Diário de Joha DarkMéxico, 1981Faz meses que meu perseguidor não aparece. Eu não sei o que aconteceu com ele, mas estou tentando esquecer essa loucura e refazer a minha vida. Eu plantei margaridas, sempre ouvi dizer que elas representam novos começos. O Hugo está na cozinha preparando o café da manhã. Ontem, ele me pediu perdão. Disse que quer recomeçar, que me ama e que está disposto a construir uma nova vida comigo. Talvez isso me ajude a esquecer a tempestade que está dentro de mim. Eu disse a ele que também quero recomeçar e me permitir ser feliz. Talvez eu aprenda a amá-lo. Vou me esforçar para ser uma esposa que ama o seu marido.Ontem à noite ele fez um jantar à luz de velas, ele fez questão de cozinhar para mim. Prometeu que vai lutar contra o alcoolismo e que nunca mais iria me trair. Mesmo sem acreditar, ainda assim vou tentar.Mesmo que uma parte de mim tenha morrido com um outro homem, naquela janela.Sim, houve uma janela. E houve um homem. Um que nunca soube meu nome
Diário de Joha Dark México 1987Eu não consigo, eu tentei mas, eu não consigo. As coisas com Hugo estão dando errado e eu não sei ao certo o que fazer. Foram anos tentando fazer dar certo mas não está a resultar, eu juro que eu tentei ama-lo, mas não sinto Simplesmente nada e, quando ele me toca eu sinto asco. Nós já temos uma filha e agora as coisas estão mais difíceis do que nunca. Sim, ele mudou realmente. Ele tinha prometido parar de beber e de me trair, e realmente cumpriu. Mas eu não consigo aprender a ama-lo, e toda vez que fico ao lado dele meu coração desfalece dia após dia. Se isso é um castigo eu não sei, mas eu estou me sentindo um lixo. Hoje, escrevo essas palavras chorando em silêncio enquanto seguro a xícara de chá que já está fria em minhas mãos. O Hugo e nossa filha dormiram. E eu... eu apenas sobrevivo dia após dia, noite após noite.Eu não quero apenas sobreviver, eu quero viver. Por que eu não posso viver? Por que eu sempre tenho que ficar chorando escondida qu
Diário de Joha Dark México, 1988Ele voltou. Minhas mãos estão ainda tremendo depois do que aconteceu hoje. O Hugo tinha saído para trabalhar quando ele veio, bateu á porta e eu fui atender. Logo que abri a porta, ele sorriu para mim, foi a primeira vez que o vi sorrindo. Reacendeu o fogo que estava apagado dentro de mim. Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele começou me pedindo desculpas por ter ido embora, a voz dele era grossa e eu amei ouvi-lo com o seu sotaque estrangeiro.Permiti que ele entrasse em minha casa e ele aceitou, ele disse que o nome dele é Viktor, que ele gosta de mim e que foi embora porque tinha alguns problemas pessoais por resolver. Quando perguntei quais problemas, ele disse que no momento certo ele dirá. Ele conheceu a Lucy, a minha filha. Eles ficaram brincando e antes de ele sair, ele me convidou para um passeio amanhã, e eu aceitei. FimPOV AN
Diário de Joha Dark México, 1980Hoje, um homem estranho estava me seguindo. Na verdade, sinto que estou sendo seguida desde o mês passado. Mas hoje, eu vi um homem estranho. Sua expressão era fechada, e ele era muito bonito, por sinal. Ele era asiático, só não sei dizer o país porque para mim, eles são todos iguais. No início eu pensei que fosse impressão minha, mas não era. E ele não fez questão de esconder que estava me seguindo. Me senti assustada, por ser mulher, me senti vulnerável. Eu caminhei pelos lugares onde havia mais pessoas, eu não seria louca de parar e perguntar o que ele queria ou o Porquê de estar me seguindo. Eu não sei como eu consegui despistá-lo. Cheguei em casa assustada e, como sempre, o Hugo estava imerso em substâncias não lícitas e bebidas. Ele estava com as vadias das vizinhas, e o pior é que ele mal se importa se eu o vejo com elas ou não.Eu poderia dizer que isso me magoa, mas não.
Diário de Joha Dark Mexico, 1980Ele me encontrou, ele sabe onde eu moro. O homem desconhecido sempre vem, todos os dias quando o Hugo sai. Fica parado na janela me olhando, e isso é estranho. Estou assustada que decidi pedir ajuda ao vizinho, ele disse que estaria prestando atenção caso o desconhecido viesse. Caminhei até a janela e, como sempre, ele veio. Ele sempre fica parado imóvel olhando para mim. E eu, mesmo tomada pelo medo, algo nele me chama atenção, algo que eu não resisto e que sempre me faz vir a janela para ver se ele veio. Eu sei, eu devo estar ficando louca.Pouco tempo depois, o vizinho se aproxima dele, mas ele não dá atenção a ele. Meu vizinho tenta falar com ele, mas seu olhar não sai do meu, sua boca não se abre, o que significa que não está respondendo ao que o meu vizinho diz. Ele se virá e sai, e logo que ele saí, corro até a porta e vou até onde meu vizinho está. perguntei-lhe se o homem
POV IVAN: — Você pensa que só por tirar 10 na escola você será bom na vida? Cresça e seja um homem, seja um Alfa e não um cachorro assustado. Eu não criei um homem para ser comum, eu criei um homem para ser o melhor. Ouço o velho discurso motivacional do meu pai antes de ir na escola. É sempre assim, desde que perdi a minha mãe, meu pai passou a exigir mais de mim. E isso começou a matar meu psicológico , tanto pela morte da minha mãe quanto pela pressão do meu pai. Aos 16 anos, um ano depois da morte da minha mãe, me envolvi em coisas erradas e isso me fez quase morrer. Me pergunto porquê não morri naquele dia, Por que eu tinha que continuar vivendo essa vida maldita. Para fugir de toda essa merda, entrei no mundo das lutas clandestinas. Me viciei na dor, a dor passou a ser o melhor que essa vida maldita me oferece, além do sexo. Meu pai termina seu velho discurso e saiu sem falar nada. Se eu abrir a boca, é capaz dele me dar uma surra. Posso até ser um playboy de quinta, mas r
POV IVAN: — Ora, ora... Olha quem chegou. — Disse o Tom, animado como sempre. Não sei o que seria de mim se não fosse o Tomás. Ele me encontrou enquanto eu mergulhava em lama. Graças a ele, deixei de me afundar e entrei no mundo das lutas clandestinas. Ele é meu mentor e treinador. — Tenho luta hoje? — pergunto, me aproximando do balcão. — Sirva uma dose de uísque para o riquinho aqui. — ele disse para o barman. — E você... Relaxa a mente e o corpo. Hoje não temos nenhuma luta. — Ele disse, dessa vez para mim. — Estraga-prazeres. — Eu disse, tomando toda a bebida que continha no copo que o barman me serviu. — Como estão as coisas? — Ele pergunta para mim. — Nada de mais. Apenas vou ter que visitar algumas cidades. — Seu pai está te preparando bem para ser líder. — Eu sou o seu único herdeiro, o que você esperava!? — Sempre amável nas respostas ein. — Só quero relaxar, falamos depois. — tomo um último gole. E caminho até uma loirinha. Meto um papinho básico, e a mina já e
Diário de Joha Dark México, 1980 Eu não consigo, eu nunca consigo chamar a polícia. Hoje ele veio, tentei falar com ele lhe perguntando o que ele queria. Mas ele não respondeu. Ele demorou um pouco mais hoje, mas não disse nada. Eu tive a impressão de que ele queria vir até mim, mas vi que ele hesitou, apertou os punhos e parecia que usava muita força. Parecia lutar consigo mesmo para não vir até mim. Ou será que ele não gosta de mim? Será que eu lhe fiz algo que eu não me lembro? Eu estou ficando maluca, fico horas olhando pela janela esperando que ele venha, mas a cada dia que passa, ele demora mais para aparecer. Eu estou mesmo ficando maluca. Mas não consigo parar, já me esforcei e tentei tantas vezes ignorá-lo, mas sempre volto para aquela janela à procura dele. Estou pensando em tanta coisa que eu já nem sei mais. Será que ele é surdo? Ou é um psicopata!? Psicopatas devem analisar as suas vítimas antes de matá-las. Mas nenhuma das características que eu encontrei na int