Capítulo 11

Pétalas dançavam no ar do lado de fora, delicadamente caindo sobre o chão de concreto. Eram folhagens secas, agitadas pelo vento suave que logo as varria para longe, como se o mundo as rejeitasse.

No interior de uma sala sombria, um homem enigmático desfrutava desse espetáculo repetitivo. Ele segurava um cigarro entre os dedos, deixando o fumo se desfazer no espaço gelado proporcionado pelo ar condicionado. Cada tragada era como uma pequena pausa na sua mente atormentada.

Os pensamentos da noite anterior o haviam aprisionado, como se uma corda invisível o mantivesse preso em lembranças dolorosas. Os olhos semicerrados revelavam uma mente distante, perdida em um labirinto de arrependimentos e memórias. Ele ansiava por paz, mas a noite ainda o assombrava.

De repente, a tranquila solidão foi rompida pela invasão súbita de duas figuras familiares. O seu pai, um homem austero e imponente, entrou na sala com uma expressão severa, seguido pelo meio-irmão de Ezra, um jovem com olhos curiosos
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