Martina Ross
Os dias tornaram-se mais longos, as aulas insuportáveis e eu só queria relaxar, olho algumas vezes para o lado me certificando da presença do Brian mas desde o que rolou na fogueira ele ignorou minha presença por completo, não posso negar que bem lá no fundo isso me deixou abalada mas não posso deixar isso me dominar.
Depois de umas quantas aulas chegou o dia da realização de provas e dessa vez seria em duplas,normalmente faço com a Vanessa mas ela não se sente muito bem e decidiu marcar o teste para outro dia, olhei para todos na sala mas as duplas já estavam divididas excepto o Brian que por algum motivo estava sozinho e por sinal era a minha única opção.
— Você pode fazer a prova comigo se quiser.— Sorri fraco dando um olhar de confiança enquanto ele analisava a minha postura.
— Já que não tenho outra opção.— Respondeu com uma certa arrogância o que mudou meu humor pior na verdade trouxe a tona a minha irritação.
— Você não é obrigado, e se você não consegue ver eu estou basicamente te fazendo um favor.— Retruquei cruzando os braços enquanto o mesmo me observava com fúria presente em seus olhos.
Queria dizer mais algumas palavras mas a professora de teatro apareceu, a Senhorita Duarte invade a sala o seu sorriso maroto trazendo consigo a energia positiva e acima de tudo muito amor. Toda a classe estranhou a sua presença, dado pela hora, a aula de teatro seria daqui a mais ou menos quarenta e cinco minutos creio que o Senhor Smith deva ter trocado de horário o que torna essa situação chata, oh Deus ninguém merece ter matemática como a última aula do dia.
— Meus queridos a aulas de hoje será diferente e principalmente especial, vamos fazer pequenas cenas com um impacto positivo, quero que vocês entrem na personagem, preciso que sintam as histórias que forem a criar e, quero que vivam essas maravilhosas histórias e por favor improvisem . — Diz a Senhorita Duarte enquanto ajeitava o seu vestido justo cor de esmeralda.
— Podemos fazer em duplas?.— Questionou a Marta, ou Maria sei lá não conheço o nome de todos nessa escola, só me importo com aquilo que de algum jeito vai me proporcionar prazer.
— Com toda certeza, e antes que perguntem eu já tenho as duplas formadas, começamos com Olívia e Wilson, depois eu quero a Martina e o Brian.— a classe toda virou pra mim, isso só pode ser brincadeira do destino em uma hora o idiota banca o durão e agora eu tenho que aprender uma mini peça teatral com ele, será que esse dia pode ficar pior?.
— Antes que eu me esqueça o tema de hoje é amor, portanto escolham as melhores cenas e frases românticas possíveis e se achar que está difícil usem exemplos de filmes românticos.— Acrescentou a Senhorita Duarte se divertindo com a situação aparentemente.— Merda! Isso só pode ser brincadeira, seguro o pingente em meu pescoço tentando manter a calma enquanto medito as malditas palavras " o tema de hoje é amor".
Olhei para Brian que estava com as mãos em seus bolsos e um sorriso largo em seus lábios, ficamos nos encarando por alguns tempo, ele mordeu o seu lábio inferior o que me vez voltar para a realidade.
— O que você vai escolher?.— Perguntei demostrando impaciência, o idiota olhou pra mim e começou a rir.— Tenho cara de palhaço ?. — Vi seus lábios se voltarem ao normal.
— Irei responder apenas a primeira pergunta pois me pareceu ser a mais educada, eu irei ficar com " a culpa é das estrelas" acredito que seja sentimental demais e com certeza você...quer dizer a professora vai gostar. — Acenei com a cabeça mostrando minha aprovação pelo livro.
— Não me diga que você é daqueles garotos que chora enquanto vê filme romântico, e provavelmente você deve chorar escutando One Direction.— Ri de leve enquanto tentava manter o clima amigável nessa conversa.
— Errado, mas eu acredito que você seja uma garota transtornada que precisa de um amor para te salvar e te devolver a vida. — Ri do seu comentário patético, ele pensa que estamos no século XIX ou na antiguidade.
— Na verdade, eu prefiro apenas dizer que faço parte das garotas que não precisam de homens para nenhum salvamento, faço parte das guerreiras, enquanto vocês brincam de ser Homens as raparigas se tornam Mulheres determinadas.— Abri um sorriso sarcástico, de seguida virei-me para desfrutar da apresentação da primeira dupla.
A primeira dupla optou por cenas clássicas como as de Titanic devo realmente admitir que Olívia fazia muito bem o seu papel, com certeza eles se saíram bem, a classe observa com atenção aquilo parecia uma boa interpretação dod seus sentimentos foi gostoso de se ver mas agora a verdadeira estrela vai fazer o seu papel.
— Brilhante, Brilhante.— Pronunciou senhorita Duarte enquanto limpava o rosto com um papo de papel branco.— Martina e Brian agora é a vossa vez e brilhe como a primeira dupla .— Anunciou ela tomando o seu lugar de volta.
Brian escolheu representar algo romântico segundo ele eu preciso disso porém tenho um gosto por romances complicados quase impossível, daqueles que todos torcem para dar tudo certo mesmo com tantos problemas, optei manter a calma ignorando a sua presença
Brian começou o seu papel indo muito bem até citar umas das frases consideradas por mim mas marcantes naquele momento
—Não sei muito sobre o amor, provavelmente eu possa fazer tudo errado, tirar palavras erradas mas o que sinto aqui dentro esse desejo, atração especial que você desperta em mim se não for chamado de amor eu realmente não tenho a mínima ideia. .— Observei para ele incrédula, eu não poderia acreditar que ele disse isso não parecia ser apenas palavras retiradas de um livro, segurei as lágrimas impedindo elas de caírem, pensei na melhor resposta possível, ele deu mais alguns passos até ao meu encontro cortando o pequeno espaço que existia entre nós entrelaçou os seus dedos nos meus enquanto olhava fixamente pra mim.
— Não sou mulher de flores, não sou aquela que você vai ter orgulho de mostrar para o mundo, eu não sei ser o que você quer que eu seja, você merece alguém que vai te assumir livremente, alguém com um passado e futuro melhor que eu.— Acrescento enquanto me afasto mantendo a calma enquanto o resto da sala observa em silêncio.
— Aí está.— Sorriu.— Eu não quero que seja mais ou menos que você quero que tenha a mesma porção,mesmo senso de humor, mesmo sorriso e a mesma organização dos dentes,mesmo gosto de música, mesmo amor pelo controlo, eu só preciso de alguém que sabia e seja tudo que você é.
Não pude deixar de sorrir. Quando pensei na minha melhor resposta, o toque anunciando o final da aula ecoa na sala. Apressadamente corro até minha secretária, levando comigo apenas meu caderno de anotações.
Martina RossÚltimos olhares, últimas palavras, caminho até a porta de saída da sala sinceramente estou tentando analisar todas as acções da aula de teatro, minha mente viaja entre a atuação ou realidade, perguntas atormentam a minha cabeça.- Vai realmente fugir de mim?.- Esbarro em Brian na saída do corredor, nada mudou continua com a mesma roupa com as mãos dentro de seus bolsos, encostado a parede olhando para mim.— Sem motivos. — Passo por ele porém, algo me trava tenha certeza que seja um puxão, meio minuto depois eu estava próxima a ele em uma disputa de olhares.— Me solta agora, não tenho nada pra falar com você.—minha voz soou brava, eu realmente estou chateada com toda essa situação minha vontade é dar um chute no meio de suas pernas só pra servir de lição.—Eu quero falar com você, na verdade você está me devendo isso desde o castigo.—Sorriu para amenizar a situação porém eu não
Brian BlancO tempo que passo com ela é sem dúvida a melhor parte do meu dia. A sombra de mistérios caí só de ela, ninguém conhece suas origens, apenas seu passado conturbado e suas acções complexas a tornam no ser que é.Não tem como definir essa garota, ela é obstinada, sabe o que quer, porém a sua péssima reputação vai a seguir para todos os lados. Queria eu, que ela me permitisse olhar para ela de um modo tão profundo e diferente, sonho em conhecer o interior dessa garota, quero estudar cada centímetro dela, entretanto reservo no meu íntimo cada pensamento sobre meus desejos indecentes com a mesma.Desfrutar do almoço em sua companhia, foi mais do que suficiente para aquecer meu coração, acelerar meu corpo de maneira incomum. Já provei várias drogas, nenhuma é como Martina Ross. Dando sinais discretos do meu interesse, passei os dedos na palma de suas mãos de vez em quanto, seu olhar mortífero baixou sobre mim mostrando descontentamento.
Martina RossNão consigo acreditar nas últimas palavras dele, como alguém ousa em dizer que o medo invade o meu corpo, é necessário não conhecer-me para pensar algo assim. Ainda permanecem vivas suas palavras em minha cabeça. Medo de amar.Meu medo é não saber amar, lembro-me como ontem, dei tudo de mim para Marcos, mas do que eu mesma podia dar. Ele levou tudo de mim, minhas lágrimas, sensibilidade, e principalmente a capacidade de voltar a sentir borboletas no estômago quando alguém me olha com ternura e desejo. Dois dias. Em dois dias Brian não olha para minha cara, na maioria das vezes em que esbarro nele, Carla é sua companheira. Palavras me faltam para descrever a raiva que sinto de vê-los um grudado no outro.[...]A claridade invade o quarto passando pela janela aberta, atravessa a cortina Branca distribuindo feixes de luz pelo quarto. Reviro vezes sem conta meu corpo
Martina Ross[...]—Merda...— Gemo de dor. Que diabos aconteceu nesse quarto, meu polegar está vermelho a batida foi forte.O quarto está todo diferente, papéis jogados no chão, lençóis espalhados basicamente tudo está fora do lugar. Caminho mais para frente, vejo Vanessa abaixada jogando cada vez mais coisa.—Se você está tentando arrumar lamento informar que o fracasso é eminente. —Forço um riso, a dor me trai.—Vai a merda.— Ela simplesmente diz.—Você quer ajuda, eu posso dobrar a sua língua agora mesmo.— Falo chutando os papéis que encontro pelo caminho, Vanessa é diferente de mim ou é apenas certinha.—Desculpa...eu..perdi um dos meus livros favoritos.— Explica ela, enquanto arrumava uma parte dos papéis pousando sobre o criado mudo.—Você poderia comprar outro, simples. — Solto um riso involuntário.— Comp
Brian Blan[...]—Eu quero você.—Disse para Martina, a mesma me olha interrogada. Tem como ela ficar mais linda?— Eu não. — Ela apenas disse indiferente. A mesma Martina de sempre.—Caramba, eu estou aqui dizendo que quero você com todos os direitos e obrigações de um relacionamento. Precisa de mais algo?. — Questionei. A mesma manteve um silêncio, talvez estivesse tentando pensar ou algo do gênero.—Você não me quer?.— Tornei a perguntar com a voz tremula.— Acorda. Você está sonhando.—O alarme tocou após a fala da Martina.Eu estava sonhando com ela. É sempre assim, desde o dia em que a conheci eu vivo sonhando com ela. Como um toque de mágica, meus pensamentos já não me pertence. Ela levou tudo, talvez, eu esteja sendo dramático mas, olhar para seu rosto, faz meu corpo todo enter em combustão.Será que um dia eu poderei sentar com ela, e ficar falando sobre cois
Martina RossA Mansão de Rubi está uma total confusão. Alunos correndo de um lado para o outro preocupados com o Baile.Quem se preocupa com isso? Pelos vistos ele estão preocupados, e para pior a minha situação o a cor escolhida é Rosa. Céus! Rosa?? Isso é coisa da Carla.Passei pelo enorme corredor, era insuportável a quantidade de alunos que lá estava, alguns falavam sobre a roupa e outros andavam a procura de um par.Quem será o meu Par? Eu irei?.—Martina querida.— A voz de Esmeralda ecoou. Como sempre ela estava acompanhada por Carla e Olívia.— A bruxa, a cobaia e a maluca.—Disse simples provocando. Sorri para aliviar a tensão.—Ela te chamou de querida, você devia ser mais educada.—Olívia Pronunciou-se. Carla apenas olhou e voltou a sua atenção para o celular.—Estou falando com a bruxa ou, com a cobaia?.— Questione
Martina RossDepois de tantos tempo, o meu maior erro voltou, com certeza ele vai assombrar a minha vida. Como ele veio parar até aqui?— Porque?.— Questionei mas o silêncio pairou no local.— Que diabos você veio fazer aqui?.— Gritei. Marcos ainda apertava o meu pulso com força.— Se acalma coelhinha.— Suspirou . — Eu ainda te amo. — De queixo caído , analisei a situação, eu não poderia voltar a acreditar nele.— Martina eu te amo.— Completou Marcos.— O clima está tenso, vou voltar para o baile.— Carla se pronunciou. Era ela, foi ela quem trouxe ele de volta.— Vamos Brian.— Brian cruzou o seu olhar no meu por alguns segundos. Depois segurou em Carla e saiu.— Você está me escutando coelhinha?—. Questionou gritando, seu grito causa pavor em sua.O som de sua voz, tranquilizava meus dias mais sombrios, mas hoje, agora, sua voz destrói cada partícula calma de meu corpo, sua voz
Brian Blanc" Chegaremos até onde tiver que chegar" essa frase martelava na minha cabeça. Será que ela gosta de mim ou continuo sendo apenas um jogo?[..]— Você? Aqui?.— Dei um grito olhando o rapaz de olhos pretos. — Marcos. — O destino só pode estar conspirando contra mim.— É cego?.— O mesmo diz enquanto arruma os seus pertences no outro lado do quarto.— Dormindo com o inimigo.— Completou em tom de deboche.— Pode trocar de quarto, isso não vai me incomodar.— Sorri.— Como deve ser dormir no mesmo quarto que o actual da sua ex, que por sinal você ainda quer pegar?.— Eu sei que estou sendo infantil mas, quero ter o gosto de zoar com a cara dele.— Não sei o que ela viu em você.— Disse seco.— Aproveite antes que ela volte para mim.— Eu tenho um corpo atlético, carisma, uma beleza invejável. Além de ser raro ainda sou perfeito.— Dei u