O segundo amor
O segundo amor
Por: Escritora258
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Diário de Joha Dark

México, 1980

Hoje, um homem estranho estava me seguindo. Na verdade, sinto que estou sendo seguida desde o mês passado. Mas hoje, eu vi um homem estranho. Sua expressão era fechada, e ele era muito bonito, por sinal. Ele era asiático, só não sei dizer o país porque para mim, eles são todos iguais. No início eu pensei que fosse impressão minha, mas não era. E ele não fez questão de esconder que estava me seguindo.

Me senti assustada, por ser mulher, me senti vulnerável. Eu caminhei pelos lugares onde havia mais pessoas, eu não seria louca de parar e perguntar o que ele queria ou o Porquê de estar me seguindo. Eu não sei como eu consegui despistá-lo.

Cheguei em casa assustada e, como sempre, o Hugo estava imerso em substâncias não lícitas e bebidas. Ele estava com as vadias das vizinhas, e o pior é que ele mal se importa se eu o vejo com elas ou não.

Eu poderia dizer que isso me magoa, mas não. O que me dói é estar presa nessa vida de desgraça.

Nasci sendo uma bastarda, meu pai abandonou minha mãe. E ela me culpou por isso, provavelmente desde o dia em que nasci.

Quando apareceu o Hugo, ela logo me obrigou a casar com ele e, sem opções, eu tive que me submeter a essa vida cruel para, segundo ela, pagar por ter me dado a vida, comida e uma casa.

fim

POV ANNIE:

— ANNIE...

— Já vou!!! Não precisam ficar gritando sempre.

Fecho o diário da minha bisavó e coloco em minha caixinha, trancando-a com um pequeno cadeado antes de colocar em meu esconderijo no closet.

Desço as escadas e já sei que minha mãe deve estar puta, porque quando ela grita assim, significa que vou ouvir. Olho a minha irmã, Nanda, e a vejo de pé me olhando com uma expressão de desculpas. Arqueio as sombrancelhas a olhando com ódio.

— DESCE DAÍ AGORA! — disse minha mãe, como eu disse, ela estava mesmo com raiva.

Rapidamente desço e fico parada ao lado da Nanda.

— Então quer dizer que as duas decidiram dar uma de rebeldes e sair às escondidas, de madrugada para ir a uma festa.

— Mãe, eu posso... — eu tento explicar, mas ela me corta.

— Cala boca que eu ainda estou falando. Eu esperava mais de você. Eu achei que você fosse mais responsável.

Com essas palavras, minha irmã ri, mas logo o sorriso desaparece quando percebe

um olhar de ódio meu e outro de "cala a boca" da nossa mãe.

— vão para os vossos quartos, vamos resolver isso quando vosso pai voltar.

— O quê? — Dissemos em uníssono, eu e minha irmã.

— Mãe, por favor, faz o que quiseres com a gente mas não conta ao pai. — Nanda disse, com um olhar de súplica.

Não é exagero, mas quando nós fazemos algo errado e nosso pai descobre, a situação fica séria. Nosso pai é um homem muito rígido, e isso significa que vamos apanhar ou que vamos ficar metade do ano sem celular, TV ou computador e sem sair de casa, apenas ir para escola e voltar para casa.

— Vocês deveriam ter pensado antes de sair no meio da noite. Agora, SUMAM DA MINHA FRENTE.

Nem foi preciso dizer muito para que eu e minha irmã subissemos rapidamente.

Já no quarto, fico parada de braços cruzados encarando a minha irmã.

— Comece a falar antes que você fique sem dentes.

Ela revira os olhos e se j**a na cama.

— A Elan foi pega pela mãe ontem a noite, e se não bastasse, disse a mãe dela que estava comigo.

— E aí você me vendeu!?

— Eu não ia me ferrar sozinha, Annie. E além disso, foi você quem me convenceu a ir nessa festa.

— Eu nunca mais serei sua cúmplice, sua ingrata.

— Se você não me convidar mais, eu vou contando para os pais.

— Veremos, irmãzinha.

Me afasto dela e vou em direção ao meu quarto, do lado oposto do dela, me jogo em minha cama me cobrindo com raiva da ingrata da minha irmã.

Passamos o dia em nossos quartos , com medo do que iria acontecer quando nosso pai chegar. Mas era inevitável.

— Nanda, Annie, Desçam agora. — Gritou a nossa mãe.

Meu sangue gelou e meu corpo começou a tremer instantaneamente. Caminhei até a porta, me encontrando com a Nanda. Olhei para a minha irmã e vi que ela não estava melhor que eu.

Descemos devagar as escadas, porque sabíamos que se não descêssemos, não teria conversa quando nosso pai viesse ao nosso encontro.

Entramos na sala e a nossa mãe estava parada enquanto nosso pai estava sentado.

— Onde vocês estavam ontem noite? — perguntou nosso pai.

Qual é, ele sábia o que fizemos, porquê sempre tem que nos interrogar antes dos castigos.

— VOCÊS SÃO SURDAS? — gritou nosso pai.

— Estávamos na festa de um amigo. Era aniversário dele e queríamos muito ir, mas sabíamos que vocês não iriam nos permitir. Mas nós não ficamos por muito tempo, eu juro pai. — Eu disse, mantendo meu tom baixo para que não parece que o estou desafiando, apesar de já ter o feito.

Nosso pai nos olhou por um momento, seu olhar era duro.

— Vocês duas sabem muito bem que sair sem permissão, no meio da noite, é algo completamente inaceitável. Eu e sua mãe não somos pais autoritários sem motivo. Há perigos lá fora que vocês nem imaginam!

Eu e Nanda nos entreolhamos, sabendo que, independente do que disséssemos, a bronca já estava dada. Mas nada nos preparou para o que veio a seguir.

— Por esse motivo, vocês duas estão proibidas de sair para qualquer lugar que não seja a escola, por dois meses. Sem celular, sem internet e sem visitas de amigos.

— Mas pai... — tentou dizer Nanda, dei um encosto nela, tentando dizer que era melhor do que apanhar uma surra e ainda ter o mesmo castigo.

— Sem "mas", Nanda! O castigo está dado. Agora subam para os seus quartos, e eu não quero ouvir mais nada sobre isso.

Eu sou sempre a que tenta argumentar ou negociar, mas a expressão no rosto do nosso pai deixava claro que qualquer tentativa seria em vão, com chance de apanhar. Então apenas subi as escadas ao lado de Nanda, sentindo frustração, mas agradecida por não apanhar.

Assim que entrei no meu quarto, joguei-me na cama e enterrei o rosto no travesseiro. Por causa da Elan e da Nanda eu estou de castigo. Que droga.

Me virei na cama e encarei o teto. Meu pensamento logo voltou ao diário da minha bisavó, Joha Dark. Eu ainda não havia terminado de ler tudo, e algo me dizia que aquela história estava longe de acabar. Quem era aquele homem que a seguia?

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