fora do normal. —Acordou. — Disse Lilly sorrindo. — Com essa música, qualquer um acordaria. — Respondi indiferente. Minha cabeça lateja de tanta dor, coloco as mãos na mesma tentando massagear em fases. A música para, Lilly se mantém no sofá de couro ao lado, seu olhar curioso recaí em mim.Assim que alcanço sua face, pestanejo duas vezes. Seu corpo está coberto por uma camiseta vintage retro, que provavelmente seja minha — Legal. — Suspirei. — A camiseta ficou bem em você. — Tornei a olhar a peça que cobria parcealmente suas coxas. Lilly não é alta, entretanto também não é baixinha, sua altura é média. — Obrigada. — Senti a vergonha carregada em sua voz. — Tomei a liberdade de pedir o
Árvores! Sinto a brisa embalar meu corpo, o arrepio se formar em minha pele, a mata tira o meu suspiro. Suas árvores de diferentes formas e tamanhos, exibindo o seu verde realçam a beleza do local. Olhei entre os arredores em busca de algo familiar. Alguém familiar. Ao longe, distante dos salgueiros inclinados, eu o vi. Sua regata branca exibia seus músculos definidos, seu cabelo cresceu debatendo com suas bochechas morenas. A escuridão daqueles olhos castanhos me fitaram. Apenas um olhar foi suficiente, meu corpo reagiu a ele, a ansiedade, o nervosismo, arrepios, sensações que apenas ele causava em mim. — O que você gostaria de contar. — Sua voz soou juntamente com o murmúrio do vento em minha pele. Com as mãos no bolsos da calça jeans preta, Brian contorce seu corpo no tronco do salgueiro. — Eu gostaria que você estivesse bem aqui agora, e tudo ficaria bem. — Sussurrei. — Eu estou aqui. — Sorriu. Enquanto caminha até mim sinto meu corpo reagir a sua presença, minhas mãos tré
Lembranças! Meu corpo cansado deitado na cama coberto pela fina camada do tecido de cima, repousa ao lado da morena de cabelos escuros. Lilly dorme tranquilamente, concretizando um dos meu maiores desejos nesse momento. Entretanto, as lembranças da noite anterior inserem a cada parte desse quarto, trazendo consigo a culpa. Foi fraco a carne, mesmo embebedado não deveria enganar meu coração e meu corpo de tal modo. Entrelaçando meus dedos nas mechas de seu cabelo, Lilly se remexe sentindo o tacto em seus cabelos. Minha mente não para de pensar nela, tudo que fiz aqui eu gostaria de ter feito com ela, talvez seja o poder da culpa, ou simplesmente a saudade transbordando dentro de mim. Removo os dedos de seus cabelos partindo directo a coberta ao seu lado, cobrindo uma parte de seu corpo exposto. A luz do sol invadia a janela sem pudor, cada traço de luz iluminava o local magoando os olhos de qualquer um que se atrevesse a acordar. Apreciar Paris pela manhã é incrível, independenteme
Olhando para o teto com a mente vazia e o coração cheio de vontades, permito-me viajar entre os corpos celestes fixados nas ripas de madeira.O barulho ensurdecedor do alarme retira toda a concentração de mim. Desviando meu olhar do teto, levanto da cama com lençóis enrolados em meu corpo, o tecido cobre totalmente meu corpo enquanto caminho até a porta a minha frente.Assim que entro no banheiro, permito que a coberta, percorra meu corpo abaixo. Meus pés descalços entram em contato com o chão gelado do banheiro, esfrego um por cima do outro tentando mantê-los aquecidos. Com um pouco mais de coragem, sigo até a banheira abrindo o chuveiro de seguida. Parada na fonte de água fria, suspiro profundamente.Após terminar, enrolo meu corpo em uma toalha branca, usando uma toalha menor, enxugo meus cabelos enquanto caminho de volta ao quarto. Meus olhos dão uma rápida passada pelo relógio pendurado na parede a minha
Olhar para o relógio enquanto o professor Smith fala, acabou se tornando o meu passatempo preferido, sinceramente ninguém precisa escutar a mesma lição centenas de vezes.— Martina.— Alguém sussurra o meu nome, olho para o lado, meu olhar se encontra com o dele. Arregalo os olhos diante do seu sorriso. Os novatos deviam apenas sentar e falar quando necessário, não precisa ficar sussurrando pelos cantos.Olhei para Brian depois de sua chamada, seus jeitos e posicionamentos, não demonstravam em hipótese alguma ele ser Gay. Embora não exista uma fórmula rápida para descobrir a veracidade dessa informação. Volto a minha atenção ao professor que para de falar assim que o sino ecoa pela sala de aulas. Depois de arrumar seus pertences, o Professor caminha a passos largos até a saída.Quanto aos outros colegas, arrumam seus pertences por função de tamanho, alguns correm até a saída, e outros apenas saem em grandes grupos sorrindo de uma piada nada agradáv
Brian BlancEm um momento você tem tudo que quer, e no outro, seus Pais te obrigam a escolher algo e se dedicar a isso o resto da vida. Tudo ia conforme os trios, sair, beber e usar ecstasy aguardando seus efeitos após vinte minutos.No barulho ensurdecedor da boate, gritando com o garçom pela falta de bebidas no balcão, passo a mão entre os cabelos várias vezes desfiando seus pequenos cachos. Com Miguel e Renata, meus amigos de longa data, fazendo o melhor da viva. Ser feliz.Depois de muito reclamar pela falta de bebida, e principalmente ter impedido Renata de agredir fisicamente uma das garçonetes sentei encostando meu corpo no pilar. Os feixes de luz brilhantes, a agitação em geral acaba com a minha paz. Queria eu, apenas ser um jovem normal sem deveres, e afazeres.— Já volto. — Disse Miguel levant
Martina RossAssim que saio da sala, atravesso o enorme corredor passando pelos seus pisos de madeira. Hoje como primeiro dia de aulas, os alunos organizam uma pequena festa secreta como forma de apresentação, e passatempo de um longo dia de aulas. Depois de pouco andar, avisto a porta de madeira do meu quarto, adentro na mesma a fim de me arrumar para a ocasião.Vanessa, se encontra no quarto deitada com um livro por cima de sua barriga, e outro em suas mãos. Notando a minha presença, a mesma abaixa o livro e sorri, retribuo seu sorriso.— Vai sair?.— Questionou Vanessa enquanto revirava em sua cama, por consequência um dos livros caí.— Não, eu estou me arrumando toda para passar a noite nesse quarto.— Brinco. Vanessa sorri.— Deixa eu adivinhar. — Passou a mão pelos cabelos pensativa.— Festa de abertura.— Disse seca. O desânimo ficou eminente em sua voz.— Se fo
Martina RossOs dias tornaram-se mais longos, as aulas insuportáveis e eu só queria relaxar, olho algumas vezes para o lado me certificando da presença do Brian mas desde o que rolou na fogueira ele ignorou minha presença por completo, não posso negar que bem lá no fundo isso me deixou abalada mas não posso deixar isso me dominar.Depois de umas quantas aulas chegou o dia da realização de provas e dessa vez seria em duplas,normalmente faço com a Vanessa mas ela não se sente muito bem e decidiu marcar o teste para outro dia, olhei para todos na sala mas as duplas já estavam divididas excepto o Brian que por algum motivo estava sozinho e por sinal era a minha única opção.— Você pode fazer a prova comigo se quiser.— Sorri fraco dando um olhar de confiança enquanto ele analisava a minha postura.— Já que não tenho outra opção.— Respondeu com uma certa arrogância o que mudou meu humor pior na verda