Algum tempo depois… Nossa casa transborda de alegria e movimento, enquanto celebramos mais um ano de vida da nossa amada Pérola. Ela está radiante em seu vestido florido, escolhido com tanto carinho pela vovó Syrah, que sempre busca os modelos que fazem os olhos dela brilharem. Falando em minha querida sogra, finalmente ela e meu pai resolveram dar uma chance ao amor que sempre tiveram um pelo outro, mas que, por tantas décadas, deixaram em segundo plano em nome da dedicação aos filhos. Agora, encontraram um equilíbrio que funciona para eles, dividindo o tempo entre nossa casa e a da Syrah, construindo sua própria versão de felicidade. E para nós está tudo bem eles levarem assim, o mais importante é a felicidade desses dois. Para garantir que Antúrio, Rosália e Pérola estejam sempre por perto, decidimos trazê-los para morar mais próximo de nós. Compramos uma casa aqui no condomínio, permitindo que eles desfrutem da liberdade de ir e vir conforme desejarem, na hora que
Por essa eu não esperava Que droga!!! Eu falei que não queria vir. Mas não, Erika tinha que fazer chantagem, tinha que vir com aquela conversinha de que ando muito fechada em casa. Que preciso superar! Que se a fila do cretino do Samuel andou e a minha precisa andar mais rápido que escada rolante na velocidade máxima. Mas ela esquece que a lascada fui eu! Euzinha! A pessoa que sempre jurou nunca passar pelo que o safado fez comigo. Eu só quis sair de cena. Não estou fechada, apenas quis processar a viadagen que ele fez comigo. Só isso!!! Caramba, não sou mais uma criança, estou à porta dos "intas". Mas quem tem uma Erika em sua vida, irá me entender. Sabe aquela amiga que quando dispara a língua é pior que vitrola antiga. Que engata a primeira e nem se importa com a ladeira que surge. Essa é a Erika! Estava de saco cheio com o desleixo da minha assistente. Você contrata alguém não para ocupar espaço, mas para fazer o que você está disposto a pagar em troca de
Saio do elevador antigo meio que perdida, há um corredor em frente onde luzes opacas mal clareiam o lugar. O homem lá embaixo falou para eu seguir em frente, então, caminho. Chego perto da porta que se abre sem que eu nem tenha tocado nela. Uma mulher sorridente surge assim que a porta se abre. "Boa noite, posso ver seu convite?" Respondo o cumprimento e lhe entrego meu convite. Ela escaneia o código de barras do mesmo e me passa uma pulseira na tonalidade verde. "Senhorita Paccione, aqui está sua máscara, em momento algum deve tirá-la, pois poderá ser conduzida a sair do evento" Nossa máscara! Sério isso?!? Nem sei o que me espera e agora essa de estar mascarada. É entrada estranha, elevador sinistro, agora máscara. Tudo bem que Erika é bem capaz de coisas inusitadas, mas nunca me meteu em lugares pelos quais eu pudesse estar em perigo. Bom, como já estou aqui, vou ver no que vai dar tudo isso. Mesmo porque, depois de enfrentar aquele elevador, mereço no mínimo um dr
Seus olhos são tão profundos que me remetem a ver a noite em sua imensidão. Minhas pernas falham de forma inesperada e suas mãos me alcançam, me dando segurança para continuar em pé. Ficamos, ali, parados, nos olhando! Ele parece lindo, por baixo daquela máscara que cobre parcialmente sua face. Infelizmente a mesma, não me deixa vislumbrar muito do seu rosto, mas o que consigo ver, me trás um calor que não me lembro de ter sentido antes. Continuamos alheios a tudo e a todos. Perdidos no momento que surge entre nós, sem nos dar conta de que as coisas seguem acontecendo ao nosso redor. Estou um pouco tonta e área, mas seu encanto acaba me fisgar de forma singular. Quando me dou conta do que estou fazendo, tento me soltar de suas mãos, mas ele me trás mais para perto de si. Fico desconcertada, pois estou praticamente grudada nele. Me mexo, tentando romper esse elo inesperado, mas quanto mais me mexo, mas ele me aperta. Fico sem saber o que fazer. Ele segue me olhando, de f
Acho que acabei pegando no sono. Olho em volta tentando encontrar algo familiar, mas nada aqui é pessoal. Estou em um quarto, como cheguei aqui??? Olho em volta e estou sozinha, mas… ”Aiii… que merda!!!", que legal, ainda estou sob efeito do álcool. "Não devia ter exagerado tanto", falo para mim mesma. Nossa, as lembranças da bebedeira me chegam aos montes e deixam claro que fui além do que poderia. Volto a encarar o quarto, tudo muito bem decorado e aconchegante. Minha cabeça está bem entorpecida pela bebedeira. Nesse momento a lembrança do desconhecido também chega e nossa, o que foi aquilo??? E põe nossa nisso!!! Pois, será que vivi mesmo o que vivi??? Será que sonhei??? Será que imaginei tudo isso?!? Estranho!!! Mas minhas partes lá embaixo me deixam claro que não!!! Que não foi sonho, nem tão pouco delírio. O formigamento de que meu parque de diversão foi muito bem aproveitado, deixa nítido que alguém esteve se divertindo lá embaixo. No entanto, estou ao que
Minha mãe era uma pessoa que vivia para o mundo, quando meu pai se casou com ela, sabia que não havia laços suficientes fortes para mantê-la em um lugar apenas. E foi assim, quando eu tinha apenas quatro anos de idade que ela nos deixou. Ela foi embora, dizendo que nos amava o suficiente para não querer forçar a nós sua tristeza e amargura, ela sempre foi um pássaro livre e quando se casou com meu pai, deixou sempre claro essa possibilidade de passar pela porta sem olhar para trás. Meu pai quis arriscar, pois se apaixonou por ela, acreditou que dando a ela um lar e segurança financeira, seria isso o suficiente para ela permanecer com ele. Mas infelizmente a felicidade dele não estava apenas em seu querer, mas dependia da minha mãe também e assim ficamos sozinhos. Quando eu tinha doze anos, chegou a notícia de que minha mãe havia sofrido um AVC e não havia resistido. Vi meu pai ficar triste, pois sabia que lá no fundo ele nutria a esperança dela voltar em algum momento. Mas nem
Imagina a cena. Estou lá toda linda e feliz ao lado do meu pai, que além de ser o homem que é, tem a capacidade de chamar atenção por onde quer que passe, pois diga-se de passagem, meu progenitor é um homem lindo! Alto, forte, atlético, de semblante determinado. Tem um sorriso que alcança o nosso coração rapidinho e claro, que há um belo fã clube atrás dele, mas ele não dá a mínima. O que eu sempre achei engraçado. Eu não tenho sua altura, mas todo mundo diz que somos cópias um do outro, o que me deixa ainda mais orgulhosa. Então, sou a cópia em miniatura dele e isso enche meu coração. Estou lá ao lado do meu pai depois da sua palestra, quando observo um casal todo sorridente vindo em nossa direção. Na hora achei que estava tendo alguma alucinação, ou poderia ser algum irmão muito parecido, porque a verdade é só uma, quando você se depara com uma situação estranha, você sai buscando alguma explicação plausível. Porque é tosco demais você sequer imaginar viver algo tão biza
E se abraçam, com aquele abraço cheio de carinho de grandes e velhos amigos. "Ah, deixa disso Gregory, você também não está nada mal" E os dois caem na risada. "Moni diz que estou mais rabugento" "Monica Abrantes???” "Sim meu amigo, ela me segurou no cabresto e não me largou" E os dois riem ainda mais. "Vejo que as duas hienas já se juntaram", diz uma voz sorridente de uma mulher vinda de dentro da casa. E os dois viram para olhar a linda morena, que sai de lá. Usando um vestido jeans, bota cano médio e cabelos soltos que seguem até sua cintura fina e bem torneada. "Ah Moni, já viu deixarmos passar qualquer coisa?!?", fala meu pai entre o sorriso, enquanto ela caminha até nós. "Claro que não, mas me dê um abraço aqui seu barril velho!!!" E meu pai aconchega aquela linda mulher em seus braços. Fico ali, só observando aquele momento de grandes amigos. "Deixa eu apresentar minha princesa… Moni lembra da minha Marcela?” "Como não vou lembrar, fiquei com ela