Capítulo 12

PENÉLOPE VERONESI

Ouvi barulhos suaves do canto de algum pardal-francês, o que me fez abrir os olhos lentamente para me acostumar com a vaga luz que invadia o quarto gélido. Era como se o próprio dia estivesse despertando, ainda relutante em dissipar a escuridão da noite.

A parede de vidro, parcialmente escondida por um grande conjunto de cortinas altas e azul-escuras, era adornada com gotas espessas de água e algumas folhas secas. Era curioso, pois não chovia lá fora, e o céu estava apenas parcialmente nublado.

— Porque me tirou da I.T.I?

— Porque aquele instituto era apenas uma fachada para esconder você de mim.

As palavras de ontem ecoaram na minha mente enquanto eu me levantava. A pergunta que havia feito a Ezra, a resposta dele. Tudo parecia ainda mais frio e complexo sob a luz do dia. Como alguém com um abraço tão reconfortante poderia pronunciar palavras tão duras?

Não podia negar que a situação de ontem havia sido desconcertante e humilhante. Foi a primeira vez que me permiti
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